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“APOSTILA DIDÁTICO – PEDAGÓGICA”

- Melhoramento de Plantas: Resistência a Doenças -

Prof. Dr. Cláudio Lúcio Fernandes Amaral


(Geneticista / Melhorista)
(materdidatic@gmail.com)

®
EDUCGEN

Fonte: http://www.google.com.br

PLANTGEN - CNPq / UESB - 2009


Melhoramento de Plantas: Resistência a Doenças

“O ESTADO DA ARTE”

“Problema”

⇒ Culturas (Interesse Agronômico) - Infecção / Fitopatógenos = Doenças,

⇒ Patologias → Danos*: Lavouras (1) / Pastagens (2) - Perdas Expressivas,

* Diminuir Vigor, Reduzir Qualidade e Quantidade dos Produtos Agrícolas.

⇒ (1) Agricultura + (2) Pecuária = Molas Propulsoras do Desenvolvimento


Econômico do Brasil.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


⇒ Saúde: Contaminação → Agrotóxicos / Ser Humano.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Resistência a Bactérias, Fungos e Vírus”

⇒ “O Ataque”: Fitopatógenos / Natureza - Mecanismos (Estratégias):

Em infectando...

• Microrganismos: Produção de Enzimas Degradadoras da Parede Celular

→ Ex.: Celusases, Hemicelulases e Pectinases.

Expandindo a área infectada...

• Microrganismos: Produção de Substâncias Reguladoras de Crescimento.


Ex.: Auxinas e Citocininas.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


• Patologias Vegetais: Doenças Fúngicas, Bacterianas, Virais e Nematóidicas:

Interação: Fitopatógenos (PARASITAS) x Plantas (HOSPEDEIROS)

“Estrutura das Células Vegetais”

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


Fitopatógeno: “BACTÉRIAS”

Bactéria Bactéria
Gram - Positiva Gram - Negativa

G + = Coloração - Roxa, (Ex.: Clavibacter michiganensis - Batata e Tomate)

G - = Coloração - Vermelha. (Ex.: Xyllela fastidiosa - Citrus)

“Parede Celular de Bactérias GRAM POSITIVAS (a) e NEGATIVAS (b)”


(a) (b)
Fitopatógeno: “FUNGOS”
Fitopatógeno: “VÍRUS”
“O Conceito de Raças Fisiológicas”

⇒ São patógenos de mesma espécie, semelhantes em nível de morfologia e com a


mesma virulência.

Obs.: Identificação: Várias Raças Fisiológicas → Grupo Seleto de Hospedeiros =


Diversas Reações / Parâmetro: Reação Diferencial = Caracterização.

Nota: O aparecimento de Novas Raças Fisiológicas → “Quebra de Resistência” =


Desenvolvimento de Novas Cultivares Resistentes / Fontes de Novos Genes:

a) - Dentro do Germoplasma da Espécie: Variedades Modernas (Comerciais*): Alto


Nível de Adaptação Regional, Alta Produtividade. Alternativa: Variedades
Clássicas ou Tradicionais.

* Variedade - Elite, Híbridos, Linhagens, etc.

b) - Fora do Germoplasma da Espécie: Espécies Silvestres / Exóticas


(Não Comerciais): Baixo Nível de Adaptação Regional, Baixa Produtividade.

1) – Resistência Geral = É a toda raça do patógeno.

● Herança Poligênica.

● Diminuir: Penetração do Fitopatógeno (Estádio Anterior / Doença).

2) – Resistência Específica = É a uma raça do patógeno em particular.

● Herança Mono ou Oligogênica.

● Bloquear / Inibir: Crescimento do Fitopatógeno (Estádio Posterior / Doença).


⇒ “A Defesa”: Plantas / Natureza - Mecanismos:

a) - Modificações Bioquímicas / Fisiológicas: Toxinas,

b) - Alterações Morfológicas / Anatômicas: Espinhos, Acúleos e Tricomas.

