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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC N° 02140/06

Secretaria de Estado da Segurança e


Defesa Social - SEDS. Prestação de Contas
Anuais, exercício de 2005. Julga-se regular
com recomendações.

1.RELATÓRIO

Trata o presente processo da prestação de contas anuais da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa
Social - SEDS, relativa ao exercício financeiro de 2005, de responsabilidade do ex-secretárío Harríson
Alexandre Targino, a qual foi examinada pela Auditoria do Tribunal de Contas do Estado, em relatório, fls.
550/560, com as principais observações a seguir resumidas:

1. A prestação de contas foi encaminhada, ao Tribuna/, dentro do prazo /egal e devidamente instruida;
2. A Secretaria possui 08 unidades orçamentárias, a saber: Departamento Estadual de Trânsito -
DETRAN, Fundo Especial de Segurança Pública - FESP, Gabinete do Secretário, Superintendência
Geral da Polícia Civil, Academia de Polícia Civil, Núcleo Seccional de Informática, Instituto de Polícia
Científica e Conselho Estadual de Defesa dos Direitos do Homem e do Cidadão. Por terem
prestações de contas especificas, o DETRAN e o FESP não serão alvo de análise nesta prestação
de contas;
3. O orçamento, para o exercício em análise, foi aprovado pela Lei estadual n° 7.717, de 06 de janeiro
de 2005, com fixação de despesa geral no montante de R$ 89.368.000,00, sendo que, para as
unidades orçamentárias analisadas na presente prestação de contas, foram fixadas despesas da
ordem de R$ 43.477.000,00. No decorrer do exercício, foram abertos créditos adicionais, no total de
R$11.087.287,41;
4. Ao final do exercicio, o total da despesa emprenhada na SEDS importou em R$ 99.494.285,99, e
nas unidades orçamentárias, ora em análise, em R$ 51.034.799,12, correspondendo a 51,29% do
total da despesa empenhada, estando 17,38% acima do fixado no orçamento;
5. Do total das despesas empenhadas, ou seja, R$ 51.034.790,12, 95,36% (R$ 48.667.619,80) delas
foram destinadas à unidade orçamentária Gabinete do Secretário, a qual empenhou 79,40% na ação
Encargos com Pessoal Ativo (R$ 38.642.573,76) e 10,63% (R$ 5.172.070,33) na ação Planejamento,
Coordenação e Supervisão da Política de Segurança;
6. Do total da despesa empenhada, 98,46% (R$ 50.249.441,21) destinou a despesa corrente, e 1,53%
(R$ 785.357,91) a de capital, a qual foi totalmente custeada com recursos de convênio federal;
7. Quanto à receita, no exercício, em análise, a mesma totalizou R$ 4.899.900,08, sendo constituída
por receita tributária (30,21%), receita patrimonial (18,24%) e transferências correntes (51,55%). As
receitas tributárias decorreram das taxas de fiscalização e de serviços públicos, as quais foram
arrecadadas diretamente pela Secretaria da Receita e repassadas mensalmente à SEDS, no
entanto, tais recursos, por lei, pertencem ao FESP, os quais deveriam ser registrados como
orçamentários e como extra-orçamentários, como vem ocorrendo na PCA do FESP. Informa a
Auditoria que os extratos bancários referentes a estes recursos não foram encaminhados a Tribunal,
descumprindo o que dispõe a alínea "b" do inciso I do art. 2° da Resolução RN TC 08/04;
8. O demonstrativo de restos a pagar, fls.52/59, apontou um montante de R$ 7.823.198,18 inscritos no
exercicio, sendo que no exercício seguinte foram pagos R$ 7.525.891,80, e cancelados R$
297.306.38, não restando qualquer saldo a pagar;
9. As irregularidades apuradas foram as seguintes:

a. Não encaminhamento de fichas de acompanhamento de adiantamentos concedidos a


servidores, descumprindo o que determina a Resolução RN TC 09/97, sujeitando o gestor à
multa;
b. Emissão de notas de empenho de adiantamentos no SIAF sem a devida informação de se
tratar de suprimento de fundo, impossibilitando o acompanhamento por parte da
Controladoria Geral do Estado;
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c. Não envio, ao Tribunal, de um processo de inexigibilidade, descumprindo a Resolução RN


TC 06/02, sujeitando o gestor à multa;
d. Não envio dos extratos bancários das contas de arrecadação e dos convênios nos informes
mensais encaminhados ao Tribunal, descumprindo o que determina a Resolução RN TC
08/04, sujeitando o gestor à multa; e
e. Despesas realizadas sem o devido processo licitatório, no montante de R$ 81.694,50,
referentes à aquisição de bonés e coletes e peças para veículos.

