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AS CONEXÕES

CANÁRIOS-MADEIRENSES
NOS S É C U L O XVI
~ A XVII '*
1. O desed~olvimentoecondmico do mundo insular do AtlAn-
tico Oriental imbrica-se de forma incisiva na estrategia de economia
atlhticoeuropeia que desponta no sdculo XV; primeiro, como
regi& pelifkríca, a sua politica desenvolvimentista adequa-se As
necessidades do mercado europeu fornecendo-lhe as produçdes agrí-
colas, capazes de satisfazer as suas deficihcias dimentares e ri
necessidade mercantii, a trow das manufacturas, depais protago-
niza a funFão de intermediário nas Liga@s entre o Velho e Novo
Mundo, usufruindo com isso uma piçlta de relevo na
economia atlântica.
De uma ou de outra forma essas situaçbs materializaram uma
excessiva rincuiq8o das ilhas a sua remota origem peninsular, defi-
nindo uma estrutura mercantil frágil e comandada a partir desse cen-
tro peninsular. Todavia as condições peculiares do prwesso
histbrico insular definiram rumos marginais que escapam a essa
omnipresenp europeio-peninsular; estão nesse caso os contactos ou
conexões &r-insulares, de carhcter restrito ou aiargado, que se
afman como a mais peculiar materialização dos anseios das gentes
deste mundo insular.
As condições especificas que regeram o desenvolvimento dessa
realidade insular favoreceram a concretização dessas conexões,
dependendo, a sua a f ~ m q ã ode uma imprevisivel oomplementari-
dade, resultante de tendencia concentracionista e distributiva de
produtos agridas pelos centros de decisão peninsulares. Desta
forma a omnipresença europeia acarreta consigo essa comequente
desvinculação e autonomia insular, fimiadas nas rei-s inter-
insulares.
A sua afirmaqb depender8 apenas de um conjunto variado de
, factores enddgenos, assim a posiç8o geogrz%a, no caso da
Madeira, faciliturá o reforço dessa dimensão enquanto o devir h i s 6
rico ddhká os mwanismos de actuação e os rumos possíveis. Desta
forma a Moideira surge nesse contexto numa posiçw destacada, pois
a sua favorAvel posiçtio g-ca, asmiada a anterioridade da sua
ocupaçb e vdorizaçfm eoondmica fazem dela o centro do mundo
insulrir, definindo uma trama complicada de conexões humanas,
emdmicas e técnicas.
A W i r a surge assim no hbito da expansao e vaiorizq&
s&io+cmhica, serviu de matriz &s posteriores iniciativas no
Atlanticu. Deste modo a ilha 6 um ponto de refeigncia obrigatdrio
nesse contexto, afhmdo-se, num primeiro momento, corno área de
oonverghcia de múltiplos intereses peninsulares e mediterrgaicos
em expansão. A facilidade da sua ocupação aliada ao rápido e ele-
vado rendimento da sua agricultura h a m desta um centro impor-
tante da M c a expansionista ewopeia m séculos xv e xvi. A
anterioridade do seu processo de ocupação coloca-a numa posição
de relevo no contexto da expansão europeia, toniando obrigatdria a
sua referência no conhecimento das diversas sociedades e econo-
.mias que os wropew geraram no mWaahdo espaço a t k t i -
OQ.
. ,

na actividade expeinsionista portuguesa.


A Matieira apresenta-se,no & d o XV,como uma e r t c d
de oppões e apoim adequados As solicitaçües do Portqd em expan-
são, e dai o seu rApido desenvolvimenta ewndmico e social. Os pr+
dutos da agricultura, para albm de solucionarem as carências do
reino,provocaram o rApido enriquecimento dos seus agentes e a dis-
As mnexées capnariomudeirenses nos séculos xv a xvlr

pnibilidade de capital para as empresas Mlicas em Marrocos e as


navegações ao longo da wsta africana.
Estas ilhas do Atlhtico Ocidental materializaram de forma
clara a estraegia da civilizag8o atlântico-mediterrhica. Estas sur-
gem no século XV a dar resposta a algumas das solicitações que ali-
cerçavm os rumos da economia e sociedade ocidental; primeiro
surgem como escala ou porto seguro para os seus intentos no Atlân-
tico, depois destacam-se como areas de ensaio de culturas activado-
ras do mercado mediterrinico e capazes de suprir a quebra das rotas
do Oriente pelo Mediterrâneo ou, ainda, satisfazer as carencias
alimentares.
Nesta dupla intervenção se alicerçar8 a emnomia insular mar-
cada pela subsemiència aos vectores dinamizadores do dirigismo
econónnioo europeu. Tais condicionantes aliadas as diferenças e
assimetrias, resultantes da estrutura do solo e clima actuam como
virtuais mecanísws de distribuiqão das culturas, componentes da
âieta alimentar (-ais, vinha) e resultantes das s o l i c i ~ das
s
praças europeias (açiicar, pastel).
A premhcia de tal conjmiwa tw emnomia insular
materializar-se-á numa tendenciei marcante de@$ ilhas para uma
exploraçh ioeoonhica baseada na moma&mi ou dominlincia de
um produto. Todavia a heterogeneidade do espqo insular estabele-
cerá um travão a msa tendncia, definindo uma situaçb de eqdi-
bria mercê de uma politica distributiva ou de arrumação das
culturas; surgem assim, Areas de produção para a subsistência ou
troca. Deste modo a afinnaqão do açiica na Madeira implicou o apa-
recimento de novas áreas de produção cerealífera (Açores, CmB-
rias), capazes de atenderem a esta ilha e tis pragas que até então
dependiam dela. Também nas Canárias o surto qucareiro de La
Palma e Gran Canaria dependerá da a f m a ç h plena da cultura
cerealffera em Lanzarote e Fuerteventura. Apenas nas ilhas de S.
Miguel e Tenerife foi possível, mercê da h8bil política dos seus
governantes, conciliar as necessidades de subsisti$ncia com a voraci-
dade das solicitaçoes do mercado externo.
Tal mbiência definiu essa necessPiria complementaridade dos
espaços insulares, que ultrapassa a dimensão arquipelágica, e ao
mesmo tempo gerou uma trama complicada de circuitos comerciais
.
inter-insulares Nesse contexto a Madeira encontrase numa posi-
çiio ssecundhria, pois a exisencia de apenas duas ilhas e, sendo urna
delas de reduzidos recursos, estava inviatiilizada essa necesshia
870 A W m

poiitica de complementari*, dai o recurso As dos arquWhgm


vizinhos. Nos Açores (com nove iIhas) e CanBíias (com sete) esaar
politica tem o campo h r t o para a sua afirmrtçiio; a rnacrocefdia de
S. Miguel e Terceira, T e n d e e Gran Canaria é uma consequêda

1
dessa situação.
Uma das vertentes mais pertinentes da m o m i a i n s h d a
subssit&nciadas gentes que 18 residem ou demandam os seus portos.
Deste modo a cultura das cereais ai da vinha, que defmem os compo-
nentes básicos da dieta alimentar dominam as iniciativas de vaiori-
z q ã o ecomimicii mediterrbo+ampeia. A todas as ilhas chegam
os cereais e as cepas, dependendo a sua afirmamdas condiç6es do
meia e do impulso doido pelos povoadores. Com o decorrer dos tem- !
p o ~estabelece-se, naturalmente, uma repartiçb destas culturas
ficado a~ cereais nos (S. Miguel, Terceira, &acima) e
Canilrias (Lanzamte,-F e Tenerife) enquanto o vinho
m@á com grande relevo ns M W ,Pico, Tenerife, La Palma e .
Lii Gomera. Para o cereal o merado preferencial estava nas i h i

w arquipélagce vizinhos, enquanto com o vinho o m e r c h consu-


d d m serd definido peb cónthente americano e Ingiaterra. I

O ~ ~ e o p s t e l ~ n a ~ c u l t w a i n s u l a r c o m o u Im
&msiçiao europeia que se enquadra nas necessidades desse mer-
cado; a Europa distribui os produtos agrícolas pelas deas adequa- 1
das e ahiseguroi as condiçdes necessárias h sua implmtqáo, ,
escoamento e wmdrcio. Os mcen@os.dacoroa e municipios, dia-
do^ A sim elevada vdoraçh p e b igentes eumpus, actuaram corao
mecanismo de desenvolvinaetPto e expansh destas culturas no
nnrndo insular.
ii
A cauade-açúcar, @o wu dto valor mn6mioo no mercado
europeu-mediterrilnico,foi um dos -h produtos que ri Europa
nos legou e imph L nwas Arem de acupaçb; primeiro na Madeira
e dai passou m Açores e Cadrk. Taiaviri nos M r e s s&am
gomW as diversas tentativas de implantaçu desta cultura. Nas
C&as a fase de apogeu, circumcrita A primeira metade do sdculo
XW, coincide com o declinio da mesma cultura na Madeira.
II
O jmstel, outra i m- a m p i a , surge nas ilbas da I
W a , E1 Hiem, Tenerife, La Palma, S. Miguel, Terceira e I

Faial, todavia s& nestas últimas (açorianas)adquiriu uma dimensh


particular no oomkrcio externo, nomeadamente com Inglaterra.
Como m r o k i o desaa dinâmica emnhica surge a actividade
i
h conexõ& c a n a r i o m a d @ i r $ ~nos
a shlos XV a XVII

c o m d d que anima as povoações costeiras e; estabelece a liga+


deste c s p p com o mercado europeu, &cano e americano.
A vdoaizaçib da rota de conex8o peninsular resoltou, nos três
arquiwgos, das iniciais isenms fiscais e da manutenção pelos
p v m k e s dos laqos sentimentais A temam*, donde partiram os
~u~ e chegavam os necess4rios actefmtos.
As l@ues de cada arquipélago own o Velho e Novo Mundo
AthWcu wmn assiduas e faziamse a partir dos principais centros
de e comdrcio; na Madeira essa função era assumida pelo
q u a n t o nm Apres distribuia4e por Angra e Ponta
e nas Canárias por Las Palmas e Santa Cruz de

