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HOMENS IMITADORES DE CRISTO

Data: 27-04-2009
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Referência: Filipenses 2.17-30

INTRODUÇÃO

1. Jesus Cristo deve ter a supremacia em nossa vida (Fp 1.21)

A grande ênfase do primeiro capítulo de Filipenses é mostrar que Cristo ocupa o lugar mais alto da nossa vida.
Ele tem a supremacia. Para mim o viver é Cristo, diz o apóstolo Paulo (Fp 1.21). O capítulo dois de Filipenses
nos revela que o próprio Pai exaltou a Cristo sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome (Fp
2.9-11).

2. O outro deve ter a primazia em nossos relacionamentos (Fp 2.4,5,17,20,30)

Se a ênfase do capítulo primeiro de Filipenses é Cristo primeiro; a ênfase do capítulo segundo é o outro na
frente do eu. Neste capítulo dois Paulo dá quatro exemplos de abnegação e auto-sacrifício. Ele menciona o
exemplo de Cristo (Fp 2.5-11), o seu próprio (Fp 2.17,18), o de Timóteo (Fp 2.19-24) e o de Epafrodito (Fp
2.25-30).
Já examinamos o exemplo de Cristo; agora, veremos os outros três exemplos.

I. PAULO, O PRISIONEIRO DE CRISTO (2.17,18)

O apóstolo Paulo vai usar três exemplos de altruísmo. Ele começa consigo. Quando vai tratar de si mesmo, usa
apenas um verso (Fp 2.17), mas quando vai falar de Timóteo e Epafrodito usava seis versos para cada um.

1. Um homem pronto a morrer pela causa do evangelho (Fp 2.17)

O apóstolo Paulo estava preso em Roma, sob algemas, com esperança de ser absolvido em seu julgamento por
meio das orações da igreja (Fp 1.19; Fm 22). Paulo era um homem que nutria a sua alma de esperança (Fp
2.24). Ele se considerava prisioneiro de Cristo e não de César. Não eram os homens maus que estavam no
controle da sua vida, mas a providência divina. Ele não estava travando uma luta pessoal, mas estava pronto a
morrer pelo evangelho.

2. Um homem pronto a dar sua vida como libação em favor de outros (Fp 2.17)

O apóstolo Paulo usa a figura da libação, um rito comum tanto no paganismo como na religião judaica (Nm
15.1-10) para expressar sua disposição da dar sua vida pelo evangelho e pela igreja (2Tm 4.6).

William Barclay diz que uma libação no paganismo consistia em derramar um cálice de vinho como oferenda
aos deuses. Cada comida pagã começava e terminava com dita libação como uma espécie de ação de graças.
No judaísmo a libação era o derramamento de vinho ou azeite sobre a oferta do holocausto (Nm 15.5,7,10). A
vida e o trabalho dos cristãos poderiam ser descritos como um sacrifício (Rm 12.1). A oferta dos filipenses a
Paulo foi comparada como oferta agradável a Deus (Fp 4.18).

Paulo olhava para a vida numa perspectiva espiritual. Ele não está pensando numa libação dos cultos pagãos,
mas na entrega fervorosa de usa vida a Deus. Ele via a prática cristã dos crentes de Filipos como um sacrifício
para Deus e via sua morte em favor do evangelho como uma oferta de libação sobre o sacrifício daqueles
irmãos.

Nessa mesma trilha de pensamento H. C. G. Moule diz que Paulo via os crentes de Filipos como um altar de
sacrifício, onde a vida e o serviço deles eram como uma oferta a Deus; e sobre esse altar de sacrifício, ele via o
seu sangue que seria em breve derramado como uma oferta de libação.

Ralph Martin diz que “sacrifício” e “serviço” é combinação de duas palavras, uma das quais é leitougia. Os dois
termos formam uma única idéia. Leitourgia é uma palavra de culto, associada a thysia (sacrifício), e juntas
referem-se a um culto sacrificial, realizado pela fé dos filipenses, ao sustentar ativamente o apóstolo, mesmo
sendo pobres (2Co 8.2). As dádivas deles eram como oferta fragrante a Deus (Fp 4.18).

3. Um homem pronto a dar sua vida por outros não por constrangimento, mas com grande alegria
(Fp 2.17,18)

O apóstolo Paulo demonstra uma alegria imensa mesmo estando na ante-sala da morte e no corredor do
martírio. Suas palavras não são de revolta nem de lamento. Ele foi perseguido, apedrejado, preso, e açoitado
com varas. Ele enfrentou frio, fome e passou privações. Ele enfrentou inimigos de fora e perseguidores de
dentro. Ele, agora, está em Roma, sendo acusado pelos judeus diante de César, aguardando uma sentença que
pode levá-lo à morte; mas a despeito dessa situação sua alma está em festa e seu coração está exultando de
alegria.

Paulo está usando a figura da libação para mostrar que a morte dele completaria o sacrifício dos filipenses. O
martírio coroaria sua vida e seu apostolado. Porém, Paulo deseja que esse sacrifício seja colocado como crédito
aos filipenses e não a seu próprio. Sendo assim, não haveria motivo para lágrimas.

Essa perspectiva levou Paulo a dizer: “... alegro-me e, com todos vós, me congratulo. Assim, vós também, pela
mesma razão, alegrai-vos e congratulai-vos comigo” (Fp 2.17,18). Nessa mesma linha de pensamento William
Hendriksen escreve: “O derramamento do sangue de Paulo é motivo de alegria para ele, sempre que seja
considerado como uma libação que coroará a oferenda sacrificial apresentada pelos filipenses”.

Paulo está dizendo para a igreja que sendo ele absolvido (Fp 1.25) ou morrendo (Fp 2.17), ela deveria alegrar-
se. Plutarco usa essa mesma expressão usada por Paulo para falar do mensageiro da batalha de Maratona que
depois de uma longa corrida chegou a Atenas, e deu a notícia da vitória do seu povo na batalha: “Alegrai-vos e
congratulai-vos comigo”. E caiu morto.

II. TIMÓTEO, O FILHO FIEL (Fp 2.19-24)

1. Timóteo, o enviado de Paulo (Fp 2.19,23)

Quem era esse mensageiro de Paulo chamado Timóteo? Sua mãe e sua avó eram crentes (2Tm 1.5) e seu pai
grego (At 16.1). Ele conhecia a Palavra de Deus desde a infância (2Tm 3.15). Foi convertido na primeira viagem
missionária de Paulo e cresceu espiritualmente, pois, passou a ter bom testemunho em sua cidade antes de
unir-se ao apóstolo em sua segunda viagem missionária (At 16.1,2). Timóteo era filho na fé de Paulo (1Tm
1.2), cooperador de Paulo (Rm 16.21), e mensageiro de Paulo às igrejas (1Ts 3.6; 1Co 4.17; 16.10,11; Fp
2.19). Ele esteve preso com Paulo em Roma (Fp 1.1; Hb 13.23). Ele era jovem (1Tm 4.12), tímido (2Tm 1.7,8)
e doente (1Tm 5.23). Ele tinha um caráter provado (Fp 2.22) e cuidava dos interesses de Cristo (Fp 2.21) e dos
interesses da igreja de Cristo (Fp 2.20).

É ainda digno de nota que Timóteo esteve presente quando a igreja de Filipos foi estabelecida (At 16.11-40;
1Ts 2.2), e, ainda, subseqüentemente também os visitou, mais de uma vez (At 19.21,22; 20.3-6; 1Co 1.1).
Portanto, ele era a pessoa indicada para ser enviado novamente à igreja de Filipos.

Longe de proceder de forma egoística, procurando manter perto de si o maior contingente possível de amigos,
Paulo enviou Tíquico a Éfeso, Crescente à Galácia e Tito à Dalmácia (2Tm 4.10-12). Werner de Boor diz que é
maravilhoso saber que Paulo pretende, agora, enviar a Filipos Timóteo, o melhor colaborar de que dispõe.

2. Timóteo, um homem singular (Fp 2.20a)

Havia muitos cooperadores de Paulo, mas Timóteo ocupava um lugar especial no coração do velho apóstolo. Ele
era um homem singular pela sua obediência e submissão a Cristo e ao apóstolo como um filho a um pai. A
palavra grega que Paulo usa para “igual sentimento” só aparece aqui em todo o Novo Testamento. É a palavra
isopsychos, que significa “da mesma alma”. Esse termo foi usado no Antigo Testamento como “meu igual” e
“meu íntimo amigo”(LXX Sl 55.13). F. F. Bruce citando Erasmo diz que ele parafraseia esta passagem assim:
“Eu o enviarei como o meu alter ego”.

3. Timóteo, um homem que cuida dos interesses dos outros (Fp 2.20b)

Timóteo aprendeu o princípio ensinado por Paulo de buscar os interesses dos outros (Fp 2.4), princípio esse,
exemplificado por Cristo (Fp 2.5) e pelo próprio apóstolo (Fp 2.17).

Timóteo de igual modo vive de forma altruísta, pois o centro da sua atenção não está em si mesmo, mas na
igreja de Deus. Ele não busca riqueza, nem promoção pessoal. Ele não está no ministério em busca de
vantagens; ele tem um alvo: cuidar dos interesses da igreja.

É uma pena que os cristãos de Roma estivessem tão envolvidos com os próprios problemas e desavenças (Fp
1.15,16) a ponto de não ter tempo para a obra importante do Senhor. Warren Wiersbe diz que essa é uma das
grandes tragédias causadas pelos problemas internos das igrejas; eles consomem tempo, energia e
preocupação que deveriam estar sendo dedicados a coisas mais essenciais.

Jacó, depois de convertido, passou a ter uma grande sensibilidade para lidar com os outros (Gn 33.13,14).
Timóteo era assim também. Você se preocupa com o povo de Deus? Você trata as pessoas de forma gentil?
Você conduz sua família, seus filhos, sua classe de Escola Dominical, seus irmãos em Cristo de forma gentil?
Concordo com Robertson, quando afirma: “O melhor caminho para ser feliz é fazer os outros felizes”.

4. Timóteo, um homem que cuida dos interesses de Cristo (Fp 2.21)

Só existem dois estilos de vida: aqueles que vivem para si mesmos (Fp 2.21) e aqueles que vivem para Cristo
(Fp 1.21). Estamos em Filipenses 1.21 ou, então, estaremos em Filipenses 2.21. Timóteo queria cuidar dos
interesses de Cristo e não dos seus próprios. Sua vida estava centrada em Cristo (Fp 2.21) e nos irmãos (Fp
2.20b) e não no seu próprio eu (Fp 2.21).

Corretamente Werner de Boor afirma: “Quem busca o que é seu, sua própria fama, seu próprio conforto,
esquiva-se do esforço e da dor de ir a fundo nas questões em uma igreja e solucionar as mazelas com mão
paciente, afetuosa, e por isso também firme”.

James Montgomery Boyce diz que é fácil colocarmos outras coisas primeiro em nossa vida. Você pode colocar
sua própria reputação primeiro. Pode colocar seus prazeres em primeiro lugar. Pode colocar em primeiro lugar
seus planos, sua família, seu sucesso ou qualquer outra coisa. Mas, se você fizer isso, todas essas coisas ficarão
distorcidas e você perderá a maior de todas as bênçãos da sua vida. Porque Timóteo colocou Cristo em primeiro
lugar, as outras coisas se estabeleceram naturalmente.

Havia muitos que colocavam seus interesses acima e antes dos interesses alheios, ou estavam muito
preocupados, buscando mais “o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus”. Embora, alguns em Roma estavam
pregando o evangelho “por amor” (Fp 1.16), de todos quantos estavam disponíveis perante Paulo, nenhum era
tão destituído de egoísmo como Timóteo. Para Timóteo, como para Paulo, a causa de Cristo Jesus envolvia o
bem-estar de seu povo.

5. Timóteo, um homem de caráter provado (Fp 2.22)

Timóteo tinha bom testemunho antes de ser missionário (At 16.1,2) e agora, quando Paulo está para lhe passar
o bastão, como continuador da sua obra, dá testemunho de que ele continua tendo um caráter provado (Fp
2.22). É lamentável que muitos líderes religiosos que são grandes em fama e riqueza sejam anões em caráter.
Vivemos uma crise avassaladora de integridade no meio evangélico brasileiro. Precisamos urgentemente de
homens íntegros, provados, que sejam modelo do rebanho.

6. Timóteo, um homem disposto a servir (Fp 2.22b)

É digno de nota que Timóteo serviu ao evangelho. Ele serviu com Paulo e não a Paulo. Embora, a relação entre
Paulo e Timóteo fosse de pai e filho, ambos estavam engajados no mesmo projeto. Hoje, muitos líderes se
colocam acima de seus colaboradores. A relação não de é de parceria no trabalho, mas de subserviência
pessoal.

III. EPAFRODITO, O COMPANHEIRO DE MILÍCIA (Fp 2.25-30)

Paulo, o administrador solícito da obra missionária, agora se volta de Timóteo para Epafrodito. Este valoroso
obreiro só é citado nesta carta aos Filipenses neste parágrafo e em Filipenses 4.18, porém, é o suficiente para
compreendermos seu profundo amor por Jesus e pela igreja.

Paulo era um “hebreu de hebreus”, Timóteo era em parte judeu e em parte gentio (At 16.1). E, tanto quanto
sabemos, Epafrodito era inteiramente gentio. Mas, todos eles tinham a mesma característica: estavam
dispostos a viver para Cristo e dar sua vida pelos irmãos. O nome Epafrodito significa “encantador”, “amável”.
Sua vida refletia o seu nome.

