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SUMÁRIO EXECUTIVO
O Partido dos Trabalhadores, no Brasil, nascido sob a égide de uma ética absoluta,
ao assumir o poder nacional opta por uma ética prática, de acordo com a conveniência.
Encontrou uma base social receptível à sua estratégia, assentada mormente nas condições
propícias a uma política fisiológica, tal como a estrutura partidária, a inexistência de uma
oposição de fato e o Estado Social. Ao procurar partidos para coligar-se, ofereceu-lhes
pagamento pecuniário em troca de apoios. No afã de quebrar resistências partidárias ou
pessoais necessitava sempre de mais liquidez e, para tanto, se envolveu num esquema de
corrupção de proporções internacionais. Desde os mais simples cabos eleitorais até
megaempresários são cooptados pelo sistema de corrupção petista.
Apesar disso, os índices de intenção de voto para o presidente Luís Inácio Lula da Silva,
que se reelegeu pelo Partido dos Trabalhadores, não baixaram da casa dos 50%. Isto se
deve à blindagem em torno de sua pessoa, concretizada mormente pelo programa Bolsa
Família e outras ações sociais.
INTRODUÇÃO
Esboçar um modelo que conjugue ética e política teoricamente talvez não seja tão difícil.
Já vários pensadores o fizeram com sucesso, tais como Platão, Aristóteles, Espinoza e
outros. Também já foi proposto ignorar simplesmente aspectos éticos na política e, neste
caso, pode ser citado Maquiavel como protótipo. Da mesma forma, há propostas que
desconhecem, ou querem desconhecer, a especificidade da política propondo modelos
puramente éticos. É o caso do fundamentalismo muçulmano. O problema reside na relação
prática entre ética e política.
As aspirações políticas da sociedade e o comportamento ético da classe política podem
estar em desacordo. A sociedade, sensível aos apelos éticos, responde positivamente, mas a
classe política pode andar na contramão: promete ética na política, mas age de maneira
antiética ou tem uma ética diversa daquela que sua sociedade quer.
No caso da sociedade brasileira temos diante de nós um contexto político típico,
recorrente do descompasso entre a ética da sociedade e a ética da classe política. O
problema maior, e por isso difícil de ser sanado, é que o desacordo ocorre após a consulta
popular. Quando a classe política se apresenta ao eleitorado exibe uma proposta ética. A
sociedade dá seu consentimento, mas tão logo a classe política inicia seu agir político
desvia-se da proposta avalizada pela sociedade e passa a praticar sua própria ética. Então, a
sociedade, frustrada, desinteressa-se da vida pública e retira-se para a sua vida privada. E
continua o divórcio entre a ética da sociedade e o agir da classe política.
Este contraste, sociedade e classe política, é recorrente na experiência política universal.
Na década de 1990, na América Latina, destacam-se: Brasil (Fernando Collor de Mello),
Venezuela (Carlos Andrés Pérez), Peru (Vladimiro Montesinos e Alberto Fujimori),
Argentina (Carlos Menem), México (Carlos y Raúl Salinas de Gortari). Na Europa, Itália
(Tangentopoli), Alemanha (Helmut Lohl), França (François Mitterrand), Espanha (PSOE),
entre outros.
O caso brasileiro é modelar neste aspecto, como podemos exemplificar: 1º, na
substituição do segmento militar no comando político pela sociedade civil. Após quase três
décadas de poder militar a sociedade consegue substituir a classe política militar,
acompanhada de várias denúncias de infrações éticas, por outra classe, a civil, que se dizia
comprometida com a ética. 2º, Tendo em vista a ética, foi feita uma reforma constitucional,
a qual, pensava-se, garantiria um comportamento ético da classe política. No entanto, na
primeira eleição o eleitorado consagra alguém que se dizia comprometido com os
princípios liberais e a pureza ética, mas logo em seguida se envolve com corrupção,
comércio de votos, caixa-dois e outros desvios, e acaba perdendo o mandato. 3º, Na eleição
subseqüente a sociedade busca alguém identificado com as aspirações populares, oriundo
não das fileiras liberais, mas da ideologia socialista. Novamente a classe política eleita se
delineará como o mais típico divórcio entre a ética da sociedade e a ética do agir político.
Trata-se do Partido dos Trabalhadores, nascido no seio da Teo-logia da Libertação, e
que deu seus primeiros passos pela mão da Igreja Católica. Propunha uma revolução ética
quando chegasse ao poder nacional: agiria estritamente dentro da ética prometida e
aprovada pela sociedade. Ao que chamava de governos corruptos contrapunha um governo
de honestidade, contra o capital explorador uma justiça do trabalho, contra a presença
maléfica estrangeira uma soberania nacional. Contra a democracia burguesa, a democracia
participativa, contra o descaso com o funcionalismo, uma justa remuneração, contra o
mercado, um Estado regulador, contra as multinacionais, só empresas nacionais. Um
governo de honestidade e de justiça promoveria a felicidade dos menos favorecidos com
emprego, educação, saúde e habitação. Tal programa, impregnado de conteúdos ético-
morais, paulatinamente foi recebendo o “sim” da sociedade brasileira: municípios, estados
e finalmente a federação.
