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Licenciatura em Enfermagem - ESEC

Bioquímica e Biofísica

DNA
&
RNA

AC Santos - 2008/2009
DNA é Material Genético?
Griffith, 1928

- injectou ratinhos com a estirpe S de pneumococcus => morriam


- ratinhos injectados com a estirpe R sobreviviam
=> extractos da estirpe S transformam a estirpe R na estirpe virulenta S
= teste potencial para material genético
Avery, MacLeod e McCarty, 1944

- usaram extractos purificados da estirpe S para caracterizar o princípio


da transformação
- o material era resistente a proteases; não continha lípidos nem açúcares
- se o DNA no extracto for destruído perde-se o “princípio transformador”
- DNA puro isolado do extracto da estirpe S transforma a estirpe R
=> Avery sugeriu que o DNA era o material genético
Confirmação por Hershey e Chase, 1952
- durante a infecção genes virusais entram na célula hospedeira levando à
produção de novos vírus
- vírus marcados com isótopos radioactivos => proteínas marcadas com 35S
e DNA marcado com 32P
- o bacteriófago T2 (vírus) foi misturado com bactérias e depois colocado
num misturador para retirar os vírus da célula
- as bactérias foram depois separadas dos vírus por centrifugação
- só o DNA radioactivo entra nas bactérias

Martha Chase e Alfred Hershey, 1952

Conclusão: o DNA é o material genético! Uma vez aceite esta ideia como
verdade científica foi preciso explicar como podia uma simples molécula de
DNA representar a nossa informação genética…
Estrutura do DNA
- WH Bragg e WL Bragg (pai e filho),
inventaram em 1912 a cristalografia.
O Inglaterra era o centro desta técnica
no séc. XX e WL Bragg era o director da
Medical Research Division dos Cavendish
Laboratories de Cambridge em 1950.

- Rosalind Franklin (King’s College) => cristalografia de raios X do DNA

- Chargaff (1950) – concluiu que em qualquer


DNA as concentrações da adenina eram
iguais às da timina e as de guanina eram
iguais às de citosina = regras de Chargaff.
Chargaff
Estrutura do DNA (cont.)
Modelo de Watson and Crick (1953) -

baseado na informação de Franklin e Chargaff


⇒ 2 conjuntos de pares de bases foram
conjugados numa dupla hélice

Fosfatos e desoxiribose são dispostos como um esqueleto com o carbono 3' de


um açúcar ligado através de uma ligação fosfodiéster ao carbono 5' do açúcar
seguinte.
Estrutura do DNA

As bases são como degraus de uma escada, com a Adenina ligada à Timina
e a Guanina à Citosina.
O espaçamento do monómero é de 0,34 nm; o passo de volta helicoidal é 3,4
nm (10 pares de bases).
As duas cadeias de DNA da dupla hélice são antiparalelas.

A replicação do DNA e a transcrição do RNA


só ocorrem na direcção 5' => 3' .
Histones são as proteínas principais da cromatina. Actuam como “molas” em
torno do DNA e desempenham um papel na regulação dos genes.

Conhecem-se 6 classes de histonas :


H1 (por vezes chamada histona conectora ou H5)
H2A
H2B
H3
H4

Histonas primitivas
As histonas H2A, H2B, H3 e H4 são designadas core histones, juntam-se para
formar o nucleosoma (centro da partícula octamérica) envolvendo 146 pares de
bases do DNA à volta da “mola” proteica em 1,65 super-hélices de enrolamento
levógiro. A histona espaçadora H1 liga o nucleosoma aos locais de entrada e
saída do DNA, bloqueando o DNA no seu lugar e permitindo a formação de
estruturas + complexas.
Durante a meiose, através da combinação de interacções do nucleosoma com
outras proteínas, o cromosoma é montado. As histonas + o DNA designam-se
cromatina.
Replicação do DNA

Meselson e Stahl em 1957 obtiveram dados experimentais que evidenciavam


que a cadeia de DNA servia como molde para uma nova síntese, processo
designado por replicação semi-conservativa.