Diante das irregularidades apontadas pela Auditoria, o ex-Secretário foi devidamente notificado, apresentando
justificativas e documentos de fls. 569/638.

A Auditoria, ao examinar a defesa, considerou elidida a falha relativa ao não envio do processo de
inexigibilidade de licitação ao Tribunal. Parcialmente elidida a falha relativa ao envio dos extratos bancários,
uma vez que, realmente, não cabe a SEDS o envio dos extratos das contas de arrecadação das taxas, no
entanto permanece o não envio dos extratos dos convênios nos informes mensais, uma vez que, seu envio
junto à defesa, é considerado intempestivo. Quanto às demais irregularidades, o órgão técnico manteve seu
entendimento.

o Processo foi encaminhado ao Ministério Público junto ao TCE-PB, que, através do Parecer n° 120/08, da
lavra da Procuradora Sheyla Barreto Braga de Queiroz, opinou pela regularidade com ressalvas da prestação
de contas, com recomendação ao atual titular da pasta, no sentido de melhor organizar sua contabilidade,
cumprindo, assim, fidedignamente, os preceitos da Carta Magna e demais legislações dispositivas sobre a
gestão pública e seus decursivos deveres.

2. VOTO DO RELATOR

Na ótica da Auditoria, as irregularidades remanescentes dizem respeito ao não encaminhamento, ao Tribunal,


das fichas de adiantamentos, emissão de NE de adiantamentos sem a devida informação de que se trata de
suprimento de fundos, não envio de extratos bancários de convênios firmados com o governo federal e
despesas não licitadas.

O não encaminhamento das fichas de adiantamento, o interessado apresentou cópias das mesmas em sua
defesa, que não foram aceitas pela Auditoria com o argumento apenas de que foram enviadas
intempestivamente. O Relator entende que a falha não compromete a PCA, até porque as análises dos
adiantamentos são feitas em processos específicos.

Em relação à emissão de notas de empenhos de adiantamentos sem a informação de que se trata de


suprimento de fundos, o interessado reconhece o engano, que considera erro involuntário do digitador, o qual
não causou prejuízo ao erário, com o qual o Relator concorda.

No que diz respeito aos extratos bancários relativos aos convênios federais, o interessado informou que os
mesmos estavam sendo encaminhados junto à defesa, os quais não foram aceitos pela Auditoria com o
argumento de que foram enviados intempestivamente. O Relator considera que a irregularidade não
compromete a PCA.

Quanto à falta de licitação, o Relator observou, conforme fI. 494, que as aquisições de bonés e coletes feitas
à firma Mvest Confecções e Comércio LIda, no total de R$ 23.984,50, ocorreram em três oportunidades, cujas
compras individuais estavam abaixo da necessidade de licitação. Em relação às aquisições de peças para
veiculas feitas em duas empresas, Adiesel, no total de R$ 24.838,00, e MB Autos Peças, no total de R$
35.872,00, conforme fls. 495/497, ocorreram ao longo do exercício, cujas aquisições individualizadas estavam
também abaixo da necessidade de licitação. Além do mais, não houve indicação por parte da Auditoria de
qual prejuízo ao erário.

Ante o exposto, o Relator vota no sentido que o Tribunal julgue regular a prestação de contas anuais da
Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social - SEDS, relativa ao exercício financeiro de 2005, de
responsabilidade do ex-secretário Harrison Alexandre Targino, com recomendação ao atual titular da pasta no
sentido de não repetir as falhas apontadas pela Auditoria.
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3. DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO

ACORDAM os membros do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, nesta sessão de julgamento, por
unanimidade de votos, em julgar regular a prestação de contas anuais da Secretaria de Estado da Segurança
e Defesa Social - SEDS, relativa ao exercício financeiro de 2005, de responsabilidade do ex-secretário
Harrison Alexandre Targino, com recomendação ao atual titular da pasta no sentido de não repetir as falhas
apontadas pela Auditoria.

Publique-se, intime-se e cumpra-se.


Sala das Sessões do TCE-PB - Plenário Ministro João Agripino.
João Pessoa, 23 de abril de 2008.

\
\.
11.~ g~
(~a Nóbrega
.r: ~
Procuradora Geral do
Ministério Público junto ao TCE/PB

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