Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Produto Quantidade
Biscoito 707 Kg
Carne 331 Kg
Vinho 1460 L
Vinagre 62 L
Azeite 31 L
Pescadas 77 unid.
J. Manuel Azevedo e Silva “Os navios que descobriram o mundo”
“Até ao séc. XVI e durante toda a Idade Média, não existiram grandes
alterações nos hábitos alimentares dos portugueses. Nas camadas populares,
o pão (de cevada, milho painço, trigo, farinha de bolota) era a base da
alimentação e era usado como “prato”, ou seja, era em cima do pão 8 (da
côdea) que se levavam os alimentos à boca. Depois tinham caça, peixe, ovos e
hortaliça.
Nas mesas dos ricos, toda a gente preferia a carne: de porco, carneiro, cabrito,
aves, vaca, caça. Comia-se cozida, assada, refogada ou guisada, com grande
quantidade de gorduras. Bolos eram raros, guardados para ocasiões especiais
e feitos de mel. Mais comuns eram as conservas e doces de fruta.
Muito disto se alterou no séc. XVI com a introdução de novos alimentos: a
laranja doce e o limão, as especiarias, o pêssego, banana, coco, manga, o chá,
o milho grosso, a batata-doce, o ananás, o cacau, o peru, o tomate, a batata…
Nesta época de riqueza, as refeições dos ricos eram verdadeiros banquetes,
com manjares abundantes muito açúcar, gorduras, especiarias e gemas de
ovo cozidas…
O povo comia muito bacalhau e sardinha de Setúbal, além de outros peixes
frescos, secos, salgados e fumados…