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REFLEXÕES (6) NA PRIMEIRA CARTA DE JOÃO

CAPÍTULO 2. 12-17
(v.12) Filhinhos, eu vos escrevo, porque os vossos pecados são perdoados, por
causa do seu nome.
(v.13) Pais, eu vos escrevo, porque conheceis aquele que existe desde o princípio.
Jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno.
(v.14) Filhinhos, eu vos escrevi, porque conheceis o Pai. Pais, eu vos escrevi,
porque conheceis aquele que existe desde o princípio. Jovens, eu vos escrevi,
porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o
Maligno.

1. O escritor usa dois tempos para o verbo: presente (eu vos escrevo) e passado

(eu vos escrevi) (vv.12-14). Talvez com a mesma idéia, quando nós
colocamos em nossas cartas, estudos e reflexões, a expressão ‘conforme
acima’. É bem possível que João esteja se referindo ao que escrevera até o
versículo onze
2. Quem são os filhinhos, pais e jovens referidos por João? Alguns

comentaristas entendem que João não se referia à idade cronológica, mas aos
possíveis estágios da vida cristã. Stott cita que Agostinho favorecia essa
ideia, e assim escreve: “Os filhinhos são os recém-nascidos em Cristo; os
jovens são cristãos mais desenvolvidos, fortes e vitoriosos na luta espiritual;
enquanto que os pais possuem profundidade e a estabilidade da experiência
cristã amadurecida”.
3. E preciso observar que João usa duas expressões gregas para filhinhos. No

verso 12, ele usa teknia, que “salienta a associação natural entre a criança
e seu pai” (Stott) (Ver Mateus 21.28); usa também paidia (v.14), que “se
refere à menoridade da criança como alguém sob disciplina” (Stott) (Ver
Mateus 19.13,14).

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4. v.12,14 a - João escreve aos filhinhos que tiveram os pecados perdoados

pelo nome de Jesus, e que por meio de Jesus também passaram a conhecer o
Pai (João 14.7).
5. Os pais representavam o segundo grupo de discípulos, a dos mais

experimentados, amadurecidos na fé, aqueles que conheciam a Deus, o


Eterno (v.13 a).
6. Os jovens, como o terceiro grupo de discípulos, representavam aqueles que,

já instruídos na palavra que neles permanecia, eram fortes o suficiente para


vencerem o maligno pela própria palavra.

(v.15) Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o
mundo, o amor do Pai não está nele;

1. João trata de duas coisas irreconciliáveis: o amor ao mundo e o amor a Deus.

Aqueles que nasceram de novo, que eram os discípulos, a quem João


escrevia, deviam saber a quem direcionar o seu amor.
2. “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo”. Mais à frente, João

vai dizer que o mundo jaz no maligno, e aqueles que amam o mundo e o que
há nele, não tem como ter comunhão com o Pai.
3. Aquele que optar pelo mundo, o amor do Pai não está nele, logo, está

perdido e sem Deus no mundo.

(v.16) porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a


concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede
do mundo.

1. João faz uma lista das coisas que há no mundo que não convêm àqueles que

professam o nome de Deus. O desejo da carne é a inclinação natural para o


erro (Gl 5.16); o desejo dos olhos é “a tendência para deixar-se cativar pela
exibição externa das coisas..., Eva viu a árvore..., Acã viu a capa
babilônica... e Davi viu Bate-Seba” (Stott cita Dodd).
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2. “A soberba da vida = alazoneía tou bíou”. Alazoneía= pretensão,

arrogância, fanfarronice. Deriva de alazon= orgulhoso, pedante,


jactancioso (Ver Rm 1.30; 2 Tm 3.2). O que o fanfarrão quer mesmo é
impressionar.
3. Uma vida de arrogância, de ostentação e de vaidade extremada. Cito apenas

Champlin: “Existe aquela paixão egoísta de viver acima dos outros e com
conforto e lazer excessivos. Essa paixão conduz a várias formas de
ostentação, de impropriedades nas vestimentas e na maneira de viver”.
4. O apóstolo termina dizendo que todas essas coisas que há no mundo,...,não

procede do Pai, mas procede do mundo. Quem pratica as coisas próprias do


sistema do mundo é mundano. Paulo nos orienta a não nos conformarmos
com este mundo (Rm 12.2).

(v.17) Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que
faz a vontade de Deus permanece eternamente.

1. Por que canalizar tanto esforço e tempo com o que é passageiro? Por mais

que o homem corra de um lado para outro, a fim de construir riquezas, ele
passará. Jesus conta a parábola de um homem que armazenou muito bens,
mas ao fim da vida foi-lhe perguntado: “o que tens preparado, para quem
será?” (Lc 12.22).
2. Quantos exemplos, de pessoas que levaram a vida em luxo e prazer, mas que

o seu final foi apenas desgraça. Jesus nos dá outro exemplo, quando conta a
parábola do rico e de Lázaro (Lc 16.19ss).
3. Na parábola do rico e de Lázaro, vemos claramente as duas situações

abordadas por João: “o mundo passa”: o rico e o seu luxo passaram;


“aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece para sempre”:
Lázaro.

PR. Eli da Rocha Silva


Igreja Batista em Jardim Helena - Itaquera

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