Originariamente, para manter sua pureza ética o PT não aceitava coligar-se com
nenhum outro, considerando-se o legítimo guardião da ética. No entanto, pouco a pouco
aproxima-se de outros partidos afins e, finalmente, para dissipar todos os temores, coliga-se
com um partido de ideologia liberal, o Partido Liberal, o qual indica o vice-presidente. A
sociedade confiou e deu seu consentimento elegendo o candidato do Partido dos
Trabalhadores, Luís Inácio Lula da Silva.
Ao assumir o poder, porém, necessitando da maioria parlamentar, adotou o princípio de
estritamente majoritária, não importando a ideologia dos demais partidos. Com Lula,
qualquer partido que quisesse podia compor a maioria parlamentar. A maioria foi formada
de partidos de esquerda moderada e radical, bem como de direita e de centro-direita. Para
se conseguir maioria ou apoio parlamentar cada congressista passou a ter um valor
pecuniário: uns mais, outros menos e uma significativa parcela inegociável.
O que teria acontecido com o Partido dos Trabalhadores ao assumir o poder? Ele, que
tanta esperança havia despertado na sociedade brasileira? Por que abandonou a ética
originária e migrou para outra? Embora praticamente todos os partidos tenham se envolvido
em crimes contra a ética política, a ênfase ao Partido dos Trabalhadores se deve ao fato de
este ser o titular maior do governo. Os demais partidos são apenas aliados do Partido dos
Trabalhadores. O timoneiro do barco do Estado é o Partido dos Trabalhadores, os demais
são ajudantes.
Novamente, o problema ético persiste, pois mal o partido assume o poder, desvia-se
daquilo com que se comprometeu e a sociedade aprovou. Por que isto só acontecer na
prática política brasileira? Haverá outro componente não visível à sociedade?
Pensamos que a teoria weberiana sobre o sentido da ação humana, conjugada com a
teoria das formas de dominação, pode lançar luz sobre a questão. Conforme Weber, a ação
humana pode ter quatro sentidos:
1. Ação racional, tendo presente uma verdade, avaliada sob a luz da razão como um fim
em si e escolhida sem qualquer tipo de coação. Neste caso há uma perfeita sintonia entre o
ser buscado e a razão.
2. Ação racional, tendo presente um valor, avaliado sob a luz da razão como um bem em
si e escolhido sem qualquer tipo de coação.
3. Ação sentimental, tendo presente uma emoção, avaliada pelo sentimento como uma
sacralidade e escolhida de conformidade com a satisfação.
4. Ação tradicional, tendo presente um costume, avaliado tradicionalmente como eficaz
e escolhido sob a égide da repetição (Durkheim, 2001).
Quanto às formas de dominação ou de legitimação do domínio, Weber apresenta três
formas puras:
1. A tradicional se refere aos costumes sagrados dos ancestrais. É o “ontem eterno”
sacralizado na tradição. Este, na forma mais pura, o aparelho estatal, confunde-se com a
vontade pessoal do governante. Não se estabelece uma distinção entre o governante e a
pessoa física de quem o governa. É o patrimonialismo, pelo qual o bem público se
confunde com o privado.
2. A carismática, baseada no dom pessoal, na unção, no dom da graça conferido a
alguém.
3. A legal, baseada na força da lei. Há regras preestabelecidas e universalmente válidas.
É o domínio exercido em virtude da lei (Weber, 1971).
A sociedade imprime na ação um sentido valorativo, isto é, ético. Evidentemente que em
muitas situações este valor tem cunho sentimental ou mesmo tradicional. Isto é secundário.
A classe política, por sua vez, ao assumir o poder pensa em termos patrimoniais, isto é,
identifica o que é do Estado como seu patrimônio particular. Desse modo a classe política
entende que pode apossar-se do bem público em proveito próprio, isto é, a corrupção é
considerada legítima. A partir de então o agir do governante se pauta pela conveniência,
como magistralmente ensina Nicolau Maquiavel em o “Príncipe” (Maquiavel, 2004).
