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Editorial Opinião ALER

ALERTTA
Mudar ou não mudar? Um regime que se auto sustenta pela ignorância e pelo medo
e que nos rouba a identidade, jamais poderá conduzir-nos à
São preocupantes os números que foram democracia.
enunciados na conferência/debate “Desemprego
Não fora a circunstância do nosso subdesenvolvimento, qualquer
nas Terras de Basto e Perspectivas futuras ”. Com português medianamente informado, perceberia o embuste retórico de
uma taxa de desemprego que ultrapassa a média todos aqueles que nos entram casa adentro através da caixa mágica que é
nacional, com uma abrupta diminuição da oferta a televisão. Gente que é paga para nos mentir.
de emprego, com um poder de compra diminuto e O País está arquitectado, sempre esteve, segundo princípios e conceitos que
a escassear, e o super-endividamento de algumas Ilídio Santos* nos encaminham subtilmente rumo a uma nova forma de cultura da ignorância.
autarquias, o futuro das Terras de Basto aparenta, Os países, especialmente aqueles que vivem em economias de
na melhor das hipóteses, ser laborioso. subsistência, são os mesmos cujos povos sofrem de uma profunda debilidade ao nível dos patamares
Infelizmente, já se sente uma certa efervescência do conhecimento.
Medra em países como Portugal, a ilusão de que tudo está a ser feito no sentido da criação de um bem
(descontentamento) social.
Marco Gomes estar superior, designadamente nas áreas da Educação, da Saúde e da Justiça.
Poder-se-á afirmar que o presente é um reflexo Quando um País é desigual, como o nosso, a melhor saída política para alimentar a quimera da
(Sub-Director) do passado. No meu entender o presente não democracia, é intuírem no povo uma espécie de alegoria, que não é mais do que tenaz ardilosamente
existe. Existe, sim, um palpável passado e uma perspectiva futura que, manobrada para que pensemos que o regime é democrático.
amavelmente, designamos de futuro. O que sentiremos amanhã será os efeitos Não há melhor forma de condicionar as nossas vontades que não seja através do estímulo do Ego, do
das decisões do passado. Se os indicadores sócio-económicos estão no estado controlo pela Doença ou do Medo pela Justiça.
em que estão, não é por um acaso dos deuses é, provavelmente, um resultado Eleva-se o ego, massificando-se o ensino e dando a ideia errada de que hoje tudo é diferente. Nesta
de um longo caminho de decisões e estratégias que políticos, decisores e eleitores ilusão de facilidades, produzem-se licenciaturas como outrora se diplomavam administrativos,
trilharam. As consequências são, matematicamente, visíveis. Quem acreditar electricistas, carpinteiros ou mecânicos, etc…
Amaciados nesta volúpia, convencemo-nos estarmos perante uma igualdade de oportunidades, quando,
que os destinos destas Terras são escritos por aqueles que a destinam, então a
de facto, a realidade é bem distinta.
sentença está declarada. O fenómeno não é de apreensão fácil, pelo que se torna necessário que cada um tome consciência de
A afamada “crise internacional” não poderá desculpar todos os erros, desculpem, que há outros caminhos que nos passam despercebidos e que, no fundamental, criam condições
mas a seriedade dos factos não o permite. objectivas para que as desigualdades subsistam, como sempre, aliás.
Contudo, o futuro a nós pertence. Exactamente, a “nós”. É imperativo incentivarmos A circunstância de estarmos perante um sistema de ensino massificador, logo de índices de
a mudança de certos modelos e políticas de desenvolvimento que se provaram conhecimentos nivelados por baixo, suscita-nos a necessidade de salvaguardar o futuro dos nossos
falidas. Mais uma vez, as consequências são, matematicamente, visíveis. Haja filhos e netos através da procura de soluções mais qualificadas.
boa vontade e humildade para mudar aquilo que a realidade sentenciou como errado. A desconfiança instala-se em todos quantos são capazes de entender estes efeitos subtis das democracias
controladas.
A Saúde é outro pilar importante para manter a quietude do povo.