1. Um homem pronto a servir o apóstolo Paulo mesmo correndo grandes riscos (Fp 2.25a,30)

Epafrodito foi o portador da oferta da igreja de Filipos a Paulo e o portador da carta de Paulo à igreja de Filipos.
Ele viajou de Filipos a Roma para levar uma oferta da igreja ao apóstolo (Fp 2.30; 4.18) e também para assistir
ao apóstolo na prisão (Fp 2.25). Paulo o chama de irmão, cooperador e companheiro de lutas. Como diz
Lightfoot, Epafrodito era um com Paulo em afeto, em atividade e em perigo. Isso mostra que Epafrodito era um
homem equilibrado. Warren Wiersbe corretamente comenta:

O equilíbrio é importante para a vida cristã. Alguns enfatizam tanto a “comunhão” que se esquecem do
progresso do evangelho. Outros se encontram de tal modo envolvidos com a defesa da “fé evangélica” que não
desenvolvem a comunhão com outros cristãos. Epafrodito não caiu nessas armadilhas. Era como Neemias, o
homem que reconstruiu os muros de Jerusalém segurando a pá em uma das suas mãos e a espada na outra
(Ne 4.17). Não podemos construir com uma espada nem combater com uma pá! Precisamos desses dois
instrumentos para realizar a obra do Senhor.
Vejamos a descrição que Paulo faz de Epafrodito:

Em primeiro lugar, ele era um irmão (Fp 2.25). Se nós estamos em Cristo, há um elo de amor fraternal que nos
une uns aos outros. Essa é uma palavra que destaca a relação de família.

Em segundo lugar, ele era um cooperador (Fp 2.25). Epafrodito era um trabalhador na obra de Cristo e um
ajudador de Paulo. A palavra grega usada por Paulo é synergos, denotando que Paulo e Epafrodito estão no
mesmo serviço do reino de Deus.

Em terceiro lugar, ele era um companheiro de milícia (Fp 2.25). A vida cristã não é um parque de diversões,
uma colônia de férias, mas um campo de guerra. Epafrodito estava no meio desse campo de lutas juntamente
com o apóstolo Paulo. O pano de fundo é o de uma metáfora geral, em que ambos são “companheiros no
conflito”, na guerra contra o mal. Epafrodito é um companheiro de milícia, um companheiro de armas. William
Hendriksen diz que um obreiro deve ser também um guerreiro, porque na obra do evangelho terá que
combater contra muitos inimigos: mestres judaizantes, gregos e romanos escarnecedores, adoradores do
imperador, sensualistas, governadores deste mundo tenebroso, etc.

2. Um homem pronto a servir a igreja de Cristo (Fp 2.25b)

Paulo descreve Epafrodito de duas maneiras em relação ao seu serviço à igreja:


Em primeiro lugar, ele é um mensageiro da igreja (Fp 2.25b). A palavra grega que Paulo usa é apostolos. Aqui a
palavra “apóstolo” tem o sentido “daquele que é enviado com um recado”. A missão de Epafrodito não foi
apenas a de trazer a Paulo o donativo da igreja filipense, mas também a de servir a Paulo de qualquer forma
que fosse requerida. Portanto, Epafrodito fora enviado tanto para levar uma oferta quanto também para ser
uma oferta dos filipenses a Paulo.

Em segundo lugar, ele é um auxiliar da igreja para ajudar Paulo (Fp 2.25b). A palavra grega usada por Paulo é
leitourgos, de onde vem a nossa palavra “liturgia” que significa serviço ou culto sagrado. Lightfoot diz que essa
palavra tem uma vasta história: 1) Era um serviço civil; 2) Depois passou a significar qualquer tipo de função
ou ofício; 3) Em seguida recebeu o significado de uma ministração sacerdotal, especialmente entre os judeus;
4) Também significou os serviços eucarísticos; 5) E finalmente, passou a significar as formas da divina
adoração. A idéia, portanto, do apóstolo é que o crente é um sacerdote que ministra um culto a Deus enquanto
atende às necessidades dos outros. Epafrodito fazia do seu serviço prestado à igreja uma liturgia e um culto
para Deus.

William Barclay ainda traz mais luz para o entendimento dessa palavra. No grego secular leitourgia era uma
palavra nobre. Nos dias da Grécia antiga, muitos amavam tanto a sua cidade que com seus próprios recursos e
às suas próprias expensas se responsabilizam de certos deveres cívicos importantes. Podia tratar-se de bancar
os gastos de uma embaixada, ou o custo da representação de um importante drama de algum dos famosos
poetas, ou o entretenimento dos atletas que iriam representar a cidade nos jogos ou o equipamento de um
barco de guerra e os gastos de uma tripulação a serviço do Estado. Eram sempre dons generosos para o
Estado. Tais homens eram conhecidos como leitourgoi. Esta é a palavra que Paulo adota e aplica a Epafrodito.

Bruce Barton afirma que Epafrodito tinha vindo a Roma não apenas para trazer dinheiro para Paulo, mas
também para ministrar às necessidades espirituais de Paulo sem prazo determinado para voltar. Como Timóteo
esse homem colocou as necessidades dos outros acima de suas próprias (Fp 2.4; 2.20).

3. Um homem sem imunidades especiais (Fp 2.26,27)

Destacamos aqui três coisas:


Em primeiro lugar, Epafrodito mesmo fazendo a obra de Deus ficou doente (Fp 2.26). Paulo Lockmann diz que
aqui é introduzido um tema que em geral é muito mal trabalhado na igreja, que é a enfermidade. Uns dizem
que crente não fica doente, outros dizem que não existem mais curas vindas de Deus milagrosamente, e outros
afirmam que toda doença é do diabo. Todas essas posições são biblicamente erradas.

Em Roma, Epafrodito caiu enfermo, possivelmente vítima da conhecida febre romana que às vezes varria a
cidade como uma epidemia e um açoite. A enfermidade o havia levado às portas da morte. Não estamos livres
como cristãos das intempéries naturais da vida. Paulo não disse que ele ficou doente porque isso foi um ataque
de Satanás nem que ele ficou doente porque tinha uma fé trôpega nem ainda porque estava em pecado.
Aqueles que pregam que um crente não pode ficar doente e que toda doença é obra maligna estão
equivocados.

Em segundo lugar, Epafrodito mesmo fazendo a obra de Deus adoeceu mortalmente (Fp 2.27). Ele não apenas
adoeceu, mas adoeceu para morrer. Sua enfermidade foi algo grave. Os crentes não são poupados de enfrentar
as mesmas dores, as mesmas tristezas e as mesmas enfermidades. Paulo não considera a doença grave de um
irmão como uma falha na vida de fé, diz Werner de Boor. Nessa mesma linha de pensamento James
Montgomery Boyce diz:

Algumas pessoas têm ensinado que a saúde é um direito inalienável do cristão e que a doença é resultado do
pecado ou da falta de uma fé robusta. Outros, como os falsos consoladores de Jó têm dito que a doença é
sempre um sinal do castigo e da disciplina de Deus. Esses pensamentos não são verdadeiros e o caso de
Epafrodito os refuta. Epafrodito era um homem que devia receber as maiores honras na igreja (Fp 2.29). No
entanto, ele caiu enfermo no meio do trabalho abnegado do serviço cristão. Ainda mais, ele ficou doente por
um longo período. Filipos ficava há 1.080 quilômetros de Roma. Naquele tempo gastava-se pelo menos seis
semanas para se viajar de Roma a Filipos. Ele ficou doente o tempo suficiente para que os crentes de Filipos
soubessem disso e a notícia de volta acerca de tristeza da igreja chegasse a ele em Roma. Assim, ele esteve
doente pelo menos por uns três meses. E mais, ele estava na companhia de Paulo, porém, o apóstolo não tinha
indicações do Senhor para curá-lo.

Em terceiro lugar, Epafrodito mesmo sendo um servo de Deus sofreu profunda angústia (Fp 2.26). Paulo
descreve a angústia de Epafrodito usando a mesma palavra que os evangelistas usaram para a angústia de
Cristo no Getsêmani (Mt 26.37). Essa palavra no grego ademonein denota uma grande angústia mental e
espiritual (Mc 14.33), a angústia que se segue a um grande choque. A saudade dos irmãos, a apreensão acerca
da sua condição e a impossibilidade de cumprir plenamente o seu trabalho em relação ao apóstolo Paulo afligiu-
lhe a alma sobremaneira.

4. Um homem curado pela intervenção de Deus (Fp 2.27)

A cura de Epafrodito foi um ato da misericórdia de Deus. Não há aqui qualquer palavra de Paulo acerca da cura
pela fé. Simplesmente o apóstolo afirma que Deus teve misericórdia dele e de Epafrodito. Em última instância,
toda cura é divina (Sl 103.3). Deus cura por intermédio dos meios, sem meios e apesar dos meios. Deus curou
Epafrodito por amor a ele, a Paulo e à igreja de Filipos (Fp 2.27,28). Deus ainda tem todo o poder de curar. Ele,
ainda, tem tirado muitos das portas da morte. Porém, precisamos nos acautelar acerca dos embusteiros que
enganam os incautos com falsos milagres e se enriquecem com promessas vazias.

5. Um homem que merece ser honrado pela igreja (Fp 2.29)

Paulo estava preocupado que algumas pessoas pudessem criticar Epafrodito pela sua volta prematura à igreja
sem cumprir plenamente seu papel em relação à assistência a Paulo na prisão. O apóstolo, então, com seu
senso pastoral, antecipa a situação e ordena à igreja a receber esse valoroso irmão com alegria e com honra.

Não há nada de errado em um servo receber honra. Aliás, esse é um princípio bíblico que precisamos obedecer.
Escrevendo aos crentes de Tessalônica Paulo diz: “Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que
trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em
máxima consideração, por causa do trabalho que realizam. Vivei em paz uns com os outros” (1Ts 5.12,13).

O mundo honra aqueles que são inteligentes, belos, ricos, e poderosos. Que tipo de pessoas a igreja deve
honrar? Epafrodito foi chamado de irmão, cooperador, companheiro de lutas, mensageiro e auxiliar. Esses são
os emblemas da honra. Paulo nos encoraja a honrar aqueles que arriscam a própria vida por amor de Cristo e o
cuidado dos outros, indo onde não podemos ir por nós mesmos.

6. Um homem que se dispôs a dar sua vida pela obra de Cristo (Fp 2.30)

A viagem de Filipos para Roma era uma longa e árdua jornada com mais de mil quilômetros. Associar-se com
um homem acusado, preso e na iminência de ser condenado também constituía um risco sério. Porém,
Epafrodito se dispôs a enfrentar todas essas dificuldades pela obra de Cristo em favor da assistência material e
espiritual a Paulo na prisão.

A palavra grega que Paulo usa neste verso 30 para: “... dispôs-se a dar a própria vida...” é paraboleuesthai.
Essa palavra se aplica ao jogador que aposta tudo em uma jogada de dados. William Barclay diz que o que
Paulo está dizendo é que Epafrodito jogou sua própria vida pela causa de Jesus Cristo arriscando-a
temerariamente.

O mesmo escritor ainda ilustra:


Nos dias da Igreja Primitiva existia uma associação de homens e mulheres chamados parabolani: os jogadores.
Tinham como propósito e objetivo visitar aos prisioneiros e enfermos, particularmente aos que estavam
prostrados por uma enfermidade perigosa e infecciosa. Em 252 d. C., explodiu uma peste em Cartago; os
pagãos lançavam os corpos de seus mortos nas ruas e fugiam aterrorizados. O bispo cristão Cipriano reuniu a
seus fiéis em uma assembléia e lhes encorajou a enterrar aos mortos e cuidar dos enfermos na cidade açoitada
pela praga. Agindo dessa maneira, arriscando a própria vida, eles salvaram a cidade da destruição e da
desolação. A igreja sempre necessita dos parabolani: os que entregam sua vida para o serviço de Cristo e dos
outros.

CONCLUSÃO

Paulo, assim, apresentou três exemplos da mesma atitude de auto-renúncia, “o mesmo sentimento que houve
em Cristo Jesus” (Fp 2.5). Ele escreveu sobre sua própria prontidão para sofrer o martírio (Fp 2.17). Ele
menciona o trabalho altruísta de Timóteo em favor de Cristo e da igreja (Fp 2.18-23) e finalmente, ele fala
sobre a devoção de Epafrodito à missão que lhe fora confiada de ir a Roma para levar-lhe uma oferta da igreja
e assisti-lo em sua prisão (Fp 2.30).

O julgamento de Paulo estava se aproximando. Alguns já o haviam abandonado. Estavam ainda com ele
Timóteo e Epafrodito. O que ele está pensando em fazer? O que Paulo está pensando acerca dos dias sombrios
que precederão a sua execução? Sobre si mesmo? Sobre seu futuro? Não! Ele está pensando nas necessidades
de seus irmãos e está pronto a sacrificar seus próprios interesses para enviar a eles seus dois grandes
colaboradores. Paulo era um imitador de Cristo. E Cristo deixou a glória para vir ao mundo morrer em nosso
lugar. Cristo viveu para os outros, deu sua vida pelos outros (Jo 3.16) e ele nos ensinou a fazer o mesmo (1Jo
3.16), como o fizeram Paulo, Timóteo e Epafrodito.
O NOME MAIS PODEROSO DO MUNDO
Data: 13-04-2009
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Referência: Filipenses 2.9-11

INTRODUÇÃO

1. O nome na Bíblia tem um significado profundo. O nome representa totalmente a


pessoa nominada. O nome de uma pessoa tinha a ver com sua história, seus atributos,
sua missão. Hoje vamos falar sobre o Nome de Jesus. Qual o seu valor? Qual o seu
poder? Qual a sua autoridade? Quais os seus direitos?
2. Vamos observar que Jesus nos deu a procuração, o direito legal de usarmos o seu Clique a
nome. Mal o qual o valor dessa procuração? Tudo quanto está atrás desse nome: sua cadast
autoridade, seu poder. Tudo quanto Jesus tem e conquistou está investido no seu remove
nome. Podemos usar o seu nome. Tudo quanto está investido no nome de Jesus e-m
pertence à igreja.

I. A GRANDEZA INCOMPARÁVEL DO NOME DE JESUS

• Existem três formas de um homem ter um grande nome: 1) Por herança; 2) Por
doação; 3) Por conquista. O nome de Jesus é o mais excelente por essas três causas.