A ética da conveniência ou a racionalização das ações alicerça-se em ações cujos
fundamentos estão na “legitimação” subjetiva. Neste caso é impossível estabelecer um
padrão ético, pois cada indivíduo ou grupos de indivíduos encontram sua própria razão para
agir de acordo com a conveniência do momento. Alguém que se retira de um partido
racionaliza com o argumento da indignidade daquele partido, defendendo a idéia de que a
verdade só se encontra no novo partido. Quem permaneceu, por sua vez, considera sectário
e herético o outro partido, reivindicando para si a ortodoxia ética. Com isso a ética da
racionalização entroniza o relativismo e o absolutismo ético, pois todas as ações são
passíveis de justificação de acordo com a conveniência, e cada parte se considera a única
verdadeira (Rawls, 1977).
Por outro lado, o domínio da ética na política não pode ser colocado entre dois pólos
extremos: nem relativismo nem absolutismo. E por isso não se pode contrapor como
excludentes questões como rigor moral versus eficácia política, supremacia da ética sobre a
política ou vice-versa. Reivindicar um aristocrativismo da virtude em rota de colisão com o
resto do mundo seria o mesmo que esperar a sociabilidade política das massas. Não
passaríamos de Cavaleiros da Triste Figura que se alçam sobre a realidade sem vê-la,
querendo transformá-la de acordo com os seus ideais, ou uns Sanchos Pança de faces
rosadas, que, no afã de cuidar de seus interesses reais, se submetem à realidade. Posta a
questão entre realidade e ideal, logos e polemos, facticidade e valores, não encontraremos
liames de aproximação. Mas, se o discurso enveredar por caminhos tangendo entre os
extremos poderemos encontrar os elos que ligam estes princípios aparentemente opostos.
Por que não questões deste gênero: quais as expectativas de justiça e moralidade que podem
ter vez numa sociedade em que os liames da solidariedade econômica e política parecem
ter-se rompido? Como salvar a cooperação so-cial, introduzindo vínculos éticos não-
efêmeros e racionalmente co-divididos com os princípios democráticos, tendo em vista uma
economia de mercado e, ao mesmo tempo, reconhecer os valores individuais e plurais?
Estas são questões éticas e políticas que podem ser respondidas e equacionadas pelo debate
democrático. A democracia repousa essencialmente sobre as pilastras do individualismo e
do pluralismo, e é sobre elas que se deve construir o edifício de uma política ética,
abandonando de vez a irracionalidade de uma ética absoluta e excludente, bem como uma
ética relativista e permissiva.
Tanto o império de uma ética absoluta como o de uma relativista numa determinada
sociedade são propícias à corrupção. Isto porque, no caso da absoluta, o grupo que estiver
no poder sente-se na posse da verdade, e todas as suas ações se justificam. Já numa ética
relativista não há nenhum princípio válido para toda a sociedade e, por isso, o grupo no
poder faz sua própria ética. Nos dois casos, a conveniência torna-se o móvel da ação.
O CENÁRIO DA CORRUPÇÃO
O julgamento do Parlamento em relação a seus pares sói ser brando, quando não opta
pela absolvição. No Senado, por exemplo, para os envolvidos na compra de ambulâncias, o
denominado Escândalo das Sanguessugas, o Conselho de Ética da Casa aprovou voto em
separado em relação ao senador Ney Suassuna, o qual recebeu apenas uma censura verbal,
e arquivou os processos contra Serys Slhessarenko e Magno Malta (Correio do Povo, 3).
Em 1º de outubro de 2006 ocorreram em todo o Brasil eleições para presidente,
governadores, deputados federais e estaduais e para senador. Dos envolvidos na corrupção,
alguns foram julgados culpados pelo Parlamento, outros foram absolvidos e alguns
renunciaram para escapar do julgamento. E, desses, alguns resolveram candidatar-se e
submeter-se ao julgamento das urnas.
Dois assessores diretos do Presidente que renunciaram ao mandato, José Genoíno e
Antonio Palocci, elegeram-se para a Câmara de deputados. Quatro acusados de
participarem no superfaturamento das ambulâncias, as Sanguessugas, também conseguiram
se reeleger: José Guimalhões, PMDB, Marcondes Gadelha, PSB, Wellinton Fagun-des, PL,
e Wellinton Roberto, PL.
Dois envolvidos vieram do passado. Paulo Maluf, PP, e Fernando Collor. O primeiro,
Maluf, que no ano passado ficou preso por 40 dias, elegeu-se deputado federal, e Collor,
que sofreu o impeachment durante seu mandato de presidente, foi eleito senador.
Foram reeleitos os acusados de crimes do Mensalão Valdemar Costa Neto, PL, Vadão
Gomes, PP, Paulo Rocha, PT, Sandro Mabel, PL, José Mentor, PT, João Paulo Cunha, PT, e
Pedro Henry, PP, envolvido nos escândalos do Mensalão e das Sanguessugas. E, por último,
um envolvido no Dossiê, Ricardo Berzoini, PT, coordenador da campanha para presidente
de Lula (Zero Hora, 2006).
