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SENTENÇA
Vistos.
Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo - Bancoop, qualificada nos autos, ajuizou
ação de reintegração de posse, em face de RENATO FERREIRA DA ROCHA.
Narra a petição inicial que a autora é uma cooperativa sem fins lucrativos. Nessa
condição, celebrou com o réu um contrato de adesão e compromisso de participação, no
empreendimento Residencial Morada Inglesa, situado na R. Alvaro Machado Pedrosa, 132,
apartamento 12-B, pelo preço de R$ 114.882,94.
Ocorre que, conquanto a autora tenha cumprido a sua obrigação, concluído a obra
e entregue à ré a posse, não houve o pagamento das prestações vencidas a partir de outubro de
2006, embora o réu tenha sido notificado.
Com a exclusão, o réu tornou-se devedor da autora, pelo uso e fruição do imóvel
no período subseqüente à notificação, em valor prefixado em 0,1% do valor do imóvel por dia
de ocupação indevida.
É o relatório.
DECIDO.
“E, no caso, ao que tudo indica, nada mais fez a cooperativa do que efetuar o
rateio dos custos entre os proprietários das unidades habitacionais, conforme claramente prevê
a cláusula 16 do contrato firmado entre as partes...Ocorre, porém, que para sua exigibilidade
se faz necessário que os valores sejam apurados pela cooperativa e aprovados em assembléia,
de modo a prevalecer a vontade da maioria” (TJSP 6ª. Câm, Ap. 602.217-4/4-00, Rel. Vito
Guglielmi).
Nessas circunstâncias, conclui-se que, não provado o valor do saldo residual, nem
a autorização assemblear prévia, o réu não pode ser considerada em mora, o que afasta o
pedido possessório e o indenizatório.
P.R.I.