Nota - Resistência é REGRA, Susceptibilidade é EXCEÇÃO. Porque? Se não fosse


assim, qualquer fitopatógeno seria capaz de infectar toda espécie vegetal.

Obs.: Vegetal - Partes Expostas / Atraentes.

→ Eficientes: Sem Problema,

→ Ineficientes: Com Problema (!!!???).

⇒ Doenças - Ocorrência:

• Generalizadas - Exemplos: Viroses,

• Especializadas - Exemplos:

→ Podridões (Ex.: Batata, Cenoura, Mandioca e Inhame),

→ Ferrugens (Ex.: Cevada, Aveia e Centeio),

→ Galhas (Ex.: Couve, Nabo e Repolho),

→ Murchas (Ex.: Tomate),

→ Carvões (Ex.: Cana de Açucar),

→ Manchas (Ex.: Arroz, Feijão, Milho, Trigo, Soja).

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Solução”

⇒ Melhor Técnica - Controle de Doenças,

⇒ Melhoramento Genético Vegetal: Variedade SUSCEPTÍVEL → RESISTENTE,

→ Produtividade: Diminuir área de plantio, reduzindo a fronteira de expansão


agrícola.

→ Resistência a Doenças: Eliminar uso de defensivos agrícolas


(Ex.: Bactericidas / Fungicidas), evitando práticas de cultivo e manejo
desnecessárias; com menos agressão aos seres humanos (produtores e
consumidores) e ao meio ambiente, cortando gastos supérfluos com pessoal,
infra-estrutura e equipamento.

→ Método Simples, Barato e Fácil,

Obs.: Ex.: * Viroses - Há casos em que a resistência de natureza genética é quase


que, exclusivamente, a única solução para o problema
considerado (Forma Direta). Pode-se combater os vetores dos
fitopatógenos (Modo Indireto).

* Variedades Transgênicas Resistentes - Ex.: Abóbora e Mamão.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Etapas: Programas de Melhoramento Genético de Plantas para Resistência.”

O Tomate: Um Bom Exemplo para Estudo (Porque? - MUTANTES)

1a Fase:

• Identificar Fontes de Resistência em Germoplasma com Genes Específicos nas


Espécies Silvestres:

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


⇒ Genes p / Resistência a FUNGOS:

→ Gene I (Fusarium oxysporum),

→ Gene Cf (Cladosporium fulvum),

→ Gene Ve (Verticillium albo - atrum),

→ Gene Py (Pyrenochaeta lycopersici),

→ Gene Sm (Stemphylium solani),

• Fonte: Lycopersicon pimpinellifolium.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


⇒ Genes p / Resistência a VÍRUS:

→ Gene Tm (To MV - Tomato Mosaic Virus),

→ Gene Sw (TSWV - Spotted Wilt Virus),

→ Gene TY (TYCV - Tomato Yellolw Leaf Curl Virus),

• Fonte: Lycopersicon hirsutum e Lycopersicon peruvianum.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


⇒ Genes p / Resistência a BACTÉRIAS:

→ Gene Pto (Pseudomonas syringe),

• Fonte: Lycopersicon pimpinellifolium.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


⇒ Genes p / Resistência a NEMATÓIDES:

→ Gene Mi (Meloydogyne incognata, Meloydogyne javanica, Meloydogyne arenaria)

• Fonte: Lycopersicon peruvianum.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


2a Fase:

• Determinar a interação patógeno x hospedeiro, evidenciando a resistência ou


susceptibilidade do vegetal ao fitopatógeno:

“Interação: Parasita x Hospedeiro”

• “Hospedeiro Susceptível ao Patógeno”:

⇒ COMPATÍVEL: Não há resistência pelo vegetal a agressão do fitopatógeno.


