Produto: JT - SPVARIEDADES - 6 - 14/08/04
2% 5% 10% 20% 30%
Produto: JT - SPVARIEDADES - 6 - 14/08/04
%HermesFileInfo:-6C:20040814:
caderno C
6 7
Morgan Spurlock comeu no
McDonald’s durante um mês e
filmou as reações de seu corpo.
O documentário estréia
sexta-feira e traz, de bandeja,
uma discussão sobre a comida
fast food. Será que o Ronald é
mesmo o vilão? Por Jones Rossi
Virando o fast food
de cabeça para baixo
Durante um mês, Morgan Spurlo-
ck foi cobaia de seu próprio experi-
mento. As regras eram claras: café
da manhã, almoço e jantar no McDo-
nald’s, num total de quase cinco mil
calorias diárias (a necessidade diária
de um homem adulto é de apenas
metade disso). Deveria experimen-
tar pelo menos uma vez cada item
do menu. Água, só a vendida ali. Se
lhe oferecessem o tamanho ‘Super
Size’ (que não existe no Brasil) ele ti-
nha de aceitar. E o único exercício
permitido era o feito no caminho de
ida e volta a uma loja da rede. Após
30 dias, o que era um idéia na cabe-
ça transformou-se em um filme na
mão, 12 quilos a mais e uma taxa de
colesterol 65 pontos mais alta.
Mesmo assim não parece ter sido
um mal negócio. ‘Super Size Me – A
Dieta do Palhaço’ rendeu a Spurlo-
ck o prêmio de melhor diretor
no festival de Sundance e já é
o quarto documentário
mais assistido de todos os
tempos nos EUA. Prome-
te ser em relação ao
McDonald’s o que Fahre-
nheit 9/11, de Michael
Moore, está sendo para
George W. Bush. Em al-
guns aspectos, o impac-
to sobre a indústria de fast
food é semelhante ao dos
processos bilionários con-
tra os fabricantes de cigarro.
O McDonald’s, seis semanas
depois da estréia do filme em Sun-
dance, anunciou que até o fim deste
ano acabaria com as porções Super
Size, além de dar ênfase à sua linha
de saladas. “Uma coincidência fan-
tástica”, segundo Spurlock.
Morgan queria provar com sua
experiência que comida fast food
faz mal, muito mal. Acompanhado
por três médicos que o avaliaram no
começo do filme e atestaram suas
boas condições físicas, os efeitos so-
bre ele não se limitaram ao ganho
de peso e de colesterol. “Na primei-
ra semana senti dores no peito e co-
mecei a ficar deprimido. Uma sema-
na depois sentia dores de cabeça e
muita fome, logo após comer”, afir-
ma. A situação só piorou. O fígado
começou a inchar e ganhar a consis-
tência de um patê.
A namorada do diretor, Alex Ja-
mieson – uma chefe de cozinha ve-
Acredite: há
quem tenha
comido Mc
Donald’s
todos os dias
e... conseguiu
emagrecer
40% 50% 60% 70% 80% 90% 95% 98% 100% PB
getariana, também foi afetada. Por
volta de duas semanas e meia de-
pois, nem mais manter relações se-
xuais Morgan conseguia. No vigési-
mo primeiro dia, depois de uma ba-
teria de exames, e prognósticos ne-
fastos por parte dos médicos, pen-
sou em parar. Ligou para sua mãe,
que aconselhou o mesmo. Quem o
fez prosseguir foi o irmão mais ve-
lho. “Ele me disse: Morgan, as pes-
soas comem essa droga por toda a vi-
da. Mais nove dias não vão te ma-
tar.” Não mataram. Mas levou oito
semanas para perder cinco quilos,
baixar o colesterol e seu fígado vol-
tar ao tamanho normal.
A esteatose hepática – acúmulo
de gordura no fígado – foi o menor
dos problemas de Spurlock, já que a
simples perda de peso é suficiente
para que o órgão se normalize, sem
sofrer seqüelas. O aumento repenti-
no de peso pode levar a problemas
mais graves. “Pessoas que acumu-
lam gordura no abdômen têm ten-
dência a doenças cardiovasculares,
diabetes e pressão alta, provável mo-
tivo da dor de cabeça que ele teve”,
explica a dra. Maria Tereza Zanella,
professora titular de endocrinologia
da Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo). “Em um mês pode-se ad-
quirir as condições que no futuro tra-
rão problemas ao coração.”
