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Abstract: The family mediation encourages to the open communication and the
exercise of the solidarity, seeking of the persons to the mutual comprehension of the
distinct realities, diminishing the traumas that can happen of conflicts generated by the
differences. The persons, through the supportive and cooperative dialogue instituted by
the mediation, learn how inside the family it negotiate peacefully its differences,
participating actually of the decisions. Many times the persons are of such resentful
way that are going to visualize nothing of good in the transcript of the relationship
between them. The mediation stimulates, by means of dialogue, the rescue of the
common objectives that can exist between the individuals that are living the problem.
1. Introdução
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Aluno da Graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará.
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ridiculariza os que buscam preservar a idéia da família tradicional, uma família que não
tolera a evolução moderna, que está tomada pela triste síndrome de casa-separa, separa-
casa.
Diante desse cenário desenhado pela sociedade moderna, vemos necessário
começar a trabalhar para reverte esse quadro, trago como orientação para sanar-mos a
presente situação, a Mediação Familiar.
Mediação é o meio extrajudicial de resolução de conflito, onde um terceiro é
chamado para encaminhar as partes a chegarem a uma solução ou acordo. As partes são
conduzidas a realizar os seus acordos, sem que haja uma interferência real do mediador,
demonstrando que a resolução da controvérsia será sempre das partes.
Segundo entendimento da advogada Daniele Ganancia:
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2. Família
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3. Mediação de Conflitos
2
Família e casamento em evolução. in Revista Brasileira de Direito de Família, p. 7.
3
PINTO, Ana Aélia Roland Guedes. O Conflito Familiar na justiça – Mediação e os exercício dos papéis.
Revista dos advogados. São Paulo, n.64, mar. 2001.
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de pessoas envolvidas num conflito”. Vale lembrar que quando se fala em acordo, faz-
se referencia a um acordo justo, fruto da boa administração do impasse e não apenas a
uma avença que evite a demanda judicial. Como explica Lilia Maia de Morais Sales, “ o
acordo é a conseqüência do diálogo honesto e a mediação instrumento que possibilita
essa comunicação.
Sobre o conflito assinala Milard Zhaf Alves Lehmkuhl:
(...) os conflitos interpessoais devem ser visto de forma positiva, como uma
transição aprimoradora, como um ciclo de reciclagem, pelo qual as pessoas
estão se renovando constantemente, através da adequação pessoal com o
meio coletivo em que vivem, fato este que traria uma maior satisfação social,
posto que, mesmo tendo que passar pelos citados conflitos, através de sua
visão não negativa deste, as pessoas compreenderiam o caráter transitório e
necessário dos mesmo, vindo por fim a aceita-los e compreende-los,
facilitando deste modo a sua resolução.
(...) embora se possa ter a visão negativa do conflito, como algo ameaçador
ou destrutivo, é possível, ao contrário, ter uma visão positiva dele. Quando
entendido como possibilidade de crescimento e mudança, torna-se a base a
partir da qual são geradas soluções participativas, criativas e satisfatórias.
4. Mediação Familiar
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para os problemas dessa natureza, a própria vontade das partes consiste em uma
verdadeira justiça.
A respeito do assunto, a autora Maria Nazareth Serpa aduz que:
A autora Danièle Ganância afirma que “Os conflitos familiares, antes de serem
conflitos de direito, são essencialmente afetivos, psicológicos, relacionais, antecedidos
de sofrimento.” Logo, para uma solução eficaz, é importante a observação dos aspectos
emocionais e afetivos.
O Poder Judiciário, cuja função precípua é aplicar o direito ao caso concreto, é
capaz de solucionar os conflitos de natureza familiar de forma adequada, desde que sua
estrutura favoreça o diálogo. Nos dias atuais, entretanto, a burocracia, o excesso de
demandas e a morosidade de seus procedimentos dificultam a solução dos conflitos
familiares de forma satisfatória pelo aludido Poder.
Várias iniciativas comprovam que alguns membros do Poder Judiciário já estão
instituindo medidas para introduzir o diálogo pacífico, objetivando a consecução de
acordos mutuamente satisfatórios. Alguns juízes e tribunais estão inclusive utilizando
técnicas de mediação para resolver os conflitos. Destaca-se a iniciativa do Tribunal de
Justiça de Santa Catarina, que já utiliza a mediação familiar desde 2001, bem como dos
Tribunais dos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, além do Distrito Federal.
Nesse sentido, necessário se faz a utilização de outros métodos de composição
de conflitos que tratem das questões familiares de modo eficaz, a exemplo da mediação.
Note-se que a mediação adequa-se aos conflitos familiares, apresentando-se
como uma eficiente técnica de resolução de controvérsia, proporcionando, em tempo
adequado, um intenso tratamento dos problemas e facilitando a continuação do
relacionamento entre as partes por meio do diálogo e da mútua compreensão.
Consoante o Projeto de Lei que tramita no Congresso Nacional, é permitida a
mediação em toda matéria que admita conciliação, reconciliação, transação ou acordo
de outra ordem. Desse modo, a mediação pode ser utilizada nos mais diferentes tipos de
conflitos, tais como: questões cíveis, familiares, comerciais, escolares, de vizinhança,
ambiental e conflitos provenientes de relações de consumo.
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c) Separação de bens;
e) Partilha de bens;
V - Conclusão:
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6. Referências
BIASOTO, Lilia Godau dos Anjos Pereira. De que vítimas estamos falando? Situações
de violência em relacionamentos conjugais. In: MUSZKAT, Malvina Ester (org).
Mediação de conflitos: pacificando e prevenindo a violência. São Paulo: Summus,
2003.
POUJOL, Jacques. Conflitos: origens, evolução e suspensão. São Paulo: Vida, 2005.
SALES, Lilia Maia de Morais. Justiça e mediação de conflitos. Belo Horizonte: Del
Rey, 2003.
SALES, Lília Maia de Morais. Mediare: Guia Prático mediadores. 2. ed. Fortaleza:
Universidade de Fortaleza, [s.d].
SERPA, Maria de Nazareth. Mediação de Família. Belo Horizonte: Del Rey, 1999.
ZEGER, Ivone. Como a Lei Resolve Questões de Família. São Paulo: Mescla, 2007.
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