(SUSCEPTIBILIDADE)

→ Ataque: Veloz, Defesa: Lenta (Ativação Tardia dos Mecanismos de Proteção)

→ Fitopatógeno - Penetrar: Célula

Colonizar: Tecido,

Absorver: Nutriente

Neutralizar: Defesa

• “Hospedeiro Resistente ao Patógeno”:

⇒ INCOMPATÍVEL: Há resistência pelo vegetal a agressão do fitopatógeno.


(RESISTÊNCIA)

→ Ataque: Lento, Defesa: Veloz (Ativação Precoce dos Mecanismos de Proteção)

→ Mecanismos: Pré - Formados: (Antes do Ataque) = Cutículas, Espinhos, Acúleos,


Tricomas, etc.

Pós - Formados: (Depois do Ataque) = Toxinas, etc.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Mecanismos de Defesa das Plantas ao Ataque de Fitopatógenos”

• Resistência Localizada: Resposta de Hipersensibilidade:

⇒ Proteger / Vegetal - Agressão Imediata:

→ Característica Principal: Rápida Morte Celular / Local da Infecção = Restringir /


Limitar - Crescimento do Fitopatógeno,

→ Mecanismo / Ativação: Única e Exclusivamente no Local de Exposição ao


Fitopatógeno.

“Hypersensitive Response”

“Eventos Genéticos”

“Teoria Gene a Gene”

Fitopatógeno Fitopatógeno
Virulento Avirulento
(S / PRH) (C / PRH)
C / Genes de Resistência
Plantas: (C / PRP) C / Doença S / Doença

S / Genes de Resistência
(S / PRP) C / Doença C / Doença

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


• Resistência Sistêmica:

⇒ Proteger / Vegetal - Agressão Subseqüente:

→ Característica Principal: Mecanismo Ativado - Dentro e Fora / Sítio de Infecção,

→ Efetividade: Largo Espectro de Fitopatógenos.

Ex.: Arroz, Trigo, Milho, Feijão, Soja, Batata, Tomate, Café, etc.

• Resistência Sistêmica Adquirida (“Systemic Acquired Resistance”):

1) - Agente Indutor: Normalmente Patogênico,

2) - Há o Acúmulo de Proteínas Relacionadas à Patogênese,

3) - Indução: Àcido Salícilico (Salicilato) / Dependente,

4) - C / Necrose.

• Resistência Sistêmica Induzida (“Induced Systemic Resistance”):

1) - Agente Indutor: Geralmente Não - Patogênico,

2) - Não Há o Acúmulo de Proteínas Relacionadas à Patogênese,

3) - Indução: Jasmonato e Etileno / Dependente,

4) - S / Necrose.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Fenômenos Bioquímicos / Fisiológicos”

⇒ Ativação: Aplicação Prévia de Produtos Bióticos:

→ Ex.: Partes de Fitopatógenos ou Microrganismos Não Patogênicos,

Obs.: “Genes SAR (“Systemic Acquired Resistance”) → PRPs


(“Proteínas Relacionadas à Patogênese”).

● Produção → Fitoreguladores = Ácido Salicílico / Jasmonatos / Etileno → Indução:


Proteínas Relacionadas à Patogênese (Atividades Anti-Microbiais).

→ Impedir a Infecção - Síntese de Toxinas:

a) - Genes Precocemente Ativados: 1) - Fitoalexinas e 2) - Ciclopinas,

b) - Genes Tardiamente Ativados:

3) - Celulases,

4) - Lignases,

5) - Pectinases,

6) - Quitinases,

7) - Lipases,

8) - Proteases.

⇒ Ativação: Aplicação Prévia de Produtos Abióticos: → Indutores de Resistência nas


Culturas: Ex.: Acebenzolar - S - Metil* ,**/ Origem: Benzotiodiazol
(BTH) / = Substância Não - Tóxica de Largo Espectro no Combate a
Doenças Vegetais Bacterianas e Fúngicas, Sem Efeito: Mutagênico
(Carcinogênico / Oncogênico e Teratogênico). Por sua ação indireta,
elimina o risco de criar cepas e/ou raças de fitopatógenos resistentes.

