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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO


FORO REGIONAL XI - PINHEIROS
4ª VARA CÍVEL
RUA JERICÓ S/N, São Paulo - SP - CEP 05435-040

SENTENÇA
CONCLUSÃO
Em 13 de fevereiro de 2009, faço estes
autos conclusos a MM. Juiz(a) de Direito
Dr.(a). LUIZ OTÁVIO DUARTE
CAMACHO, Eu, _______(Luis Carlos) Escr.
subscr.
Processo nº: 011.08.116179-2 - Possessórias Em Geral(reintegração,
Manutenção, Interdito)
Requerente: Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo -
Bancoop
Requerido: Oscar Sebastião Leão e outro

Juiz(a) de Direito: Dr(a). Luiz Otavio Duarte Camacho

COOPERATIVA HABITACIONAL DOS


BANCÁRIOS DE SÃO PAULO – BANCOOP move a presente ação possessória contra
OSCAR SEBASTIÃO LEÃO e SONIA RAMOS LEÃO, sustentando, em síntese, que a
autora celebrou com os requeridos a contrato de compra e venda de imóvel no
empreendimento denominado Residencial Altos do Butantã, nesta Capital e que, diante da
inadimplência no pagamento de parcelas contratadas, pleiteia a reintegração na posse do
imóvel. Deu valor à causa e juntou documentos.

Às fls. 77 foi concedida liminar, até então não cumprida.

Os requeridos ofertaram resposta por contestação. Em


preliminar alegam a inépcia da inicial por não haver descrição do imóvel na petição inicial.
No mérito, sustentaram a mora do credor; que o valor cobrado pela requerente não encontra
previsão contratual e que os valores contratados foram pagos pelos requeridos, mas
devolvidos pelo credor, sob a alegação de insuficiência. Juntaram documentos.

Réplica às fls. 136/155.

As partes se sucederam em manifestações.

D E C I D O.

As preliminares postas pelos réus não podem prosperar eis


que a inicial não é inepta do ponto de vista do art. 282 do CPC embora redigida
confusamente. Outrossim, é manifesto o interesse processual da autora porquanto provada
está de modo exuberante o negócio jurídico entre as partes. Os réus nem deveriam ter
levantado esta preliminar.

Este processo deve ser julgado nesta fase porque a matéria


de fato e de direito nele versada prescinde de dilação probatória em audiência de instrução.

011.08.116179-2 - lauda 1
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A autora postula receber do os réus uma indenização em


razão do seguinte fato por ela exposto assim:

Os réus celebraram com a autora um contrato (grifo meu)


tipificado como Termo de Adesão e outras avenças para associar-se à autora e assim, por
meio dela, ser construído o imóvel identificado na inicial. O preço e as condições de
pagamento foram pactuados.

Diz a autora adiante que os réus tornaram-se inadimplentes


desde 25 de março de 2007. Os réus, por sua vez, em contestação, afirmam que os valores
ou a quantia que a autora quer receber não tem fundamento e que a mora, na verdade é do
credor e não deles,réus.

Fazendo uma análise abrangente dos argumentos, tanto da


autora como dos réus vê-se que a autora não sabe exprimir com exatidão matemática a
inadimplência dos réus e muito menos a indenização que deseja receber.

A obrigação está indefinida.

Este quadro autoriza o s devedores e réus reterem o


pagamento se a coisa não lhes for dada ou depositada. É do Código Civil este
comando.Para haver quitação é preciso que esteja certo o valor, a espécie da dívida, porque
o credor não pode imputar ao devedor como parte da sua obrigação de pagar a dedução da
valor. E a autora não o definiu.Apenas diz que os réus estão inadimplentes e lhe devem
uma indenização pela infração contratual. A autora precisava ter feito a prova literal da
dívida mas não o fez.

“O pagamento é a prestação daquilo que se faz objeto da


obrigação” no ensinamento de Antonio Luiz da câmara Leal em seu “Manual Elementar de
Direito Civil”-Vol.II-1930- Ed.Saraiva-Livraria Acadêmica.

Não é o caso aqui.


Os pressupostos básicos do pagamento são três na lição de
Arnaldo Rizzardo em seu “Direito das Obrigações” publicado pela Ed.Forense em 2004-
RJ:

1-o vínculo obrigacional;

2-o débito;

3-o animus de pagar.

Aqui, ficou provado o vínculo obrigacional,não ficou


provada a falta de animus de pagar e também o débito, atividade processual própria da

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autora,seu ônus. A autora perdeu-se em ponderações teóricas mas não exibiu seu crédito.

Insta lembrar a Ação Cívil Pública ajuizada pelos réus e


outros compradores.

Diante do exposto e tendo tudo o mais considerado


JULGO IMPROCEDENTE esta ação (Autos nº 11.2008.116179-2).

Condeno a requerente no pagamento das custas


processuais e honorários advocatícios do advogado dos requeridos que fixo em 10% sobre
o valor da causa.

P.R.I.

São Paulo, 14 de maio de 2009.

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