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Alberto Vieira
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acesso ao mercado do açúcar. Daqui resulta a valorização de alguns locais
ribeirinhos, como Porto da Cruz, Machico, Santa Cruz, Funchal, Ribeira
Brava, Ponta de Sol e Calheta. São estas condições, que associadas i
capacidade financeira para o lançamento deste tipo de infraestmtura e para a
põr a funcionar, levaram a uma distinção clara de lavradores de cana e de
engenho. Os dados disponíveis, resultantes da escrituração para arrecadação
dos direitos da coroa., assim o revelam. Além disso a estrutura fundiiria
madeirense foi definida por formas particulares de domínio e exploriição dos
canaviais: no século XV foram os arrendamentos que, paulatinamente, foi
dando lugar ao original contrato de colonia.
São estas especificidades, como expressão evidente também no Brasil,
que revelam, em conjunção com as formas de exepressão da estrutura
fundiaria que revelam uma diferente e particular posição para o escravo no
decurso do cicio de cultivo e produção do açúcar. E aqui que assenta a
diferença do escravo madeirense em relação ao do outro lado do Atlântico.
Escravo não é assim sinónimo de canaviais e açiicar e tão pouco o
funcionamento dos engenhos dependerá da sua presença. Os dados que
conseguimos exaurir da documentação assim o revelam. A sintonia perfeita
de ztrnbas as realidades surge em momentos posteriores e tem por palco
outros espaços açucareiros.