O Caos
“Os senhores, os patrões, estão mesmo instalados principescamente. Seguem, caninamente,
Com uma população cada vez mais envelhecida e uma grande franja tocada por dificuldades do mundo
global, mormente os que economicamente são mais débeis, a grande porta de entrada para o despojo
da dignidade encontra-mo-la no exacto momento em que a enfermidade real ou imaginária nos impele
o CHEFE, como mandam as boas normas partidárias. O demo-chefe é o chefe, pra tudo. Ele na procura de cuidados comuns.
pode fazer as tropelias mais espantosas que quiser – e faz, e de que maneira! – ele próprio É nesta hora que nos confrontamos com as nossas fraquezas, aquele momento em que passamos a ser
mais um número estatístico, à mercê de interesses corporativos que, proficientes e altivos profissionais,
beija os pés aos chefes de riba, aos mores, senão não há prebendas; e os chefes do alto
fazem questão de alcançar.
precisam deles para exercerem permanentemente o caciquismo eleitoral moderno” Passamos a rodopiar ao gosto da disponibilidade e disposição de quem não tem tempo a perder com plebeus.
Variadores, assessores, assessores dos assessores, A nossa vida está feita num oito e preparada para longos dias, meses e até anos, de procuras, de vénias
penduras, altos funcionários dos paços senhoriais, e subserviências. Exista ou não a doença física, fica garantido o mal moral, retratado em homens e
que vivem beneditinamente na Coutada Real, mulheres, cuja única dúvida, é duvidar se vale a pena perder tanto.
sentiram-se mordidos por causa de três textos Entrados na jaula do sistema, aceitamos como certo que a nossa penitência dá força à tal democracia,
jornalísticos meus publicados numas folhas de aquela que nos vendem a cada momento e nos promete e fala da célebre igualdade de oportunidades.
poucos ledores. Bom e mau. Bom, porque enfiaram Quanto à justiça, sempre que nos impingem que não existe, não vão no conto, não é para todos, de
a carapuça até aos pés. Mau, porque nesta facto, mas é forte para com os fracos e branda para com os poderosos.
democracia à portuguesa, de balalaica, não é Temos exemplos recentes que nos mostram que anda a passo de tartaruga, quando está em causa quem
alcançável a correcção e a emenda do dirigismo. Os senhores, os patrões, estão mesmo instalados dela põe e dispõe.
principescamente. Seguem, caninamente, o CHEFE, como mandam as boas normas O povo, esse, paga sempre a sua conta, quer porque lhes faltam todos os meios ou porque normalmente
partidárias. O demo-chefe é o chefe, pra tudo. Ele pode fazer as tropelias mais espantosas são facilmente condenáveis.
que quiser – e faz, e de que maneira! – ele próprio beija os pés aos chefes de riba, aos Acontece que quando o cidadão do kispo entra na sala de audiências de um qualquer tribunal e se
mores, senão não há prebendas; e os chefes do alto precisam deles para exercerem depara com aquela plataforma onde têm assento os das vestes de preto, convence-se que acabou de
permanentemente o caciquismo eleitoral moderno. entrar no mundo dos clandestinos, enquanto suspira para que termine o suplício.
Nos 15/20 anos primeiros de liberdade constitucional – onde vai a nossa desmemória? – foi assim Não é ele, não sabe sequer quem é. Sabe que tem medo, logo, não confia na justiça.
em Cabeceiras com o pândego e heróico campilhismo, embora as possibilidades de golpes de rins Tem razão, a democracia prega-lhe nova partida…, afinal, a igualdade de oportunidades, também por
serem menos e mais difíceis, por não haver tanto arame como hoje. Mas foi um fartar-vilanagem, esta via, não desce ao povo.
meu Deus, minha Nossa Senhora. Um regime que se auto sustenta pela ignorância e pelo medo e que nos rouba a identidade, jamais
Vivemos, desgraçadamente, pindericamente 48 anos de Ditadura feroz e criminosa. O 25 de Abril poderá conduzir-nos à democracia.
foi uma flor de auréola, mas murchou e secou.
* Colaborador
Os concelhos (dos antigos homens-bons) e o país todo está sem rei nem roque. Ainda se
estivesse com roque…
Disseram-me que o São Miguel já desceu da peanha, desbaratinado com isto tudo, e veio
M. Lúcia Leitão Pinto
cá fora com um landreiro, deu umas boas toletadas e entrou pelos corredores fradescos a Dia do Pai – 19 de Março
Natural de Refojos de Basto
espadachar a torto e a direito. Mas não. Mentiram-me.
O São Miguel, com órgão ou sem órgão, está sossegadinho a observar as trapalhadas sem fim do (Campo do Sêco)
reino da quiromancia da nossa terra e da Patriazinha amada.
Também me disseram que vêm aí os Dons Abades restaurar a clausura conventual. Não acredito. Cabeceiras de Basto
O Joaquim António de Aguiar matou-os a todos “per omnia”.
Outros Abades cantam agora o Glória a Deus, ao Poder e ao Dinheiro… Alexandre Vaz Dia 28-2-2008
Lúcia, faz hoje um ano que tu nos deixaste.

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Nome: O Basto | Registado no Instituto da Comunicação Social com o n.º 124655 | Propriedade: adbasto-Associação de Desenvolvimento Técnico- Profissional das Terras de Basto
| NIF: 506 749 509 | Conselho de Administração: Celestino Vaz, Ilídio dos Santos, Fernando Meireles, José Manuel Marques, Gaspar Miranda Teixeira e Manuel António|
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Vaz, José Marinho, Luís Meireles, Júlio Pires, Joaquim Teixeira, Augusto Costa, Manuel Gonçalves, Francisco Pires, Fernando Felix, António Basto, Miguel Coelho, Artur
Coelho.| Paginação: João André Teixeira | Sede do Editor, Redacção e Publicidade: Largo Barjona de Freitas s/n - Refojos, 4860-909 Cabeceiras de Basto | Contactos: Telef./Fax:
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18 20 de Março de 2009

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