Discover millions of ebooks, audiobooks, and so much more with a free trial

Only $11.99/month after trial. Cancel anytime.

Orientações para Projeto e Construção de Igrejas - Estudos da CNBB Vol. 106 - Digital
Orientações para Projeto e Construção de Igrejas - Estudos da CNBB Vol. 106 - Digital
Orientações para Projeto e Construção de Igrejas - Estudos da CNBB Vol. 106 - Digital
Ebook283 pages4 hours

Orientações para Projeto e Construção de Igrejas - Estudos da CNBB Vol. 106 - Digital

Rating: 0 out of 5 stars

()

Read preview

About this ebook

No ano jubilar da Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia, o Setor do Espaço Litúrgico da Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil entrega às nossas Igrejas locais este texto: Orientações para Projeto e Construção de Igrejas e Disposição do Espaço Celebrativo. Estudo esperado por nossas Igrejas Locais e por todas as pessoas envolvidas na arte da construção dos espaços de celebração, esperamos que o presente subsídio nos ajude na compreensão da beleza da liturgia e no sentido da construção, adaptação e disposição do espaço celebrativo.
LanguagePortuguês
Release dateAug 17, 2023
ISBN9786559752218
Orientações para Projeto e Construção de Igrejas - Estudos da CNBB Vol. 106 - Digital

Read more from Conferência Nacional Dos Bispos Do Brasil

Related to Orientações para Projeto e Construção de Igrejas - Estudos da CNBB Vol. 106 - Digital

Related ebooks

Religion & Spirituality For You

View More

Related articles

Reviews for Orientações para Projeto e Construção de Igrejas - Estudos da CNBB Vol. 106 - Digital

Rating: 0 out of 5 stars
0 ratings

0 ratings0 reviews

What did you think?

Tap to rate

Review must be at least 10 words

    Book preview

    Orientações para Projeto e Construção de Igrejas - Estudos da CNBB Vol. 106 - Digital - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    capa.jpg

    Coleção Estudos da CNBB

    96 -­ Deixai-­vos Reconciliar

    97 -­ Iniciação à Vida Cristã: Um Processo de Inspiração

    Catecumenal

    98 -­ Questões de Bioética

    99 -­ Igreja e Questão Agrária no início do Século XXI

    100 -­ Missionários(as) para a amazônia

    101 -­ A Comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil

    102 - O segmento de Jesus Cristo e a Ação Evangelizadora no

    Âmbito Universitário

    103 - Pastoral Juvenil no Brasil – Identidade e Horizontes

    104 - Comunidade de Comunidades: Uma nova Paróquia

    105 - A Igreja e as Comunidades Quilombolas

    106 - Orientações para projeto e construção de Igrejas e

    disposição do Espaço Celebrativo

    107a - Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade

    108 - Missão e Cooperação Missionária

    109 - O solo urbano e a urgência da paz

    110 - Pastoral da Educação: Estudo para diretrizes nacionais

    111 - Orientações pastorais para as mídias católicas: imprensa, rádio, TV e novas mídias

    112 - Setor universidades da Igreja no Brasil: identidade e missão

    Orientações para projeto e construção de Igrejas

    e disposição do Espaço Celebrativo

    2ª Edição revisada e ampliada - 2023

    Diretor-Geral:

    Mons. Jamil Alves de Souza

    Revisão:

    Carolina Ramos

    Equipe Responsável:

    João Martins de Oliveira Filho; Laíde Inêz Sonda; Marcelo Antonio Audelino Molinero; Regina Céli de Albuquerque Machado Steurer; Marília Fernandes Gonçalves; Antonio Fernando dos Anjos Abrão; Raquel Tonini Rosenberg Schneider; Thiago Aparecido Faccini Paro; Maria Inês Bolson Lunardini

    Projeto Gráfico, Capa e Diagramação:

    Henrique Billygran da Silva Santos

    978-65-5975-221-8

    Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão da CNBB. Todos os direitos reservados ©

    Edições CNBB

    SAAN Quadra 3, Lotes 590/600

    Zona Industrial – Brasília-DF

    CEP: 70.632-350

    Fone: 0800 940 3019 / (61) 2193-3019

    E-mail: vendas@edicoescnbb.com.br

    www.edicoescnbb.com.br

    Sumário

    Siglas E Abreviações

    APRESENTAÇÃO

    INTRODUÇÃO

    CAPÍTULO I

    I. LUGARES DA AÇÃO LITÚRGICA

    1. Lugares da Convocação e da Acolhida

    O Campanário

    O Ritual de Bênçãos afirma:

    Celebração da Bênção do Sino (Monição)