O fato é que, não importa o que
Morgan comesse, ingerindo cinco
mil calorias por dia sem fazer exercí-
cios fatalmente ele engordaria. O
McDonald’s, em seu pronunciamen-
to oficial sobre o filme, argumenta,
com razão, que se Spurlock trocasse
6C/7C - Composite Produto: JT - SPVARIEDADES - 6 - 14/08/04 6C/7C - Composite
2% 5% 10% 15% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 85% 90% 95% 98% 100% COR
6C/7C - Composite Produto: JT - SPVARIEDADES - 6 - 14/08/04 6C/7C - Composite
Sua Vida jornal da tarde
sábado, 14 de agosto de 2004
caderno C
Simulador de garfo: se em vez do McDonald’s, Morgan fosse à cantina, à churrascaria ou ao vegetariano
O macarrão é uma rica A dieta vegetaria
fonte de carboidratos, O principal resultado completa não
mas uma dieta
baseada neste tipo de
seria o excesso de
peso, causado pelo
ocasionaria
problema.
alimento traria acúmulo de gordura. Mas se for
deficiência de Haveria problemas com baseada só
vitaminas e fibras, além diarréia, derivada da má em folhas
de deixar o intestino
preso. E quem a fizesse
absorção. E o excesso
de proteína iria
causaria uma
anemia pela
certamente engordaria sobrecargar os rins falta de ferro
Divulgação
O outro inimigo público do McDonald’s
Eric Schlosser é o autor pouco saudável. no resto do tempo – e o quanto você
É certo afirmar que o número se exercita. Eu ainda como batatas
de ‘País Fast Food’, já de pessoas obesas aumentou nos fritas e hambúrgueres, mas nunca
lançado no Brasil. Em EUA depois do aparecimento do nas maiores cadeias de fast food. Eu
fast food? gosto da coisa real, feita com batatas
entrevista ao JT, ele diz Não há dúvida de que o aumento fresquinhas e carne fresca.
o que tem contra a rede da obesidade aqui nos Estados Uni- Quão forte são os lobbies da in-
dos coincidiu com o aumento dos dústria fast food no Congresso nor-
restaurantes fast food. te-americano?
Três anos antes de Morgan Spur- A causa não é mais simples? As companhias de fast food e
“
lock fazer sucesso batendo forte no Mais comida estaria disponível pa- grandes frigoríficos têm relações Não há dúvida de
McDonald’s, o historiador Eric ra as pessoas? bem próximas com a ala mais con-
Schlosser já havia feito o mesmo, e Temos muita comida por aqui há servadora do Partido Republicano. que o aumento
não apenas contra a empresa dos ar- um bom tempo. O que mudou é o ti- Eles impedem que leis de segurança da obesidade nos
cos dourados. No livro ‘País Fast po de comida: grandes porções, alimentar mais rígidas passem, blo-
Food’ (Ed. Ática), Schlosser dissecou com muita gordu- queiam qualquer Estados Unidos
cada aspecto a respeito de como es- ra, muito açúcar e tentativa de aumen- coincidiu com o
O Mc Donald’s nega sa indústria mudou o estilo de vida muitas calorias. tar o salário míni-
que tenha ampliado a americano e aos poucos também es- O jeito fast food mo e fazem o que aumento no número
linha de saladas por tá mudando o resto do mundo.
Em vários pontos, o discurso de
de fazer as coisas
não está alterando
podem para prote-
ger as companhias
de restaurantes
causa do filme de fast food”
ambos se equivale. Os dois criticam a maneira das pes- de reivindicações
Morgan. Mas que a
duramente a propaganda voltada pa- soas de outros paí- dos consumidores.
