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Circular nº 0010/2009/CSA – Supervisão ProUni

Brasília, 8 de maio de 2009.

Prezado Senhor
Dirigente de Entidade Mantenedora de Ensino Superior
Assunto: Programa Universidade para Todos – ProUni
Ref.: Supervisão – Ocupação de Bolsas

1. A Covac Sociedade de Advogados vem, por meio desta, informar


sobre os recentes procedimentos iniciados pelo Ministério da Educação (MEC)
relacionados com o Programa Universidade para Todos (ProUni) que pode ser de
interesse da instituição presidida por V. Senhoria.

2. O Ministério da Educação, por intermédio da Diretoria de Políticas


e Programas de Graduação (DPPG), órgão ligado à Secretaria de Educação Superior
(SESu), vem desenvolvendo um conjunto de ações destinadas à supervisão do
Programa Universidade para Todos (ProUni), visando o cumprimento das
determinações legais e preservação dos objetivos do programa, principalmente no
que tange ao número de bolsas oferecidas pelas Instituições de Ensino Superior
(IES) que aderiram ao programa e as vagas efetivamente ocupadas.

3. Nesse sentido, o MEC (SESu/DPPG) passou a analisar o número de


bolsas efetivamente oferecidas por cada IES em face do número de estudantes
pagantes e/ou regularmente matriculados, lançando mão do cruzamento das
informações constantes no Sistema ProUni (SISPROUNI), relativo ao número de
bolsas que estão sendo atualmente utilizadas, com o último Censo da Educação

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Superior, disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (INEP).

4. Com base no cruzamento dos dados acima, o MEC passou a aferir,


com referência ao número de matrículas nos cursos de graduação e sequenciais de
formação científica, presenciais e à distância, se o número de bolsas efetivamente
ocupadas em cada IES aderente ao programa, conforme Relatório Geral de Bolsistas
encaminhado por cada IES, estaria ou não compatível com a legislação em vigor.

5. Em outras palavras, o MEC (SESu/DPPG) criou um procedimento


para supervisionar a existência de disparidade entre a quantidade de bolsas que
deveriam ser oferecidas e as bolsas efetivamente ocupadas em cada IES. Nesse
caso, por exemplo, enquadrar-se-ia nesta situação a entidade que deveria ofertar
10% (dez por cento) de bolsas, mas que só teria 8% (oito por cento) de vagas
efetivamente ocupadas, possibilitando a atribuição penalidades e medidas
administrativas estabelecidas na Lei n.º 11.096, de 13 de janeiro de 2005, que
institui o ProUni, principalmente em relação ao art. 9º.1

6. Sendo assim, pode-se inferir que o procedimento encetado pelo


MEC (SESu/DPPG) tem o condão de ocasionar um efeito nefasto nas IES que não

1
. Art. 9o O descumprimento das obrigações assumidas no termo de adesão sujeita a instituição às seguintes
penalidades:
I - restabelecimento do número de bolsas a serem oferecidas gratuitamente, que será determinado,
a cada processo seletivo, sempre que a instituição descumprir o percentual estabelecido no art. 5o desta Lei
e que deverá ser suficiente para manter o percentual nele estabelecido, com acréscimo de 1/5 (um quinto);
II - desvinculação do Prouni, determinada em caso de reincidência, na hipótese de falta grave,
conforme dispuser o regulamento, sem prejuízo para os estudantes beneficiados e sem ônus para o Poder
Público.
§ 1o As penas previstas no caput deste artigo serão aplicadas pelo Ministério da Educação, nos
termos do disposto em regulamento, após a instauração de procedimento administrativo, assegurado o
contraditório e direito de defesa.
§ 2o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, a suspensão da isenção dos impostos e
contribuições de que trata o art. 8o desta Lei terá como termo inicial a data de ocorrência da falta que deu
causa à desvinculação do Prouni, aplicando-se o disposto nos arts. 32 e 44 da Lei 9.430, de 27 de dezembro
de 1996, no que couber.
§ 3o As penas previstas no caput deste artigo não poderão ser aplicadas quando o descumprimento
das obrigações assumidas se der em face de razões a que a instituição não deu causa.
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cumprirem com as diligências demandadas por esta supervisão. O descumprimento
dos requisitos legais previstos no ProUni poderá implicar na perda da isenção fiscal
concedida (IRPJ, CSSL, PIS e COFINS) e ainda ocasionar a descaracterização das
Entidades Beneficentes de Assistência Social (Entidades Filantrópicas) em virtude
da perda do respectivo CEAS (Certificado de Entidade Beneficente de Assistência
Social).

7. De acordo com as diligências feitas pela Covac Sociedade de


Advogados perante diversas IES, os principais problemas detectados em relação à
divergência de bolsas do ProUni seriam decorrentes dos seguintes procedimentos:

a) Possível equívoco por parte do Ministério da Educação, que


algumas vezes deixou de contabilizar bolsas em virtude de
inconsistências nos dados constantes no SIEDSUP e SISPOUNI;
b) A IES deixa de incluir cursos perante o SISPROUNI, fazendo
com que o cruzamento de dados feito pelo MEC não represente
dados reais e bolsas efetivamente utilizadas;
c) Falta de controle no oferecimento de vagas; e
d) Efetiva e constatável ausência de oferecimento de vagas por
parte das próprias IES, sendo esta a causa ordinária do
procedimento administrativo em epígrafe.

8. Caso a IES consiga comprovar que não deu causa aos motivos
alegados por este procedimento administrativo, demonstrando que não violou
qualquer disposição da Lei n.º 11.096, de 13 de janeiro de 2005, é possível que não
venha a sofrer sanção, por força do que determina o art. 9º, §3º, da referida Lei
(citado acima). Para promover tal comprovação, é imprescindível que a instituição
responda de maneira mais fundamentada possível os ofícios que estão sendo
encaminhados pelo MEC, por intermédio da Diretoria de Políticas e Programas de
Graduação, da SESu.

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9. É importante que a manifestação da IES apresente aspectos de
natureza contábil, tais como: regime contábil; contabilização dos gastos com
assistencial social; controle do registro de bolsas; política de natureza assistencial,
obedecidas as condições da natureza jurídica da Entidade Mantenedora; entre outros
aspectos. Além disso, é necessário comprovar que a IES também vem seguindo
todas as orientações legais sobre o referido programa.

10. Por outro lado, caso não obtenha êxito na comprovação acima, a
IES poderá reconhecer a existência de deficiências e propor uma compensação das
bolsas não ocupadas, obrigando-se formalmente por meio de um Protocolo de
Compromissos a oferecer e preencher as vagas não ocupadas no semestre posterior.
Este Protocolo de Compromissos relacionado com o ProUni, formalizado por meio
de um instrumento de natureza obrigacional, é um procedimento novo no MEC e
está tendo uma boa aceitação pelas IES. Ao firmar o referido documento, a IES tem
que discutir com os representantes do MEC a possibilidade de cumprimento
imediato ou escalonado das obrigações assumidas, sob pena de ainda ter que
assumir o acréscimo de 1/5 (um quinto) de bolsas, previsto no supracitado art. 9º, I,
da Lei n.º 11.096, de 13 de janeiro de 2005 (citado acima).

11. Sendo o que cumpria informar, a Covac Sociedade de Advogado se


coloca à disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários.

Brasília, 8 de maio de 2009.

COVAC SOCIEDADE DE ADVOGADOS

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