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PROCESSO:TC- 02.368/06
Administração direta. PRESTAÇÃO DE
CONTAS ANUAL do PREFEITO MUNICIPAL
de CAMPINA GRANDE, relativa ao exercício
de 2005. PARECER FAVORÁVEL À
APROVAÇÃO DAS CONTAS. Aplicação de
multa e outras providências.
RELATÓRIO
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Saúde, no valor de R$ 370.000,00;
2.07.2.5. Incorreção do valor informado na receita de aº~~aSf91 de
bens de capital; oi'" ~
2.07.3. Do Secretário de Administração:
2.07.3.1. Inexistência de registro analítico dos bens e caráter °
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de contratos por excepcional
interesse público em vigor no exercício de 2005;
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Auditoria: Não há prova documental de qualquer das
afirmações feitas pelo denunciante.
7.03.4. Denunciante: Orientado pelo Vice-Prefeito, o Sr. Luciano
Arruda Silva apresentou previamente a documentação e foi
habilitado a participar do pregão, sem que se tenha questionado
a capacidade técnica do licitante. Foi ainda orientado a baixar os
preços até que os outros licitantes desistissem, não importando
se a proposta se tornaria inexeqüível. O Vice-Prefeito teria dito
que tudo o que acontecia estaria previamente combinado com o
Prefeito Veneziano Vital. Auditoria: Não há necessidade de se
solicitar qualificação técnica para o fornecimento desse tipo de
material. Quanto à inexequibilidade dos valores da proposta
vencedora, não houve proposição de recursos administrativos no
certame.
7.03.5. Denunciante: Os pagamentos referentes às notas fiscais nO 002
e 006 foram efetuados antes da entrega do material. Auditoria:
Segundo as informações contidas nos autos, houve o regular
processamento da despesa. A Auditoria pediu informação sobre o
ingresso das mercadorias ao Fisco Estadual, mas aquele órgão
descreveu as dificuldades de coletar as informações solicitadas,
encaminhando apenas cópias das notas fiscais respectivas.
7.03.6. Denunciante: Afirma que a Sra. Anna Loureiro (Presidente da
CPL) teria declarado estar bastante preocupada com esse
processo licita tório e que o Prefeito Municipal também estaria
"sem dormir" pensando no assunto. O Vice-Prefeito teria então
sugerido a criação de uma empresa fantasma. Dias depois um
aditivo foi assinado pelo Prefeito, majorando o contrato para R$
133.725,20. Auditoria: Sobre a preocupação da equipe de
governo municipal, classificou as informações como boatos,
insuscetíveis de serem apurados. Quanto ao termo aditivo, a
alteração se deu por uma divergência no orçamento básico
quanto à unidade de mensuração do zinco nO 09 (metro e não
quilograma), o que teria resultado no aumento de R$ 9.600,00,
devendo ser franqueada a oportunidade de defesa para que o
gestor justifique a alteração contratual.
7.03.7. Denunciante: O Sr. Luciano Arruda Silva declarou que, ao
receber o primeiro cheque foi obrigado a entregar R$ 4.000,00
ao filho do Vice-Prefeito, tendo este entregado a soma ao Vice-
Prefeito. Informou, ainda, que era usual o pagamento de parte
da quantia ao Vice-Prefeito Municipal sobre todos os pagamentos
recebidos da Prefeitura. Quanto às notas fiscais de 12 a 17, o Sr.
Luciano Arruda Silva disse que não entregou nenhum dos
materiais. Auditoria: Não há prova sobre nenhuma das
alegações do denunciante. Quanto aos pagamentos, não há
registro no SAGRESapenas quanto às notas fiscais 16 e 17.
7.03.8. Denunciante: O Sr. Thiago Cristófanes Soares Santos dec ar
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que empregados da loja do Vice-Prefeito exercem c rg s
comissionados na Prefeitura Municipal e apenas recebem salario,
sem prestar serviços e informou ainda serem verdadeiras todas
as declarações do sr. Luciano Arruda Silva. O filho do ViC~
Prefeito, conhecido por Netinho, fabricaria as licitações dO.
Programa Fome Zero. Auditoria: Segundo documento às flS'
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331/332, o declarante informou, através de escritura pública
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VOTO DO RELATOR
Gestão fiscal
A instrução processual evidenciou déficit orçamentário ao final do exercere,
deixando clara a existência de desequilíbrio entre receitas e despesas orçamentárias.
Quanto aos Relatórios de Gestão Fiscal exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, a
Auditoria verificou incongruências na informação sobre a dívida consolidada em relação à
PCA. Assim, as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal foram apenas parcialmente
atendidas, cumprindo a esta Corte recomendar à Administração Municipal a estrita
observância àquele diploma legal.
Cabe ainda fazer menção à sugestão da Auditoria (fls. 4194) no sentido de que o
gestor providencie a publicação dos REO e RGF de forma a garantir o mais amplo acesso
da população aos demonstrativos.
Gestão Geral
No município de Campina Grande, desde a gestão anterior, a ordenação de
despesa é partilhada com os Secretários Municipais. Tal procedimento já foi adotado nas
tas referentes aos exercícios de 2002, 2003 e 2004 e deve ser repetido no exer~í io
ora em análise.
A Auditoria procedeu à repartição da responsabilidade pelas falhas detectadas s
1
autos, individualizando as atribuídas ao Prefeito Municipal e aos Secretários Municipais.
anto a estes últimos, a apuração se dará nas prestações de contas referentes a cada
Secretaria, em autos próprios, em que serão exercidos o contraditório e a ampla defesa .