oferta aumentou, ra crianças e a responsabilidade das ses se alimenta- O McDonald's é
aumentou redes no crescimento da obesidade rem? A fast food maior emprega-
“
nos EUA. Nunca se gastou tanto com vai eliminar a cul- dor do Brasil. É O maior pecado
este tipo de comida. Em 1972, os tura alimentar dos um sinal de que a
americanos gastaram US$ 3 bilhões. outros países? fast food chegou do McDonald's é
Atualmente, US$ 110 bilhões vão pa- A fast food não para ficar? a maneira como eles
ra os cofres dessas empresas. está somente mu- McDonald's é, de
as três refeições diárias na rede por
Tiago Queiroz/AE
Schlosser vai além e consegue es- dando o que as pes- fato, o empregador visam as crianças em
nove porções de feijoada ou 11 pas- tabelecer um elo entre a instalação soas comem, como privado número sua propaganda”
téis grandes de carne o resultado se- de frigoríficos (cuja carne vai direto também a maneira um do Brasil. Pelo
ria igual. Até mesmo as cinco mil ca- para as redes de fast food) em cida- como produzem menos até agora. É
lorias contidas em treze quilos de ce- des do interior dos EUA e aumento sua comida. Este é difícil prever o futu-
“
nouras ou dez quilos de laranjas tra- da criminalidade nestas localidades. o maior problema. Há um slogan do ro. Quem imaginaria, quinze anos Assisti a ‘Super
riam problemas. Schlosser, assim como Spurlock, não McDonald’s que eu acho assustador: atrás, que a União Soviética seria
Para Zanella, o problema é que as dispensa um bom hambúrguer “fei- “No Mundo inteiro. Um só sabor.” simplesmente varrida da Terra? Size Me’ e achei
refeições servidas nas redes de fast- to com carne fresca”. Atualmente Qual é o maior problema da O Habib's, cadeia brasileira de nojento, corajoso e
food trazem uma quantidade muito trabalha como repórter do Atlantic massificação da comida? fast food árabe, pensa em abrir
grande de calorias em um volume Monthly e conversou com o JT sobre São vários os problemas com a uma franquia nos EUA. Este cami- divertido pra valer”
relativamente pequeno. A batata fri- o filme ‘Super Size Me’ e como essa produção industrial, centralizada e nho inverso é de alguma forma be-
ta – atualmente o vegetal mais con- indústria, segundo ele, está acaban- massificada de comida: tratamento néfico?
sumido nos EUA – absorve todo o do com o sonho americano. precário do gado, destruição do Eu sou de Nova York, e lá nós te-
óleo da gordura, multiplicando por Assistiu a ‘Super Size Me’? meio-ambiente, más condições de mos todo tipo de comida de todo lu-
quatro o número de calorias em rela- Assisti e achei nojento, corajoso e trabalho nas companhias de agribu- gar do planeta, e isso é maravilhoso.
ção à assada. “Todo fast food tem a divertido pra valer. siness, evasão dos fazendeiros inde- Adoro a mistura de diferentes cultu-
combinação das duas piores coisas Qual é o erro do McDonald's? pendentes e o aumento de doenças ras, é daí que vêm o progresso e a vi-
na alimentação: má gordura e mau O maior pecado do McDonald's é relacionadas à comida, como a bacté- talidade. Mas isto não funciona se
carboidrato”, dispara a dra. Zuleika a maneira como eles visam as crian- ria as E. coli 0157:H7. cair na mão das grandes corpora-
Cozzi Halpern, secretária-geral da ças e usam toda sorte de truques – Os médicos que afirmam não ções. Parece legal uma franquia bra-
Abeso (Associação Brasileira pa- jogos, brinquedos, promoção de fil- ser saudável comer fast food mais sileira nos EUA. Mas se for para ter
ra o Estudo da Obesidade). O mes e promoções esportivas – para de uma vez por mês estão certos? 30 mil restaurantes como o McDo-
açúcar dos refrigerantes, Quer contar fazê-los comer sua comida nem um Isso depende do que você come nald’s a idéia pode não ser tão boa.
por exemplo, contém qua-
tro calorias por grama, calorias? Tiago Queiroz/AE
uma taxa altíssima. E as-
sim como a gordura das
batatinhas e o pão branco
que reveste os hambúrgue-
Uma das principais bandeiras
de Morgan Spurlock é trazer
mais informação aos
No Brasil,
o problema é com
res, é absorvido rapida- consumidores. No filme, mostra
mente pelo organismo. como em muitas lojas do
Isso faz com que a fome McDonald’s nos EUA a tabela
volte de maneira igualmen- com informação nutricional está
te rápida, obrigando a co-
mer grandes quantidades
para se satisfazer.