bilidade de contrabando ou das feicilida-


ncia de mercados europeus empenhados
@me -.
As CanArias foram as ilhas que tiraram mais partido do wmér-
&& com o Novo Mundo. O combrcio canário-americano no s h l o
1: rn sufge wmo uma grande esperança e fonte de riqueza para as
&ntes das i b ,taiavia essa situaçb dever8 depender da disponi-
biiida& de. remmos humanos, técnicos, materiais e, acima de tudo,
i da relativa liberdade comercid existente até 1564, me.& do con-
trole exercido pela Casa de Contrataçiio de Sevilha ( 1502).
Para a Madeira e Açores esse destino e mercado manteve-se,
par milito tempo, apenas como uma wprança e, sd em finais do
s b d o XW, qorianos e madeirenses com- penetrar aí w m a
sua oferta ventajma do vinho. A* 18 restava a a p r h i d a d e de con-
tmbmku com as embarcações que apareciamdesgarradas ou des-
protegidas na costa açoriana e madeireuse. Todavia os mares da
Madeira porque alheios ao sistema de vigühcia As embarcações
m o n W pela Provedoria dris Armadas, sediada na Ilha Terceira e a
Armada h Ilhas, facilitavam o contrabando o que levou o monarca
fdifnno a establecer em 1581 limites e formas de segurança a essa
abordagem «ocasional» (?).
A posiç8o estraGgica do M d W n e o Atldretim em face do
m&io e navegação conduziu a sua valorizaç80 pelas coroas
penimuiares qua dai fizeram depender toda a acção de apoio, defesa
e controle do comkrcio no espaço acehico. Estas eram os bastiões
avançados da península, suportes e s h b l o s da hegemonia ibdrica
no AtlBntico.
O estudio da dinâmica institucional insular assenta nas suas
principais componentes administrativas que deram comistkncia
societal lançada pelos povos iMricos no Atlktioo. Nesse contextoo
sdcula XV surge como o momento mais importante para a sua afir-
mação além-atlintico. Ai a Madeira e as CanBnas detiveram u m
importância primordial no lmçamento ou expansão dessa nova
d W c a institucional. Todavia condiciomtes de v M a ordem defi-
niram uma diversa formulaç8o das instituições e formas de governo;
a Mieira porque desocupada não estava sujeita a qualquer entrave
L m a f m a de governo lusiaata, enquanto nas CanArias a existh-
tiia uma populaçao indigena .dlfimltou essa tarefa e permitiu a
ia dos laços tmb&m&eveiis na t i p de governo
tado.

2. A Histúria das ilhas tem merecido, na presente


ceniúria, um tratamento h b i t o da Histdria do
Atlaritim; primeiro foram eufopeus como F .Brau-
de1 (1949), Pierre Chaunu ( 1955-lgiiD), F u r i c Mauro (1960) e
Cherrles Verlinden (1 960) a destacar a importância do espaço insu-
lar no contexto da expansb aropeia, depois surge a historiografm
nacional a corroborar essa ideia e a equaciongla nas dinhicas da
expans8o peninsular - Francisco Morales Padron ( 1955) e Vitorino
MagalhBes Godinho ( 1963).
Tal ambiencia condicionou os m o s da historiografia insular
nas últimas ditadas, contribuindo para essa necessirias abertura as
novas teorias e orientaçdes do conhecimento histiirioo. Nesse con-
texto as décadas de setenta e oitenta demarcam-se como momentos
importantes no progresso da investigaqão e saber histdricos; para
As conexões canariomadeirensw nos séculos xv a XVII

isso ter8 contribuido a definição de estruturas institucionais e de Lni-


ciativas afins, activadoras desse salto qualitativo.
Deste modo neste final da dêcada de oitenta, importa fazer o
ponto da situação da reaiidade historiogrfica insular no sentido de
equacionar o progresso futuro e a sua adequaçiio b novas realidades
e desejos do findar deste sdculo. Aqui apresentamos o nosso parco
contributo, rastreando essa realidade atravds da Historiograf~a,
arquivos, revistas e colóquios da especialidade.
A produç80 historiogr8fica insular 6 desigual, dependendo o
seu número da exisencia de Literatos e de instituições capazes de
incentivarem a produção e divulgaqgo de estudos nos diversos domí-
nios. A similitude do processo vivencial aliado h sua permeabilidade
As perspectivas históricas peninsulares definiram uma certa unidade
rn forma e conteiido da historiografia insulana. Gaspar Frutuoso,

qrge na dmadrida revoluçiio do conhecimento oosmol6gico como


a èxpkessão pioneira dessa novidade e, ao mesmo tempo, wmo uma
nece~sidadeinstituciond de justificaçáo da intervenção e soberania
b u l a r . Deste modo o período que medeia os s~culosXV e XW é
marcado por uma produção historiogrXica mais europeia que local,
próxima da crónica e da literatura de viagens, onde esses ideiais se
mpraiam. Os factos históricos e as impressbs das viagens atlânti-
cas, perpetuados nas crónicas e relatos de diversa índole terão uma
utilizqgo posterior de acordo com as exig&nciasda época. A prosa
histtirica é impreganada desse ideal romântico servindo-se de pers-
pectivas e formas positivistas para justificarem e fundamentarem
certos rneteoritos politicos que a sociedade insular contempo-
rhea é portadora.
No culminar desse processo as exigencias académicas, com a
expansão do saber universitgrio, as solicitaç6es do novo saber hist6-
rico condicionaram esse avanço qualitativo da historiografia, a par-
tir da decada de quarenta. Assim nas Canárias a tradição e vivencia
universitária condicionaram esse forte manque, enquanto nos Aço-
res o academismo dburd e, depois a universidade lançaram este
arquip4iago para uma posição similar. A Madeira, prenhe em docu-
mentos manteve-se numa posição secundária, mercê doi falta desse
suporte institucional e acad6mico. Todavia as condições emanentes
da di&nica autonómica com o aparecimentode supoxtes institucie
nais auguraram um futuro promissor.
A Histmiogrrifia insulana deserivolve-se por e s épocas distin-
tas, marcadas por um modo diferente de equacionar e relatar o facto
histórico; primeiro um momento inicial, entre 06 sdculos XV y XWI,
em que o discurso se formaliza na crbíca; segundo período definido
pelo s h l o XIX e primeira ddcadas do seguinte, marcado pela vaga
romantica; terceiro o defrontar de uma nova era, a partir da dkcada
de quarenta do nosso sdculo, que condicionou a politica arquivistiva
e a investigaçb universi~a.
O primeiro Momento é por una situaçb ímpar no equa- '
cionar da realidade histdrica insular, pela primeira vez alguém
ousou encarar estas ilhas do Atlântica Oriental (Madeira, Canzirias,
Cabo Verde) como uma unidade indelevel e afim, marcada por
momentos de grande importhcia para o &vir hist6rico do Atihtico
noe3 &dos xv e m. Note-se que d a partir de meados do nosso
século a Historiogreifiaeuropeia & deu -ta de- redidade, mere-
ce8do m i m o trabalho de G w Fxutrnná#, -Saudades da Terra-
uma posiçh & relevo no pammma i a h d o ~ c o insuIar.
O &culo presente 6 sem &vitia o momento de afhaçãn da
~ ~ a F insulana; i a um ooiajunto irariado de re&@es públi- I
cas, o hçamento de publicaçiks da especiaihk e a criação das
arquivos distritais ou provinciais Iiliceqmam essa nova =ali-
I
dade'.
Todavia o interesse pela temktica dois wnexiks insulares 6 uma
realidade recente, cabendo a Elias S e m Rmtfols2o mérito de apontar

I
a necessidade de uma vdorizaçãa na pesquisa histórica de presença
portuguesa em C m i r k e dais influências dai resultantes. Apenas
José P4rez Vida13entendeu esse apelo e procedeu a exaustivos estu-
dos do domínio e t n ~ g r ~e 1inguLstico
w que revelaram quh impr-
tante B essa presença e infiubncia portuguesa na sociedade .
cairia.
Por parte dos historiadores essa temática sii comeipu a interes-
sar com o aparecimento dos c o l ~ u i o nos
s três arquipélagos aa pre
sente década; assim em 1982 no V Colóquio Internacional de
As conexdes c a n a r i o j n a e i e s nos s h l o s xv a XVII 876

Histúrica Canario-Americana realizado em Las Palmas Artur T e


dóm de Matos4 chamava a atenqb para as conexões canhio-
qorianas o que motivou no ano imediato a presença de Manuel
Lobo Cabrera, Elisa Torres Santana e M.Martin SocasSna Ter-
ceira, no I Coldquio Sobre os Açores e o Atldntim. Séculos XIY-
XVII em que idêntica anhiise de relacionamento das CanArias com
a Madeira e os Agores na perspectiva das fontes canárias.
Deste modo em 1986 com a realizaçiio do primeiro Coldquio
Internacional de Histhia da Madeira essa temhtica fica consignada
nos meios historiografiws insulares, sendo o motivo dominante da
ma redizaçb. Aí se discutiram em mesa-redonda, questões impor-
tantes das dinlimicas insulares e surgiram importantes estudos sobre
as conexhs canario-madeirenses6.
Foi nessa mbiencia que foi criado a 6 de Agosto & 1985 o
Centro de Estudos de Historia do Atlantico com sede na Madeira
com ~Wto de congregar os esforços dos investigadores insulares
em prol de urri mais vasto conhecimento da realidade histbrica deste
apap d e c d a como o Mditemherr Athtico.
TamWrn n6iP empenhamos desde 1983 nib estudo desta reali-
dade &mos comparativos e & r e W w M q ai tivemos opor-
tunidade de: cmst&r ei importancia & @ nas conexões
irenses, b n c- das ywssiveis vias de
,recorrendo ao m&do comparativo, de que
resultaram algumas observaqdes importantes sobre o direito local8e
as d i n h h s emndmicas e sociais.
Para isso socarremo-nos da extansa b i b l i ~ g r ~disponivef,
a
nomeadamente para as Ganirias, e das fontes documentais existen-
tes nos arquivos dos tres arquipélagos;enquanto nas Canhrias essa
pesquisa incidiu preferencialmente aos protocolos, para a Madeira
abordamos os núcleos mais importantes do Arquivo Regiond da
Madeira (Vereações do Funchal Séculos XV-XW, Julgado de Resi-
duos e Capelas, Misericórdia do Funchal e Registros Paroquiais
1538-1700). Aqui destaque para as vere-s do município funcha-
lanse que, mercb da obrigatoriedade da abertura do cereale mais
pdutos de importação no Senado da CamOualo, permitiu-nos, i
falta dos registos alfandegários, conhbi1iza.r as relotws comerciais
com esses dois arquipélagos vizinhos. A falta dos registos notariais
nos primeiros skulos de vida da sociedade madeirense impede-
nos de avançar no conhecimento da economia e d e d a d e desta ilha
a -e por consequhcia dos mecanismos activadores dessas conexões
.- ..
canário-madeirenses. O mesmo se poder8 dizer w m os registos
alfandegirios,principais testemunhos desse relacionamento da ilha
com o exterior, de que apenas dispomos de alguns fragmentos para o
Funchai e Santa Cnrzll.
3. Para Pkrez Vidal12 a presença portuguesa nas Canárias
resultou da sua intervenç8o em dois momentos decisivos; um pri-
meiro, demarcado pela iniciativas plíticas da coroa e do infante D.
Henrique, nos seculos XIV e xv que terd o seu epilom em 1479 com
o tratado de Alcaçovas, um segundo de iniciativa particular, abran-
gendo os s~culosXVI e xvm em que os impulsos individuais se
sobre pern h iniciativa oficial. Este último t o momento de expressh
plena dessa presença lusi& e de paulatino ehhm dessa realidade
em face da separação das coroas ibéricas e da guerra de fronteiras
mantida atk 1665. Deste modo a conjuntura política teve uma
influência decisiva na afirmação desta realidade.
Aliás esta é uma dimensão que acompanha desde o inicio ris
conexões canário-madeiremes, pois enquanto no secub XV a wim-
laçiio da Madeira a Lamarote se filia na celebre guestdo das Cand-
rias13, para os finais do século seguinte a rea6mmçi.o dessa
realidade e o seu alargamento a todo o arquipblago canslrio resul-
tado da ocupaç8o da ilha em 1582 por D. Agustin Herrera14, acto
que materializou na Madeira a união das coroas peninsulares. Toda-
via o efeito social destes dois fendmenos em ambos os arquip&lagos
foi diverso, pois enquanto o primeiro permitiu a afhagiio do merdei-
reme em Lanzarote, o segundo para além do natural reforço dessa
realidade condicionou a presença canária no Funchal que nunca foi
muito significativa na sociedade madeirenseis.Talvez o momento de
intemenção mais significativo surja no s6cuio XV com a presença
dos M g e n s cãniuios, na condição de escravos, ao servitp da pas-
toricia e safra do açúcar'6.
Se h componente politica se deverh conceder o merito de &r-
tura dessa movimentação social, As conexões económicas ficar8 a
missb de reforçar e sedimentar esse realachamato, desta forma as
conexões comerciais surgem em s i m u i como ~ consequench e causa
dessas migraçoes humanas. Todavia esse relacionamento d a
sua plenitude no século XVi, incidindo preferencialmente no comér-
cio de cereais dos mercados produtores de Tenerife, Fuerteventura e
Lanzarote17, resultado do processo económico assente na
c~rnplementaridade~~.
Deste modo orientamos a nossa aten@o para estas duas com-
ds conexas cmariomadeirenses nos s h l o s xv a XVII

