Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
~-_.-."' ..--
Fui presente:------
A Terêsa Nóbrega
Procuradora Geral do . istério Público Especial Junto ao Tribunal
mgsr
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
PROPOSTA DE DECtSÃO
Acerca das restrições apontadas pela Auditoria, após o contraditório, carecem ser
ponderados os seguintes aspectos:
1. Realmente o gestor deixou de realizar os procedimentos Iicitatórios para despesas
com a contratação de seguro de veículos, aquisição de materiais de construção,
consumo e de medicamentos (fls. 1394), no total de R$ 40.132,65,
correspondendo a 4,90% da despesa licitável do exercício ou 0,65% da Despesa
Orçamentária Total, percentual bastante irrelevante de modo a não macular as
contas prestadas, mesmo assim a falha é merecedora de reprimenda com a
imposição de multa, que, neste caso, não tem caráter de sanção, mas pedagógico
com vistas a que tal não se repita;
2. Merece ser desconsiderada a restrição referente às obrigações patronais devidas
pelo empregador tidas como não reconhecidas nem pagas, no valor de
R$ 791.621,14, visto que calculadas por estimativa, a partir de percentual aplicado
sobre a folha de pessoal, método que não se reveste da precisão necessária que
este tipo de glosa requer, tanto que, em conseqüência dela, gera-se reflexos
negativos nas contas prestadas e na emissão do parecer;
3. Ao tratar a Auditoria da irregularidade que rotulou como "retenções devidas pelos
servidores e não recolhimento de valores correspondentes às contribuições ao
INSS", norteou a sua análise tendo em vista dois pontos: primeiro, quanto às
obrigações patronais que não foram reconhecidas nem pagas ao INSS, no valor
estimado de R$ 791.621,14, matéria já verificada no item anterior e, segundo, com
base em documentos do SAGRES (fls. 573/574), apontou retenção e não
recolhimento de contribuições previdenciárias ao INSS, no valor de R$ 136.202,021
(fls. 597). Sobre este último questionamento, fez-se incluir, nos autos, Termo de
Parcelamento de Dívida Fiscal - TPDF (fls. 694/698), firmado em 15 de maio de
2007, abrangendo dívidas desde dezembro de 2001 até dezembro de 2.006,
inclusive, constando no SAGRES, recolhimento de duas parcelas no valor de R$
20.000,00, cada uma, contribuindo, desta forma, para afastar a restrição naquele
teor. Todavia, se os valores apurados pela Auditoria não são coincidentes com os
calculados pela Receita Federal do Brasil, a esta deve a matéria ser remetida para
as providências que entender necessárias;
4. A divergência entre o saldo conciliado e o saldo apurado pela Auditoria, no total de
R$ 60.872,05, correspondeu a diferença "a maior" na conta do FUNDEF, que não
trouxe nenhum prejuízo ao erário, representando apenas pagamentos feitos com
outros recursos do município, contabilizados indevidamente no SAGRES como
tendo sido pagos pelo FUNDEF;
1 Diferença apurada entre as Consignações - INSS (Receita-Extra, fls. 573), R$ 270. 23, ,e
(Despesa-Extra, fls. 574), R$ 134.321,30, perfazendo um saldo de R$ 136.202,02 (fls. 597
\M.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO