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CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT

Entrevista realizada pela aluna Rosangela

Tema : A profissionalização do mercado do vestuário

Santos, 06 de abril de 2009-04-07

Entrevista realizada com professor de design de moda do SENAI


São Paulo e diretor do estúdio Formaa de Design (www.formaa.com.br),
André Luiz Fernandes e Fernandes. Foi responsável pela criação de
diversas marcas em diversos segmentos da moda. Desenvolveu ao longo de
sua carreira coleções para grifes como Corpo e Arte, MOficcer, Ace, C&A,
OaKley, Red Nose, OnBongo, Rusty, Analog, Sthill, Hot Water, Balin, Austrália
Down South, Anti Queda, Belmacut, Marmot, Counter Culture, Oxbow, Sun
Rocha, Overboard, Tent Beach, entre outras. Atualmente, além de ministrar
aulas e assessorias, trabalha na empresa ESCALA BORDADOS
(www.escalabordados.com.br) em Guarulhos, onde desenvolve treinamentos
e atende empresas como Levis, Colcci, Daslu, Hang Loose, Kokule,
Acostamento, Bio Two, Adidas, Everlast, entre outras. Desenvolveu o último
anúncio para marca Natural Art, e esta desenvolvendo as marcas Nation
Wear, Cartepiller e Hurl Perfornance Co e os uniformes de spinning para o
Sírio Libanês em São Paulo.
Além de ministrar é responsável pelo desenvolvimento dos cursos de DM1-
Pesquisador de Moda, DM2 – Desenhista de Moda, DM3 – Desenvolvimento
de Produto, DM4 – Design de Moda Aplicado, SEA1 – Serigrafia Básica, SEA2
– Serigrafia Técnicas Especiais do SENAI São Paulo. Desenvolve e participa
ativamente das ações de suporte técnico e assessoria técnica e tecnológica
da escola SENAI, onde desenvolve programas de treinamento e capacitação
para empresas do setor do vestuário. Empresas como Cliper uniformes
(Petrobras, Ultravertil, Coca Cola), Big Pipe (Onbongo, Rusty e Reef),
Aruanda (C&A, Ace, Liquido), BordWay, AeroArt, Gabriela Figliolia, entre
outras. Esta atualmente desenvolvendo a pesquisa e o estudo ergonômico
para o desenvolvimento dos uniformes da CET Santos que será lançado
ainda este semestre. Professor orientador duas vezes premiado na FIESP
com projeto INOVA SENAI. Patrono da primeira turma de Moda da
Universidade Santa Cecília.

Entrevista

1 – Quando e porque começou na carreira da moda?

AF- Bem comecei bem cedo, aos 5 anos além de receber incentivos no fazer
artístico já costurava também, minha irmã tinha uma máquina de costura
de brinquedo que eu adorava utilizar. Então além de desenhar cortava
pequenos tecidos e montava carteiras, bolsinhas e principalmente os
vestidos das bonecas. Isso me trouxe muita curiosidade sobre o mundo da
moda, e desde cedo fui me informando e me envolvendo com o fazer da
moda. Aos 14 anos já trabalhava profissionalmente como modelista,
cortador e estampador. Além de fazer serviços para terceiros desenvolvia
minha própria marca.

2 – Quem foi sua maior inspiração para ingressar no mundo da


moda?

AF- Bem, minha madrinha era costureira, ela me passou tudo, como tirar a
modelagem, acabamento, caimento, a utilização das máquinas e o
reconhecimento dos tecidos. Depois tive outra professora que foi a Jô, que
hoje é encarregada da fabrica Gangala Jeans, ela me ensinou outras
ferramentas e máquinas industriais. Em São Paulo na Texteen 1991 aprendi
o corte eletrônico e o começo da informatização do setor.

3 – Qual há maior influencia no seu trabalho?

AF – A ARTE, porém me inspiro em tudo que vejo, o olhar nos revela grandes
histórias e possibilidades de criação, a moda esta em todo lugar como diria
Walter Rodrigues, depende de onde você olha. A arte é à base de tudo,
sempre estudei e fiz arte, busquei a academia e cursos de extensões para
me aprimorar, e deu certo.