ponentes das conexões canário-madeiremes para depois revelarmos


sumariamente as possiveis implicações em ambas as sociedades,
testemunhadas pela etnografia e linguistica.
A proximidade da Madeira ao arquiNiago cmdrio em conjuga-
ção com o rápido surto do povoamento e valorizaç8o dei*
econ6mica do solo madeirense orientaram aten@es do madeirense
para esta promissora terra. Assim decorridos apenas vinte e seis
anos sob a sua ocupaçlto os madeirenses embrenharam-se na con-
troversa questão das Canhias ao serviça do infante. Em 1446 Jogo
Gonçaives, sobrinho de Zargo, 6 enviado pelo infante a Lanzmte
como plenipotenciário para fmar o contrato de compra dessa i b.
Acompanham-no caravelas de Tnsth Vaz, capitão donatário em
Machico e de Geircia Homem de Sousa, genro de Zargolg Passados .
&uns anos, em 1451, o infante envia nova m a d a , organizada
pelos viwnhos de Lagos, Lisboa e Madeira, participando nela Rui
Gonçalves filho do donatirim do Funchdm.
E8ta Uxveq&omadeirense na empresa a n i & conduziu a
dos dois aqui- ao mesmo tempo que
vias de con@@gquxudrcio entre os dois

elra com o pwto


molestadas. com a conturbada sihiaç8o que aí se viveu no s8culo xv.
Note-se que em 1476 com a acção de conquista levada a cabo por
Dbgo de H m a , muitos dos descontentes com a simaçiçao das ilhas
emigraram para a Madeira ou Castelau. De entre estes tivemos em
1476 a vinda para a Madeira de Pedro e Juan Aday ,Jum de Barros,
$mcisOo Goircia, Bartolome Heveto e Juan
esta corrente migratdria resultante do descontentamento
.@em face do processo de conquista e ocupação do arquipklago
, . amário iniciarme j i por volta de meados do séado xV, sendo seu
Maciot de Bettencourt. Este amargurado com o evoluir do
iIliroçesso e em litígio com os interesses da burguesia de Sevilha cede
jr;esn 1448 o direito do senhorio de Lanzarote ao infante D.Henrique
mediante avuitada soma de dinheiro, de fazendas e regdias na
Iniciava-se assim uma nova vida para esta famiiia de ori-
.-m n ~ m m d aque das CanBnas passa h Madeira e aos Açores,
~ e ai com a principal
~ nobreza da
~ tem, o que ~ihe valeu e
uma posição destacada na sociedade madeirense e micaelense do
século XW5.No desterro de Maciot de Bettencourt acompanharam-
no a sua filha Maria e os seus sobrinhos e netos Henrique e Gaspar,
Todos estes conseguiram uma posição de prestígio e avultadas
fazendas merct do seu relacionamento matrimonial com as princi-
pais famílias da Madeira. D. Maria Bettencourt, por exemplo, casou
com Rui Gonçalves da C h a r a , filho-segundo do capim do donatd-
rio do Funchal e futuro capitão do donatário da ilha de S.
Miguel.
A compra em 1474 por Rui Gonçdves da C h a r a da capitania
da ilha de S. Miguel implicou a ramificação desta famíEa aos AÇQ-
res. Com D. Maria Bettencourt seguiu para Vila Franca o seu
sobrinho Gaspar que mais tarde viria ri encabeçar o morgadio da tia
em S. Miguel, avaliado em 2.000 Os filhos deste, Henri-
que e João evidenciaram-se na época pelos serviços a coma, tendo
recebido em troca muitos beneficia
Henrique de Bettenoourt preferiu 0 sossego das terras da Ban-
d'Aldm, na Ribeira Brava, onde vivia em riquissimos aposentos. Ai
institui um morgado e teve uma intervenção muito activa na vida
municipal e nas campanhas Os seus descendentes
destacarv-se na vida local e nas diversas campanhas militares em
Africa, India e BrasP8.
Se esta primeira vaga migrat6ria trriu o rumo e destino madei-
rense, a expedição pacificadora de D. Agustin de Herrera, conde de
Lanzarote, em 1582, sedimentou e estreitou os contactos entre a
Madeira e Lan~arote~~. O próprio conde de Lanzarote, na sua curta
estadia na ilha, foi um dos arautos desse relacionamento, pois Ligou-
se aos Acciaiolis, importante casa de mercadores e terratenentes flo-
rentinos, sediada na ilha desde 151530.
As hostes castelheuias seguiram o exemplo do chefe, tendo mui-
tm dos trezentos homens do presidi0 criado família na &a31. Note-
se que no perído de 15 80 a 1600 o~espanhbis surgem em primeiro
lugar na imigração rntideiren~e~~.
O desceroo em 1640 trouxe consigo consequi3ncias funestas
para esse relacionamento. Assim a pmpuiagtm oriunda da Madeira
sediada em Lanzarote foi alvo de represaias, sendo de destacar a
confiscaqb dos bens do filho varão de S i m a Aciaioli que casara
com a fiUia do Conde & L a n ~ a r o t e ~ ~ .
En sintese o relacionamento humano da Madeira w m a ilha de
Lanzarote define-se por duas fases distintas, mbas consequ8ncia da
conjuntura politica. Primeiro, em 1448, a compra do senhorio de
e s século8 xv a xvu
As mmx& c a n a r i o ~ l l o ~ nos

Lanzarote pelo infante D.Henrique traçou m o . Depois a


expdçiio do Conde de Lanzarote em 1582 refoqoua e manteve-o
até 1640. As b t i h h i e s que conduziram ao de.scem da tropa do
presbdio psmm em causa esse reGonam& comertiai e humano,
em a m b s os sentidos.
A esse &mesurado empenhamento madeirense na luta pela
~damkaniadasCandrkdeved~~oempenhodos
chefes da conquista castelhaua em encontrar na Madeira as gentes e
as praluctos necesshrios valorizaç$ioeconhica do arquipklago;
tai v& a &r cam a iniciativa do governador de Gran Canaria,
D.P& de Vem, de solicitar Madeira as socas de cana e os thi-
w ~~i promoçilo dessa ~ U l t u r aEstava ~ ~ . assim aberta a
@a para essa influencia decisiva do madeirense na agricultura
cm&fk
Desta forma o impacto lusi& nas Cadrb surgiu muito cedo
tendo a Madeira a m o um dos principais eiaroéi de= movimento.
Essa presença -+e As mas de La Pabna, Iamrote, Tenerife e
Gran C d a , adquiri& ai os ~ ~ ; - g m a i q bde desta-
que, s u r g i n d o e n ~ ~ o ~ q P i ewmhlka
destas W, estes foram e x h b @cultores, pesem pedrei-
ros, sapateiros, m w ,d e i i a n d o ~ m b&veis
~ da porbugali-
ade w ~ â r i a ~ ~ .
t&lioa e aventureira de algum daws troIiQas madei-
$ participação activa nas clunpmbs de conquista
de Ta*, mcebendo por isso, oomo recompensa, in-m
a forte presença luslada nesta ilha, onde em
e Daute, surgem como o grupo
fundada por Gonzdo Gonzalez
m,cripitào do d o m ~ no o Fm-
chaPg. A prova da importhcia da comunidade luslada nesta ilha
e&& aiestada nas m e d o s de1 cabildo onde estes sb sempre
r e f è a em segundo lu*. O mesmo se poder8 dizer em mia-
ção avizinhailhade LaPalmaondeos~guesesmmrirambem
presença, tendo a testemunW40 a & & d a de alguns
'ais feitce em portugu8s". E n t r e m em h m t e
deshcar+ie-á nesse cofltexto o forte impacto m d e h m oompro-
vado &As pelqs inúmeras referências da e pela afir-
m a ç b de Viera y C l a v i j ~de~ ~que a W i r a era tão familiar
para os laaz-mtenhos que era ooizhwida aí como a
Em Gran Canaria e Tenerife a presença porkiguesa no & d o
XVI repercutia-se na toponimia as ruas de IAS Palmas, Santa Cruz e
Sim Cristóbai onde encontramos uma rua com a designaça calle de
los portuguesesM.
Essa acentuada presença lusiada no arquipélago serA resultado
não só das possibilidades económicas que o mesmo oferecia e as
necessidades em mãdeobra, mas também pela possibilidade que
oferecia A penetração no com&cio oom a corte africaua e depois 1
com o novo continente americmdJ.Assim num primeiro momento ,

seremos confrontados com um gmpo numeroso de aventureiros dos


quis se recrutaram os oficiais meianicos e agricultores e só depois
1
surgindo os agentes de comecio e todos eles tiveram
uma acçw decisiva na valorização economica do arquipélago nos
s8cuios x V e X W . Ao invds os primeiros italianos e flmengos que
surgem nesse arquipélago são predominantemente mercadores que
investem a sua fornina no progresso destas ilhas4'.
Se esta aproximaçao ao reJ valor e dimensão da presença por-
tuguesa se to m possivel quantinctirno global, o mesmoji não suce-
der& ao nível local de cada regi80 pois d raramente aparece
testemunho, nos diversos actos naturais, desse local de origem dos
intervenientes portugueses. O facto de muitos destes surgirem em
diversos actos relacionados com outros da Madeira ou outorgando
poderes para a cobrança de dividas e administração das heranças
leva-nos a suspeitar da sua origem madeireme. Todavia neste
momento apenas nos preocupamos com aqueles que permitiram
&arar na documentaçb a sua origem madeirense.
A partir de uma iis- desses madrekenses, reunida na diversa,
bibliograf~ae documentação consultada constata-se a maior inciden-
ciã destes nas ilhas de Iamarote, Tenerife e Gran Canaria:

S&nlo xvn TOTAL


-
- 1 1
27
- 1
6
235
49
As c o n e canario+mdeitmses nos s h l o s xv a mil

Esses trezentos e dezanove madeirenses que deixmm regista-


dos o seu nome e origem na documentação de C- surgem
entre I508 e 1668, incidindo a maioria (80%) no período & união
das dup m a s , o que testemunha ter sido este um momento assaz
bn6fico para o sedimentar das conexões candrio-madeirenses. O
mesmo se pderd dizer quanto aos poucos canArios que rumaram na
direcçilo da Madeira; apenas no perbdo de 1530 a 1614 surgem
trinta e cinco também maioritarimente (71%) incidindo nesse
momento.

S6ealo

w m XYI xw Total

Temrife 4 5 9
LaPalme 4 2 6
lanamw 2 2 4
6 7 13
1 - 1
- 1 1
? 1 - 1
i

Num e noutro caso nota-se uma iacidhcia particular nas ilhas


de Tenerife, La Palma, Lanzamte e Gran Canaria, aqueles que
uwlheram os madeirenses e mantiveram um trato asslduo com a
Madeira nos dculos em causa. Todavia ao nivel das actividades
s6ciPprofissionais deste grupo migrante destaca-se algumas diferen-
gas, assim enquanto esse grupo que surge na Madeira t composto
p r e f e m c ~ w t epor ~ 0 que desde
~ 1582
~ vierams para a ib
no terço de ocupaçb, para os madeiremes sediados nas Cmbias a
sua actividade situa-se mais no sector do cum6rcio e transporte
(28%) e nos diversos ofícios mechicos (15%), destacand+se no
pirimeiro caso os m e d r e s (80%) e no segundo os sapateiros
(38%). Ali& em relaçb a este iiltimo oficio os madeirenses eram aí
conhecidos como exímios executantes e dmoidos mestres nessa
M.Na Mudeirti a cultura das peles e manufactura do calçado
eram um sector privilegiado das artes oficinais e além disso a ilha
era um importante centro produtor de sumagre tb necessbio aos
curtumes que se exportava em grandes quantidades para as C d -
riasa. Note-se, ainda que ambos os oficim supracitados têm uma
incidhcia particular na ifha de Lruizarate, surgindo d 94% dos
mercadores e 83% d a sapateiros.
A classe mercmtii de origem madeireme sediada nas C a n h
segue um rumo pculiar; assim estes ao contr&riodos flmengos e
itrtliaaos não se avizinham de imediato, mantendo o seu estatuto de
estantes e sii depois com o progresso suas operações comerciais,
dos investimentosWOS 6 que muge a necessidade de se instalar
com carácter permanente. Esta sitiilição domina de un modo geral a
comunidade rnadeirense uma vez que s& no perido da unib das
duas comas o meideirense renuncia ri esse estaaito p d o e
adquire o de vizinho ou residente. Certamente a continuidade e
aumento das oonex&s mmhbmadeirenses conduziram a essa
viragem.
As mudanças operaidas rui ooqiunturri politia a partir d a acon-
tecimentos do ano de 1640 condicionaram essa situaçb do m h i -
rense, assim este que at4 enao usufniia de um estatuto preferencial
na sociedade e economia iamarotenha, por exemplo, desaparece
pdatinamente do palco de w .E,facto Wlito, os poucos que
conseguimos rastrear na documentaç80 procuram ignorar ou apagar
a sua origem, s m o apenas com a indicaçb de v i z h b . Pelo
menos é o que sucede com Domingos Pires, mercador madeirense,
que na carta de fretamento de 13 de Setembro de 164550 apenas se
identifica como vkidm, quaada em 162F1niio ignomva a sua ori-
gem madeirense.
Poder&entender* esta m-a de Atude wmo um esqueci-
mento premeditado da origem como forma de se furtar a
qualquer rqmsdias2.
Na consulta que fizemos aos protocolos de Tanmrnte no
período de 1619 a 1670 constatamos, a partir de 1645, um hiato no
rastreio das operações envolvendo d i r e n s e - s ou que tenham a
Madeira como ponto de refednck, enconímms apenas dois docu-
menm isolados, sendo um de 1653 e o outro de 166gS3. Ali& dos
duzentas e sessenta actas que reunirnus na documentação para esse
períado apenas dez são psteriores a 1640,sendo oito nos primeiros
cinco anos dessa década.
Deverti entender-se, mais uma vez, este hiato como resultado
da repmáiia em face dos a c o n t a c piítioos
~ que se sucede-
ram a partir & 1640 ou ao inds um desinteresse mútuo pela manu-
tmçh dessas cone8oes.
Note-se que esta siairação coincide com o fim do relaciona-
mento cumercid incidindo sobre os cereais pois a p d de 1641 o
cered de Canárias deixa de aparecer no Funcbd, sendo substituido
pelo açoriano ou por novos mercados como a Berberia e America do
Norte5;4. Esta última situa$& ser8 resultado da crise da produqgo
cerealífera canária ou fruto dessa ambiência de miítua represália
peninsuiar.
4. O fenómeno migratbrio entre a Madeira e as CanBrias tem a
sua origem na diversa conjuntura política dos M o s xv e xW,para
as cmexdes comerciais essa motivaçfm deveraí encontrada na
estratégia de desenvolvimento económico delhida pelas coroas
peninsulares para estas ilhas; a especializaçb de urna determinada
&a, numa determinada cultura só serd posslvel se próximo existir
um Mtefland capaz de satisfazer as suas carências alimentares.
Deste modo a afhnaçiio das culturas da cana-de-açúcar e da vinha
na Madeira só se tomou possível quando ficou garantido nas ilhas
hinhas das C m h i a s e Açores o necessdrio celeiro e açougue
capaz de suprir eis cdncias alimentares dos madeirenses. Essa
complementaridade do espaço iasular ser8 a principd origem das
conexões comerciais que se estabelecem entre f i a s ou aqui@lagos.
~~
As surgidas w m o provimento do cereal açoriano ao
J3mchd, estabdwido em 1508 corno ohrigathb pela coroa, terão
~~ A #e&iç&o deste segundo mercado, @a dificuldade em
pe:- estava minorada em face da presença &minante de madei-
penses em algumas das ilhas das Ceuisrrias que dispunham do neces-
$$rio excedente ceredífero -Tenerife e Lanzar~t&'~.
Deste modo a Madeira que no sbculo xv se havia afirmado
mm um importante mercado fornecedor de cereal ao reino e iis
pmças de Mafiocos surge jA m década de setenta dessa cenklna
dif~~uidades no seu abastecimentopelo que se tornava necessC
&o estabelecer uma nova área capaz de subtiaiir a iiha nessa mis-
fnimen?Aria e de atender is suas necessidades. Assim sucedeu
o progresso da exploração do solo açoriano que veio exercer
+a necessária substituiçb e alternativa L solicitações madei-
mses.
Giulio Landi, na dicada de trinta do século XVI aquando da sua
a i t a h Madeira tomou contacto com essa realidade e dela
&&OU memdriit:
«A i i h produziria em rnaior quantidade se semeasse. Mas a
ambição das riquezas faz com que os habitantes descuidando-
se de semear trigo, se dediquem apenas rio fabrico de açúcar,
pois deste tiram maiores proveitos, o que explica não se oolher
na ilha trigo para mais de seis meses. Por isso h&uma carestia
de trigo pois em grande ribundamia é importado das ilhas
vizinhas»56

Desta forma a Madeira precisa de importar anualmente de 1/3


a 1/2 do cereal que se consumiana iha, isto 6 três quatro mil moios.
Se tivemos em consideração que os Açores dispunham apenas de
um valor idbntico a esse para exportqão, no qual se incluia o provi-
mento obrigathrio das praças africanas, e de que a exportaçãopara a
Madeira não ultrapascia os nossos vizinhos de vinho, sumagre, fruta
verde e seca e artefactos. Todavia o cereal surge aí como o principal
móbil desse movimento comercials8. Esta rota de abastecimento,
definida em princípios do século XvI,dominou as referidas conex&s
atk meados do seculo seguinte. A sua afirmação depender8 não só
de entrave açoriano a esse necesshrio fornecimento, mas tambkm
pela facilidade dos contactos com este arquipklago, mercê da sua
proximidade e presença de iniimems madeirenses nessas ilhas.
Não obstante alguns testemunhos apontarem para um relacio-
namento canario-madeirense a partir da decada de quarenta do
dedo XV,este s& ser8 uma realidade, ao nível comercid, no skulo
XM. Assim a primeira refedncia ao envio de cereal é datada de
1504 sendo este proveniente de IA Palma a que se segue em 1506
de Tenerife e em 1523 de Lanzarote.
Também aqui a documentaçiio nos atraiçoou pois a falta dos
registos de entrada e saida nos tres rirquiptilagos impede-nos de
quantificar e avanqar no conhecimento dessa realidade. Por felici-
dade, a exigencia estabelecida no s4cdo XVI pela vereação funcha-
lense de que todo o cereal vendido na cidade deveria ser aberto,
permitiu-nos estabelecer uma sdria de dados próximos dessa
arnbiência que nos permitem ter uma ideia do movimento de cered
no porto do Funchal no periodo de 1510 a 1642. Durante esse
periodo entraram no Funchal 16.598 moios de cereal, sendo 25%
oriundo das Canárias.
A informação disponível na documentação de Canfirias aponta
para ri saida dessas ilhas de apenas 2.070 fanegas, valor que está
aquém da realidade, uma vez que as estimativas feitas a partir do
movimento das embarcações poder8 levar-nos a um valor cinco
vezes superior. Note-se que na documentação madeirense surgem
As conexoexoe8
canano-ln&rensm nos s&ulos XY u XVII

ckumentadas 8.788 fanegas de cered cambio errr que 29% 8 pro-


vegiente de Lamcuate e 13% de T e d P e .
Para o perfodo de 1504 a 1530 Manuel Ldm Cabrera e M.
. W k a f 9 dao conta da saída de 2.070 faaegas de cereai para o
. Fmhotl, whado num total de nove mil famgas de aoordo com o
t movimento de embarcaçbes. Para o perido de I504 a 1640 temos
d e r b i a de 2.872 fanegas e de mais de quinze ernbarcwes reser-
vada~savet os mil e duzentos moios, termos que W t i r a necessi-
&e d~ remw a novos mercados, corno o canBno e europeu, parei
@er assegurar o número necessário de moios de cereals7.
O cereal surge assim como o principal factor desse intenso trd-
&a m r c i d entre a Madeira e as C d a s nos s6culos xW e xmr.