Colocaram E. coli a crescer com 15N (isótopo pesado). Mudaram para 14N (isótopo
leve) e após 1, 2 e 3 gerações retiraram amostras de DNA
Misturaram depois com cloreto de césio e separaram o DNA “leve” e o “pesado”.
O DNA de densidade leve, pesada e intermédia pode ser separado por centrifugação.

Resultados da experiência

Conclusões
Os resultados mostram que após 1 geração a dupla hélice de DNA é 1/2
pesada (da molécula mãe) e 1/2 leve (sintetizada de novo). Este resultado é
previsto pela replicação semiconservativa.
Tal como o previsto por Watson e Crick as cadeias de DNA servem como
molde pra a sua própria replicação.
Replicação do DNA
O molde de DNA com síntese da nova cadeia ocorre na direcção 5‘
=> 3'.
O trifosfato 5' só pode ser adicionado a um 3' livre da desoxiribose.
As duas cadeias antiparalelas são replicadas em simultâneo.
Usam-se primers de RNA para iniciar uma nova cadeia.
A cadeia mãe, na extremidade 3', determina a cadeia filha ou cadeia
codante na replicação contínua.
A cadeia mãe, na extremidade 5‘, produz a cadeia não codante como pequenos pedaços
de DNA (100-200 nucleótidos nos eucariotas e um pouco + maiores nos procariotas).
Estes pedaços foram descobertos por Reiji Okazaki, chamando-se fragmentos de
Okazak.
Os primers de RNA são removidos e os fragmentos juntam-se através da ligase do DNA.
Conclusões
A estrutura do DNA prediz que a sequência de bases determina a replicação
do DNA.
Se a sequência contém informação, então as bases A,T,G, e C têm de algum
modo de determinar a sequência de aa nas proteínas.
Mutações no DNA são devidas a alterações na sequência das bases.
Será que os genes especificam sequências de aa nas proteínas?
As sequências de bases no DNA são
convertidas a RNA através da Transcrição.
Os genes determinam o fenótipo através da
síntese das proteínas.
A teoria de Garrard da existência de
enzimas determinantes de genes foi
continuada por Beadle e Tatum estudando
mutantes em Neurospora crassa (bolor do
pão) (1940's).
O tipo selvagem cresce em meio pobre.
Usando raios X, que causam quebras do
DNA e mutações, produzem-se alguns
mutantes sobreviventes (auxotró-ficos) que
crescem em meios ricos mas não em meios
pobres.
Conclusões
Nutrientes adicionados, tais como aa
ou vit, podem fazer crescer os
auxotrofos.
Mutações no DNA causam perca de
enzimas que codificam genes.

TEORIA - a função de 1 gene é


controlar a produção de 1 enzima
específica.

Dogma Central da Biologia Molecular


DNA codifica a produção de DNA (replicação) e de RNA (transcrição).
RNA codifica a produção de proteínas (translação).
A informação genética é armazenada sob forma de mensagem linear nos ác.
nucleicos.

Notação para escrever uma sequência de DNA:


5'-AGTCAATGCAAGTTCCATGCAT....
1 gene determina a sequência de aa nas proteínas. Usam-se abreviaturas para
escrever a sequência de uma proteína :
NH2-Met-Gln-Cys-Lys-Phe-Met-His.... (ou 1 letra do código: M Q C K F M H)
Vírus de RNA
Alguns vírus usam RNA em vez de DNA como material genético.
1 grupo de vírus de RNA, designados retrovírus, convertem RNA de novo em
DNA.
Vírus de RNA fazem muitos erros na replicação da informação genética. Isto
significa que alguns vírus como o HIV (SIDA) se alteram muito rapidamente, o
que torna difícil a produção de uma vacina.

Transcrição
Síntese de RNA a partir de um molde de DNA.
Requer 1 polimerase RNA dependente de DNA + os 4 nucleótidos (ATP, GTP.
CTP e UTP).
A síntese começa num local de iniciação no DNA.
A cadeia molde é lida de 3' => 5' e o mRNA é sintetizado de 5' => 3‘.
Tipos de RNA

mRNA - RNA mensageiro. Molde para síntese de proteínas.


tRNA - RNA de transferência. A molécula "adaptadora" que converte a
sequência de ác. nucleico em sequência proteica.
rRNA - RNA ribosómico. Molécula estrutural e catalítica do ribosoma.

