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Antnio Torrado
escreveu e Cristina Malaquias ilustrou
H-de ser um sinal, um aviso dizia, constantemente, o fara. Mas que sinal, que aviso? Algum se lembrou de um escravo, chamado Jos, que tinha fama de interpretar os sonhos mais escabrosos. Naquele tempo, acreditava-se que os sonhos eram recomendaes divinas para guiar a conduta dos homens. Chamado corte, Jos ouviu do fara o estranho sonho. Os cortesos j quase o sabiam de cor. Jos ouviu e ficou, depois, em meditaes, como se estivesse a rezar. sua volta, aumentava a impacincia. At que Jos anunciou: As sete vacas gordas vo ser sete anos de abundncia. A seguir viro sete anos de fome, como sete vacas magras. A riqueza dos sete primeiros anos ser consumida pelos sete anos seguintes, em que o Egipto, devastado, se for mal gerido, conhecer a misria. O fara concordou. Algo lhe dizia que as palavras do escravo eram portadoras da verdade. Que devo, ento, fazer? perguntou o fara. Jos respondeu, como se fosse um profeta: Deveis mandar acumular toda a alimentao excedente desses anos frteis, que se aproximam. O trigo armazenado ficar de reserva, como recurso para minorar os sete anos de fome. Visto que o teu Deus te revelou tudo isso, no h ningum, no Egipto, mais sbio do que tu proclamou o fara. Tu mesmo sers o chefe da minha casa. Todo o meu povo ser governado por ti, como primeiro representante do meu mando. Ento, o fara tirou da sua mo direita um anel e entregou-o a Jos. 2
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Tudo aconteceu como ele previra. Quando chegaram os anos de seca, a fome tomou conta dos pases vizinhos, mas no Egipto no faltou o po. Por isso o povo glorificou o nome do antigo escravo que ensinara ao fara as regras do bom governo e os ditames da prudncia. FIM
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