1. Por herança – Hb 1:4


• “Tendo se tornado tão superior aos anjos, quanto herdou mais excelente nome do que
eles” (Hb 1:4).
• Como Filho, ele é o herdeiro de todas as coisas. Ele é o resplendor da glória e a
expressão exata do ser de Deus.
• Quando herdou todas as coisas? Não foi no céu. No céu ele já tinha todas as coisas.
Ele herdou todas as coisas quando se fez carne, quando se humilhou, quando se
esvaziou até à morte e morte de cruz, quando suportou a feiúra do nosso pecado,
quando deu sua vida por nós e depois ressuscitou dentre os mortos.
• Então, ele herdou mais excelente nome do que os anjos e todos os anjos de Deus o
adoram.

2. Por doação – Fp 2:9-11


• “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de
todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e debaixo
da terra” (Fp 2:9-11).
• Em Efésios 1:20-21, Paulo diz que quando Deus o ressuscitou dos mortos, o fez
assentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e DE PASTOR
poder, e domínio e de todo nome que se referir, não só no presente século, mas R$ 25
também no vindouro.
• Deus não somente lhe deu um nome diante do qual todo ser nos três mundos devem
curvar-se e confessar seu senhorio, mas Deus também o assentou no lugar mais alto
do universo, à sua própria destra e fez com que ele fosse cabeça sobre todas as coisas.
• Esse glorioso NOME nos pertence. O céu, a terra e o inferno reconhecem o que Jesus
fez. Tudo quanto Jesus fez, toda a autoridade, todo o poder, a totalidade de suas
realizações acham-se em seu NOME e temos o direito legal de usar esse nome e hoje
ESSE NOME tem o mesmo poder!

3. Por conquista – Cl 2:15


PANORAMA D
• “E despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, CRIS
triunfando deles na cruz” (Cl 2:15). R$ 24
• Jesus está à destra de Deus, acima de todo principado, e potestade, e poder, e
domínio e de todo nome que se possa referir, mediante sua conquista destes
principados.
• Ele reduziu a nada os principados e potestades. Os principados e potestades contra os
quais lutamos são os mesmos que Jesus venceu, despojou e aniquilou na cruz. Por isso
Jesus diz: “Em meu nome expulsarão demônios”.
• Jesus enfrentou Satanás e suas hostes e os venceu. A vitória que Jesus ganhou está
incluída no seu nome. E o nome de Jesus nos pertence. O NOME quando o utilizamos,
tornará real em nossa vida aquilo que Jesus já realizou. Quando você tomar posse de
tudo que está detrás DESSE NOME, então, você triunfará e você colocará o diabo em 2 CORÍ
fuga! R$ 41

II. A AUTORIDADE SUPREMA DO NOME DE JESUS

• Jesus revelou-se a João na Ilha de Patmos, dizendo: “Eu sou o primeiro e o último, e
aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e
tenho as chaves da morte e do inferno” (Ap 1:17,18).
• Aquele que tem a chave é a pessoa autorizada, aquela que detém o poder e a
autoridade.
• Jesus diz: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra, ide portanto, fazei
discípulos de todas as nações” (Mt 28:18-20). E ele acrescenta: “Estes sinais hão de
acompanhar aqueles que crêem: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas
línguas, pegarão em serpentes; e, se alguma cousa mortífera beberem, não lhes fará
PAIS CONVERTIDOS AOS FILHOS
Data: 28-05-2004
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Referência: MALAQUIAS 4. 5,6

INTRODUÇÃO:
A paternidade é uma das missões mais nobres, mas mais difíceis. Grandes homens de
Deus foram brilhantes em diversas áreas da vida mas fracassaram como pais: Ex.
Isaque, Eli, Samuel, Davi, Josafá.
Deus quer construir lares fortes:
1) Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa
2) Noé - Não estaria tranqüilo se os filhos não estivessem na arca
3) Um pai israelita - se o primogênito não estivesse debaixo do sangue na noite da
matança

Como um pai pode estar convertido ao seu filho?

I. Expresse amor pelos seus filhos


Quando os filhos são bebês os pais apertam, abraçam, beijam, mas depois que crescem
tratam com distância. Ex. Davi expressa amor por Absalão no dia da sua morte. Mas
não o fez em vida

II. Expresse interesse pela vida e problemas de seus filhos


Seja íntimo de seus filhos. Ganhe o direito de entrar na intimidade deles. Interesse-se
pelos seus assuntos, amigos, namoro, estudos, sonhos e conflitos. Seja o conselheiro de
seus filhos.

III. Tenha tempo para os seus filhos


a) Presentes não substitui presença - Ex. Jeorão (II Cr 21. 3-6)
b) Nenhum sucesso pessoal ou profissional compensa a perda dos seus filhos - Ex. Eli
c) Ex. Dr. James Dobson - Seu pai deixou o pastorado de uma conceituada igreja de N.
York por um ano para investir nele quando tinha 14 anos.

IV. Leve uma vida séria com Deus se não quiser ver seu filho cativo - Dt 28.41
Não aceite passivamente a decretação do fracasso na vida dos seus filhos. Você não
gerou filhos para a perdição. Você não criou filhos para o cativeiro. Seus filhos são
herança de Deus. São filhos da promessa.

V. Não leve seus filhos para o mundo - Gn 13. 10-13; 19.15-23


Nenhum conforto, riqueza ou status compensa o fracasso espiritual de seus filhos. Não
faça como Ló que por ganância levou sua família para a pervertida cidade de Sodoma.

VI. Discipline seus filhos no temor do Senhor - I Sm 2.12,22,29


O sacerdote Eli foi frouxo na disciplina dos filhos, porque ele amava mais os seus filhos
do que a Deus. Retendo a disciplina dos filhos, lançou-os no abismo do pecado. Ex.
Cristiane F.

VII. Ministre perdão verdadeiro aos seus filhos - Lc 15. 20-24


a) A experiência do filho pródigo voltando para casa e a recepção do pai
b) O drama de Netinho menino de 14 anos que se suicidou porque não recebeu o perdão
dos pais

VIII. Coloque seus filhos no altar


a) Faça como Jó e Josué
b) Rosa Branca
c) Siga o exemplo da águia

Conclusão: Siga o modelo de Dt 6.1-9 e Pv 22.6.

AS MARCAS DE UM VERDADEIRO CRISTÃO


Data: 01-05-2007
Visualizações: 4284

INTRODUÇÃO

1. No capítulo 1, o apóstolo João identificou três marcas de uma falso cristão: 1) Ele
tenta enganar os outros; 2) Ele tenta enganar a si mesmo; 3) Ele tenta enganar a Deus.

2. Agora, o apóstolo vai falar sobre as marcas do verdadeiro cristão. Quais são os
critérios para avaliarmos se uma pessoa é verdadeiramente salva? Quais são os sinais
distintivos de um verdadeiro cristão? Num contexto de muitas igrejas, muitas
denominações e muitas doutrinas, como podemos saber se uma pessoa verdadeiramente
é convertida?

3. João escreve para falar sobre as marcas do verdadeiro cristão. Existem três provas
básicas: a prova moral – obediência (2:4,6), a provoca social - amor (2:9,10) e a prova
doutrinária – fé em Cristo (5:1,12).

4. Nós só podemos conhecer um cristão verdadeiro, checando sua vida com o modelo
perfeito que é Jesus. Ele precisa andar como Cristo andou. Ele precisa amar como
Cristo amou. Ele precisa ter a vida que Cristo doou. Ilustração: A maneira de não
receber uma nota falsa é conhecer bem a nota verdadeira.

I. A PROVA MORAL – OBEDIÊNCIA - O TESTE DO VERDADEIRO


CONHECIMENTO DE DEUS – V. 3-6

a. Conhecer a Deus, permanecer em Deus e ter comunhão com Deus é a própria


essência da vida eterna. “Deus nos criou para ele e nossa alma não encontrará repouso
até descansarmos nele” (Agostinho).

1. Os gregos pensavam que podiam conhecer a Deus simplesmente através da razão – O


gnosticismo defendia a supremacia do conhecimento. Eles se consideram superiores aos
outros homens. Eles se consideravam uma casta espiritual. Para eles o caminho para
Deus era o intelecto. O cristianismo deveria se converter em uma satisfação intelectual
em vez de numa ação moral. Por isso, os grandes pensadores gregos não tinham uma
vida moral ilibada. Sócrates e Platão, por exemplo, defendia o homossexualismo.
2. Posteriormente os gregos no tempo de Jesus já falavam no conhecimento de Deus
através da emoção – Surgiram, então, as religiões de mistério dando uma super ênfase
na questão mística, onde se criava uma atmosfera emocional, por uma iluminação sutil,
música sensual, incenso perfumado e uma cativante liturgia. A proposta era não
conhecer Deus, mas sentir Deus. Isso criou uma religião narcotizante. As pessoas
entravam em transe. Tinham catarzes. Eram arrebatadas emocionalmente. É forte essa
ênfase hoje. As pessoas andam através de experiências fortes e não do conhecimento de
Deus.

3. O conhecimento de Deus de acordo com o enfoque judaico-cristão – Segundo a visão


judaico-cristã o conhecimento de Deus provinha de sua revelação. Conhecemos a Deus
porque ele se revelou. Ele conhecimento de Deus não é produto nem a investigação
humana nem de uma exótica experiência emocional, mas da revelação do próprio Deus
ao homem. Exemplo: Jesus disse para Pedro que não foi carne e sangue, mas o Pai que
lhe havia revelado o conhecimento que tinha a seu respeito.

4. A prova do verdadeiro conhecimento de Deus é obediência – v. 3-6


1) Guardar os seus mandamentos – v. 3,4 – Nenhuma experiência religiosa é válida, se
não tem consequências morais (Tt 1:16). Não conhecemos a Deus pelo tanto de
informação que temos na mente, mas pelo quanto de obediência que manifestamos na
vida. As palavras de um homem devem ser provadas por suas obras. Se sua vida
contradiz suas palavras, seu conhecimento de Deus é falso.
2) Guardar a sua palavra – v. 5 – O verdadeiro amor se expressa não em linguagem
sentimental ou em experiência mística, mas na obediência moral (5:3; Jo 14:15,21,23).
3) Andar como Cristo andou – v. 6 – Não basta guardar sua palavra (2:5), temos que
andar assim como ele andou. Precisamos nos conformar com os mandamentos de Cristo
e com o exemplo de Cristo (3:3). Mas como Cristo andou?
3.1. Cristo andou com humildade – Ele esvaziou-se a si mesmo.
3.2. Cristo andou em total submissão ao Pai – Ele se entregou a si mesmo.
3.3. Cristo andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo – At 10:38
3.4. Cristo andou em amor e perdão - perdoou até mesmo seus algozes. Cristo foi mal
compreendido. Foi atacado. Foi perseguido. Foi cuspido. Foi pregado na cruz. As
pessoas pagaram o bem com o mal. Temos vivido como Cristo viveu?

II. A PROVA SOCIAL – O AMOR – O TESTE DO VERDADEIRO DISTINTIVO DO


CRISTÃO – V. 7-11

1. Um mandamento velho e ao mesmo tempo novo – v. 7-8


• O amor é a prova social de um verdadeiro cristão. Quem não ama não é nascido de
Deus, porque Deus é amor. O filho precisa ter a natureza do Pai (4:8).
• O mandamento de amar o próximo ou o irmão é antigo, porque é da lei (Lv 19:18).
Mas é novo porque Cristo o revestiu de um significado mais rico e mais amplo (Jo
13:34,25). A vida cristã é um milhão de novos começos instigados pelo desafio sempe
novo de amar aos outros como Cristo nos amou.
• O mandamento é novo na qualidade - Amar como Cristo amou é mais profundo e mais
amplo do que simplesmene amar o próximo como a nós mesmos. Cristo nos amou mais
do que a si mesmo. Ele nos amou e se entregou por nós.
• O mandamento é novo na extensão – Jesus redefiniu o significado de próximo. O
próximo que devemos amar é qualquer pessoa que precise da nossa compaixão,
independente da raça ou posição – Exemplo: o bom samaritano. O amor busca o
pecador (os judeus pensavam que os gentios eram combustível para o fogo do inferno),
mas Cristo tornou-se amigo dos pecadores. Jesus estendeu as fronteiras do amor.
Precisamos conhecer o comprimento, a largura, a altura, e a profundidade do amor de
Cristo. Cristo amou os seus próprios inimigos.
• As pessoas precisam do nosso amor – A experiência da Cláudia – A jovem de Belo
Horizonte que conheci em 1980 no Congresso de ED do Rio de Janeiro que queria
abandonar a igreja porque não se entrosava na igreja. Escrevi-lhe dizendo: “Jo
13:34,35”. Ela foi à igreja e o presidente da mocidade pediu para ela ler Jo 13:34,35.
Nem todas as pessoas são fáceis de amar: mas devemos amar com o mesmo amor com
que fomos amados. Procure demonstrar amar às pessoas.

2. O amor não pode ser neutro – v. 9-11


• Luz e amor, trevas e ódio se pertencem mutuamente. O verdadeiro cristão que conhece
a Deus e anda na luz, obedece a Deus e ama a seu irmão. Vê-se a genuinidade da sua fé
em sua correta relação com Deus e com o homem. Deve existir coerência entre o dizer e
o fazer. Não há lugar aqui para indiferença. O amor é ativo como a luz. Não existe
penumbra como meio termo. Não há meio termo nem neutralidade nas relações
pessoais. Não podemos estar em comunhão com Deus e com as relações quebradas com
os nossos irmãos ao mesmo tempo. Não podemos cantar hinos que falam do amor e ao
mesmo tempo guardarmos mágoa no coração.
• João fala de amar não a humanidade, não os pagãos distantes, mas amar o irmão,
aquele com quem convivemos, aquele que conhecemos suas fraquezas. É fácil amar os
pagãos distantes, mas o plano de Deus é amar os membros da sua família, os irmãos da
sua igreja, com quem você está em contato a todo o tempo.
• Se apóstolo João estivesse escrevendo para a nossa igreja, certamente ele poderia
mandar essa mesma carta. A quem na igreja você evita? A quem na igreja você ataca
com suas palavras? A quem na igreja você despreza? A quem na igreja você precisa
pedir perdão ou perdoar?