Quanto aos candidatos à presidência, Luís Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin
obtiveram o seguinte resultado: Lula, 46.662.365 de votos, com um percentual de 48,61%,
e Alckmin, 39.968.369 de votos, alcançando um percentual de 41,64%, empurrando, assim,
a decisão para um segundo turno. Em todo o período da campanha eleitoral, até o último
dia, as pesquisas de opinião previam que Lula venceria no primeiro turno, o que de fato
ocorreu. Os sinais de segundo turno só apareceram quando começou a ser revelado o
escândalo do Dossiê, com acusados muito próximos do presidente candidato, como foi o
caso do coordenador da campanha para a reeleição, Ricardo Berzoini (Marques, 2006).
O maior partido político do Brasil atualmente é o PMDB, em termos de deputados,
diretórios, governadores e prefeitos. Poder-se-ia partir da hipótese de que o candidato que
conseguisse o apoio desse partido para o segundo turno consagrar-se-ia vencedor. No
entanto, como o PMDB não concorreu com candidato próprio no primeiro turno, a
definição dos peemedebistas já estava selada. Restavam, portanto, os demais partidos ou
coligações perdedoras: Heloisa Helena, com 6,85% dos votos, e Cristóvão Buarque, com
2,64% dos eleitores. Se estes dois últimos somassem seus votos aos de Alckmin teríamos
praticamente um empate com Lula. Como nem todos esses eleitores votariam no Alckmin,
a eleição para o segundo turno já estava definida: Lula. Além disso, a tendência era a de
aumentar a vantagem, visto Lula estar com a chave do cofre e dispor do cargo (Coimbra,
2006).
O partido de Geraldo Alckmin, PSDB, ideologicamente posiciona-se no centro, e o
partido de Lula, hoje em dia, também é de centro. Originariamente era de esquerda, mas
paulatinamente migrou para o centro, anexando parte do território do seu adversário. No
entanto, pode-se constatar entre os dois algumas diferenças ideológicas. Na economia Lula
defende maior presença do Estado. Embora não tenha revertido as privatizações anteriores,
não prosseguiu nelas. Alckmin, no governo paulista, privatizou e fez parcerias com a
iniciativa privada. Lula aumentou os gastos públicos, financiados com o aumento da carga
tributária. Alckmin buscou no governo de São Paulo um ajuste fiscal. Em política externa
Lula privilegia a integração latino-americana e aproxima-se economicamente de países em
situação semelhante ou inferior à do Brasil. Alckmin dá preferência a países desenvolvidos.
Com a infra-estrutura e a energia Lula pouco se preocupou, mas buscou um novo modelo
energético; Alckmin aliou-se à iniciativa privada e aumentou consideravelmente a malha
rodoviária paulista. Este quadro evidencia uma diferença ideológica mínima, qual seja, o
partido de Lula situa-se na centro-esquerda, enquanto Alckmin na centro-direita (Exame,
2006).
Em 29 de outubro de 2006 realizaram-se as eleições para o segundo turno no Brasil.
Para presidente consagrou-se vencedor e reeleito Luís Inácio da Silva, o qual, em todas as
pesquisas eleitorais, aparecia como favorito. O resultado final indicou 60,82% pró Lula e
39,18 a favor de Alckmin. Em termos absolutos Lula foi o candidato a presidente que mais
obteve votos no Brasil.
Na Câmara dos Deputados o novo mapa ficou assim: 303 deputados governistas, 41
indecisos e 169 oposicionistas. Nos governos estaduais Lula tem 16 governadores aliados,
mais da metade dos 27. No entanto, os estados do sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul), juntamente com São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do sul e Roraima,
constituem a oposição (Rodrigues, 2006).
A Região Sul e São Paulo possuem o melhor nível médio nacio-nal em saúde, educação,
renda e outros indicadores socioeconômicos. Nesta eleição estavam em jogo, de um lado, o
Brasil de assistência, paternalista, e de outro o Brasil autônomo e racional. Os próprios
motivos que levaram à opção Lula - Alckmin revelam esta realidade. Os que votaram em
Lula, máxime no nordeste, o fizeram por motivos imediatos: barateamento dos preços da
cesta básica, emprego conseguido por alguém ou parente e programas assistenciais. Os que
votaram em Alckmin apresentaram razões de mais longo alcance, como necessidade de
reformas, comércio exterior mais competitivo e eliminação da corrupção (Carneiro, 2006).
Quanto aos senadores, os partidos que mais se beneficiaram foram os seguintes:
Pelo PFL, seis senadores; pelo PMDB, quatro senadores; pelo PSDB, cinco senadores; pelo
PTB, três senadores; pelo PT, dois senadores; pelo PP, um senador; pelo PPS, um senador;
pelo PRTB, um senador; pelo PSB, um senador; pelo PC do B, um senador; pelo PL, um
senador; pelo PDT, um senador.