    A Porta

    O Átrio

    2. Lugar da Assembleia

    3. Lugar da Presidência: a Cadeira

    4. Lugar da Palavra: o Ambão

    5. Lugar Central da Eucaristia: o Altar

    A RESERVA EUCARÍSTICA

    6. Lugar do Batismo

    7. Lugar da Reconciliação

    8. Lugar dos demais Sacramentos, Sacramentais e outras Ações Litúrgicas

    II. OBJETOS RELACIONADOS AO ESPAÇO E À AÇÃO LITÚRGICA

    CAPÍTULO II

    PROGRAMA ICONOGRÁFICO

    CAPÍTULO III

    LUGARES DEVOCIONAIS

    CAPÍTULO IV

    LUGARES DE SERVIÇO

    1. Sacristia

    2. Dízimo

    3. Equipamentos de som

    4. Avisos

    5. Depósitos

    6. Banheiros e Bebedouros

    CAPÍTULO V

    EDIFÍCIOS ANEXOS

    1. Edifícios Pastorais

    2. Casa Paroquial

    CAPÍTULO VI

    COMISSÃO DE ARTE SACRA

    CAPÍTULO VII

    PROJETOS E CONSTRUÇÃO

    1. Projetos

    2. Construção

    CONCLUSÃO

    REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

    Documentos usados

    BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

    GLOSSÁRIO

    APÊNDICES

    Concílio Ecumênico Vaticano II

    Constituição Sobre a Sagrada Liturgia

    Sacrosanctum Concilium

    Capítulo VII

    A Arte Sacra e as Sagradas Alfaias

    INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO

    Capítulo V:

    Disposição e ornamentação das igrejas para a celebração eucarística.

    Capítulo VI

    REQUISITOS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA

    RITUAL DA DEDICAÇÃO DE IGREJA E DE ALTAR.

    Capítulo II

    DEDICAÇÃO DE UMA IGREJA

    Papa Paulo VI, Mensagem do Papa na conclusão do Concilio Vaticano II

    "

    Guia Litúrgico-Pastoral

    Siglas E Abreviações

    ART Anotação de Responsabilidade Técnica

    RBC Ritual do Batismo de Crianças

    Cân. Cânon, Código de Direito Canônico

    CB Cerimonial dos Bispos

    CAU Conselho de Arquitetura e Urbanismo

    CEI Cadastro Específico do INSS

    Cf. Confira / Conferir

    CIgC Catecismo da Igreja Católica

    CNBB Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

    CND Certidão Negativa de Débito

    CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

    CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

    CRI Certidão de Registro de Imóveis

    DV Dei Verbum – Constituição Dogmática sobre a Revelação, Concílio Vaticano II

    GS Gaudium et Spes = Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo atual, Concílio Vaticano II

    IELM Introdução ao Elenco das Leituras da Missa (Lecionário)

    IGBC Introdução Geral do Batismo de Crianças

    IGMR Instrução Geral sobre o Missal Romano

    INSS Instituto Nacional de Seguro Social

    IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano

    NBR 9050 Norma Brasileira de Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

    PDDU Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano

    PPCI Prevenção e Proteção contra Incêndio

    RRT Registro de Responsabilidade Técnica

    RB Ritual de Bênçãos

    RD Ritual de Dedicação de Igreja e Altar

    RP Ritual da Penitência

    SC Sacrosanctum Concilium – Constituição sobre a

    Sagrada Liturgia, Concílio Vaticano II

    SPDA Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

    VD Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini do Papa Bento XVI

    APRESENTAÇÃO

    Entre as mais nobres atividades do espírito humano constam-se com todo o direito as belas-artes, principalmente a arte religiosa e a sua melhor expressão, a arte sacra. (SC, n. 123)

    No ano jubilar da Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia, o Setor do Espaço Litúrgico da Comissão Episcopal para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil entrega às nossas Igrejas locais este texto: Orientações para Projeto e Construção de Igrejas e Disposição do Espaço Celebrativo.

    Há anos a Equipe do Setor do Espaço Litúrgico está refletindo e partilhando ideias e propostas, com a colaboração de liturgistas, arquitetos e artistas do Brasil de distinta sensibilidade e diferentes competências. Com a nossa alegria e satisfação, eles e elas entregam este subsídio que oriente as comunidades que se propõem a construir ou reformar seus espaços celebrativos e demais estruturas comunitárias. Subsídio esperado por nossas Igrejas Locais e por todas as pessoas envolvidas na arte da construção dos espaços de celebração.

    Como documento de Estudo, está aberto para novas contribuições e possíveis melhoramentos. Sua publicação, sem dúvida, transformar-se-á numa luz na arte das reflexões, pesquisas, encontros, congressos e seminários de formação. Destinatários, afirma-se – são todos os que estão envolvidos na construção dos espaços de celebração e serve de base para que as construções e reformas sejam concebidas a partir de critérios não subjetivos, mas teológico-litúrgico-pastorais.

    Os grandes critérios que o Concílio apontava para a reforma de igrejas ou a construção de novos templos encontram, neste texto, concretas aplicações. Reafirma-se, com o texto conciliar, que a Igreja sempre foi amiga das belas-artes e procurou continuamente o seu nobre ministério (SC, n. 122). O Concílio ainda dizia: A arte goze de livre exercício na Igreja, contanto que, com a devida reverência e honra, sirva aos sagrados templos e às cerimônias sacras... ela possa unir sua voz ao admirável concerto de glória que os grandes homens cantaram à fé católica nos séculos passados (SC, n. 123). Desejamos que isso aconteça em todas as nossas realidades eclesiais. Este texto foi, pacientemente, elaborado com esse intuito.

