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Língua Portuguesa
FICHA DE TRABALHO ‐ 9º ANO (CEF)
NOME:___________________________________________ Nº ______ Turma: ______ Data: ______/ ______/ ______
Objectivo: Realizar a leitura metódica de alguns excertos de “Os Lusíadas”.
Estrutura interna
Camões respeitou com bastante fidelidade a estrutura clássica da epopeia. N'
Os Lusíadas são claramente identificáveis quatro partes.
Proposição ‐ O poeta começa por declarar aquilo que se propõe fazer,
indicando de forma sucinta o assunto da sua narrativa; propõe‐se, afinal,
tornar conhecidos os navegadores que tornaram possível o império
português no oriente, os reis que promoveram a expansão da fé e do
império, bem como todos aqueles que se tornam dignos de admiração pelos
seus feitos.
Invocação ‐ O poeta dirige‐se às Tágides (ninfas do Tejo), para lhes pedir o estilo
e eloquência necessários à execução da sua obra; um assunto tão grandioso
exigia um estilo elevado, uma eloquência superior; daí a necessidade de
solicitar o auxílio das entidades protectoras dos artistas.
Dedicatória ‐ É a parte em que o poeta oferece a sua obra ao rei D. Sebastião. A dedicatória não fazia parte da
estrutura das epopeias primitivas; trata‐se de uma inovação posterior, que reflecte o estatuto do artista,
intelectualmente superior, mas social e economicamente dependente de um mecenas, um protector.
Narração ‐ Constitui o núcleo fundamental da epopeia. Aqui, o poeta procura concretizar aquilo que se propôs fazer
na "proposição".
Esquema I
POETA (EU) CANTA… A MUSA ANTIGA CANTA…
‐ As armas e os barões assinalados
• passaram ainda além da Taprobana
• edificaram novo reino entre gente
remota ‐ As navegações grandes que o sábio
‐ As memórias gloriosas daqueles reis: Grego e o Troiano fizeram
• dilataram a Fé e o Império
• andaram devastando as terras ‐ A fama das vitórias que Alexandre e
viciosas Trajano tiveram
‐ Os que se vão libertando da lei da
morte:
• (praticando) obras valerosas
O PEITO ILUSTRE LUSITANO
…E O POETA DIZ: …E O POETA DIZ:
outro valor mais alto se alevanta Cessem Cale‐se Cesse
Esquema II
Passado / Realidade Presente / Pedido
A INSPIRAÇÃO
vosso rio Agora, dai‐me um sol alto e
sublimado, um estilo grandíloquo e
foi celebrado DAS
corrente, uma fúria grande e
por mim, sonora, igual canto (um canto
TÁGIDES
famoso) aos feitos da famosa
em verso
AO gente vossa.
humilde
CAMÕES LÍRICO POETA CAMÕES ÉPICO
1. Demonstra que estes esquemas traçam as ideias essenciais da Proposição e da Invocação.
2. Retira dois versos da proposição que reforçam a ideia de elevação do ser humano a um plano
divino. Justifica.
3. “Eu canto o peito ilustre lusitano” traduz o herói colectivo de Os Lusíadas.
3.1. Quem faz parte desse herói segundo a Proposição?
3.2. Que palavras contribuem para caracterizar “o peito” como “ilustre”? Explica o valor
expressivo de cada uma dessas palavras.
4. Que deverá entender‐se por “A quem Neptuno e Marte obedeceram”, considerando que
ambos os nomes são simbólicos?
5. Explica, por palavras tuas, os versos 7 e 8 da estância 3.
6. Identifica, na Invocação, o emissor, o receptor e a mensagem/pedido.
7. Aponta versos da Proposição e/ou da Invocação que se prendam com os planos do poema: o
poeta, o maravilhoso, a viagem e a história.
8. Compara os últimos versos das estâncias 2 e 5 e refere se aquilo que eles exprimem os
aproxima ou afasta.
9. Indica qual o processo de formação das palavras Proposição e Invocação.
10. Faz o levantamento das formas verbais que em cada uma das partes lidas se encontram no
Modo Imperativo e justifica a sua utilização. Bom
Trabalho!
11. Na Proposição, encontras três significativos exemplos da Conjugação Perifrástica.
Indica‐os e determina o seu significado.