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… continuação
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Nota do Autor
«O Homem que Tinha uma Árvore na Cabeça» não é um livro sobre ciência, embora
nele se fale de três cientistas: João Kepler, Tycho Brahe e Isaac Newton. Os dois primeiros são
contemporâneos, ou seja, viveram na mesma época. O terceiro, dos três o mais célebre, nasceu
doze anos depois da morte de Kepler. Que cientistas foram estes? Tycho Brahe nasceu em
Knudstrup, na Dinamarca, em 1546, e morreu em Praga em 1601. Rico e dedicado ao estudo da
astronomia, ajudou Kepler nos momentos difíceis da sua vida e apontou-lhe o caminho para o
que viria a ser a Lei sobre o Movimento dos Planetas.
Johannes (João) Kepler nasceu perto de Weil, Wurttemberg, na Alemanha, em 1571,
e morreu em Regenburg, também na Alemanha, em 1630. Teve uma vida que a doença, a
pobreza e a guerra tornaram muito dura, mas nunca deixou de estudar e de trabalhar. Sem as
conclusões científicas a que chegou, nunca Isaac Newton teria enunciado o Princípio da
Atracção Universal, que provocou uma verdadeira revolução na Física e na relação do Homem
com a Natureza e com o Universo.
Isaac Newton nasceu em Woolsthorpe, Inglaterra, em 1642, e morreu em Kensington,
Inglaterra, em 1727. Alcançou, com o seu trabalho como matemático, físico e astrónomo,
popularidade e fortuna, sendo considerado um dos génios do pensamento científico. Formulou a
teoria da composição da luz branca, descobriu as Leis da Atracção Universal e, ao mesmo
tempo que Leibniz, achou as bases do Cálculo Diferencial.
Quando se fala do episódio da «maçã de Newton», referido também no fim desta
história, dá-se como verdadeiro o seguinte: um dia o cientista terá visto cair uma maçã,
concluindo que o movimento da Lua se podia explicar por uma força da mesma natureza.
Estendeu essa teoria aos planetas do sistema solar e os cálculos que fez permitiram-lhe
confirmar as leis anteriormente enunciadas por Kepler.
A pequena história que vos quis contar, se alguma coisa tenta dar a ver, é que os
grandes avanços na história da ciência e na vida da humanidade resultaram sempre da soma de
esforços, trabalhos, sonhos e lutas de homens e mulheres que, em muitos casos, nem sabiam da
existência uns dos outros. Havia somente um fio a uni-los: o da inteligência e o da capacidade
de sonhar.
Ao falar de Kepler, Brahe e Newton nada quis ensinar ou explicar. Tentei apenas
contar uma história inventada (Arbóreo nunca existiu) em que também há lugar para figuras
reais, por sinal três cientistas. O resto é poesia, imaginação, gosto de inventar. Inventem, vocês
também, outras histórias a partir desta. As histórias melhores são sempre as que abrem portas
para outras histórias. E já agora, espero que a leitura de «O Homem que Tinha uma Árvore na
Cabeça» crie em vós o interesse pelas coisas da ciência. E também pelas da literatura.
FIM