    Destacamos uma entre as numerosas e sábias indicações: A beleza combina com a sobriedade, a sinceridade e a simplicidade. Estamos em sintonia com a Sacrosanctum Concilium (n. 124) quando recomenda que o vocabulário da arte e do sagrado cristão resplandeça de nobre beleza mais do que de mera suntuosidade. De fato, a obra de arte, antes de tudo, deve ser verdadeira, autêntica e manifestar uma harmonia no que ela é, ou seja, a sua função litúrgica. Tudo na Igreja deve verificar o sinal a serviço de realidades espirituais e transcendentes e, ao mesmo tempo, humanas.

    O nosso documento – qual orientação e recomendação – ainda escreve: Quando se constrói uma igreja, não se pode esquecer que ela toda é um ícone, uma imagem viva. Moldada pela liturgia, é, por si mesma, mistagógica. O espaço no qual reúnem-se as pessoas de fé para ouvir a Palavra e celebrar os sagrados mistérios da salvação é a singular imagem da Igreja, templo de Deus edificado por pedras vivas. São Pedro apóstolo nos afirma: vós, como pedras vivas, formais um edifício espiritual (1Pd 2,5).

    Toda pessoa ou família sonha ter sua casa. As comunidades eclesiais, igualmente, sonham em ter um espaço adequado em que possam encontrar-se e elevar a Deus suas preces. A realização desse sonho demanda projetos e investimentos, sensibilidade e arte, fé e ação conjunta dos interessados.

    Nutrimos a confiança de que o presente subsídio nos ajudará na compreensão da beleza da liturgia e no sentido da construção, adaptação e disposição do espaço celebrativo.

    Um sincero e profundo agradecimento a todos os que colaboraram no projeto de construção deste Documento de Estudos da CNBB.

    +

    Dom Armando Bucciol

    Bispo de Livramento de Nossa Senhora – BA

    Presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia.

    INTRODUÇÃO

    Quando Jesus morreu na cruz, o véu do templo rasgou-se (cf. Mt 27,51; Mc 15,38; Lc 23,45). O rasgar-se do véu é lido como um sinal de que o modelo de culto antigo, oferecimento de sacrifícios e animais, deu lugar a uma nova forma ou ordem de culto, baseado na entrega de Jesus. Ele ofereceu-se de uma vez por todas em sua morte na Cruz. O Templo, como lugar de oferecimento de sacrifícios, foi suplantado pela Ressurreição do Senhor, que se tornou o verdadeiro templo, como Ele mesmo havia anunciado: destruí este templo, e, em três dias, eu o reerguerei (cf. 2Jo 19-21). Ele ergueu o novo Templo, o do seu corpo ressuscitado. Unindo-nos a Ele pela força do Batismo, nos tornamos pedras vivas do templo espiritual que é a Igreja, Corpo Místico de Cristo, do qual Ele é a cabeça.

    As igrejas cristãs são sinais materiais deste templo espiritual, porém o seu sentido não se esgota somente nisso. Além de ser corpo místico a Igreja é também uma realidade física e precisa de um espaço para que a comunidade possa reunir-se ao redor do seu Senhor, ouvir a sua Palavra e celebrar a sua Ceia. A igreja sempre possui essa dupla finalidade: remete-nos às coisas do alto, à Jerusalém do Céu, e reúne a comunidade dos fiéis ao redor de Cristo, cabeça deste Corpo, constituído de muitos membros. Sempre nos remete a uma realidade mística e funcional, divina e humana.

    A Igreja também é um organismo constituído por uma pluralidade de membros, onde cada um tem ou exerce uma função diferente, em harmonia com os demais. Articular as funções e serviços dentro do espaço não é a única tarefa do projeto: em todo o edifício deve transparecer o Mistério da Igreja. Em cada um dos lugares destinados ao exercício de algum ministério ou sacramento, mesmo quando não estão acontecendo as celebrações da comunidade, os que entram deverão perceber a presença e a ação de Jesus Cristo, Sumo Sacerdote. O fiel deve sentir-se mergulhado no mistério para cuja celebração o espaço foi projetado e preparado.

    Entretanto, o espaço cultual não é o tudo da vida da comunidade. Este tem conexão com outros aspectos: com o ambiente vital da comunidade (pastoral, caritativo, social) e com o ambiente urbanístico no qual o edifício insere-se, não como objeto estático, mas como expressão da identidade da comunidade e do seu diálogo com o meio ambiente, hoje pluralístico do ponto de vista religioso. Por isso, o edifício igreja precisa de uma identidade exterior, tem de expressar a mensagem de

    Enjoying the preview?
    Page 1 of 1