* Cacau, Tomate, Citrus, etc


* Nome Comercial - BION®: 1° Ativador Vegetal de Resistência Sistêmica Induzida.

→ Há outros? Destaque - Mercado Mundial. Ex.: Elexa®, Messenger®, Oryzamate®,


Oxycom®, etc

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Processos Morfológicos / Anatômicos”

→ Limitar; Locomoção / Agente Invasor:

1) - Lignificação (Parede Celular) / Espessamento da Parede Celular,

2) - Suberificação (Parede Celular) / Espessamento da Parede Celular,

3) - Síntese de Gomas (Xilema e Floema) / Entupimento de Vasos.

Obs.: Calose, Papila

→ Eliminar o Agente Invasor - Morte Celular:

1) - Lignificação, Suberificação (Espessamento da Parede Celular),

2) - Necrose (Morte Involuntária),

3) - Apoptose (Morte Voluntária).

Obs.: Mecanismos = “Defesa Constitutiva, Estática ou Passiva*”.

* Ocorrência: “Independende da Presença de Fitopatógenos”.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Mecanismos de Indução de Resistência em Plantas Contra Fitopatógenos”

⇒ Genes de Reconhecimento (Gene R - Planta, Gene AVR - Fitopatógeno),

⇒ Genes de Transdução de Sinais (Gene ST - Hospedeiro),

⇒ Genes de Resposta (Gene PR - Hospedeiro).

→ Indução = Resistência - Localizada / Sistêmica:

• Mensageiro Primário: Substância Natural (Ex.: Ácido Salicílico) ou Derivados


Sintéticos (Ex.: Dicloroisonicotínico):

Inativação
Catalase
H2O2 H2O + O2

Peroxidase Superóxido desmutase


H2O2 (Peróxido) + O2 - (Superóxido) = OH – (Reativa, Nociva)

Tóxico

Ruptura de Ligações dos Compostos Orgânicos

Criar Radicais Livres

Morte Celular

Área Lesada e Adjascências

• Mensageiro Secundário: Peróxido


• Etileno / Jasmonato (Ação Isolada ou Agrupada)
3a Fase:

• Incorporar Genes em Espécies Cultivadas (Domesticadas) por Métodos Específicos


de Melhoramento:

“Estratégias de Melhoramento p/ Resistência a Doenças”

• Do Campo ao Laboratório:

1) - Transferência de genes de resistência entre plantas (Ex.: Cultivares) via


melhoramento CONVENCIONAL / TRADICIONAL.

2) - Do parasita (Ex.: Fitopatógenos) para o hospedeiro (Ex.: Variedades), via


melhoramento MODERNO / BIOTECNÓLOGICO: RESISTÊNCIA DERIVADA
DO PATÓGENO.

a) - Resistência a FUNGOS:

Gene I (Fusarium oxysporum)


Lycopersicon pimpinellifolium Lycopersicon esculentum

Gene Cf (Cladosporium fulvum)


Lycopersicon pimpinellifolium Lycopersicon esculentum

b) - Resistência a BACTÉRIAS:

Gene Pto (Pseudomonas syringe)


Lycopersicon pimpinellifolium Lycopersicon esculentum

c) - Resistência a VÍRUS:

Gene Tm (Tomato Mosaic Virus)


Lycopersicon hirsutum Lycopersicon esculentum

Obs.: “Vacinação”.
d) - Resistência a NEMATÓIDES:

Gene Mi (Meloydogyne incognata, Meloydogyne javanica, Meloydogyne arenaria)

Lycopersicon peruvianum Lycopersicon esculentum

Gene Mi (Meloydogyne incognata)

Lycopersicon hirsutum Lycopersicon esculentum

Gene Mi (Meloydogyne javanica)


Lycopersicon chilense Lycopersicon esculentum

• Na Natureza:

→ Espécies:

a) - Escapes: não sofre danos, sem contato com o fitopatógeno,

b) - Tolerantes: sofre danos, mas que não interfere na produtividade,

c) - Resistentes: não sofre danos, com contato com o fitopatógeno.