3. O amor não produz tropeço nem para si nem para os outros – v. 10


• A palavra “tropeço” é a palavra grega “escandalon”. Um crente que guarda ódio no
coração ele encontra em si mesmo tropeço para crescer e para ter comunhão com Deus,
consigo e com o próximo.
• Mas um crente que não ama ele é uma pedra de tropeço para os outros crentes. Ele cria
problemas onde está. Em vez de bênção, ele é maldição. Em vez de ser pacificador, ele
é perturbador. Em vez de apagar o fogo, ele é um incendiário. Ilustração: O cego que
andava de noite com uma lanterna acesa para ninguém tropeçar nele.
• As pessoas que nos perturbam e nos incomodam são colocadas em nosso caminho pelo
próprio Cristo para que nós as amemos no poder de seu amor. Se recusarmos,
tropeçaremos no próprio Senhor.
• Muitas vezes temos visto o nosso próximo como nosso concorrente.
• Outras vezes, tratamos o nosso irmão como o nosso inimigo. Puxamos-lhe o tapete.
Falamos mal pelas costas.
• Outras vezes, olhamos o nosso irmão com desprezo, com frieza, com desdém, com
deboche.

5. O ódio traz grandes tragédias para quem o nutre e para quem ele é dirigido – v. 11
• Quem guarda mágoa no coração não pode orar, não pode ofertar, não pode receber
perdão.
• Quem guarda mágoa no coração perde a saúde, perde a paz e perde a intimidade com
Deus. E mais...
• Primeiro, onde há ódio não há salvação – v. 11a
• Segundo, onde há ódio não há santificação – v. 11b
• Terceiro, onde há ódio não há direção segura – v. 11c – Ilustração: O dia que estava
dirigindo no noveiro, vindo de Iúna (falecimento pai da Cláudia).
• O propósito de João é que não haja nada em nós que faça os outros tropeçarem. Mas
também não deve haver nada em nós que nos faça tropeçar. Se Deus é amor, se Cristo
nos mandar amar. Se o amor é o teste do verdadeiro conhecimento de Deus. Então, é
impossível termos comunhão com Deus e com os irmãos sem amor.
• O amor não é cego. O ódio, sim, cega! Uma pessoa amargurada fica cega. Seu
raciocínio obscurece. Ele perde o equilíbrio. Perde o discernimento, o bom senso –
Exemplo: A guerra no Iraque.

CONCLUSÃO

• Você é um verdadeiro cristão? Você conhece a Deus? Você guarda os seus


mandamentos? Você imita a Cristo na sua vida? Se as pessoas seguirem os seus passos,
elas encontrariam Cristo?
• Você tem amados os seus irmãos com o mesmo amor com que Cristo amou você?
• Aquele que odeia o seu irmão sofre trágicas consequências: 1) Ele ainda vive nas
trevas, ainda que pense que esteja vivendo na luz; 2) Ele se torna um tropeço para a vida
dos outros; 3) Ele retarda o seu próprio progresso espiritual – Ele não encontra o
caminho

SERMÃO EM JONAS 1.1


TEMA: O HOMEM, SEU TEMPO E SUA MENSAGEM
DATA: 12/09/07

INTRODUÇÃO

Isaltino Gomes Coelho Filho diz que Jonas foi o mais estranho de todos os
profetas. Porém, sua mensagem produziu efeitos até naqueles que não o ouviram
diretamente. Nenhum outro pregador foi tão bem sucedido. Nem mesmo Jesus, pois
muitos se opuseram à sua pregação. No hebraico, o sermão de Jonas se compunha de
apenas cinco palavras, nada mais. E que impacto!
Page Kelley chega a ponto de afirmar que Jonas fez todo o possível para que sua
missão fracassasse. Um espírito indignado, um preparo insatisfatório, um sermão
medíocre. Resultado: um sucesso tremendo! A maioria dos pregadores trabalha
duramente para obter bons resultados; Jonas trabalhou durante para não ter bons
resultados, mas ele teve sucesso, apesar da sua atitude. Jonas foi o único pregador da
história que ficou frustrado com o seu sucesso.
Alguns estudiosos, dando rédeas à sua imaginação fazem do grande peixe que
engoliu Jonas o centro deste livro. Mas, o peixe não é o personagem principal do livro,
nem mesmo Jonas; Deus é. Deus é o Senhor não apenas de Israel, mas da natureza, da
História e de todas as nações. Sua vontade se cumpre, sempre, no final. Os homens não
podem criar-lhe obstáculos nem frustrá-lo. Sua graça é para todo o mundo. O peixe só é
citado duas vezes no livro enquanto Deus é quem ordena a Jonas a ir a Nínive. Deus é
quem manda uma tempestade atrás de Jonas. Deus é quem manda o peixe engolir Jonas
e depois vomitá-lo. Deus é quem novamente comissiona Jonas a pregar em Nínive.
Deus é quem perdoa os habitantes de Nínive e exorta o profeta emburrado. Nessa
mesma linha de pensamento Vincent Mora diz: “Este peixe, que foi obsessão para a
imaginação judaica e cristã não é o centro da narrativa. Não passa do instrumento
providencial que traz Jonas de volta a seu ponto de partida”.
Vamos destacar alguns pontos importantes na introdução deste precioso livro:

I. O AUTOR DO LIVRO DE JONAS

Os teólogos liberais afirmam que Jonas é o último dos livros proféticos do


Antigo Testamento, escrito no século III a.C., por algum autor anônimo. Para esses
teólogos Jonas é uma novela religiosa com o propósito de ensinar lições morais e
espirituais, mas sem nenhum traço de historicidade. Os liberais não crêem que Jonas
existiu como um personagem histórico.
Nada obstante ao que pensam e escrevem os liberais, a Bíblia fala que Jonas era profeta,
filho de Amitai (1.1) e morava na cidade de Gate-Hefer, na tribo de Zebulom, no norte
de Israel, a sete quilômetros de Nazaré (2Rs 14.25). Jonas era Galileu e contemporâneo
dos profetas Amós e Oséias.
O nome Jonas “Yonah” no Hebraico significa “pomba”. Mas a vida de Jonas
nega seu nome. Como disse Dionísio Pape, “Gavião teria sido mais apropriado”. Longe
de ser um homem pacífico, está em guerra com Deus e com as pessoas. É um pregador
que deseja ver a morte e a destruição dos seus ouvintes e não a salvação deles. Isaltino
Filho diz que Jonas demonstra em seu temperamento ser um homem emburrado, sem
misericórdia, e mal-relacionado com o próprio Deus.
Jonas profetizou a prosperidade do Reino do Norte no reinado de Jeroboão II (793-753).
Naquele tempo os ricos estavam ficando muito ricos às custas do empobrecimento da
maioria (2Rs 15.20). Paradoxalmente, esse foi um tempo de grande expansão militar
(2Rs 14.25,28). É bem provável que Jonas nesse tempo tenha se tornado num profeta
ideologizado. Ele tinha consciência, por exemplo, de que nos seus dias a grande ameaça
para Israel era a Assíria, cuja capital era Nínive (2Rs 15.19). Esse é o pano de fundo que
revela o sentimento de Jonas e as suas motivações para fugir da missão em vez de
cumpri-la. Conforme Jerónimo Pott disse, Jonas deseja ver a total destruição de Nínive,
a capital da Assíria, e não a sua salvação. George Robinson diz que sendo Jonas um
nacionalista extremado, mesquinho, e vingativo não podia entender porque Deus
desejaria que ele pregasse a um povo que queria devorar a Israel.

II. O TEMPO EM QUE O PROFETA JONAS VIVEU

Alguns teólogos liberais rejeitam a tese de que Jonas profetizou no oitavo século
antes de Cristo. Eles colocam Jonas bem mais tarde, como um personagem que
profetizou no terceiro século. Buscando evidências internas no livro para ampararem
suas teses, esquecem-se de que o texto bíblico (2Rs 14.25) circunscreve o ministério de
Jonas num tempo determinado, ou seja, o oitavo século a.C.
O nome do profeta Jonas só é citado no Antigo Testamento fora do seu próprio livro
mais uma vez. Esse relato está em 2Reis 14.23-25, como segue:
No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em
Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel; e reinou quarenta e um anos. Fez o que
era mau perante o Senhor; jamais se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho
de Nebate, que fez pecar a Israel. Restabeleceu ele os limites de Israel, desde a entrada
de Hamate até ao mar da Planície, segundo a palavra do Senhor, Deus de Israel, a qual
falara por intermédio de seu servo Jonas, filho de Amitai, o profeta, o qual era de Gate-
Hefer.
Concluímos que ele profetizou durante o reinado de Jeroboão II, quando esse monarca
ilustre governou em Samaria quarenta e um anos, num tempo de prosperidade
financeira, conquistas militares e paz nas fronteiras. Gleason Archer diz que Jonas deve
ter iniciado o seu ministério profético antes do reinado de Jeroboão II ou pelo menos
antes deste brilhante rei ter conseguido alguns dos seus triunfos militares mais
marcantes. Nesse mesmo tempo a nação também se entregou à opressão econômica,
aos desmandos legais, ao descalabro moral e à apostasia religiosa. Foi nesse tempo que
Amós denunciou a ganância insaciável dos poderosos, a mancomunação dos juízes com
os ricos para oprimirem os pobres, a corrupção moral e o desaparecimento da piedade
em virtude de uma religião sem ortodoxia e sem vida.

III. UM LIVRO SOB ATAQUE

O livro de Jonas, semelhantemente ao livro de Gênesis, é o livro da Bíblia mais atacado


pelos teólogos liberais. Esses estudiosos do alto de sua pretensa sapiência negam a
historicidade do livro ou tentam colocá-lo no período pós-exílico. Desmond Alexander,
entretanto, afirma: “Não há motivo algum por que a data da composição do livro de
Jonas deva estar na era pós-exílica”.
J. Vernon McGee diz que Jonas foi talvez criticado mais do que qualquer outro livro da
Bíblia. Charles Feinberg nessa mesma trilha de pensamento afirma que a descrença tem
atacado esse livro talvez mais do que qualquer outro. Jonas tem sido alvo de humor
irrefletido e zombaria imerecida. Os críticos têm tentado desacreditar sua inspiração.
Os teólogos liberais arvoraram-se como juízes da verdade e assacam contra este texto
bíblico as mais ferinas críticas. Alguns chegam até mesmo a chamarem o livro de Jonas
de “o calcanhar de Aquiles da Bíblia”.
A razão principal para a rejeição do livro é porque esses arautos da incredulidade
não aceitam a historicidade dos milagres. Se os milagres não existem, logo Jonas não
existiu e sua profecia não deve ser considerada como um fato histórico. Charles
Feinberg comenta:
A zombaria tem-se concentrado especialmente em torno do fato de Jonas ter sido
engolido pelo peixe e sobrevivido. A raiz da dificuldade é a negação do miraculoso. Se,
porém, excluirmos o miraculoso da Bíblia, o que nos restará? E mais importante, que
tipo de Deus nos sobra? Trata-se de nada menos do que incredulidade míope pensar que
se soluciona a dificuldade com a remoção desse milagre do livro de Jonas.
Na verdade, o livro inteiro está cheio de milagres e não apenas o fato de Jonas
ter sido engolido por um grande peixe e sobrevivido. Foi Deus quem mandou uma
tempestade atrás de Jonas. Foi Deus quem acalmou o mar quando Jonas foi lançado
para fora do barco. Foi Deus quem deu ordem a um peixe e este engoliu Jonas. Foi Deus
quem preservou Jonas três dias no ventre do peixe. Foi Deus quem deu ordens ao peixe
para vomitar Jonas. Foi Deus quem produziu o quebrantamento no povo ninivita e ao
mesmo tempo quem lhe ofereceu graça e misericórdia. Foi Deus quem fez brotar uma
planta para trazer sombra e alento ao profeta e também foi Deus quem fez a planta
secar. Se tirarmos os milagres da Bíblia, ela deixa de ser a Palavra de Deus!
Fato digno de nota são os registros oficiais do almirantado Britânico que
fornecem evidências documentadas sobre a espantosa aventura de James Bartley, um
marinheiro britânico que foi engolido por uma baleia e escapou com vida para contar a
história. Muitos médicos de vários países vieram examiná-lo. Viveu mais dezoito anos
depois dessa experiência. Na lápide de seu túmulo foi escrito um breve relato de sua
experiência, com o acréscimo: “James Bartley, um moderno Jonas”. Essas informações,
segundo Champlin foram extraídas do livro Stranger than Science, escrito por Frank
Edwards, p. 11-13.
Os críticos rejeitam a veracidade e a historicidade de Jonas dizendo que o livro é
apenas uma lenda ou uma parábola. Mas, o nome do profeta Jonas está vinculado a um
fato histórico comprovado (2Rs 14.25). Se Jonas é um personagem mitológico, então,
Jeroboão II também o foi. Mas, assim como Jeroboão II foi uma pessoa real, Israel foi
uma nação real, Hamate foi um local real, Jonas também foi uma pessoa real.
Mais do que isso, se Jonas não é um personagem histórico, então, Jesus Cristo enganou-
se e faltou com a verdade quando fez menção a ele como um profeta. É impossível
negar a historicidade de Jonas e ao mesmo tempo afirmar a credibilidade do Senhor
Jesus, diz J. Vernon McGee. Nessa mesma linha de pensamento Dionísio Pape afirma:
“Para negar a historicidade de Jonas e sua experiência no peixe seria necessário negar a
veracidade de Jesus como o Filho de Deus”. Vejamos o relato bíblico:
Então, alguns escribas e fariseus replicaram: Mestre, queremos ver de tua parte algum
sinal. Ele, porém, respondeu: Uma geração má e perversa pede um sinal; mas nenhum
sinal lhe será dado, senão o do profeta Jonas. Porque assim como este Jonas três dias e
três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três
noites no coração da terra (Mt 12.38-40).
Se a história de Jonas tivesse sido mera ficção, então, o sepultamento de Cristo na sexta-
feira santa até a ressurreição no domingo de Páscoa, também seria ficção; não havendo,
portanto, qualquer base para a comparação, diz Gleason Archer.
Se Jonas não é uma personalidade histórica, então, sua profecia não existiu nem os
ninivitas se converteram. Agora, se tudo não passou de uma lenda Cristo falseou a
verdade e exortou sua geração sem nenhum fundamento, pois o texto bíblico é claro:
“Ninivitas se levantarão no juízo com esta geração e a condenarão; porque se
arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui está quem é maior do que Jonas” (Mt
12.41).
Jesus foi categórico em afirmar que Jonas foi um sinal para os ninivitas assim como ele
era um sinal para aquela geração. Se Jonas era uma lenda, então Jesus também
precisaria ser uma lenda, do contrário não existiria uma conexão real de Jonas com
Jesus. Lucas relata este fato assim:
Como afluíssem as multidões, passou Jesus a dizer: Esta é geração perversa! Pede sinal;
mas nenhum sinal lhe será dado, senão o de Jonas. Porque, assim como Jonas foi sinal
para os ninivitas, o Filho do homem o será para esta geração (Lc 11.29,30).
Edward Young diz que se os teólogos liberais consideram o livro de Jonas apenas como
uma lenda ou uma parábola e não crêem na sua historicidade, Cristo creu. Quem deve
merecer a nossa confiança: Cristo ou os teólogos liberais? Seja Deus verdadeiro e
mentiroso todo homem!