Para Spurlock, a resposta
escondida, em alguns casos até
no porão das lojas.
No Brasil, porém, a situação é
diferente. Apesar de o diretor ter
os self-service
do McDonald’s a seu filme não faz dito que era outra coincidência o Uma pesquisa feita por alimentar David M. Theno para
sentido. “Nunca ninguém afirmou fato de o McDonald’s ter lançado cuidar da segurança alimentar de
que uma cenoura ou uma laranja se- em julho seu guia nutricional no um consultor de seus restaurantes. O que se viu a
ja uma refeição. Quando você entra Brasil, a rede publica uma tabela alimentos indica que o partir daí foi uma corrida entre as
em um McDonald’s os cartazes di- com o valor nutricional de seus empresas para ver quem oferecia a
zem claramente: ‘Happy Meal’, produtos desde 1994. perigo não está nos comida mais segura.
‘Breakfast Meal’ (meal é refeição)”. E A legislação brasileira não balcões de fast food Como resultado, apesar dos
por que não se exercitou durante o obriga que os alimentos protestos de grupos
filme? “O americano médio não faz servidos em restaurantes e antiglobalização, é inegavelmente
atividades físicas. De casa vai para o lanchonetes (aí incluídos os Em janeiro de 1993, centenas de mais seguro comer em um Self-service: o tempo passa e as bactérias chegam “para comer”
trabalho e volta. E de carro. Eu fiz o estabelecimentos de serviço crianças começaram a aparecer nos estabelecimento de refeição rápida
mesmo para mostrar os efeitos so- rápido) venham com a hospitais de Seattle, nos EUA, com do que na maioria dos restaurantes
bre um americano comum”, diz ele. informação nutricional. Esta diarréia hemorrágica. Todas tinham que servem comida no sistema apresentaram algum tipo de adotarem um procedimento
Um dos grandes pecados do obrigação existe apenas para comido hambúrgueres malpassados self-service. No Brasil, de acordo irregularidade. padronizado, são sanitariamente
McDonald’s, na visão do cineasta, é os produtos industrializados. no Jack in the Box. A carne dos com dados do Datasus, cerca de 30 Alexandre Momesso, mestre em mais seguras”, afirma. Como nos
mirar sua propaganda nas crianças. hambúrgueres estava contaminada mil pessoas são internadas por ano saúde pública e consultor de redes estabelecimentos self-service a
Uma estratégia que surgiu com o com E. coli 0157:H7, uma variedade com intoxicação alimentar. Por de supermercados, mostra como comida pode ficar exposta por até
personagem Ronald McDonald e fez potencialmente letal de uma volta de oito mil morrem. Em São pode ser perigoso comer em um cinco horas, a contaminação vai
a empresa distribuir mais brinque- bactéria existente no estômago Paulo, a higiene da maioria dos self-service. Em uma pesquisa, a crescendo conforme o tempo passa.
dos que a maior rede ramo em todo humano. Quatro crianças morreram botecos e restaurantes populares é comida encontrada nestes locais Das amostras coletadas na pesquisa
o mundo, a Toys “R” Us. No Brasil, e a Jack in the Box quase foi à precária. Dos 365 estabelecimentos cotinha desde coliformes fecais até no horário das 14 às 15 horas, em
uma recente promoção vendeu 1,8 falência. Depois do episódio, a vistoriados pela vigilância sanitária as temidas bactérias Salmonella ssp quase 80% estavam presentes a
milhão de bonecos Hello Kitty. Morgan Spurlock declarou que, após a experiência de passar um mês comendo no reduto de Ronald, passou a ter pesadelos com o palhaço companhia contratou o cientista na capital paulista, 61% e a E. Coli. “As redes de fast food, por Salmonella e E. Coli.