Obs.: “Resistência”

1) - Espontânea = É pré - existente, portanto não - adquirida, inespecífica,


constitutiva, estática.

2) - Induzida = Não é pré - existente, portanto é adquirida, específica,


não - constitutiva e dinâmica (LOCAL x SISTÊMICA).

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


☺ NOTA 1: PARADOXO!!!???

• Variedades Antigas = Menos Resistentes / Mais Susceptíveis. Porque? Nem sempre


há correlação entre rusticidade e resistência.

• Variedades Modernas = Mais Resistentes / Menos Susceptíveis.

☺ NOTA 2: Imunidade - Forma Extrema de Resistência no Hospedeiro ao Patógeno /


Ausência de Sintomas na Planta em Exposição a
BACTÉRIAS, FUNGOS, VÍRUS e NEMATÓIDES.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


4a Fase:

Traçar a melhor estratégia para que a resistência seja durável.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


⇒ Melhoramento para Resistência VERTICAL: Espécies Anuais*.

* Tem ciclo curto, assim não precisa de resistência duradoura e difícil


de ser quebrada. Porém, não se deve aplicar em variedades
ou cultivares geneticamente homogêneas e uniformes
(ESPECÍFICA, NÃO DURADORA, PERPENDICULAR, MONO/OLIGOGÊNICA e
QUALITATIVA).

● Exemplos: Ferrugem Asiática, na Soja e, a do Colmo, no Trigo e a Antracnose do


Feijão.

“CARACTERÍSTICAS”

É específica, mono / oligogênica, alto nível de intensidade, qualitativa


(VANTAGEM), baixa durabilidade (DESVANTAGEM). Não pode haver varietal
apenas com resistência vertical; pois esta seria um meio de cultura se a
resistência fosse quebrada.

→ Retrocruzamento: Introgressão de Genes Maiores.

a) - Um único gene.

b) - Mais de um gene**:

** Monitoramento - SELEÇÃO ASSISTIDA POR MARCADORES.

→ Piramidação: Genes concentrados em um único indivíduo.

Obs.: É rápido, portanto, barato e muito usado, sendo competitivo.

→ MUTILINHAS (Linhas “Isogênicas”): Genes concentrados em mais de um único


indivíduo da mesma cultivar. Obs.: MAIS homogêneas, portanto de DIFÍCIL
obtenção. É processo demorado, caro e pouco usado, não sendo competitivo.

→ MISTURAS VARIETAIS (“Blends”). Obs.: MENOS homogêneas, portanto de


FÁCIL obtenção. É processo rápido, barato e muito usado, sendo competitivo.
⇒ Melhoramento para Resistência HORIZONTAL: Espécies Perenes**.

** Tem ciclo longo, assim precisa de resistência duradoura e difícil de ser quebrada.

● Exemplo: Requeima da Batata.

“CARACTERÍSTICAS”

É inespecífica, de natureza quantitativa, sendo poligênica,


com nível de intensidade de baixo a moderado (DESVANTAGEM), tendo alta
durabilidade (VANTAGEM). Pode haver variedade somente com resistência
horizontal, pois esta não seria um meio de cultura se a resistência fosse quebrada
(DE CAMPO, DURADOURA, LATERAL, GENERALIZADA, NÃO - ESPECÍFICA e
QUANTITATIVA).

● Seleção - AUTÓGAMAS:

⇒ Filosofia de Trabalho: Reduzir cruzamentos manuais, pois são de fácil execução


em plantas de fecundação cruzada.