4 – Qual importância da pesquisa no desenvolvimento da


coleção?

AF – Total importância, considero que 50% da responsabilidade da coleção


dar certo, esta na pesquisa. Com o estudo do público-alvo, mercado,
segmento da marca, concorrentes, temas, tendências, cores, tecidos,
aviamentos, estampas, tingimentos entre outros fatores que antecedem a
criação dos modelos.

5 – Como é a relação entre ter a própria marca e trabalhar


para as marcas de terceiros?

AF – Sabemos que é o sonho de todos possuir sua própria marca, porém


devemos ser cauteloso, pois a criação e manutenção de uma nova grife no
mercado depende de diversos fatores. No começo da carreira é mais
importante a pessoa focar trabalhar em alguma empresa para poder ganhar
mais conhecimento e experiência. Adoro ver meu trabalho em outras
marcas, a questão de identidade é fundamental, saber dividir e focar o
trabalho que esta sendo realizado no momento.

6 – Você possui sua própria marca?

AF – Faço um trabalho de camisetas únicas, peças que desenvolvo no meu


atelier nas minhas folgas, comecei assim e deu certo. Hoje estou vendendo
em algumas lojas em Santos e na Augusta em São Paulo. Pode ver algumas
peças no site www.andrefernandes.art.br
7 – O que você indica para quem esta começando?

AF – Busque estudar sempre, assistir aos desfiles, ir as lojas de roupas e


tecidos, desenhar tudo que vê pela frente e se dedicar ao máximo no seu
objetivo. Todos os maiores estilistas começaram na sala de casa e comigo
não foi diferente. É necessário ter um objetivo e seguir em frente, comece
pequeno, terceirize a mão de obra para diminuir os custos operacionais e
encontre seu público-alvo. Quando achar seu nicho de mercado é só
administrar e sempre se atualizar.

8 – Santos é uma cidade prospera no fazer da moda?

AF – Sim, tem potencial em comparado com as outras cidades do Brasil, em


recente pesquisa do IBGE Santos foi apontada como a cidade que possui
mais ricos por número habitante. Então logo percebemos um potencial para
este mercado e região. Santos tem mais de 300 empresas de confecção,
esta ente as 10 cidades que mais vende moda do Brasil.

9 – Qual a importância do setor do vestuário para Brasil?

AF – O setor do vestuário é enorme e poderoso, só perde em rendimento


para a construção civil, são mais 1,65 milhões de emprego, O Brasil é um
país de misturas, uma nação que desde o seu nascimento foi criada a partir
de uma intensa mescla cultural. Até hoje o país é definido pelas suas
combinações inovadoras: de design com técnicas tradicionais, de grandes
belezas naturais com ferramentas tecnológicas e de preservação do meio
ambiente com o trabalho social. Assim também é o setor têxtil e de
confecção nacional, que compreende mais de 30 mil empresas e gera 1,65
milhão de empregos em toda a sua extensa cadeia, que inclui fios, fibras,
tecelagens e confecções. Com auto-suficiência de algodão os criadores
brasileiros podem deixar a imaginação fluir, misturar matérias-primas e
desenvolver produtos exclusivos, impulsionando cada vez mais o setor e
mantendo o país entre os seus grandes produtores.

10 - Qual é a posição do Brasil no cenário internacional da


moda?

O Brasil está na lista dos 10 principais mercados mundiais da indústria


têxtil, bem como entre os maiores parques fabris do planeta; é o segundo
principal fornecedor de índigo e o terceiro de malha. O Brasil está entre os
cinco principais países produtores de confecção e é hoje um dos oito
grandes mercados de fios, filamentos e tecidos. Um dos motivos deste
sucesso é a diversidade. E os estilistas Brasileiros estão por todas as partes
do mundo, exportam o estilo e a beleza da brasilidade em seus projetos. Já
é uma realidade, a moda brasileira mudou e hoje esta sendo respeitada e
valorizada por todo resto do mundo.

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