am a ser as mesmas hl com+$um&


com os portos
-se que este corte foi sol & ~ c t&ai incapaz de p6r
conexaes canario-mdeireJrses. Os pmdupois transacio-
especial, vinho, sumagre, e~~ e pano (estopei,
a quese juntavam, por vezes, h t a verde, d o s ,
pipa e peixe seco. Ai destaca-se o vinho, agícar, sumagre, de que se
refere frequentemente a saída paira b a r o t e e Gran Canaria.
Em síntese a Madeira recebia o cereal e a carne das C d a s e
em troca abaste ao envio de cereal que poder8 rondar as 10.672
fanegas.Enquanto no primeiro qumb do sdculo XVI esse com4rcio é
dominado pela ilha de Tenenfe, nos momentm seguintes a suprema-
cia s& atribuída a Lanzarde que siprge apenas em 1526, mas que
adquirirá uma posiçao hegemhia a w dthw décadas da centiiria,
situmçb que se manterá até 1640. Más no trdf~comarítimo entre os
dois arqui~lagosLwnzaPote det8m a supremacia pois mais de
metade saÍrm dessa ilha.
O surto destas actividades oomerciais nos s6culos XVI e mi,
nomeadamente no período de 1580 a 1640, dever&ser entendido
tona> o resultado do total empedmnento do madeireme nessa rota;
ele era o principal interessado nesse produto e por isso foi o princi-
pai obreiro desse trAfico, assegurando os meios e agentes necessi-
ria h sua ooncretização. Esta era uma tarefa da sua exclusiva
responsabilidade e que raramente delegava noutros portugueses do
reino w castehanos. Para que isso se tomasse realidade foi neces-
sário d a r v i n d o s aos principais portos cantlrios ou repmentações
coxnpativeis com a dimensao das operações comerciais em causa.
Dai o seu aparecimento, nomeadamente em Lanzarote, como
vizinho detentor de kns patrimoniais e relacionado matrimonial-
mente com dguns locais. A f m h e a dinâmica & solidariedade
gerada pela comum origem nmdekme assegura a necessiriã con-
fianqa dos interlocutores h w neg&~io.'~ par disso a posiçao prefe-
renciai cio pportuguês, e p q u e mdehnse, nesse processo
deveria garantir-ihe um elevado fwdio.

5. O impacto luaiada na d e d a d e cm&ria, demarcado pelos-


s é d o s xv a XW, implicou milltiplas MuBncias no quotidiano des-
tas h, nos seus mais variados a s p e m . Deste modo o equacionar
dessa influencia não dever8 r e s w - s e apenas ao rastreio documen-
tal dessa realidade, tornando-se necessária uma atenç8o e pesquisa
ahrgadas a outros campos das cihcitis humanas. A etnografia, a
hguhtica são potenciais c a m p de interesse nesse domínio. Nesse
contexto destacam-se os trabalhos de P4rez Vida1 que teve o mdrito
de ser o primeiro a ficar desprto para ata problemAticii e de avan-
çar com um projecto de pesquisa de elevado nivel, que deu muitos
bons resultad0s"o.
As conexòes canariomadeimses nos séculos xv a XVII 887

As aporh#es Illiguisticas portuguesa a sociedade cambia


f m o domínio que o autor mais revelou o seu empenho e do qual
wultrirmn imimexris trabalho5 reveladom da dimensão que assumia
a.presmçalusiada nei sociedade canária.Esse contributo situa-se ao
dvel da nomenclatura do sector dos ofícios, dos instrumentos e pro-
dutos agrícolas, da designação das esHcies piscicolas. Neste u1timo
. caso essa nomenclatura B de influencia marcadamente ma-
deirense6l.
Tendo em consideração o forte impacto madeirense em algu-
mas h deste arquipdago parece-nos necessário adequar a me-
ddugia 'de pesquisa a essa realidade, procurado ver nesse contexto
qurris os aspectos especifiws desta região que para ai foram levados
jmhmente com os gerais de Portugal. Assim a d s e comparada
&ssm portugussismos com a nomenclatura típica do faiar madei-
renst @erh ser reveladora dessa recôndita realidade62.
Por ouúo lado o facto de os portugueses surgirem ai como arte-
*, w m t ~ t o m s ,agricultores, ter8 contribuido para que essa
~~a abarcasse os vdrios campa do quotidiano, sur-
&& d insmmtos e técnicas de labom@o e sonstnição portu-
g u e w ~Mo~~. particular da &a do m y h r e da vinha, em que a
Madeira SE destaca pelo pioneirismo do seu aproveitamento no
q ~ q roi W c 0 , essa influencia madeireme deverti ser relevante.
Hwse mmtato se destaca o complexo açucareiro, dominado pelos
canaviais, casas de habitaçso, engenho e acequias, que dever8 ser
uma apartação maâeirense. Aqui no caso do aproveitamento das
m as para o regadio e força motriz nos engenhos o madeirense
b o u consigo as levadas64 e adaptou-as as condigões do novo eco-
&terna que por certo não era muito diferente de seu local de
aigema.
T m b h na viticultura encontramos marcas que nos poderão
m h m r a favor de uma influencia madeirense; as latadas de La Pai-
ma66,a comum designação & algunas castas -negra mole, boal,
vdeiho- e idbntica tecnologia do lagar6'. Note-se aliás que,
para d h da exportaqb assidua de vinho para essas ilhas, a Madei-
ra tambdm Ihes fornecia arcos e madeira para pipas.

-- T m b h a presença de canários na Madeira, ainda que dimi-


nuta, deixou dgumas marcas indeldveis, destes destacam-se os abo-
rlpnes pma aqui conduzidos na segunda metade do s é d o Xv que
legaram dguns aspectos do seu g u o ~ d 8Este . é um campo
ainda virgem que espera por quem de direito para o revelar, tdavia
podemos enunciar jB alguns elementos que corroboram essa reali-
dade. Em primeiro lugar destacamos alguns guanchismos, como
tabaiba e Garachico, e a infiuhcia na dieta alimentar como a gene-
ralizaç8o do gofio, nomeadamente no Pom Santo69. A par disso
podemos revelar que em nosso entender o uso de odres -borracho
na Madeira- para o transportar de vinho de Madeira derivou des-
sas influhcia berliera. Ngo obstante o seu uso em Lisboa no século
para o transporte de mel e azeitew, parece-nos que a sua generaliza-
ção na Madeira foi resultado da presença d a aborígenes candrios
na centúria quatrocentista. Note-seali& que o povoamento cinegé-
tim das Desertas7'foi feito com cabras dai oriundas e que os referi-
dos aborígenes foram eximios no pastoreio deste animal. A par disso
encontramos em ambas as ilhas, no s h l o XW, o uso generalizado
deste tipo de vasilhame para o transporte de vinho, sendo conhecido
na Macieira como odre e nas CanBtiris como botaT2.
Peste modo o estudo das conexões canári*madeixenses não se
deberá resumir apenas ao rastreido dessa presença e intervenção na
documentação histórica posi dever8 atender-se a outros domínios da
pesquisa que abonem em favor dessa realidade, em que a etnograf~a
e a linguística ter& necessiúiamente algo a dizer. Por outro lado a
concretização deste projecto sii ser8 possivel por meio de um plano
integrado de pesquisa a comparticipação de investigadores de v&ios
q d m t e s . S6 desta forma será passível das sociedades insulares e
a historiografíí insulana ficar8 mais enriquecida.
As conexões canario-i~iadeirensesnos s&ulos xv a XVII

