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Coaching no divã
O impacto das ferramentas de Coaching na psicoterapia.
O objetivo deste artigo é analisar estudos que demonstram a relação entre processos de
coaching e psicoterapia e as contribuições das ferramentas de coaching em determinados
estágios dos processos terapêuticos.
Da mesma forma que o coaching construiu ferramentas com base na sua evolução e junto
a outras disciplinas o inverso também ocorre, ou seja, a utilização de ferramentas de
coaching na psicoterapia em complementaridade aos processos terapêuticos.
o Sistemas representacionais.
De acordo com Joseph O´Connor, “Assim como vemos, ouvimos, sentimos sabores,
tocamos e cheiramos o mundo exterior, também recriamos estas mesmas
sensações em nossas mentes, re-apresentando o mundo a nós mesmos através do
uso interno de nossos sentidos. Podemos nos lembrar de experiências passadas,
ou imaginar experiências futuras possíveis (ou impossíveis). Você pode se imaginar
correndo para pegar um ônibus (imagem visual lembrada) ou correndo pelos
canais de Marte vestido de Papai Noel (imagem visual construída). A primeira terá
acontecido. A segunda, não, mas você pode representar ambas.”
Isto significa que podemos representar as duas imagens usando nossos sistemas
representacionais, que são o cinestésico, visual, auditivo, olfativo e gustativo.
Cada um de nós tem um sistema representacional preferido e o exemplo abaixo
pode ilustrar claramente.
Outra implicação deste estudo é que o excessivo enfoque na análise de idéias pode
ser contraproducente em termos de alcance dos objetivos. O uso do processo de
coaching com metas claras pode ser útil para contrariar tendências de idéias
paralisantes prolongadas, principalmente pela questão metodológica, pois
enquanto a psicoterapia normalmente é orientada para o processo, o coaching é
orientado para os resultados.
A questão que a excesso de análise de idéias pode levar a depressão também fez
parte de outro estudo do professor Paul Verhaeghen, PhD, e sua equipe na
Syracuse University Psychology, de 2005, nos Estados Unidos, que estudaram a
relação entre criatividade e depressão. A depressão é associada à inatividade,
dificuldade de concentração e a vontade de ficar o tempo todo na cama, o que
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Nilson Redis Caldeira – Certificado pela
Coaching Executivo – Vendas – Liderança - Vida
Esta questão tem uma longa tradição na própria psicoterapia, remontando Carl
Rogers e, antes dele, a Otto Rank, que afirmaram que a perspectiva de uma data
de término geralmente pré-estabelecida aumenta a eficiência da terapia. E a
própria possibilidade desta data de término acaba contribuindo para um maior
foco durante o processo.
Um dos pressupostos do coaching é “Se quer entender, faça”, ou seja, o aprender esta no
fazer. Por isso todas as sessões de coaching terminam como uma ação normalmente de
iniciativa do próprio cliente, um pequeno passo normalmente em direção da mudança
que ele quer fazer.
Acontece, porém que este pequeno passo tem proporções maiores pelo significado que
ele possui. Ele pode representar à volta a confiança, uma melhora da auto-estima, a
sensação de viver algo que ele sempre desejou, enfim, este pequeno passo pode
desencadear fortes estímulos para alcance dos objetivos que a pessoa deseja.
No processo terapêutico estes pequenos passos podem ter influência em várias patologias
emocionais, como por exemplo, a depressão. É claro que estas técnicas não resolvem o
problema, já que muitas vezes trata-se de origem química, e psicológica, porém à medida
que estes pacientes têm mais claros seus objetivos e percebem sua evolução, fortalecem-
se a autoconfiança e auto-estima, componentes fundamentais no processo de melhora
das patologias.
coaching buscou-se focar em situações de satisfação e bem estar na vida, que estavam
diretamente ligadas à redução da dependência química. Com pequenas metas e um
objetivo maior em longo prazo o cliente conseguiu sensíveis melhorias em seu processo
terapêutico, reduzindo de forma significativa a dependência química e como efeito
complementar contribui para redução dos níveis de depressão.
No segundo caso o tratamento foi realizado por uma psicoterapeuta com supervisão de
um coach. O paciente havia feito a formação em uma área acadêmica, mas estava com
medo de exercê-la. Estava questionando sua capacidade e merecimento. A técnica
utilizada foi à mesma de atribuição de tarefas feitas pelo próprio paciente. À medida que
foi realizando estas tarefas o paciente começou a ver cenários que não imaginava e o mais
importante, começou a se ver dentro destes cenários atuando. E o objetivo traçado foi
alcançado e o paciente esta trabalhando na área desejada.
Conclusão.
Livros
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