IV. AS PECULIARIDADES DO LIVRO DE JONAS

O livro de Jonas tem algumas características peculiares:


Em primeiro lugar, ele é mais um relato histórico do que uma profecia. O livro é
mais uma narrativa da experiência do profeta Jonas do que oráculos divinos pregados
pelo profeta Jonas. Os demais profetas falam da parte de Deus ao povo em vez de
contarem sua própria experiência. Desmond Alexander desta este fato nos seguintes
termos:
Há muito se observa que o livro de Jonas é notadamente diverso das outras obras que
compõem os profetas menores. Enquanto elas se concentram basicamente nos dizeres
dos profetas, o livro de Jonas trata dos acontecimentos em torno da missão do profeta e
contém apenas um brevíssimo registro de seus pronunciamentos.
Em segundo lugar, ele é o único profeta especificamente comissionado a pregar
aos gentios. Esse é o grande livro missionário do Antigo Testamento, diz Charles
Feinberg. Jonas, um nacionalista zeloso é chamado por Deus e enviado a Nínive, uma
grande cidade para proclamar contra ela. Nínive, mencionada pela primeira vez em
Gênesis 10.11 era a antiga capital do Império Assírio. Situava-se na margem oriental do
rio Tigre. Senaqueribe fê-la a capital da Assíria e os Medos e Persas a destruíram em
612 a.C. Nínive era a maior cidade do mundo daquele tempo (3.2,3; 4.11). Os pecados
dos pagãos sobem até o céu e ofendem a Deus. Mas, o amor de Deus pelos pagãos desce
até a terra e Deus envia a eles um mensageiro para anunciar-lhes sua Palavra. Jerónimo
Pott diz que o propósito do livro de Jonas é ensinar que a providência e o cuidado de
Deus não se limitam a Israel, mas se estendem também aos gentios.
Em terceiro lugar, o livro de Jonas termina com uma pergunta retórica. Somente
Jonas e Naum terminam suas profecias com uma pergunta retórica de Deus e
curiosamente ambos os profetas profetizaram a Nínive, capital da Assíria. A pergunta
registrada em Jonas revela a misericórdia de Deus e a pergunta registrada em Naum
revela a sua justiça.
Em quarto lugar, o livro de Jonas descreve o maior protótipo da morte e
ressurreição de Cristo no Antigo Testamento. A experiência vivida por Jonas três dias e
três noites no ventre do grande peixe foi um sinal da morte e ressurreição de Cristo (Mt
12.38-40). Assim como a experiência de Jonas abriu-lhe a porta para anunciar aos
pagãos a Palavra de Deus, a morte e a ressurreição de Cristo é o alicerce da nossa
redenção. O livro de Jonas oferece-nos um protótipo das duas mais importantes
doutrinas do Cristianismo: a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.

V. A TEOLOGIA DO LIVRO DE JONAS

James Wolfendale diz que o livro de Jonas é como um belo arco-íris de


esperança enviado por Deus no meio das densas e tenebrosas nuvens do pecado e do
sofrimento. Muitos escritores ao longo dos séculos debruçaram sobre este livro
inspirado para extrair o seu propósito principal. Jerônimo, ilustre pai da igreja,
acreditava que Jonas tinha sido composto para incentivar os judeus a se arrependerem.
Se marinheiros pagãos e ninivitas ímpios podiam reagir à pregação profética com
arrependimento, os ouvintes judeus deveriam agir de igual modo. Para Agostinho,
Lutero e muitos escritores contemporâneos, a narrativa de Jonas ressalta o interesse
missionário de Deus, cujo amor e misericórdia não se limitavam aos judeus. Por meio
de Jonas, Deus não apenas repreende os que desejam limitar sua graça salvadora ao
povo judeu, mas também demonstra eficazmente seu real interesse na salvação de
pagãos ignorantes e pecadores. Vamos destacar algumas das sublimes verdades deste
precioso livro:

A. O que o livro ensina sobre a salvação

1. A salvação é uma dádiva oferecida a todos os povos e não apenas aos judeus
Jonas tentou fugir da presença de Deus não com medo da sua ira, mas com medo da sua
misericórdia. Ele foi o único pregador que ficou profundamente frustrado com o seu
sucesso. Ele quis morrer porque os ninivitas receberam vida. Jonas fazia do seu
nacionalismo extremado uma bandeira maior do que a obra missionária. Tinha prazer de
pregar condenação aos pagãos, mas não se alegrava com sua salvação.
W. J. Deane acentua o fato de que a principal lição que os judeus deveriam aprender
com o livro de Jonas é que a salvação também é destinada aos gentios. Os israelitas
desprezavam os gentios e os consideravam indignos. Eles os viam como combustível
para o fogo do inferno. Os israelitas estavam acostumados a ver os gentios como
inimigos que deviam ser punidos por seus pecados e não como pessoas que deviam ser
salvas. Outros profetas anunciaram essa verdade, mas Jonas viu diante dos seus olhos
essa verdade se tornando realidade.
Deus, porém, mostra a Jonas que ele tem o direito de usar misericórdia com quem quer,
sem precisar dar satisfação a quem quer que seja. Diz Isaltino Filho: “Não temos o
copyright de Deus. Ele é Senhor do mundo, de todos os povos e raças”.

2. A salvação é uma dádiva de Deus recebida pela fé e não obtida pelas obras

Os ninivitas eram pessoas pagãs e viviam sem luz e sem santidade. Eles eram perversos,
truculentos, sanguinários e idólatras. Pelas obras, eles jamais seriam salvos. Eles viviam
sem esperança e sem Deus no mundo. Mas, Deus os amou e enviou-lhes um mensageiro
e eles se arrependeram e creram na mensagem e foram salvos. Ainda hoje, o método de
Deus de salvar o homem é o mesmo. A salvação não é uma conquista do homem, mas
um presente de Deus. A salvação não é resultado do que o homem faz para Deus, mas
do que Deus fez pelo homem. A salvação não é o caminho que o homem abre da terra
para o céu, mas o caminho que Deus abriu do céu para a terra. A salvação é de graça
para o homem, mas custou tudo para Deus. Ela é gratuita, mas não é barata. A verdade
central do livro de Jonas é que “ao Senhor pertence a salvação” (2.9).

O que o livro ensina sobre Deus

O propósito principal do livro de Jonas é mostrar que Deus ama as nações e sua
salvação é destinada a todos os povos. Deus é o personagem principal deste livro, pois o
livro começa e termina com ele falando. Quem é Deus?

1. Deus é santo e não pode tolerar o mal

Deus não tolerou a maldade dos ninivitas e enviou Jonas para adverti-los (1.2) nem
aceitou a rebeldia de Jonas e enviou a tempestade para pegá-lo (1.4). Deus ouviu a
oração de Jonas e libertou-o do ventre do peixe; Deus ouviu o clamor dos ninivitas e
salvou-lhes a alma. Deus vê os pecados e vê o arrependimento. Aos convertidos, Deus
perdoa e salva; aos de coração duro, Deus repreende e corrige.
O pecado sempre provoca a ira de Deus, proceda ele dos ímpios ou da igreja. Deus não
é um ser bonachão nem um velho senil de barbas brancas assentado numa cadeira de
balanço. Ele é um ser revestido de glória e majestade, assentado num alto e sublime
trono, diante de quem até os serafins cobrem o rosto. Deus não faz acepção de pessoas
em sua misericórdia nem em sua disciplina. Deus não tem dois pesos e duas medidas.

2. Deus intervém na história e ninguém pode impedir sua mão de agir


O livro de Jonas mostra Deus em ação. Deus estava por trás dos grandes acontecimentos
registrados neste livro. Nada que sucedeu foi acidental, diz Isaltino Filho. Deus é quem
chama Jonas, quem envia a tempestade atrás dele, quem faz cessar o vento depois do
lançamento de Jonas ao mar, quem dá ordens a um grande peixe para tragá-lo e depois
de três dias vomitá-lo na praia. Deus é quem faz a planta nascer e morrer sobre a cabeça
de Jonas. Deus é quem envia um verme para cortar a planta. Deus é quem abre o
coração dos ninivitas e quem exorta o profeta recalcitrante. Deus é quem fala e quem
age o tempo todo.
Rejeitamos o deísmo que ensina que transcendência de Deus, mas não sua imanência;
que prega a majestade de Deus de Deus, mas não sua compaixão. Cremos, sim, no
teísmo, que proclama que Deus está no trono, mas também entre o seu povo, vendo suas
aflições, ouvindo seu clamor e descendo para socorrê-lo. Deus não é um ser distante e
apático. Ele vê, ele ouve, ele age!

3. Deus é misericordioso e salva até mesmo os nossos inimigos

Jonas fica desgostoso com Deus não por causa da sua ira, mas por causa da sua
misericórdia. Ele fica frustrado não com seu fracasso, mas com o seu sucesso. A
conversão dos ninivitas produz festa no céu e tristeza no coração de Jonas. Enquanto os
anjos celebram a vida dos ninivitas, Jonas pede para morrer. A grande verdade do livro
de Jonas é que Deus se recusa a odiar os nossos inimigos. Ele salva até mesmo aqueles
a quem nós queremos condenar.
O grande ensinamento do livro de Jonas é que Deus aceita também os gentios. É
Deus quem toma a iniciativa de reconciliar consigo o mundo. A salvação é uma obra
exclusiva de Deus. Os gentios que estavam separados da comunidade de Israel foram
também chamados para fazer parte da igreja do Deus vivo. Essa concepção só foi
completamente mudada no Novo Testamento, como vemos em Atos 10.34: “Então
Pedro, tomando a Palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de
pessoas”. Deus não é propriedade apenas da igreja; Ele é o Senhor soberano e absoluto
de todo o mundo.

4. Deus conduz os seus planos à consumação e nenhum deles pode ser frustrado

Jonas pensou que podia ser mais sábio do que Deus. Ele tentou mudar a agenda de
Deus. Ele tentou escapar de Deus e fugir para Társis, o fim do mundo. Deus o mandou
ir para Nínive, que ficava à leste, no nascente do sol, mas ele foi para Társis, no oeste,
no poente do sol. Jonas caminhou rumo a uma noite escura em vez de caminhar na
direção da luz.
Mas, Deus é inescapável e seus planos são vitoriosos. Ninguém pode frustrar os
desígnios do Altíssimo. Ninguém pode esconder-se Daquele que a todos e a tudo vê.
Para ele a luz e as trevas são a mesma cousa. Ninguém pode lutar contra Deus e
prevalecer. Ninguém pode cair sobre a rocha dos séculos sem ficar esmagado. Os
caminhos de Deus são perfeitos. A vontade de Deus é soberana. O propósito de Deus é
vitorioso!

5. Deus está no controle da História e também dos elementos da natureza


Deus governa soberanamente em todo o universo. Não há um centímetro sequer deste
vasto cosmos onde Deus não esteja presente fazendo cumprir sua vontade soberana.
Não apenas Nínive estava sob olhar de Deus, mas também o vento, o mar, o peixe, e as
plantas. O mesmo Deus que ama os ninivitas, também levanta uma tempestade no mar e
prepara um grande peixe para tragar Jonas. Vemos no livro do profeta Jonas que
homens, peixes, vermes, animais e plantas estão a serviço de Deus. Deus domina sobre
o mundo espiritual e sobre o mundo material. Ele reina sobre o mundo humano, animal,
e vegetal. Ele é o Deus das grandes e pequenas coisas. Ele se importa com uma grande
cidade e até com os seus animais (4.11).

6. Deus é fiel e sua fidelidade é maior do que a infidelidade do homem

Jonas foi infiel a Deus, desobedecendo à sua ordem, mas Deus foi misericordioso e fiel
a Jonas não o destruindo por isso, nem lhe retirando o ofício de embaixador de sua
Palavra. Em vez de destruir-nos em nossas fraquezas, Deus nos restaura. Em vez de
esmagar-nos por causa dos nossos fracassos, Deus nos ensina através deles.
Mesmo quando somos infiéis, Deus permanece fiel, porque não pode negar-se a si
mesmo. Deus nos usa apesar de nós. A missão de Jonas jamais teria sido um sucesso, se
dependesse dele. Nínive converteu-se a Deus não por causa de Jonas, mas apesar de
Jonas. A mensagem de Jonas foi um libelo de condenação sem qualquer fresta de
esperança. O sentimento de Jonas era contrário à salvação de seus ouvintes. A
motivação de Jonas não estava alinhada com a motivação de Deus de salvar os ninivitas.
Mas, apesar de tudo isso, Deus realizou o maior milagre evangelístico da história na
cidade de Nínive por causa do evangelista, mas apesar dele.