NOTAS
1. Nesse contexto se dever8 enquadrar a criação dos arquivm distritais na
Madeira e Açores (1 93 1) e provinciais nas Cariárias (1 935). Quanto hs instituições
destacam-se Ei Museo Canario (1879), o Insh-tuto Histórico da Ilka Terceira
(1944), o Iinstiíuto C~lhlmlde Ponta Delgada (1944); apenas na Madeira se rnan-
teve atk h adwiidride sem esse necessário suporte instimcional, mas a criaçáo em
1986 do Ceinttv de Eshrdos de Histórica do Atlrfintico permitiu colrnatar essa lacuna
e equacionar de forma diversa e 'bvadora a realidade historiogrgfica insular em que
a isiha se equadra.
Para as revistas da especialidae merecem especial destaque: E1 Museo
Caiiano (1880), o Heraldo da Madeim (1904-1915), Revista de Historia (19231,
Arquivo Histdrico da Madeira (1931-19771, Insulina (1944), Boletim do Instituto
HCtórico da Ilha Terceira (19441, D a s Artes e da Histdria da Madeim (1948-
1971), Boletim da Comissüo Reguladora do Comércio de Cereais dos Açores
(1945-IMO), Anuario de Eshdiox Atlanticos (1955) e Arqu@élago-Cidncias
Humanas (1977).
Ao nível dm colkpios a primeira redização surgiu em 1977 sob a 6gide da
Cosa de Coldn com o Coldquio de Historta! Canario-Americana, que vai j i na
oitava realizaçh, depois surgiram em 1983 o Coldguio Internacional de Histdria
dos Açores de que se celebmu jB a segunda redizaçh no ano passado, em 1984 as
Jornadas de Historia ak Lunzarote e Fuerteventura que aüqgram jB a sua terceira
. realizaçfioem 1987 e, finalmente em 1986 o ColóquioIntemional de Hisrdriu da
Madeira que tera em Setembro do prbximo ano a sua segunda concretizagfm.
2. Os Pomgueses em Candrias, ia Laguna, 194 1.
3. «Aportación portuguesa a la poblacibn de Canarias. Datos», in Anuario &
EsMdios Atluntims ,n.0 14,1968; «Esbozo de un esmdio de Ia influencia portuguesa
en la cultura canarim, in Homenqie a Ellas Serra Rqfols, I, 1970;Estudios de etno-
gt@á y folklore cananos, Santa Cruz de Tenerife, 1985.
4. As relaçdes dos Açores com a Ambrica Espanhola a a Canan'as nos sdcu-
los X K ' e X V I I , VC. H . C . A., 1982.
5. Manuel Lobo Cabrera, «Grm Canaria y 10s contactos con las idas portu-
guesas atiánticas: Azores, Madera, Cabo Verde y Santo Tom&»;in Congresso Inter-
nacional de Histdria Marítima, Las Palmas, 1982; idem e Elisa Torres Santana,
~Apmximacióna Ias relaciones entre Canarias y Azores en los sigios xw y XVIIN in
Os Açom e o Atldnh'co (Sekulos X l V e XVU],Angra b Heroismo, 1984; Mmuel
h i m Cabrera e Margarita Martiii Socas,«lhigraciiin y Cwkemío entre Madeii y
Canarim en e1 sido XVI, in ibidem.
6. Luis Alberto Anaya Heraandez e Francisco Fajarda Spinola, relaciones
& h Archipielw de Azms y de Ia Madera can Canarias, segun fuentes hqukito-
riales (Siglos xvr y xw~),,,CoIdgrrio Internacional de Histdfla da Madeim, Fun-
chal, 1986; E h l'oms San- aias r e k b e s entre Madeira y las CanBnas
O r h t a l e s en e1 primer marta de1 si& xvn -una apmximacidn a su redidad
h&hica-,ibfdem ;Manuel Hern- k n i d a , u $ a b d de Noroiia:Ia trayectmia
i b t r d a de un made- s i n m . iB#m~
7. ((0Combrciode Cereais h A- p m a Madeira no s é d o xwn, in 0 s
R q o m e o A r l d n t i m ~ W e ~ ~ ~ &,i986;«OComtr- B
cio de Cereais das Canhiaa para a M&h aos d o s x v - x w n , in tl Colóquio de
H k W Cumno-Ame~cunu,Las Palmas, 19% a 0 -te D.b n i g u e e o Se*
rio & Lanzarateii, 11Jornadas de H b r i a de LãRBamte y Fiaemenrum, Arrecife,
1985; a 0 Comércio disfarçado nas &as do A W c a Orientuk p r o c e ~ de b r b -
h&Cuello na inquisgh âe Las Palmas (1591-1598)n, Congresso sobe a Itquhi-
@o Porrguesa, S.Paulo, 1986; O Ç o m M o Inter-Insular nos S h l o s XV e XVI
(íU&rri. Açores e Chárim), Funchal, 1987.
8. «lntr&çáa ao EsRido do Direito Local Insular: as posturas da Madeira,
A p m e C d a s » , W I Coldquio cde H~storia Canario-Amm'cana, h
Palmas, 1986.
9. O Codrcio I n & ~ I m l a rnos S h l o s XV e XVI (Madeitu, Açow e
Cunkrbh (<OSenhorio no AtlBatico insdar h t d . h t i b comparada da din8-
mica institucional da Madeira e Ganirias m i & ~ c u h xv e m m , LI1 J0rnah.v de
Histeria & Fuemventura y h a m t e , hwtn &I Rosario, 1987;História Compa-
r m h das ilhas Atldruicas. &&ia proferida no Funchal a 10 de
Novembro de 1987.
10. Veja-se nosso estudo i(Com&rcioda meais das Cmhias para a Mdeira
ms S8culos xw e xvnn ji citado.
1 1. Fernando Jasmins Pereira e José Pereira da Casta, Livros de Contas da
Madeim 1504-1537. 1. A l m x a r i f h e Arddegm, Coimbaa, 1985.
1 2 ccAportacion poFhigucsa a la poblaeimn de Canarias...i ) , ja citado.
13. Albetto Vieira «O infante D. Henriquc e o Senhorio de hmamte... s,
j&citado.
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As com- canarto.nirsdeimes nm ~ ~ c X hE ~sp m 897

~0CamQcimdisf~nasilhaPdoA~Qrienttil:opro-
wnm & W l o m e CueUo na Inqubiç& & Las P- (1591-
15981, k Ilongmm sobe a Inquisiçdo -ma. S. Paulo.
AMAYAHHWANDRZ, Luis Albwto e FAJARW I 3 W h m ~~Rdacimwi
: de
'
h md@hWg~ de Azores y de la Madera rxiii Cmarias,segh fuen-
@ i y u k b d d e s (Sigim XVI y XYU)>~,ni (3a16QarioXntmcionul de
ANEXO

1. MADEIRELVSES NAS cANÁRIAs


NOME DATA ILHA SITUAÇAO OBSERVAÇAO
? 1591 GRAN CANARIA Est. Sapateiro
Adridn Ferrera 1600 TENERIFE Trabalhadorhquisi.
Afonso Aivarez 1599 TENERIFE Toneleiro/?nquisição
Afonso Alvmz 1520 TENElUFE Est.
Agustín Betmcor 1639 MZAROTE Est. bante
Alvaro Dias 1522 TENERIFE Est.
Alvaro Gwzhiez 1555 IERRO
Alvaro Rodriguez 1589 TENERIFE
Alvaro Si 1520 TENERZFE
h l a d o r burengo 1619 LANZAROTE
Ambrosio Viera 1599 TENERIFE Sapateiro/riiquisiç&o
Ana F e d e 2 1567-1577 GRAN CANARIA Socador canashqui.
Ana Gonzsilez 1618 WZAROTE Feitiçaria
Ana Pereira 1640 LANZAROTE Feitiçaria
h Sosa GuduILes 1626 TENERZFE Feitiçaria
i Andrés Sardina 1638 LANZAROTE Est.
Andrés Sosa 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Anth Mautrns 1621 LANZAROTE Resid. Sapateiro
Antonk Luis 1581-1582 LANZAROTE Feitiçaria
Antonio Ahrasez 1620-1625 LANZAROTE Est.
Antonio Barreto 1637 LANZAROTE Est.
Antonio Diaz 1620-1625 LANZAROTE Est.
Anionio Femdnb Santos 16 19-1632 IANZAROTE Resid.
Antonio FemBndez 1528 GRAN CANARIA
Antonio García 1626 LANZAROTE Est.
Antonio Gil 1567-1577 GRAN CANARIA Refm. açilcarrnui.
Antonio G u e s 1626 LANZAROT'E Resid.
& i d o Gonzdiez 1631 GRAN CANARIA Mercador/Inqukiçiio
Antunio Gonçalves 1621 LANZAROTE Resid. Sapateiro
Antonio Gonçalves Sidrón 1620-1639 LANZAROTE Reaid.
Antonio Martins 1622-1629 LANZAROTE Est. Prateim
Antonio Mendes 1527 GRAN CANARIA Est.
Antunio Rodrigues 1589 GRAN CANARiA Est.
Antonio Silva 1620-1625 W Z A R O T E Resid.
Antonio Vicente 162CL1625 W Z A R O T E Est.
Antb 1520 TENERIFE Est.
A n h Martin 1620-1625 W Z A R O T E Est. Sapateiro
Bdtasar Gami 1591 GRAN CANARIA Feitiçaria
Baltasar Perera 1619-1625 IANZAROTE Est.
Baltasm Rebelo 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Balmar V e h o 1631-1637 LANZAROTE Resid.
Barbola Machada ou Radcig. 1589 TENülUFE Mulata/Inquisição
B a r t o l d Afbnm 1600 TENERiFE Trabahdor/Inquisi.
Brirtolod HemBndez 1581-1582 LANZAROTE Tmbdhador/Feitiça
Bartolomé Perera 1589 TENERIFE Muiato/hquisiçiio
Beatriz I607 TENERIFE Feitiçaria
Beatnz bpes 1561 JANZAROTE Feitiçaria
Beatnz Ribera I639 W Z A R O T E Est.
Belchior Domingos 1630 LANZAROTE Est.
Belchior Sosa Perera 1634 LANZAROTE Resid.
Benito Wmez 1620-1625 LANZARQTE Resid.
1. MADEIRENSES NAS CANÁRIAS (Cont.)
NOME DATA ILHA SITUAÇAO OBSERVAÇAO

Benito Rodriguez 1589 TENERIFE


Bento Dias Cea 1639 LANZAROTE Resid.

-
Bento Gómes 1619 LANZAROTE Est.
Bento M g u e s 1626 LANZAROTE Resid. Toneleir0
B h Castro 1599 TENERIFE Porto Santoíhquisi.
Blás Dias Araíia 1628-1631 W Z A R O T E Est.
B h Freitas Com 1629 LANZAROTE Est.
B h Rodrigues 1552 TEMRIFE Est.
Bk 1526 GRAN CANARIA V.0
Carcia Medoma 1640 IANZAROTE Feitiçaria
Catdiua Mendoza 1640 IANZAROTE Feitiçaria
Cntaiinaa* 1631 IANZAROTE Feitiçaria
Camim Ovalle 1613 LANZAROTE Feitiçaria
Cristdval W g u e s 1619 MNZAROTE Resid.
DamiBn F h b i g w s 1638 WZAROTE Resid. Sapateiro
Diep TniziIio I526 GRAM CANARIA Platem
Diogo Castro 1620 LANZAROTE Est.
Diogo Gonzillez 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Diogo Neto 1630 LANZAROTE Est.
Diogo Pires 1635 WZAROTE Resid.
Diogo Rodrigues Mordes 1627 LANZAROTE Resid. Carpinteiro
Diogo Rodríguez 162@1625 LANZAROTE Resid. Piloto
Domingo Dfaz 1631 LANZAROTE Sapateirolpeitiçaria
Do- FemWez 1617 LA PALMA FuaidorAnquisiçBo
DomingoPiris 1640 W Z A R O T E Feitiçaria
-
Domingos Caires
Domingos Gonçal2 .Nobreg
Jwe SEI.>.
Domingo Monteir0
Domingo Pires
Domingo mero
Domingo RmMgues
Fernarn Moreno
FTw: 1639 W Z A R O T c
1622-1631 LANZAROTE
1626 WZAEIOTE
1631 M Z A R O T E
1629-1636 LANZAROTE
1631-1640 LANZAROTE
1620-1638 LANZAROTE
1631 LANZAROTE
Resid.
Est.
Resid.
Resid.
Est.
Est.
Est.
. t

hante
Mareante
Sapateiro

Mestre navio
Femando Acioli Vasconcel 1619-162I LANZAROTE Est.
FernBn M g u e z 1589 TENERWE Sastre/Inquisição
Fiiipa Abreu 1561 TENERIFE Feitiçaria
Frmcisca Rodriguez 1608 LANZAROTE Feitiçaria
Francisco Aguilar Lugo 1625 LANZAROTE Resid.
Francisco Fernández 1511 TENERIFE Est.
Francisco Fernánáez 1610 TENERIFE Sastre/hquisição
Francisco Ferreira 1638 LANZAROTE Est. Sapateiro
Francisco Gmcia 1636 W Z A R O T E
Francisco Gwzilez 1617 U P A L M A
Francisco Gonçalves 1638 LANZAROTE Est.
Francisco Manuel 1638 LANZAROTE Est.
Francism Miirtins 1619 LANZAROTE Est. Mareante
Francisco M& 1557 GRAN CANARIA Est.
Francisco Mota 1619 LANZAROTE Est.
Francisco Pimentel 1630 LANZAROTE Est.
Francisco Resende I620 LANZAROTE Resid.
Francisco Rodriguez 1599 TENERIFE Inquisição
Francisco Vaudo 1627 LANZAROTE Est. Mestre navio
Francisco Vasaiia 1639 LANZAROTE Est. Mestre navio
Fray Alexo Leme 1617 LA PALMA Dominicano/Inquisi.
1. MDEIRENSES NAS C A N . A S (Cont.)
NOME DATA ILHA SITUAÇAO OBSERVAÇAO

Fray Juan 1528 GRAN CANARIA Noviço


Gaspar Abelos Spignolla 1625- f 630 LANZAROTE Re/Es. Alferes
Gaspar Fernández 162@1625 LANZAROTE bid.
Gaspr GwizBtez 1620-1625GRANCANARIA V.0
Gaspar Oban 1630 IANZAROTE Est. Mestre caravela
G- L6pez 1589 TENERIPE inquisiçáo
Geralda Sosa 1628 IANZAROTE Est.

-
G o n d a m Memras 1567-1577 GRAN CANARIA
GoahAbW 16XL1625 IANZAROTE Resid.
&maio Femra 1620-1631 M U R O T E
m o Gonzzkiez Zrrrco TENERIFE
Gmdo ~~ 162S1625 FüERTEVENTURA Resid.
Ganado HernBndez 1617 IA PALMA Sastre, muiatoiInqu.
GoozaloRibems 1589 TENERIFE
C40nzrilo Swa 1620-1631 W W O T E Est. Feitiçaria
Gonzalo Pds 1511 TENERIFE Est.
Gonçalo Lopes 1630 UNZAROTE Est. Mestre Caraveh
GuiUén Acosta 1620-1625 W Z A R O T E Est.
Hilruia Beiia 1561 GARACHlCO Feitiçaria
h& Aivarez 1620-1625 LANZAROTE Est.
inds Hernhdez 1589 UNZAROTE
Isabel Hembdez 15?? GRAN CANARIA
Isabel Lugo 1610 TENERIFE inquisiçib
Isakl bcldguez Castro 1599 TENERlFE InquisiçHo
Isabel $@veda 1613 M Z A R O T E Feitiçaria
Jacome Costa 1646 LANZAROTE Re.sid. Sapateiro
Ger6nimo Suem 1639 UNZAROTX Est.
Joan Ferrera 1645 LANZAROTE
Joana bjas 1620 LANZAROTE Est. M. Francism Acioii
João Fembdes 1619 LANZAROTE Est.
João F e d d e s 1626 WZAROTE Resid. Mareante
João FemBades Pereira 1626 LANZAROTE Est. Sapateiro
Jorlo Gonçglves 1626 M Z A R O T E Est. Prateiro
JoBo Méndes Cueilo 1632 LANZAROTE Resid. Pilota
JoBo Soure 1600 GRAN CANARIA Est.
Jum Afonseca 1629 W Z A R O T E Est.
Juan Delgado 1508 TENERXFE Est.
Juan Enriquez de Gbman 1512-1523 TENERIFE Est.
Juan FernBndes 151 1-1522 GRAN CANARIA
Juan Femhdes Vieira 1629 LANZAROTE Est.
Juan Fenilndez 1620-1625 GRAN CANARIA Est. Mestre
Juan Francisco 1620-1625 LANZAROTE ksid. bmte
Juau Gonçdves Sidron I643 W Z A R O T E v.*
Juan Gdmez 1524 TENERIFE Mestre
Jurin Hierro 1620-1625 LANZAROTE Est.
Juan Ponte 1589 TENERIFE
Lorenzo Costa 1625 LANZAROTE Est.
Luis Dumpierres 1640 LANZAROTE Est.
Luis cmm 1599 TENERIFE
L.ilcia (Filja de Inês More) 1640 LANZAROTE
I. MADEIRENSES NAS cA.NA%IAs (cont.)
NOMB DATA ILHA STTZIAÇAO OBSBRVAÇAO

Manuel Pereira Quadros 1640 LANZAROTE Feitiçaria


Manuel Acosta 1634 W Z A R O T E Resid. Pedreim
Manuel Aguiar 1632-1639 LANZAROTE Resid.
Manuel Armas 1599 TENERIFE Porto Santo/Inquisi.
Manuel Baéz 1557 TENERIFE Mestre noviço
Manuel Coma 1668 LANZAROTE v.0
Manuel Dias Cea 1639 LANZAROTE Est.
Manuel Dias L h a 1637 U Z A R O T E Est.
Manual F.,. 1633 LANZAROTE Resid. Piloto
Manwl Fetnstndes 1630 LANZABOTE Est. Sastre
Mmld FmWe.8 1634 LANZAROTE Resid. Maremte
W w l Fedndes Qosme 1627-1630 LANZAROTE Est.
Manuel % d a d a 1620-1625 LANZAROTE v.*
Mmnuel F m i m Teixeira 1653 LANZAROTE Resid.
Manuel 06mea 1632-1640 LANZAROTE Es./Re.
Manuel Goaqalv8s 1638 LANZAROTE Est. Aprendiz sapateiro
Manuel Gonçalves Teixeirri 1631 WZAROTE V.0 Pedreiro
Manuel Lima 1641 W Z A R O T E Resid.
Manuel Upes 1623-1632 LANZAROTE Es./Re. Sapateiro
Manuel Luis I620- 1625 GRAN CANARIA v.0
Mmuel Moca 16 38 LANZAROTE Resid. Soldado
Manuel Pacheco G u c b 1635 LANZAROTE bsid. Sapateiro
Manuel Perera 16 10 TENERIFE Pedreiro/inquisição
Manuel Perera Jardim 1631 LANZAROTE v.0
W u e l P e m Cuello 1628 LANZAROTE
Manuel Rino611 Pereira 1640 W Z A R O T E Feitiçaria
Manuel Rodr&ues 1631 LANZAROTE Resid., Sapateiro
Manuel W g u e z 1589 TENERIFE Inquisição
Manuel Silva 1639-1640 W Z A R O T E Est. Mulato, apr. sapat.
Manuel V k Costa 1 63 1 LANZAROTE Est. Sapateiro
Manuel Vieira 163 8 LANZAROTE Resid.
Margarida D k 1613 LANZAROTE Feitiçaria
Maria Acosta 1631 LANZAROTE Feitiçaria
Maria Afonso 1525 GRAN CANARIA Est.
María Dias 1646 LANZAROTE V .a Vendeira
María González 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Maria Lugo 1610 TENERIFE Vendeira/hquisição
María Machada 15 8 1- 15 82 LANZAROTE Fetiçaria
Maria Machada, irmã de ... 1 5 8 1- 1 5 82 LANZAROTE Oleiro/Fetiçaria
Maria Ramirez 1587 TENERIFE Est.
Martirn Femández 1511 TENERIFE Est.
Martirn Fernandez 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Mateo Femandes e fdho 1523 LA PALMA V.0
Mrtteo Perera 1635 LANZAROTE Resid.
Matias Gonçalves 1622-27 LANZAROTE Est.
Mritias Herrera 1599 TENERIFE Porto Santo/lnquis.
Melchor Fernandez 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Melchor Santiago 1591 LANZAROTE
Mencia RodrÍguez 1589 TENERIFE
Miguel Martinez 1522 TENERIFE
Miguel Mdrquez 1620- 1625 LANZAROTE Resid.
Nuno M g u e z Freitas 1 629 LANZAROTE Est.
Pedro Afonso 1640 LANZAROTE Feitiçaria
Pedro Aharez 1620-1625 IANZAROTE Est.
1. MADEIRENSES NAS C A N ~ A (Cont.)
S
NOME DATA ILHA SiTüAçAO OBSERVAÇAO

Pedro Blanca 1620-162s UNZAROTE Est.


Pedm FernBndez 16B1625 W Z A R O T E Res id .
h d r o Fernzindez 15?? GRAN CANARZA Est.
Pedro Ferreira 1637 LANZAROTE Est.
Pedro Gonzáiez 1620-1629LANZAROTE Resid. Sapateiro

-
Pedro h L 1534 TENERIFE Est.
Pedro Marh 1617 LA PALMA Toneleiro/InquisiçBo
Pedro Videla 1618 LANZAROTE Feitiçaria
P h Yanes 1511-1550 TENERIFE Est.
P s d r i o ~ I546 GRAN CANARIA Mestre de açiicar
Pcao I 639 .LANZAROTE V.0
Pem FornBgdsz 15 1 1 TENERIPE &t.
Ptm Marlh 1633 WZAROTE Est.
Pero Nuxm Ferrera 1639-1640W Z A R O T E &L
Rodriga Afonso 1589 TENERIFE Mulato, criadoflnqui.
Rdigo h e 1639 LANZAROTE
Rodnguihez 1554 TENERJFE
m e Ferreira 1629-1630LANZAROTE Es./Re.
-e Fieiredo 1627-1629LANZAROTE Est.
Rui Diaz 1524 GRAN CANARIA Guantero
Sabina Rodríguez 1589 UNZAROTE Feitiçaria
Salvador W g u e s Azeved 1638 MNZAROTE v.0
Sebastiam Gonçalvez Conde 1639 W Z A R O T E Resid.
Sebastiiio Rodrigues Oliva 1619-1638IANZAROTE Es.lv.0
Siman Upes 1631 LANZAROTE EsL Surrador
1. MADEIRENSES NAS CANARIAS (Cont.)
NOME DATA ILHA SITUAÇAO OBSERVAÇAO

Simiin Alvares 1638-1639 LANZAROTE Est.