Reuters
O outro lado do Big Mac Mundo sofre de ‘globesidade’
“ “ “
Dá para comer Estamos Eu deixo minha
A reação a ‘Super Size Me’ veio atividades para perder mais peso. milhões de pessoas ao redor do
rapidamente. O economista Chazz Você acha que é saudável planeta diariamente, fica óbvio que Nos EUA, as pessoas começaram a ficar entre crianças de seis a nove anos, a 17,4%. fast food o mês providenciando filha comer no
Weaver e a documentarista Soso comer no McDonald’s todo dia? há mais gente que gosta destes mais obesas à medida que as estradas eram Mas até que ponto o aumento do consumo inteiro, depende da as informações McDonald’s, mas não
Whaley também comeram no Claro que sim. A comida no restaurantes do que gente que é abertas. Em Los Angeles, Califórnia, berço do de fast food tem relação com isso? “No Japão,
McDonald’s por 30 dias e... McDonald’s não é diferente da contra. Os detratores são grupos de McDonald’s, Taco Bell, e Domino’s, já existiam a população engordou depois da chegada das rede. A culpa do nutricionais dos nossos deixo fazer disso um
emagreceram. Weaver, de 48 anos, encontrada em uma mercearia e defesa dos direitos dos animais que um milhão de carros em 1940. Tanta gente grandes redes”, diz Halpern. E com que aumento da obesidade produtos ainda este hábito. No máximo duas
seguiu a dieta de cinco mil calorias, eles oferecem uma variedade querem converter todo o planeta fora de casa estimulou a abertura dos freqüência deve-se comer fast food? “Não
mas fez exercícios. Perdeu 3,6 incrível. Por exemplo, o que é um em seguidores de suas dietas vegan. restaurantes fast food. Em 1971, os recomendo comer McDonald’s todo dia,
é do cotidiano. As ano, em no máximo vezes por semana”
quilos. Soso Whaley comeu menos, Egg McMuffin? É um bolinho inglês, Por que você defende o norte-americanos obesos eram 14,5% da como não recomendo sempre comer a pessoas vivem correndo dois meses” MARIA LUIZA CTENAS,
sócia da C2, empresa que presta
por volta de duas mil calorias, fez um ovo frito, um pouco de bacon e McDonald's? Eles pagaram? população. Hoje são 30,9%. mesma coisa todos os dias”. A declaração vem e acabam se FLÁVIO MAIA, consultoria ao McDonald’s
exercícios e emagreceu 4,5 quilos. uma fatia de queijo. Adicione um Eu não fui paga pelo McDonald's A população brasileira também está de Maria Luiza Ctenas, sócia da C2, empresa diretor de franquias do Bob’s
Ela planeja lançar um filme – que copo de laranja e você ficaria ou outra corporação para fazer este engordando. “Há vários motivos para isso. que presta consultoria nutricional ao alimentando mal”
deve ter o título ‘Debunk the Junk’. satisfeito por comer um saudável filme. Deixe-me esclarecer: este Nos últimos 20 anos, a população brasileira McDonald’s. VIVIANE LOURENÇO BRÁS,
Você sentiu alguma alteração café da manhã em casa. Mas é só filme não é uma defesa do saiu da área rural e migrou para as cidade. Na O mesmo conselho dá Flávio Maia, diretor chefe do departamento de
controle de qualidade da Habib’s
em seu metabolismo? comprar a mesma coisa no McDonald’s e sim sobre liberdade prática, isso significa menos atividade física e do Bob’s. A rede, como o Habib’s, já tem no
Absolutamente. Por reduzir McDonald’s para provocar a ira dos de escolha e responsabilidade. Se a mais acesso à comida”, afirma a Dra. Zuleika cardápio alimentos menos gordurosos, como
minha ingestão de calorias e fazer grupos anticarne a anticorporações. fast food sumir amanhã, não tenho Cozzi Halpern. Em 1974, 4,1% da população saladas e sanduíches com carne branca. A
exercícios, eu experimentei toda Por que tantas pessoas são dúvidas de que os ‘problemas de brasileira era composta por pessoas acima do grande preocupação nos fast foods nem é
sorte de benefícios. Fiquei com mais contra a indústria fast food? peso’ continuariam existindo. E peso. Esta proporção subiu para 13,9% em tornar a comida mais gostosa. É torná-la mais
energia, apreciei mais minha Se você considerar que essa quem alimentará policiais, 1997. Nas cidades, o índice chega a 18,4% e saudável.
comida e decidi manter as indústria alimenta dezenas de advogados e documentaristas?