7. Deus tem seus ouvidos atentos para ouvir as orações

Deus ouviu as orações dos marinheiros e os poupou. Deus ouviu o clamor de Jonas nas
entranhas do grande peixe e o libertou da morte. Deus ouviu o clamor dos ninivitas e os
salvou. Deus ouviu até mesmo os queixumes do profeta rebelde e o repreendeu com
amor.
Quando chegamos ao fim das nossas forças, Deus se manifesta abrindo-nos uma porta
de esperança. Quando as circunstâncias nos encurralam e parece que a tragédia se torna
inevitável, o braço onipotente de Deus nos traz livramento. Na verdade, as poderosas
intervenções de Deus na História são uma resposta às orações do seu povo. Ele jamais
desampara aqueles que nele esperam.

8. Deus é o Deus de todos os povos e não apenas dos judeus

Deus não é uma divindade tribal. Ele é o Senhor do universo. O Reino de Deus é maior
do que a igreja. Deus se importa com todas as nações. Seu plano é abençoar todas as
famílias da terra através do seu povo. O apóstolo Paulo coloca essa verdade bendita de
forma eloqüente: “É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos
gentios? Sim, também dos gentios” (Rm 3.29).
Israel foi separado por Deus para ser luz para as nações. O projeto de Deus não era
esconder Israel dos povos, mas levar a luz de Israel para dentro dos outros povos. Assim
também, a igreja não deve ser retirada do mundo, mas ser luz no mundo.

O que o livro ensina sobre Jonas


Jonas presumiu que sabia resolver os problemas de Deus melhor do que o
próprio Deus e assim, por causa de seus preconceitos teológicos, recusou-se a ser um
missionário além fronteira e uma bênção para os outros. Vejamos um pouco do perfil
desse profeta nacionalista.

1. Jonas tem uma teologia certa e uma prática errada

Jonas respondeu aos marinheiros: “Sou hebreu e temo ao Senhor, o Deus do céu, que
fez o mar e a terra” (1.9). Jonas diz que teme ao Senhor, mas o desobedece. Ele professa
crer na soberania de Deus, mas o desafia. Ele afirma que Deus é o criador do céu e da
terra, mas tenta fugir da sua presença. Ele diz que teme a Deus, mas além de fugir (1.3),
ainda discute com Deus (4.3,4; 4.8-11). Sua teologia está em descompasso com sua
prática. Ele é ortodoxo de cabeça e herege de conduta. Ele crê numa coisa e pratica
outra. Há um abismo entre sua fé e sua conduta; um divórcio entre sua teologia e sua
vida.
Isaltino Filho diz que Jonas era um homem com um credo ortodoxo e com uma
ética mesquinha. Ele sabia como citar a sua Bíblia de memória, pois sua oração, no
capítulo 2, está repleta de citações dos Salmos. Ele sabia as Escrituras, mas não se
importava nem um pouco com as pessoas. Sua queixa contra Deus é que Deus é
misericordioso. Até onde se sabe Jonas foi a única pessoa que reclamou da bondade de
Deus.

2. Jonas faz a obra de Deus, mas com a motivação errada

Jonas é como o irmão mais velho do pródigo, obedece por obrigação e não por prazer.
Sua obediência é compulsória e não voluntária. Ele prega, mas sem amor. Ele espera
não a salvação, mas a condenação de seus ouvintes. Ele chora de tristeza porque os
ninivitas recebem misericórdia em vez de juízo, perdão em vez de destruição. Jonas
quer morrer porque os ninivitas receberam o dom da vida eterna. Jonas tem piedade de
uma planta que ele não cultivou, mas nenhuma compaixão por mais de cento e vinte mil
pessoas que não sabem distinguir entre a mão direita e a mão esquerda (4.11).
Jonas quer mudar a mente Deus em vez de mudar sua própria conduta. Ele espera que
Deus se arrependa da sua misericórdia em vez dele arrepender-se de sua dureza de
coração. Jonas reclama não da severidade de Deus, mas da sua bondade. Jonas só
consegue amar os seus iguais. Sua teologia é reducionista. Ele tem a mentalidade de
gueto e quer lotear o céu apenas para o seu povo. Desmond Alexander disse que Deus
teve compaixão de Nínive, mas destruiu a planta. Jonas, por sua vez, teve compaixão da
planta, mas exigiu a destruição de Nínive. Jonas queria misericórdia para si e justiça
para os seus inimigos. Porém, Deus é soberano, sua justiça é totalmente imparcial e sua
misericórdia pode alcançar qualquer pessoa.

3. Jonas quer receber bênçãos, mas não quer ser bênção

Jonas é um provocador de tempestades. Em vez de ser bênção para as pessoas, é a causa


de seus problemas (1.3-5). Mais tarde, Jonas se alegra em extremo por causa de uma
planta que lhe trouxe refrigério em tempo de calor (4.6). Ele já fora alvo da providência
divina arrancando-o das entranhas da morte, mas ele não quer ser bênção para o mundo.
Jonas é um profeta nacionalista, que tenta reduzir Deus a uma divindade tribal. Jonas é
exclusivista. Ele quer as bênçãos apenas para si e o juízo divino para os outros. Isaltino
Filho diz que o homem que deveria ser uma bênção para o mundo estava se tornando
uma maldição por causa de sua insensibilidade. Crentes de coração duro são maldição
para o mundo. Na realidade, para a igreja, também.
O evangelho tem sido adulterado por muitos pregadores e escritores. As pessoas correm
atrás das bênçãos em vez de buscarem o abençoador. Eles querem as dádivas de Deus e
não o Deus das dádivas. O evangelho que elas buscam é um outro evangelho,
centralizado no homem e não em Deus. Muitos mascates da fé falam hoje na “bênção de
Abraão”, que é a unção para ficar rico. Mas antes de receber bênçãos, Abraão deveria
ser bênção (Gn 12.1-3), diz Isaltino Filho.

4. Jonas prefere morrer a se arrepender

Jonas não tem medo da morte, ele tem medo de Deus salvar seus inimigos da morte.
Jonas está pronto a morrer, mas não disposto a se arrepender. Ele prefere ser jogado no
mar a humilhar-se diante de Deus e tomar o caminho da obediência.
Nem depois de passar pela dolorosa experiência de ser tragado por um peixe Jonas
mudou sua conduta. O livro se inicia com Jonas indiferente à sorte dos ninivitas e
termina com Jonas ainda absolutamente indiferente à sorte deles.
Por que Jonas fugiu? Por que ele ainda continua emburrado depois de terminar sua
missão em Nínive? Charles Feinberg lista cinco respostas a essas perguntas: primeiro, o
arrependimento e a conseqüente sobrevivência de Nínive poderia ser mais tarde a
derrocada do próprio povo de Israel; segundo, Jonas temia que a conversão dos gentios
seria em detrimento dos privilégios de Israel como povo escolhido; terceiro, o fanatismo
religioso de Jonas não o deixou alegrar-se no fato de Deus revelar sua graça a um povo
pagão; quarto, Jonas sabia mediante profecias anteriores (Os 9.3) que a Assíria deveria
ser o açoite disciplinador de Deus contra Israel; finalmente, Jonas declara que fugiu
porque temia que a mensagem de Deus fosse bem-sucedida entre os ninivitas.

5. Jonas demonstra contradição mais do que contrição

Jonas é um homem contraditório, uma figura patética. Ele é um profeta, mas não se
dispõe a falar o que Deus manda nem a ir aonde Deus envia (1.2,3). Quando está com a
alma angustiada no ventre do grande peixe, nas camadas abissais do oceano, pede o
livramento da morte (2.2) e depois de resgatado e instrumentalizado por Deus já quer
morrer e pede para si a morte duas vezes (4.3; 4.8).
Jonas está ofendido porque pensa que Deus arruinou a sua reputação de profeta, uma
vez que pregou juízo e o povo ninivita experimentou misericórdia. Jonas receia ser
chamado de falso profeta por seu pronunciamento contra Nínive permanecer sem
cumprimento. Pelo arrependimento dos ninivitas Deus estava revogando um juízo já
pronunciado. Jonas deu mais valor à sua reputação do que a salvação de mais de cento e
vinte mil pessoas.

O que o livro ensina sobre os pagãos

1. Os pagãos oram com mais fervor aos seus deuses que o profeta ao seu Deus

Os marinheiros quando foram assolados pela tempestade oraram intensamente aos


deuses e buscaram socorro, mas Jonas ao mesmo tempo dormia o sono da indiferença e
da fuga. Ele, quando exortado a invocar o seu Deus, não o fez. Apenas quando foi
desmascarado como o culpado da trágica tempestade revelou sua identidade,
escondendo, entretanto, o fato de ser profeta.
Quando os marinheiros lhe perguntaram: “Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual a
tua terra? E de que povo és tu?” (1.8) Jonas não respondeu qual a sua ocupação. Ele
mesmo não diz que é um profeta. Sua resposta foi ambígua. Jonas não se assume como
profeta nem age como profeta.
Os ninivitas ao ouvirem a voz de Deus se arrependeram e se humilharam desde o rei até
às crianças. Jonas ouviu a voz de Deus e fugiu. Eles oraram com fervor e Jonas
reclamou com amargor. Os pagãos demonstravam mais fervor que o profeta. A
religiosidade deles era mais vívida do que a do profeta.
É lamentável que os idólatras e seguidores das seitas heréticas sejam mais zelosos na
sua prática religiosa do que aqueles que foram escolhidos, chamados, remidos e
santificados por Deus. Aqueles que vivem sem a luz do evangelho, muitas vezes,
demonstram mais zelo em suas crenças vãs do que os filhos de Deus, que têm a Palavra
e Espírito Santo para guiá-los a uma vida abundante.

2. Os pagãos temem a Deus e se convertem; Jonas teme a Deus, mas permanece


rebelde

O temor de Jonas é mais teológico e menos prático. Ele tem ortodoxia, mas não tem
ortopatia nem ortopraxia. Ele tem a doutrina certa (ortodoxia), mas não sentimentos
certos (ortopatia) e atitudes certas (ortopraxia). Isaltino Filho diz que o bom ortodoxo
deve praticar a ortopatia e a ortopraxia. Caso contrário poderá ser apenas um fariseu.
Crê, mas não vive. Ortodoxia sem ortopatia e sem ortopraxia é de pouca utilidade para o
mundo. Tanto os marinheiros quanto os ninivitas demonstraram com vida transformada
o seu temor a Deus; Jonas professa temer ao Deus do céu, mas continuou recalcitrando
contra os aguilhões.
Jonas apenas diz que teme ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a terra (1.9), mas
os marinheiros ficaram possuídos de grande temor e repreenderam a Jonas (1.10).
Quando viram o mar se acalmar, eles temeram em extremo ao Senhor e ofereceram-lhe
sacrifícios e fizeram votos (1.16). O sentimento de reverência dos pagãos é maior do
que o temor do profeta. Quando os ninivitas ouviram a Palavra de Deus, eles creram em
Deus e proclamaram um jejum, e vestiram-se de pano de saco, desde o maior até o
menor (3.5).
É triste quando a espiritualidade dos pagãos é maior do que a do povo de Deus! Os
incrédulos, muitas vezes, agem de forma mais elevada que o povo de Deus. O
procedimento dos marinheiros pagãos e dos ninivitas é superior ao de Jonas.

3. Os pagãos demonstram mais amor do que Jonas, o profeta de Deus

Jonas não demonstrou nenhuma preocupação com os marinheiros quando se refugiou no


sono da fuga. Os marinheiros tentaram de todas as formas salvar a vida de Jonas,
contudo, mais tarde Jonas não demonstrou nenhum amor pelos ninivitas, antes desejou
que eles fossem subvertidos. Jonas é objeto do amor dos pagãos, mas não demonstra
nenhum amor a eles. A ética dos pagãos ultrapassa a ética de Jonas.

AS MARCAS DE UMA IGREJA QUE ABALOU O MUNDO


Data: 10-03-2008
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Referência: Atos 2.42-47


INTRODUÇÃO

1. Bill Hybes em um dos seus livros pergunta: “Qual é a igreja mais importante do
mundo?” É a igreja que Deus está edificando dentro de você.
2. Quais são as marcas dessa igreja que ainda hoje pode abalar o mundo? Para responder
essa pergunta, precisamos olhar não para as igrejas contemporâneas, mas para a igreja
mãe, para a igreja de Jerusalém.
3. Aquela igreja possuia algumas marcas: 1) Ela se reunia no templo e de casa em casa;
2) Ela tinha profundo compromisso com a doutrina e também uma celebração festiva; 3)
Ela era profundamente engajada em ação social (horizontal) e também na oração
(vertical); 4) Ela não apenas evangelizava, mas também fazia discípulos; 5) Ela tinha
grande comunhão dentro dos muros e também a simpatia dos de fora.
4. Hoje vemos igrejas que revelam grandes desequilíbrios: As igrejas que zelam pela
doutrina, não celebram com entusiasmo. As igrejas ativas na ação social desprezam a
oração. Aquelas que mais crescem em número mercadejam a verdade.
5. Vamos olhar para a igreja de Jerusalém como nosso exemplo e modelo:

I. UMA IGREJA QUE TEM ZELO PELA TEOLOGIA

1. Firmeza doutrinária – v. 42
• A igreja de Jerusalém nasceu sob o bastão da verdade. A igreja começa com o
derramamento do Espírito, a pregação cristocêntrica e a permanência dos novos crentes
na doutrina dos apóstolos.
• Ao longo da história houve muitos desvios da verdade: a) As heresias da Idade Média;
b) A ortodoxia sem piedade; c) O Pietismo – piedade sem ortodoxia; d) Quakers – O
importante é a luz interior; e) O movimento liberal – a razão acima da revelação; f) O
movimento neo-pentecostal – a experiência acima da revelação.
• Deus tem compromisso com a sua Palavra. Ele tem zelo pela sua Palavra. Uma igreja
fiel não pode mercadejar a Palavra.