Simón Gutierrez 1620-1625 LANZAROTE Resid.
Tomd Cordero 1645 LANZAROTE Resid.
Tomé Alvelo 1625 LANZAROTE Reisd.
Tomé Gonçalves 1635 LANZAROTE Feitiçaria
Tomt Rodriguez 1630 LANZAROTE Est. Sapateiro
Vasco Machado 1525 GRAN CANARIA Est.
DATA MORADA SITUA@O

Juainde Porras 1521 Gran Canaria Estante


Juan Bapthta Espíndola 1631 Lamarote Estante
Pedro Correa 1581-1582 L a n z m
Gonçalo Barrios 1581-1582 ianzarote
Pedm M h e z 1620-1625 h m m t e Residente
Antonio G o n z h IAS i 626-1632Lsmzamte Residente
Francisco Gonzsilez 1620- 1631 Laazarote Residente
Amador Lorenzo 1612- 1622 Lanzarote Estante
Pdm A f o m 1620-1625 Lanzarote Residente
Gonzalo de %a 1620-1625 Lanzarote Residente
F m c k a Vieira 1620-1625 iamarote Estante
Jum Vieira 1619 Lanzamte Estante
Bastih Cmtriiio 1620-1625 Gran Canaria Vizinho
G6mes âe 10s Abuelm I62@ 1625 h a r o t e Residente
Juan Rdíguez t 620- I625 Lanzarote Residente
Francisco Rodriguez 1623-1630 h m t e Residente
Domiq$ Pires 163&1641 Lmzamte Residente
Francisco Martin 1639 iasululote Residente
Cristóvh Lopes 1639 h a r o t e Residente
Martin Gomes 1639 iamarote Residente
Francisco Dias Arda 1626-1637 Lamarote Residente
Domingos de Caires 1639 Lanzarote V I
Domingos de Figueiredo 1639 iamarote Estante
Antonio Martins Barreto 1622 Lanzarote Estante
Jacques Richiirte 1631 Lamarote Residente (ingl2s)
Manuel de Sosa 1636 h a r o t e Residente
Blas de freitas Correa 1629 Lanzmte Estante
Juan de Affonseca 1629 Lanzarote Residente
Amador Coelho 1632 Lanzmote Residente
Antonio Vaz Nogueira 1638-1640 h m t e Estante
Manuel Dias Lima 1638 Lanzarote Residente
Rque Ferreiia 16341638 h m ? e Estante
Melchor Gonçdves 1639 huzmte Estante
Diogo de Figueiredo 1639 h m t e Residente
Martins Gomes 1639 Lanzmte Estante
Feniando Rodngues 162&1632 ianzarote EstanteNizinh
Miguel Martinez 1524 Grm Canaria
Andrds de Paiva 1640 h a r o t e Estante
Pedro Fernandes Tinoco 1623 Lanzarote Residente
Luis Rdrigues 1625 Lanzamte midente
2 MERCADORES DA M A D E W NAS C . . A S (Cont.)
DATA MOBADA S ~ A M O

h t d o Si 1625 hmmte Raidente


P d M 1625 Lanzarota Regidente
1626-1630Lanzarote b t e
1626 Lanziirote Resiüente
1626-1627 &si-
1627 Lamaiote Estante
1627 ' Larrzmk Estante
1629-1630 h ~ a r o t t &--
1629-1630 LWIZWO& a -
1630 Lanzarott Estante
1630 üstmte
1630 Lantarote
1630 hmmte Estante
e 1630 Lmzarote Estante
1630 hmmte Estante
1630 hmmte Estante
1631 -te Estante
1631 T ~~
1631 Lanzmote Vizinho
1632 hmamt~ RersBdente
Figueira 1632 T Residente
1632 Lanzasot% hsidsnte
1635-1639 -te
1636 Lanzamk ReAbk
1638 rnrw.nmtR Estante
~~ 1638 Lanzamte Estante
-m 1638 -te =dente
MeWmdeBeaPereni 1639 hmmte Estmiate
ãedso U m Fmira 1640 hmamte Estante
w
e -,
m
1640 Lauzmm
1627 Lanzarote
Estam
Estante
m- 1600 GranCaoa$a Estante
3. C A N ~ O NA
S MADEIXA
NOME DATA ILHA
Martin Alrneida Tenerife Estante Fidalgo
Joam Beringeii La Palma Estante Tanoeiro, flwengo
Francisco da Silva Tenerife
Catarina Francesa Hiem
Domingos Gonçdves Gran Canatia
Antonio Nunes Gran C d a
Jorge Gwçaivm Gran C d a
lhmhgos Gonçalves Gran Canaria
Maria de Figueiredo Gran Canaria
Maria Cabreira . LanZamte
Jcdo Baptbta ?
Anionh *ira Tenerifa
Diogo Lopes Tenerife
Filho do Marqu& Lanzarote
Baltasar AnQade La Palma Soldado
Afonso Cerdefia Gran Canaria Soldado
Bastiib Martins Gran Canaria
Manuel Gomes Tenerife
Bastih Dias Gran Canaria Soldado
João da Cruz Tenerife
Francisca Conaeiw La Palma
Damião Rdrigues Tenerife
Manuel Main Gran Cmaria
Bartolomeu Garcia Lanzamte
F r a n c h Amas Tenerife
3. C A R ~ ~ NA
~ OMADEIRA
S (Cont.)
'NOME DATA ILHA S I T U A ~ ~ O OBs.

Antonio Igiesia Gran Cmaria


Miguel Pires La Palma
Alomo Aguiar Gran Canaria
S M o Pires La Palma
Gaspar Rdrigues La P h
Cristdvllo de Lugo Grm Cmaria Soldado
Pero de Vera Fuertevenaira
Maria Serras Gran Canaria
Cristdvão Valdama Tenerife
Manuel M d n s Lanzarote

4. FBETMENTO DE EMBARCAÇÕES PARA O C O M ~ R C I OENTRE


A MADEIRA E AS cANARL~s
DATA PERCURSO
Santa Cniz (Madeira)/Canaulas Vinho, laranjas, 1 escravo negro
Santa Cruz (Madeira)/C& Pano (empa, burieI, liteiro)
Fufu:M/Cmarias 20 pipas de vinho
FunchailCanãrias Fmta verde, trigo, alhos
Santa Cruz (Maideira)/Cm&ias 384 m b a s retame
Santa Cruz (Madeira)CanBiiais 184 arrobas de meles mascavados
Madeira/Gran Canaria -s
Madeira/Gran Canaria -s
Madeira/Grrui Canaria Sumagre, esparto, amendoas, nozes
M a d e i r a Gomera~Tenerife Roupa
MadeirdGran C m a Doces, M o , lanço e pipas
MadeiraLmzarote ?
MadeiralLanzmte ?
Madeira/Grm Canaria sumam
Madek/Gran Canaria Tecidos
MadeiraIGran Canaria Sardinhas
MadeiraIGran Canaria Livros
Madeira/Gran Canaria b~
MadairalLanzarote ?
Madairabnzarote ?
Madei~a/lanzarote 34 pipas & vinho, 4 sacos de sumagre, 75 &queires
de nozes.
Madeiranenerife 1 pipa de mahasia, 8 caixas de qícar, 4 m b a s de
sumagre, conserva, casca, m e l a d a
Madsira/Gran Canaria Linho, 16 pipas vinho, comerva
Madeira/lanzamte Roupa, gargantilhas, canastra de vinho, pipas
Madeira/Gran Canaria Espam
Madeirabamte V i , esparto
Madeira/Lanzamte ?
Madeira/hmamte Vinho, B,doces
Madeirabarote Vinho, h t a , dwes, sumagre
Madeirabmte Escravos, aguardente, açiicar, tabaco, azeite de peixe
MadeWenerife (Puerto de Ia Cruz) ?
Madeira/Tenerfie (Rierto de Ia Cruz) ?
Madeira/lanzarote Vinho, vinagre, mel, nozes, h s , aguardente
Madeira/Lanzm S a d h h , bacalhu, louça branca
Madeira/Gran Canaria/Berberia ?
4. FRETAMENTO DE EMBARCAÇ~ESPARA O COMERCIO ENTRE
A MADEIM E AS CANÁRIAS (Cont.)
DATA CARGA

Madeira/Lanzmte Sal
Madeira/Gran C d a Açúcar, favas, lenço
Madeira/Lanzamie/Gran Canaria 38 pipas vinho, 17 sacos sumage, pano, nozes, remel, 1
escravo, marmelada
Madeira/Lanzarote 3 pipas de vinho
Madeira/Gran Canaria 12 s m sumqre, fruta verde, nozes, remel, pano
MadeiralGrm Canaria 11 pipas vinho, 2 sacos surnagre, fruta, nozes,castanhas,
pano, marmelada
Madeirabnzarote 12 pipas vinho, alhos, suaiiigre, mel, m, pano,
nozes
MadeiralGran CanariaDerbería Tabaco
MadeiralGran Crinaria ?
MadeirdTenerife (Puerto de la Cruz) Bacalhau, asardhha, m e de porco
MadeirOenerife (Puerto de Ia Cruz) Madeiras para pipa
Madeiraflenerife (Puerto de la C m ) Madeiras para pipa
Madeiraflenerife (Puerto de la Cruz) Madeiras para pipa
Madeira/Gran, Canaria Louça, roupa
Mrideira/Gran Canaria Açilcar, doces, vi&, louça
5. FRETAMENTO DE EMEARCAÇÕES PARA O COM.RCIO
ENTRE AS C A N ~ A A
S MADEIRA
DATA PERCURSO FRETE

1506-IX-2 Tenerife (Santa Cnrz)/Madeira ?


1508-II Tenerife (Santa Cniz)/Madeira Trigo e pipas vazias
1509-VI-15 Tenerife (Santa Cruz)/M&ira 12.000 mrs. Pez
151 1 - W - 3 .
Tenerife (Santa Cm)/Madeira/Baiona 500 mrs tonelada 300 quintais de pez, 40
fanegas de trigo
15 20-W-3 1 Tenerife (Santa Cruz)/Madeira 27 e 1/2 d u d o s T*
1522-VII-28 Tenerife (Santa Cruz)/Madeira Trigo
1523-JiI-21 Tenerife (Santa Cmz)/Madeira/Tavira/ 45 mrs. quintal 400quintaisdepez, 190
C* fanegas de trigo
1524-1- 14 Tenerife (Santa Cruz)/Madeira Cevada
1524-VIII-16 Temrife (Santa Cniz)/Madeira 700 m. fmp 600 fanegas de trigo
I 526-X-9 Lanzamtehíadeira Gado, queijo
1619-ii-16 Lanzarote/M&ira 2 I/2 rs. fanega Trigo
Gran Canaria/Madeira Cereal
1621-VI-29 Fuerteventura/Madeira ?
Grau Can&/Madeira Tabaco
Lanzarote/Madeira Queijo e i40
Gran Cangria/Madeira Madeiras
Lanzamte/Madeira
1625 LanzamteMdeira Toucinho, couros
1627-11-30 LwnzluoteMdeha 3.500 queijos
1627-VI-29 harote/Madeira Couros, touciaho, pipas
1628-1-10 LanzarotelMdeira 1.350 E.novos ?
1 628-WiI-15 Lanzarote-Madeira 330 rs. Sal
5. FRETAMENTO DE EMBARCAÇÕES PAIIA O COMÉRCIO
ENTRE AS CANÁRIAS A MADEIXA (Cont.)
DATA PERCURSO FRETE MERCADORIA

24 fanegas centeio
1.150 rs. novos ?
Cm e , toucinho, carneiros,
queijo
sal
7 rs. quintal Urzela
52 fanegas de trigo
500 fanegas de trigo
10 famgas de trigo
240 fanegas de trigo
Cereal

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