→ Bulk (Base: São sementes escolhidas e misturadas)

→ Pedigree (Base: São sementes escolhidas e separadas)

● Seleção - ALÓGAMAS:

⇒ Filosofia de Trabalho: Acentuar cruzamentos manuais, pois são de fácil execução


em plantas de fecundação cruzada.
→ Seleção Massal (Base: Própria performance das plantas escolhidas)

→ Teste de Progênies (Base: Performance dos filhos e não dos pais)

⇒ Técnicas: Via Cruzamentos Artificiais por Hibridações Controladas: Híbridos


Interespecíficos:

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


Nota - No geral, em doenças que acometem a parte subterrânea deve-se usar a
ROTAÇÃO DE CULTURAS, pois são de menor abrangência, sendo que
naquelas que afetam a parte aérea, deve-se usar ROTAÇÃO DE GENES
( = MULTILINHAS e MISTURAS VARIETAIS ), pois são de maior
abrangência.

● Porque a durabilidade da resistência em uma variedade é pequena?

Fitopatógeno - Ciclo Curto, Rápido / Alta Taxa de Recombinação Gênica =


Elevada Variabilidade Genética.

a) - Ciclo de Vida Sexual: Bactérias = Conjugação, Transformação e Transdução.

b) - Ciclo de Vida Assexual: Mutação

c) - Ciclo de Vida Parassexual: Fungos = Fusão de Hifas / Heterocarion - Núcleos


Haplóides.

● Como aumentar a resistência da variedade?

Rotação de Culturas, Piramidação de genes, Uso de Multilinhas, etc.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


Programa de Imunização de Variedades / Cultivares Contra Doenças

a) - Melhoramento Convencional ou Tradicional:

A planta é infectada por um linhagem “fraca” de fitopatógeno, tornando-se


resistente a linhagem “forte”.

b) - Biotecnologia - Plantas Transgênicas

⇒ Gene p / “Proteínas Relacionadas a Patogênese.”

• Ex.: Ciclopina, Fitoalexina, Celulose, Pectinase, Lignase, Quitinase e Protease.

⇒ Gene p / “Componentes dos Patógenos.”

• Capsídeo,

• Material Genético.

1) - Quaisquer Genes:

→ Gene Alterado - C / Transcrição, S / Tradução*

* S / Códon de Iniciação.

Mecanismo: Hibridação - RNA Senso e Anti - Senso


Co - Supressão (competição pelos mesmos fatores)

2) - Genes Particulares:

→ Gene p / DNAses ou RNAses

• Elementos Reprodutivos (Gene p / Replicase)

Mecanismo: Seqüestro de Fatores de Desenvolvimento,


Co - Supressão (competição pelos mesmos fatores)

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


• Fatores de Movimento Viral (Gene Modificado - Proteínas Infectivas Defeituosas)

⇒ Partículas Defectivas Interferentes ( = Material Genético Acessório)

Obs.: Cultura de Tecidos - Meristemas Apicais Caulinares **.

** S / Conexão com Tecidos Vasculares.

⇒ Expressão de Anticorpos e Moléculas Antibióticas

Nota: Cultura de Tecidos (Ex.: Meristemas - Ausência de Feixes Vasculares):


Geração de Plantas Livres de Fitopatógenos.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


5a Fase:

• Traçar Melhor Estratégia = Produto de Ótima Qualidade:

⇒ Variedades / Cultivares - Resistência Durável / “Quebra de Resistência”:

→ Quebra de Resistência - Porque?

→ Herança Monogênica:

É Vertical, fácil quebrar, pois é efêmera, de trabalhar, porque está aquém da


capacidade evolutiva do patógeno ser vencida.

Obs.: Rotação de Genes e / ou Alelos

Nota - Plantas Anuais: Busca-se resistência vertical, porque é efêmera e elas tem
ciclo curto.

→ Herança Oligo / Poligênica - Díficil Quebrar (Durável)

É Horizontal, Difícil quebrar, pois é durável, de trabalhar, porque está além da


capacidade evolutiva do patógeno ser vencida.