2. Perseverança na oração – v. 42
• A igreja de Jerusalém não apenas possuia uma boa teologia da oração, mas
efetivamente orava. Ela dependia mais de Deus do que dos seus próprios recursos. a)
Atos 1:14 – Todos unânimes perseveravam em oração; b) Atos 3:1 – Os líderes da igreja
vão orar às 3 horas da tarde; c) Atos 4:31 – A igreja sob perseguição ora, o lugar treme e
o Espírito desce; d) Atos 6:4 – A liderança entende que a sua maior prioridade é oração
e a Palavra; e) Atos 9:11 – O primeiro sinal que Deus deu a Ananias sobre a conversão
de Paulo é que ele estava orando; f) Atos 12:5 – Pedro está preso, mas há oração
incessante da igreja em seu favor e ele é liberto miraculosamente; g) Atos 13:1-3 – A
igreja de Antioquia ora e Deus abre as portas das missões mundiais; h) Atos 16:25 –
Paulo e Silas oram na prisão e Deus abre as portas da Europa para o evangelho; i) Atos
20:36 – Paulo ora com os presbíteros da igreja de Éfeso na praia; j) Atos 28:8-9 – Paulo
ora pelos enfermos de ilha de Malta e os cura.
• A igreja hoje fala de oração, mas não ora.

3. Havia temor de Deus na igreja – v. 43


• Hoje as pessoas estão acostumadas com o sagrado. Há uma banalização do sagrado.
Há uma saturação, comerciliazação e paganização das coisas de Deus – Os filhos de Eli.
• Quem conhece a santidade de Deus não brinca com as coisas de Deus – Dn 5.
• Atos 5 – O pecado da mentira foi punido com a morte.
• Há crentes que fazem piada com as coisas de Deus. Não há temor.

4. Havia presença da intervenção extraordinária de Deus – v. 43


• A manifestação extraordinária de Deus estava presente na vida da igreja: a) Atos 3 – O
paralítico é curado; b) Atos 4:31 – O lugar onde a igreja ora, treme; c) Atos 5:12,15 –
Muitos sinais e prodiígios são feitos; d) Atos 8:6 – Filipe realiza sinais em Samaria; e)
Atos 9 – A conversão de Saulo é seguida da sua cura; f) Atos 12 – A libertação de Pedro
pelo anjo do Senhor; g) Atos 16 – O terremoto em Filipos; h) Atos 19:11 – Deus pelas
mãos de Paulo fazia milagres; i) Atos 28:8-9 – Deus cura os enfermos de Malta pela
oração de Paulo.
• Hoje há dois extremos na igreja: aqueles que negam os milagres e aqueles que
inventam os milagres.

II. UMA IGREJA QUE TEM ENTUSIASMO NO CULTO

1. A igreja tinha prazer de estar na Casa de Deus – v. 46


• O culto era uma delícia. Eles amavam a Casa de Deus (Salmo 84 e 27:4).
• Uma igreja viva tem alegria em estar na Casa de Deus para adorar.
• A comunhão no templo é uma das marcas da igreja ao longo dos séculos.

2. O louvor da igreja era constante – v. 47


• Uma igreja alegre, canta. Os muçulmanos são mais de um bilhão. Eles não cantam.
• Uma igreja viva tem uma louvor fervoroso, cantagiante, restaurador, sincero,
verdadeiro.
• O louvor que agrada a Deus tem sua origem em Deus, tem seu propósito de exaltar a
Deus e como resultado produz quebrantamento nos corações.

3. A alegria da igreja era ultracircunstancial – v. 46


• A igreja transbordava de alegria: a) Atos 5:40-42 – Os apóstolos são açoitados pelo
sinédrio e retiraram-se regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer
afrontas pelo nome de Jesus; b) Atos 6:15 – Estêvão na hora da morte vê a Jesus e seu
rosto transfigura-se como rosto de anjo; c) Atos 13:52 – Os discípulos em Antioquia da
Pisídia, mesmo perseguidos, transbordavam de alegria e do Espírito Santo.
• Uma igreja que mistura o sofrimento com adoração.

III. UMA IGREJA QUE VALORIZA A COMUNHÃO

1. Os crentes tinham prazer de estar juntos – v. 42,44,46


• Onde desce o óleo do Espírito, aí há união entre os irmãos; aí ordena o Senhor a sua
bênção e a vida para sempre (Sl 133).
• Cessam as brigas, as contendas; brota o perdão e a cura.
• Todos estavam juntos. Partiam pão de casa em casa.
• Eles se reuniam no templo e também nos lares.

2. Os crentes eram sensíveis para ajudar os necessitados – v. 44-45


• Os crentes converteram o coração e o bolso.
• Desapego dos bens e apego às pessoas.
• Encarnaram a graça da contribuição.
• Quem não ama a seu irmão, não pode amar a Deus.
IV. UMA IGREJA QUE PRODUZ IMPACTO NA SOCIEDADE

1. Pelo seu estilo de vida contava com a simpatia de todo o povo – v. 47


• A igreja era comprometida com a verdade, mas não legalista;
• A igreja era santa, mas não farisaica;
• A igreja era piedosa, mas não com santorronice;
• Os crentes eram alegres, festivos, íntegros. Eles contagiavam.
• O estilo de vida da igreja impactava a sociedade: melhores maridos, melhores esposas,
melhores filhos, melhores pais, melhores estudantes, melhores profissionais.

2. Pela ação soberana de Deus, experimentava um crescimento numérico diário – v. 47


• Temos hoje dois extremos: numerolatria e numerofobia.
• Qualidade gera quantidade.
a) A igreja crescia em números.
b) A igreja crescia diariamente.
c) A igreja crescia por adição de vidas salvas.
d) A igreja crescia por ação divina.
• Vejamos o crescimento da igreja:
1) Atos 1:15 – 120 membros
2) Atos 2:41 – 3.000 membros
3) Atos 4:4 – 5.000 membros
4) Atos 5:14 – Uma multidão é agregada à igreja
5) Atos 6:17 – O número dos discípulos é multiplicado
6) Atos 9:31 – A igreja se expande para a Judéia, Galiléia e Samaria
7) Atos 16:5 – Igrejas são estabelecidas e fortalecidas no mundo inteiro.

CONCLUSÃO

1. Ricken Warren disse que a pergunta errada é: O que eu devo fazer para a minha igreja
crescer? A pergunta certa: O que está impedindo a minha igreja de crescer.
2. Nossa igreja tem feito diferença na nossa cidade? No nosso Estado e no País?
3. Que Deus nos ajude a ser uma igreja que produza impacto no meio em que vivemos!
IMITADORES DE DEUS
Data: 08-12-2008
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Referência: Efésios 5.1-17

INTRODUÇÃO

• Vivemos dois extremos quando se trata de imitar a Deus: Primeiro, a teologia de que o homem é um semi-
Deus. Ele fala e há poder em suas palavras. Ele decreta e as coisas acontecem. Ele ordena o mundo espiritual
precisa se colocar em movimento em obediência às suas ordens. Segundo, a teologia de que Deus é um ser um
desuso. O mundo secularizado não leva Deus em conta. Explica tudo pela ciência. Não lugar nem espaço para
Deus.
• Não podemos imitar a Deus na sua soberania, na sua onipotência, onisciência e onipresença. Não podemos
imitar a Deus na criação nem na redenção.
• A imitação a Deus é um ensino claro das Escrituras (Mt 5:43-48; Lc 6:35; 1 Jo 4:10,11). Devemos imitar
também a Cristo (Jo 13:34; 15:12; Rm 15:2,3,7; 2 Co 8:7,9; Fp 2:5; Ef 5:25; 1 Jo 3:16).
• Paulo argumenta que os filhos são como seus pais. Os filhos aprendem pela imitação. Deus é amor (1 Jo 4:8),
por isso os crentes devem andar em amor. Deus é luz (1 Jo 5:8), portanto os crentes devem andar como filhos
da luz. Deus é verdade (1 Jo 5:6), por isso os crentes devem andar em sabedoria.

I. ANDAR EM AMOR – v. 1-2

• O crente é um filho de Deus.


• O crente é um filho amado de Deus.
• O crente é comprado por um alto preço

1. Definição: A mímica era a parte mais importante para um orador : Teoria – mímica – prática. Se você quer
ser um grande orador, então imita os grandes oradores do passado. Mas se você quiser ser santo, então, imita
a Deus.
2. Limites da imitação – Paulo diz que devemos imitar a Deus no amor. Andar em amor denota uma ação
habitual. É fazer do amor a principal regra da nossa vida. Esse amor possui duas características distintas:
O perdão – Deus nos amou e nos perdoou (4:32). Assim, também, devemos amar e perdoar (5:1).
O sacrifício (5:2; 1 Jo 3:16). Este amor não é mero sentimento. Ele tudo dá pelo irmão, sem levar em conta
nenhum sacrifício por aquele a quem é dedicado. O sacrifício de Cristo foi agradável a Deus no sentido de que
satisfez sua justiça e adquiriu para nós eterna e eficaz redenção.

II. ANDAR COMO FILHOS DA LUZ – v. 3-14

• Paulo passa do auto-sacrifício, para a auto-indulgência. A ordem “andai em amor” é seguida da condenação
da perversão do amor.
• Os crentes são santos – v. 3-4
• O crentes são reis – v. 5-6
• Os crentes são luz – v. 7-14
• Paulo ao tratar do assunto santidade, menciona os pecados dos quais é preciso fugir (v. 3-4). Os pecados
estão ligados a dois grupos: pecados do sexo ( v. 3) e pecados da língua (v. 4).
• Os pecados do sexo não deviam estar presentes na vida dos crentes. A infidelidade conjugal era
espantosamente comum nos dias de Paulo. O homossexualismo vinha sendo por séculos admitido como uma
normal maneira de proceder. Dos 15 imperadores romanos, 14 eram homossexuais. Havia o templo de Afrodite
em Corinto e o templo de Diana em Éfeso. A imoralidade sexual era uma prática comum nesse tempo.
• Os pecados da língua não deviam também estar presentes. Conversação torpe, palavras vãs ou chocarrices
não devem fazer parte do vocabulário dos crentes. Palavras obcenas, piadas imorais, mexericos fúteis
• Porque somos a nova sociedade de Deus, devemos adotar padrões novos, e porque decisivamente nos
despojamos da velha vida e nos revestimos da nova vida, devemos usar roupas apropriadas. Agora, Paulo vai
acrescentar mais dois incentivos à santidade:

1. A certeza do julgamento – v. 5-7


• Devemos abster-nos da imoralidade, porque nosso corpo foi criado por Deus, é unido a Cristo e a habitado
pelo Espírito (1 Co 6:12-20).
• A licenciosidade não convém a santos (Ef 5:3-4).
• Agora Paulo menciona o temor do julgamento. Os imorais podem escapar do julgamento da terra, mas não do
juízo de Deus.
a) Não herdarão o Reino de Cristo – v. 5 – O Reino de Cristo é o reino de justiça e será excluída toda injustiça
(1 Co 6:9,10; Gl 5:21). Aquele que se entrega ao pecado sexual como uma obcessão idólatra e não se
arrepende não pode ser salvo.
b) O engano dos falsos mestres que tentam silenciar a voz de Deus – v. 6 – Muitas pessoas dizem que a Bíblia
é reducionista, que o problema não é o pecado, mas a culpa. O mundo acha natural e aplaude o que Deus
condena. Mas quem rejeita essas coisas, Jesus não a homens, mas a Deus. Ele contra todas essas coisas é o
vingador (1 Ts 4:4-8).
c) A manifestação da ira de Deus sobre os filhos da desobediência – v. 6 – Os filhos da desobediência são
aqueles que conhecem a lei de Deus e deliberadamente a desobedecem. Sobre esses vem a ira de Deus agora
e na eternidade (Rm 1:24,26,28; Ef 4:17-19).
d) Não sejam participantes com os impuros – v. 7 – Porque o Reino de Deus é justo e a ira de Deus sobrevirá
aos injustos, não sejam participantes com eles. Paulo não está proibindo você conviver com essas pessoas, mas
ser co-participantes com elas, parceiras de seus pecados. Exemplo: Ló devia sair de Sodoma para não
participar da sua condenação.

2.O fruto da luz - v. 8-14


• Três são as responsabilidades decorrentes do conceito de que os crentes são “luz no Senhor”:
a) Eles têm de andar como filhos da luz – v. 8 – Antes não apenas andávamos em trevas, mas éramos trevas.
Agora não apenas estamos na luz, mas somos luz. Devemos viver de acordo com o que somos. A luz purifica, a
luz ilumina, a luz aquece, a luz aponta direção, a luz avisa sobre os perigos, a luz produz vida.
b) Aqueles que são luz no Senhor devem produzir frutos luminosos – v. 9 – toda bondade, justiça e verdade
estão em contraste com a vida impura e lasciva daqueles que são trevas e vivem nas trevas.
c) Os filhos da luz precisam condenar as obras infrutíferas das trevas – v. 11 – Precisamos negativamente não
ser cúmplices e positivamente reprová-las, ou seja, desmascarando o que elas são, trazendo-as para a luz.
• As obras das trevas são indizivelmente más – v. 12 – A indústria pornográfica, os estúdios de Holywood
explodem em sucesso porque promovem o proibido, escancaram o que é sujo e podre.
• O pecado não pode ficar oculto diante da luz – v. 13
• O versículo 14 é uma conclusão natural. A nossa condição anterior em Adão é vividamente descrita em
termos de sono, de morte e de trevas, sendo que Cristo nos liberta de tudo isso. A conversão é nada menos do
que despertarmo-nos do sono, ressuscitarmos dentre os mortos, e sermos trazidos das trevas para a luz de
Cristo.