A síntese proteica requer mRNA, tRNA e ribosomas, além de 1 fonte de


energia e factores proteicos.
O RNA pode existir ainda como:

snRNA (small stable RNA) – nas células eucariotas existem com


ribonucleoproteínas e estão distribuídos no núcleo, citoplasma ou ambos.
hnRNA – RNA nuclear heterogéneo. Nas células dos mamíferos os mRNA
presentes no citoplasma não são imediatamente sintetizados a partir do molde
de DNA mas sim formados por 1 precursor antes de entrar no citoplasma.
snurps (small nuclear ribonucleoprotein particles) – poderão estar envolvidos
na regulação de 1 gene, na produção das extremidades 3´corretas das histonas
do mRNA.

RNA de transferência

A informação genética do mRNA está na


forma de sequências de 3 letras chamadas
codões.
tRNA contém o anticodão, uma sequência de
bases que é complementar para o seu codão.
Existe pelo menos um tRNA para cada aa.
tRNAs têm de ser “carregados” com aa específicos por aminoacil-tRNA
sintetases. A reacção requer energia da hidrólise do ATP, crucial na correcta
conversão da sequência do ác. nucleico na sequência do aa.
Tradução: processo com 3 etapas

Iniciação
Formação do complexo de iniciaçao entre o mRNA, tRNA “carregado” e o
ribosoma.
A tradução começa com um codão específico: o codão de iniciação (AUG).
Alongamento
A cadeia polipeptídica crescente é ligada a 1 aa no local P. O próximo codão
a ser lido está presente sob o local A.
O tRNA que tem o aa seguinte entra no local A.
Forma-se 1 lig. peptídica entre o novo aa e a cadeia crescente, transferindo-a
para o tRNA no local A.
O ribosoma move-se 1 codão, levando o peptídeo-tRNA para o local P e o
ciclo repete-se.

Mais de 1 ribosoma pode estar envolvido na tradução de uma dada molécula


de mRNA. O complexo chama-se polisoma.
Retículo endoplasmático
- produz membranas celulares, proteínas membranares e proteínas para
secreção.
RER coberto por polisomas. O RE representa 1 série de cisternas ou canais
dentro da célula.
Ribosomas citoplasmáticos ligam-se ao mRNA e começam a síntese de
proteínas. Estas proteínas são destinadas à secreção ou a localização
membranar; incluem 1 "sequência de sinal" que liga a "docking sites" na
superfície do RE. Durate a síntese, a proteína passa para dentro das cisternas
no RE.
A entrada no RER sequestra a proteína do resto da célula e torna-a acessível
a 1 sistema que inclui vesículas de transporte e ao Ap. de Golgi para
modificação e localização em sites dentro deste sistema ou para secreção
para fora da célula.
O código genético baseia-se em conjuntos de bases de DNA.

Como pode 1 alfabeto só com 4 letras (A, T, C, G) ser traduzido para proteínas
com 20 aa?
Só existem 4 bases para os 20 aa. 1 código de 2 nucleótidos pode especificar
apenas 16 aa diferentes (4 x 4 = 16 combinações possíveis).
Grupos de 3 nucleótidos seriam suficientes (4 x 4 x 4 = 64 combinações
possíveis).

Decifrando o código genético

Nirenberg e Matthaei
Desenvolveram 1 mét para síntese proteica in vitro com adição de mRNA.
Lab Khorana e Nirenberg sintetizaram polímeros de RNA.
Poly "U" ou UUUUUUUUUUU codifica para 1 proteína contendo só
fenilalanina.
Poly "CA" codifica para polipeptídeos que alternam histidina-treonina.
Poly "CAA" codifica para 3 polipeptídeos; poliglutamina, politreonina ou
poliasparagina.
A determinação completa do código obteve-se quando se observou que 1 aa-
tRNA só ligava a código sintético na presença de ribosomas.
O código genético
Tripletos são como palavras de código, não são sobreponíveis.
- Degenerado (+ do que 1 tripleto codifica para alguns aa) mas não
ambíguo (cada palavra de código especifica só 1 aa).
- Universal – todos os organismos (excepto algumas mitocôndrias).
AUG - metionina e o código começa
UAA, UAG, UGA – codões de stop

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