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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
299/300. ~ ~. •
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I Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; 11- as despesas nele leg ente emp hadas. "••.•
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
!PROCESSO TC 01437/04 IPág.3/51 I
Retornando os autos ao Parquet, este emitiu nova Cota, desta vez, pela Procuradora
Sheyla Barreto Braga de Queiroz, no sentido de que fosse procedida novel comunicação ao
Senhor José Sidney de Oliveira, ex-Prefeito Municipal, com Aviso de Recebimento, para seu
endereço residencial, pelo fato de não mais se encontrar à frente da Chefia do Poder
Executivo local.
Atendido o pedido do Órgão Ministerial, o interessado antes indicado deixou o prazo
transcorrer sem apresentação de qualquer defesa e/ou esclarecimentos.
Estes autos foram remetidos ao Parquet, para emissão de parecer, através da
representante ministerial antes nominada, pugnando, após considerações, pela:
1. IRREGULARIDADE da Prestação de Contas Anual do então Presidente do Instituto
de Previdência dos Servidores do Município de Princesa Isabel, Sr. Sebastião
Bezerra de Lima, relativa ao exercício financeiro de 2003;
2. APLICAÇÃO DE MULTA de multa pessoal, no valor de R$ 2.805,10 (dois mil
oitocentos e cinco reais e dez centavos), com fulcro o art. 56, I, 11, 111 e IV da Lei
Orgânica do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, ao gestor e, bem assim, ao
Prefeito à época, Sr. José Sidney de Oliveira;
3. RECOMENDAÇÃO à atual Direção do Instituto no sentido de cumprir
fidedignamente os ditames da Carta Magna, da Lei 4.320/64, da Lei 9.717/98,
Portaria MPAS 4.992/99 e demais legislações cabíveis à espécie mesmo que haja
disposição diversa em Lei Municipal e especialmente para cumprir as
determinações deste Tribunal, não sonegar informações solicitadas, não recolher
contribuições de pessoal em cargo comissionado ou função de confiança, salvo se
os que os exercem sejam efetivos e as gratificações incorporarem à remuneração
do servidor, registrar e executar o crédito que o Instituto de Previdência tem contra
o Município, realizar avaliação atuarial e regularizar a situação do Instituto de
Previdência perante o Ministério da Previdência e Assistência Social para obtenção
do Certificado de Regularidade Fiscal;
4. RECOMENDAÇÃO ao atual gestor do Município para que retenha as contribuições
dos servidores e recolha-as, assim como as contribuições patronais, e encaminhe
ao Legislativo Municipal projeto de lei adequando a previdência municipal à
legislação previdenciária nacional;
5. REMESSA de cópia pertinente dos autos ao Ministério Público Comum para fins de
apuração de indícios de possível cometimento de infrações penais e de atos de
improbidade administrativa pelo então gestor do Município de Princesa Isabel, Sr.
José Sidney de Oliveira.
As comunicações de praxe foram realizadas.
É o Relatório.
PROPOSTA DE DECISÃO
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TRIBUNAL
I
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DE CONTAS DO ESTADO
!PROCESSO TC 01437/04 IPág.4/5\ I
1. JULGUEM IRREGULARES as contas do gestor do Instituto de Previdência dos
Servidores de Princesa Isabel, Senhor Sebastião Bezerra de Lima, referente ao
exercício financeiro de 2003;
2. APLIQUEM multa pessoal à sobredita autoridade, no valor de R$ 2.805,10 (dois
mil e oitocentos e cinco reais e dez centavos), em virtude de grave infração a
preceitos e disposições constitucionais e legais, nos termos do artigo 56, inciso 11,
da LOTCE (Lei Complementar 18/93), a saber:
2.1. Inexistência de controle de dívida da Prefeitura para com o Instituto;
2.2. Ausência do envio de documentação solicitada por este Tribunal,
descumprindo o art. 42 da LOTCE;
2.3. Ausência de avaliação atuarial referente ao exercício de 2003;
2.4. Situação irregular com relação a vários critérios avaliados pelo MPAS;
2.5. Descumprimento do disposto no art. 352 da Lei 4.320/64;
2.6. Não aplicação dos recursos financeiros disponíveis.
3. CONCEDAM-LHE o prazo de 60 (sessenta) dias para o recolhimento voluntário
do valor da multa, sob pena de cobrança executiva, desde já recomendada,
inclusive com a interveniência da Procuradoria Geral do Estado ou da Procuradoria
Geral de Justiça, na inação daquela, nos termos dos parágrafos 3° e 4°, do artigo
71 da Constituição do Estado, devendo a cobrança executiva ser promovida nos
30 (trinta) dias seguintes ao término do prazo para recolhimento voluntário, se este
não ocorrer.
4. ASSINEM o prazo de 120 (CENTO E VINTE) dias tanto ao atual gestor do IPM de
Princesa Isabel quanto ao atual Chefe do Poder Executivo Municipal, para que
tomem as providências de modo a adequar a entidade às normas regedora da
matéria, inclusive quanto à regularização do Instituto junto ao Ministério da
Previdência Social, sob pena de multa e outras cominações legais aplicáveis à
espécie;
5. RECOMENDEM à atual administração do IPM de Princesa Isabel no sentido de
estrita observância às normas constitucionais e aos princípios administrativos que
regem a previdência social.
É a Proposta.
DECISÃO DO TRIBUNAL
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Fui presente: -hJL-..-i.._-';:~~:::::::::=:=:::----!J~:::::::::::::"'V"'"-=:--
Ana Têresa Nóbrega
Procur ora Geral do Ministério Público Especial Junto ao Tribunal
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