III. ANDAR EM SABEDORIA – v. 15-17

• Paulo apresenta várias razões para andarmos de forma sábia: 1) A vida é curta – v. 16a; 2) Os dias são maus
– v. 16b; 3) Deus nos deu uma mente – v. 17a; 4) Deus tem um plano para as nossas vidas – v. 17b
• Os versos 15-17 definem o andar da sabedoria em dois pontos:
a) Primeiro, as pessoas sábias tiram o maior proveito do seu tempo – O verbo “remir” é comprar de
volta. Significa aqui tirar o maior proveito do tempo. “Tempo” refere-se a cada oportunidade que passa.
Certamente as pessoas sábias têm consciência que o tempo é um bem precioso. Todos nós temos a mesma
quantidade de tempo ao nosso dispor: com 60 minutos por hora e 24 horas por dia. As pessoas sábias
empregam o seu tempo de forma proveitosa. Ilustração: 1) Aviso: “PERDIDAS, ontem, nalgum lugar entre o
nascer e o pôr do sol, duas horas de ouro, cada uma cravejada com sessenta minutos de diamente. Nenhuma
recompensa é oferecida, pois foram-se para sempre!”
2) “RESOLVIDO: nunca perder um só momento de tempo mas, sim, tirar proveito dele da maneira mais
proveitosa que eu puder!” Jonathan Edwards.
3) Os gregos representavam a oportunidade como um jovem com asas nos pés e nas costas, com longo cabelo
na fronte e calvo atrás.
b) Segundo, as pessoas sábias discernem a vontade de Deus – v. 17 – O próprio Jesus orou: “Não se
faça a minha vontade, e, sim, a tua” (Lc 22:42) e nos ensinou a orar: “Faça-se a tua vontade, asssim na terra
como no céu” . Nada é mais importante na vida do que descobrir e praticar a vontade de Deus. A coisa mais
importante na vida é estar no centro da vontade de Deus. Exemplo: Ashbell Green Simonton.

CONCLUSÃO

• Como você avalia a sua vida à luz do texto de Efésios 5:1-17?


a) Você tem imitado a Deus quanto ao amor sacrificial?
b) Você tem fugido da impureza sexual?
c) Você tem fugido dos pecados da língua?
d) Você tem reprovado o que é errado em sua vida e na vida das outras pessoas?
e) Você tem produzido frutos luminosos?
f) Você tem aproveitado as oportunidades?
g) Você está vivendo no centro da vontade de Deus?

Rev. Hernandes Dias Lopes


A PRESENÇA DE DEUS, A MAIOR NECESSIDADE DA IGREJA
Data: 18-02-2009
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Referência: Êxodo 33.1-23

INTRODUÇÃO

1. A maior necessidade da igreja não é das bênçãos de Deus, é de Deus. O Deus das
bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus. A igreja contemporânea mudou a sua
ênfase. A pregação moderna diz que o fim principal do homem é glorificar a Deus, mas
o fim principal de Deus é glorificar o homem. O evangelho moderno ensina que é Deus
quem está a serviço do homem e não o homem a serviço de Deus. O foco mudou. Não é
mais Deus que é a medida e o fim de todas as coisas, mas o homem que é a medida de
todas as coisas.
2. Hoje o homem trocou Deus pelas dádivas de Deus. As pessoas querem a salvação e
não o salvador. Querem os dons e não o doador. Querem coisas e não Deus.
3. No passado, a presença de Deus era a coisa mais importante que o povo de Deus
buscava. Deus apareceu para Moisés no deserto numa sarça. A glória de Deus se
manifestou e Moisés caiu com o rosto em terra. A presença de Deus revelou-se poderosa
no Egito e quebrou o poder dos deuses e o orgulho de Faraó.
4. O povo foi liberto pelo sangue do Cordeiro e protegido pela presença de Deus na
coluna de fogo e na coluna de nuvem. A nuvem era o símbolo da presença de Deus. A
presença de Deus dava direção de dia e proteção à noite.
5. Mas, houve um dia em que a presença de Deus foi embora do arraial de Israel. O
povo pecou e o pecado faz separação entre nós e o nosso Deus. A maior tragédia do
pecado é que ele afasta de nós a presença de Deus. 1) Deus disse para Josué que não
seria mais com o povo enquanto houvesse pecado no arraial de Israel; 2) Quando os
filhos de Eli pecaram contra Deus, a arca, símbolo da presença de Deus foi roubada e a
glória de Israel, a presença de Deus, se apartou do povo; 3) No tempo de Ezequiel a
glória de Deus se afastou da cidade, do templo, do monte e o povo foi levado ao
cativeiro.

I. A SUPREMA IMPORTÂNCIA DA PRESENÇA DE DEUS NA IGREJA

• A igreja necessita desesperadamente da presença de Deus. Nossas vidas serão vazias,


nossos cultos sem vida, nossas músicas sem unção e nossas mensagens mortas se Deus
não estiver presente. Muitas vezes, confundidos a onipresença de Deus com a presença
manifesta de Deus. Deus está em toda parte, mas Deus não está em toda parte com a sua
presença manifesta. Quando Deus está entre o seu povo isso é notório, como quando
Jacó acordou em Betel.
• Muitas vezes nós falamos para as pessoas que Deus está entre nós. Elas vêm e não
vêm Deus. Elas então chegam à conclusão que fazemos propaganda enganosa. Dizemos
que tem pão na casa do pão, mas só temos fornos frios, prateleiras vazias e receitas de
pão.
• Quando Deus se agrada de nós, podemos dizer como Josué e Calebe: “Se o Senhor se
agradar de nós, podemos.”

II. O PECADO AFASTA A PRESENÇA DE DEUS DO MEIO DO SEU POVO

1. A impaciência levou o povo a buscar outro deus


• Arão fez um bezerro de ouro e eles passaram a adorar esse deus (32:4). Entregaram-se
à prática ostensiva de pecado, bebedeira, danças. Rebelaram-se contra Deus.
Abandonaram a Deus e depressa se desviaram do seu caminho. Por terem abandonado a
Deus e se curvado diante de um ídolo, imediatamente sucumbiram na decadência moral.
• Arão cede à pressão do povo para se desviar (32:22-23) e depois usa uma
racionalização descabida (32:24).

2. O pecado provoca a ira de Deus contra o seu próprio povo


• “Moisés disse: Quem é do Senhor venha a mim” (32:26). Há os que andam com Deus
e os que andam segundo os seus próprios corações. Deus intentou destruir o seu povo e
começar uma nova nação. Mas Moisés intercedeu pelo povo e Deus o poupou. Mas
Deus disse eu não irei mais convosco (33:3).
• Essa é a maior tragédia que pode acontecer ao povo de Deus: é Deus se afastar dele.
Se Deus é por nós, quem será contra nós, mas e se Deus não for consoco?
• Deus disse que iria se retirar e se retirou. A nuvem desapareceu. A coluna de fogo
sumiu. Os sinais visíveis da presença de Deus desapareceram. A igreja está fraca e seus
membros caindo nos mesmos pecados do mundo, porque não vivem na presença de
Deus. Amam o mundo, porque não deleitam na sublimidade do conhecimento de Cristo.
Têm prazer nos banquetes do mundo, porque não têm fome de Deus. Conhecem a
respeito de Deus, mas não a Deus.

III. A NECESSIDADE DE DIAGNOSTICAR A CAUSA DO AFASTAMENTO DA


PRESENÇA DE DEUS

1. Os filhos de Israel se arrependeram – v. 4


• Eles odiaram o que tinham feito. Desprezaram-se por isso. Compreenderam que
haviam trazido tragédias sobre suas cabeças. Compreenderam a gravidade do seu
pecado diante de Deus.
• O pecado traz vergonha e opróbrio sobre nós. O pecado ofende a santidade de Deus. O
pecado provoca a ira de Deus. Quando o povo redimido de Deus se rebela e peca contra
Deus, isso é uma calamidade.
• Hoje temos uma visão superficial da malignidade do pecado. Estamos nos
acostumando com o pecado. Nem mesmo sentido saudade de Deus. Não sentimos fome
de Deus. Nem todamos que a glória de Deus se apartou de nós. Nem sentimos falta da
presença de Deus entre nós.

2. Precisamos ter consciência que é por causa do pecado que Deus está se retirando do
meio do seu povo
• O Deus que fizera milagres tremendos, arrancando-os com mão poderosa do Egito,
triunfando sobre seus deuses, sobre Faraó e seus cavaleiros, abrindo o Mar Vermelho,
não estava mais com eles. Isso os encheu de desalento. Isso os alarmou e os levou a
prantear (33:4).
• Não há nada mais sério do qeu estar sem a presença de Deus.
• As bênçãos de Deus sem o Deus das bênçãos não têm valor. Canaã sem Deus não tem
valor. A terra que mana leite e mel sem Deus não tem valor. A posse da terra sem Deus
não tem valor. A comunhão com Deus é a própria essência da vida eterna (Jo 17:3).
• A igreja pode ter prosperidade, influência, dinheiro, influência na sociedade, mas Deus
está presente? Sua glória está entre nós? Canaã não nos interessa sem Deus. O que
precisamos mais do que a água para matar a nossa sede é da presença de Deus: “A
minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42:1).

3. Se queremos a presença de Deus em nossa igreja, precisa ter coragem para romper
com tudo aquilo que nos afasta de Deus – v. 4-5
• Foram esses adornos que os havia levado à queda. A simples lembrança era odiosa.
Deus disse: Despojem-se deles e eles o fizeram. Se queremos a presença de Deus,
precisamos nos despojar de coisas que ofendem a santidade de Deus. Deus disse para
Jacó: tira as roupas contaminadas, lave as mãos sujas e jogue fora os ídolos. Deus disse
para Josué: tire as coisas contaminados do arraial. Elias removeu o baal que se
enterpunha entre o povo e as torrentes do céu.
• Precisamos chorar pelo pecado e abandonar o pecado.

IV. NADA PODE SUBSITUIR A PRESENÇA DE DEUS NO MEIO DA IGREJA

1. Deus prometeu ao povo enviar o seu Anjo – v. 2


• É uma coisa maravilhosa ter o anjo do Senhor acampado ao nosso redor. Eles são
ministros de Deus em nosso favor. Mas Moisés queria Deus, e não apenas o anjo de
Deus. Não há substitutos para a presença de Deus no meio da igreja.

2. Deus prometeu a eles vitória – v. 2


• Deus prometeu a eles desalojar os povos da terra. Eles teriam vitória contra os seus
inimigos, mas não comunhão com Deus. E Moisés não queria apenas vitória, ele queria
Deus. Ele não queria apenas bênçãos, ele queria o abençoador. Canaã, sem Deus é terra
estranha. Nada substitui Deus em nossa vida.

V. COMO BUSCAR DE VOLTA A PRESENÇA DE DEUS NO MEIO DO POVO

1. Moisés sente o fardo e retira-se para orar – v. 7


A restauração da igreja começa quando os líderes sentem sobre si o fardo da oração. A
restauração da igreja começa quando alguém rompe o estado de letargia e começa a
buscar a Deus em oração. Foi assim na história. Sempre que um homem, um grupo se
consagrou à oração e começou a buscar a Deus fervorosasmente, houve restauração.
Sem oração a igreja não tem poder. Sem oração os corações não se derretem. Sem
oração, a skekiná da glória de Deus não desce sobre o povo.

2. Não basta apenas, deixar o pecado, é preciso ansiar ardentemente pela volta da
presença de Deus – v. 7-8
• Moisés estava ansioso para que a presença de Deus retornasse. Assim, ele estabeleceu
um lugar de oração. Ele não pressionou. Era espotâneo (33:7): “Todo aquele que
buscava ao Senhor saia à tenda da congregação”. Nem todos foram à tenda da
congregação. Mas houve pessoas que sentiram o mesmo fardo que Moisés sentiu e
foram buscar a presença de Deus.
• É importante notar que eles não se contentaram em orar em suas próprias tendas. Eles
tinham um lugar específico para se reunirem em oração. Precisamos nos reunir para
orar. A igreja primitiva orava nos lares e também no templo.
• Outros não foram à tenda para orar, mas viram os que tinham fome da presença de
Deus entrando na tenda (33:8). Não espere que toda a igreja venha orar. Venha você e
verá que todos serão impactados.

3. Como Moisés orava?


a) Moisés buscava a Deus continuamente (33:7) – Ele era um homem de oração. Ele
costumava tomar a tenda e armá-la para si fora do arraial. Mesmo diante da crise
espiritual do povo, ele mantinha a sua vida íntima de oração.
b) Deus falava com Moisés face a face (33:11) – Moisés tinha intimidade com Deus. Na
oração, não somente Moisés falava com Deus, mas Deus também falava com Moisés.
Oração não é um monólogo, mas um diálogo com Deus.

4. Por que Moisés orava?


a) Ele quer conhecer a Deus na intimidade (33:13) – Rogo-te que me faças saber neste
momento o teu caminho, para que te conheça e ache graças aos teus olhos.
b) Ele quer restabelecer a honra da igreja (33:13) – “E considera que esta nação é o teu
povo.”
c) Ele quer mais de Deus para a sua vida e para o seu povo – (33:11) – “Então voltava
Moisés para o arraial, porém o moço Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava
da tenda.”
d) Ele quer ver a glória de Deus – (33:18) – “Então, ele disse: “Rogo-te que me mostres
a tua glória.”

VI. A PRESENÇA DE DEUS VOLTA SOBRE O SEU POVO

• Quando Moisés se separou para buscar a Deus e o povo também foi buscar a Deus, a
nuvem da presença de Deus veio sobre a tenda da congregação (33:9).
• Quando a presença de Deus veio sobre a tenda, o povo começou a adorar a Deus nas
suas tendas (33:10).
• A oração muda as coisas. Deus havia dito que sua presença não iria com o povo (33:2-
3). Mas, quando o povo se arrependeu e orou e buscou a Deus, Deus disse: “A minha
presença irá contigo, e eu te darei descanso” (33:14).
• Quando a presença de Deus é restaurada, o povo quer mais de Deus (33:11).
• Quando a presença de Deus é restaurada, desejamos ansiosamente ver a glória de Deus
(33:18).

CONCLUSÃO

• O sinal da presença de Deus que tinha ido embora, volta. A igreja é restaurada quando
há uma manifestação da presença de Deus em seu meio. Há uma nova vitalidade. A
adoração torna-se viva. As orações fervorosas. Quando a coluna de nuvem cobre a
tenda, os corações se dobram nos lares.
• A glória de Deus foi manifestada em Jesus. “E o verbo se fez carne e habitou entre
nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”
(Jo 1:14). E ele prometeu: “Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação do
século” (Mt 28:20). Jesus está aqui. Ele está entre nós. Ele está em nós. Adoremo-lo!

Rev. Hernandes Dias Lopes

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