Nota - Plantas Perenes: Procura-se resistência horizontal, porque é duradora e elas


têm ciclo longo.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Resistência a Nematóides”

⇒ Nematóides:

→ Principais Espécies:

• Globodera: Ex.: Batata, Tomate, Berinjela, etc,

• Heterodera: Ex.: Milho, Soja, Beterraba, etc

• Meloidogyne: Ex.: Abóbora, Alface, Beterraba, Cenoura, Pepino, Melância, Cana


de Açúcar, Trigo, Algodão, Feijão, Soja, Tomate, Pimenta,
Melão, Quiabo Chuchu, etc,

• Rotylenchulus: Ex.: Coentro, Melão, Quiabo, Tomate, Soja, etc,

• Pratylenchus: Ex.: Batata, Inhame, Jiló, Quiabo, Tomate, etc,

• Tylenchulus: Ex.: Citrus - Laranja, Mexerica, Limão, etc,

• Ditylenchus: Ex.: Banana, Milho, Cevada, Amendoim, Alho, Cebola, etc

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


1) - Parasitas - Doenças (Galhas e Cistos)/ Plantas (Raízes),

• Endoparasitas:

(Ex.: Meloidogyne sp, Globodera sp e Heterodera sp, Pratylenchus spp),

• Exoparasitas:

(Ex.: Ditylenchus sp, Rotylenchulus sp, Tylenchulus sp).


“As Doenças”

Nematóides da Galha das Raizes “ (ROOT - KNOT NEMAYODES)”

Ex.: Meloidogyne incognita

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Nematóides do Cisto (“CYST NEMATODE)”

Ex.: Heterodera glycines

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


2) - Vetores de Fitopatógenos (Ex. Vírus - Nepo e Tobravírus).

⇒ NEPOVÍRUS: Xiphinema sp.

⇒ TOBRAVÍRUS: Trichodorus sp.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


⇒ Melhoramento Genético (Convencional / Tradicional):

É evolução dirigida pelo homem, suas principais etapas são:

• Obter variabilidade genética,

• Selecionar fenótipos,

• Hibridizar genótipos,

• Realizar ensaios experimentais,

• Lançar variedades / cultivares,

• Comercializar híbridos.

⇒ Seleção: Escolhe-se um genótipo superior no pool gênico da população.

⇒ Hibridação: Cruza-se um genótipo superior em uma característica agronômica


com outro, possuindo outra propriedade de interesse e seleciona-se
a melhor progênie gerada.

Gene Mi (Meloydogyne incognata, Meloydogyne javanica, Meloydogyne arenaria)


(Transferência)
Lycopersicon peruvianum Lycopersicon esculentum

Lycopersicon peruvianum x Lycopersicon esculentum

F1
(Resgate de Embrião - Cultura de Tecidos)

Retrocruzamento: F1 x Lycorpersicon esculentum =RCs ( Ciclos) / Seleção direta,

Ligação: Gene Mi x Aps (Fosfatase Ácida) = Marcador / Seleção Indireta.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


⇒ Melhoramento Genético (Moderno / Biotecnologia):

⇒ Plantas Transgênicas - Genes p / Resistência a Nematóides:

→ Promotores:

• CaMV35S / Por Toda Planta,

• TUB - 1 / Mais Em Raízes,

• RPL - 16 / Próximo a Raízes,

• ARSK - 1 / Próximo a Raízes,

→ Genes:

a) - Proteínas Efetoras Antinematóidicas - Ex.: Inibidores de Proteases / Lectinas

• Gene Mi = Meloidogyne incognita / Meloidogyne sp - “Galha”,

• Gene Hs = Heterodera schachtii / Heterodera sp - “Cisto”,

• Gene Gpa = Globodera pallida / Globodera sp - “Cisto”,

• Gene Gro = Globodera rostochiensis / Globodera sp - “Cisto”.

b) - Enzimas (Ex.: Colagenase - Cutícula),

c) - Toxinas (Proteínas Bt),

d) - Anticorpos (Ex.: Tecidos Glandulares e Secreções),

e) - RNAi = RNA de Interferência - Silenciamento Gênico: Enzimas Digestivas,


Crescimento / Desenvolvimento e Patogênese.

Obs.: Combate aos Nematóides - Prevenção / Exclusão, Rotação, Fumigação,


Seleção.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Controle de Doenças”

⇒ Prevenção dos Danos = Prejuízos / Doenças:

→ Redução da Incidência e / ou Severidade da Patologia.

“Ciclo da Relação Patógeno - Hospedeiro e Princípios de Controle das Doenças”

( - Fases - )

• “Princípios Biológicos”:

1) - Evasão: Cultivar a planta em local e época diferente daquela propícia ao


desenvolvimento do fitopatogeno.

Obs.: Foco / Ação: Inoculação. Medida: Escolher área de cultivo propícia e época de
plantio adequada.

2) - Exclusão: Impedir a entrada do patógeno no local em que não foi infectado.

Obs.: Foco / Ação: Disseminação. Medida: Adotar “quarentena” - fiscalização.

3) -Erradicação: Eliminar o patógeno em área previamente infectada

Obs.: Foco / Ação: Manutenção. Medida: Eliminar hospedeiros contaminados,


fitopatógenos associados e vetores
relacionados.

4) - Proteção: Colocar barreira entre a hospedeiro e o patógeno antes da infecção.

Obs.: Foco / Ação: Inoculação e Germinação. Medida: Tratamento da Partes do


Vegetal - defensivos
Agrícolas / Pulverização

5) - Imunização: Desenvolver plantas geneticamente resistentes aos fitopatógenos.

Obs.: Foco / Ação: Penetração e Colonização. Medida: Melhoramento Genético


Vegetal.
6) - Terapia: Re - estabelecer a sanidade do hospedeiro infectado pelo patógeno.

Obs.: Foco / Ação: Colonização e Reprodução. Medida: Cirurgia, Termo e


Quimioterapia, etc.

7) - Regulação: Alterar fatores ambientais tornando as condições do meio


desfavoráveis à infecção.

Obs.: Foco / Ação: Disseminação. Medida: Alterar Práticas Culturais.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Componentes do Triângulo da Doença”

Patógeno (Exclusão / Erradicação)

Hospedeiro Ambiente
(Terapia / Proteção/ Imunização) (Evasão / Regulação)

Obs.: Estratégias Epidemiológicas - (1) Eliminar ou reduzir o inóculo, (2) - Atrasar o


aparecimento dos fitopatógenos e (3) - Diminuir a taxa de desenvolvimento da
patologia vegetal.

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.


“Controle ou Manejo Integrado das Doenças?”

⇒ Controle - Se total é impraticável na natureza. Na verdade, há sempre a


re - incidência de doença.

⇒ Manejo - Manter o dano ou prejuízo em nível economicamente aceitável.

→ Prejuízo: Maior, Custo do Controle: Menor (Viabilidade Econômica),

→ Prejuízo: Menor, Custo do Controle: Maior (Inviabilidade Econômica).

a) - Nota - Controle Biológico de Pragas:

1) - Uso de Organismos Entomófagos → Combate: Vetores de Fitopatógenos.

2) - Vegetal / Produção de Compostos(“BIOPESTICIDAS”) → Atração: Predadores


Parasitas e Parasitóides.

b) - Nota: Efeito - Nutrição Mineral / Resistência da Planta aos Fitopatógenos:

• Vegetal Nutricionalmente Equilibrado = “Plantas Resistentes”,

• Vegetal Nutricionalmente Desequilibrado = “Plantas Susceptíveis”.

Nota do Autor: Este material destina-se a apenas e tão somente ao uso


acadêmico - técnico científico. Fonte de Consulta:
http://www.google.com.br

Amaral, C. L. F. Jequié - BA / Brasil, 2009.

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