.for essa razão, foram debatidas no presente processo apenas as irregularidades sob a
responsabilidade do Prefeito Municipal, sem a notificação dos demais agentes públicos
citados.
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Considerando todos esses fatos e ainda que os créditos abertos não foram
efetivamente utilizados, entendo que a falha não deve repercutir negativamente nas
contas prestadas, mas deve fundamentar a aplicação de multa e ensejar as
recomendações de estrita observância às normas constitucionais e legais pertinentes.
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Municipal, vencidas as tentativas de composição com a Câmara Municipal, a adoção de
medidas judiciais adequadas para que o Poder Judiciário decida acerca da matéria. Mas a
observação técnica sobre o assunto não constitui, a meu sentir, falha imputável a
O gestor não pode ser penalizado por fazer cumprir a Lei, recolhendo os tributos
municipais instituídos. Por outro lado, não cabe a este Tribunal o pronunciamento sobre a
constitucionalidade de lei em matéria tributária. Assim, mais uma vez assiste razão ao
Ministério Público Especial, no sentido de que seja recomendado ao Chefe do Poder
Executivo a adoção de medidas administrativas, a fim de adequar a legislação tributária
municipal aos ditames constitucionais, ou judiciais para provocar o Poder Judiciário a
manifestar-se, com a definitividade própria da coisa julgada, sobre a constitucionalidade
do diploma normativo municipal.
PROCESSO 4.835/05
O processo trata do Pregão Presencial 17/05, cuja autoridade homologadora
foi o Prefeito Municipal, objetivando a aquisição de equipamentos e materiais para
aplicação na construção de cisternas de placas do Programa Fome Zero. Ao processo foi
anexado o processo 6531/07 (denúncia do Presidente da Assembléia Legislativa, sr.
Deputado Arthur Paredes Cunha Lima).
Naqueles autos, após análise da Auditoria, o MPjTC opinou pela regularidade
do certame com assinação de prazo para apresentação do instrumento contratual
(fls. 216/217 daqueles autos).
Anexada a denúncia supracitada, a Auditoria procedeu à apuração dos fatos
narrados e concluiu, fls. 354/381, pela improcedência total da denúncia, em face dos
argumentos descritos anteriormente, sugerindo, ainda, a notificação da autoridade
competente para trazer informações adicionais sobre o certame. O prazo para
apresentação de defesa está em curso.
Sobre a denúncia, filio-me ao pronunciamento da Unidade Técnica por entender
que não foi encontrado qualquer fundamento nos fatos denunciados.
Documento TC 35/06
Essa denúncia foi encaminhada ao Tribunal de Contas nos primeiros dias de 2006
e, até a presente data, não havia sido apurada pela Auditoria. O documento não se fez
acompanhar das fotos e outros documentos que o denunciado menciona, razão pela qual
não é possível cogitar, em exame inicial, sobre a possibilidade de que sejam verídicos
seus fundamentos. tr.~
Entendo ainda que não é razoável a paralisação das contas ora em análise par~
que se apure a denúncia, sendo recomendável a instrução do assunto em autos
apartados.
Processo TC 7.264/06
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PARECER DO TRIBUNAL
Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO TC-02.368j06, os MEMBROS
do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA (TCE-Pb), na sessão realizada
nesta data, com a declaração de impedimento do Conselheiro Fábio Túlio
Filgueiras Nogueira, decidem:
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1. À UNANIMIDADE:
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a. Emitir e encaminhar à Câmara Municipal de Campina Grande
parecer favorável à aprovação das contas prestadas pelo sr.
Veneziano Vital do Rego Segundo Neto, Prefeito Municipal de
Campina Grande, relativas ao exercício;
b. Declarar o atendimento parcial às exigências da LRF;
c. Determinar a extração de cópias dos contratos anexados aos
autos para fins de análise pela divisão competente e
apreciação pelo órgão fracionário desta Corte;
d. Formalizar processo para apurar o teor da denúncia veiculada
pelo Documento TC35/06.
e. Formalizar processos de prestação de contas dos Secretários
Municipais.
f. Recomendar à atual Administração municipal no sentido de
que:
i. Guarde a mais estrita observância às normas
constitucionais e legais de finanças públicas, notadamente
as pertinentes à autorização e abertura de créditos
adicionais e às exigências da Lei de Responsabilidade
Fiscal;
ll; Adote providências para aperfeiçoar as rotinas
administrativas, de forma a não obstaculizar o exercício da
fiscalização e evitar as incorreções de registro contábil
verificadas nos autos;
iH. Adote as providências cabíveis quanto à compensação de
valores devidos pela Câmara Municipal em face do
pagamento de obrigações previdenciárias, bem como para
obter provimento judicial sobre a constitucionalidade da
Lei 3.633/98.
2. À MAIORIA, aplicar multa ao Sr. VENEZIANOVITAL DO REGOSEGUNDO
NETO,no valor de R$ 2.805,10 (DOIS MIL OITOCENTOS E CINCOREAISE
DEZCENTAVOS),com fundamento no art. 56, 11da LOTCE,assinando-lhe
o prazo de sessenta (60) dias, a contar da data da publicação do
Acórdão, para efetuar o recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta do
Fundo de FiscalizaçãoOrçamentária e Financeira Municipal, a que alude
o art. 269 da Constituição do Estado, a importância relativa à multa,
cabendo ação a ser impetrada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE),
em caso do não recolhimento voluntário;
Publique-se, intime-se e registre-se.
Sala das Sessões do TCE-Pb - Plenário Ministro João Ag ipin
João Pessoa, 30 de julho de 2008.