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Ciência Espírita e Fenômeno UFO

José Marcelo Gonçalves Coelho, escritor convidado

Em 1854, o renomado pedagogo francês, Hippolyte Léon Denizard Rivail (1804-1869),


que mais tarde adotaria o pseudônimo Allan Kardec, recebia a visita do senhor Fortier, seu
amigo pessoal, que lhe falava sobre os fenômenos impressionantes que vinha presenciando.
Os objetos inanimados, como mesas, cadeiras e copos, ao influxo de um magnetizador se
movimentavam de um lado para outro; e mais, "falavam", por assim dizer, quando indagados
sobre alguma questão. Kardec, a princípio mostrou-se cético, não quanto à movimentação dos
objetos, mas quanto ao fato de eles se expressarem de maneira inteligente, pois, em suas
palavras, não possuíam "cérebro para pensar".
Foi numa certa noite do mês de maio de 1855, na casa da senhora Plainemaison, que
pela primeira vez assistiria aos fenômenos das chamadas "mesas girantes" e da "escrita
mediúnica". Após aquela noite, de posse de seu feeling investigativo, afirmaria ter visto
naquelas "aparentes futilidades" algo de mais profundo, como uma nova lei que resolvera
estudar firmemente. O espiritismo, como afirmaria Kardec, é uma "ciência de observação",
com profundas conseqüências filosófico-morais. E, como tal, requer daqueles que se
declarem espíritas um estudo aprofundado de tudo quanto lhe seja apresentado como
possibilidade de experimentação. Decorrente desse exame, podemos dizer que o caráter
religioso do espiritismo é conseqüência das observações científicas e das questões morais e
filosóficas que a ele se apresentam. Fatalmente, esse conjunto nos conduz a uma maior
aproximação da Inteligência Suprema, a que chamamos Deus, princípio de toda religião.

A ciência espírita e o crivo da razão – Allan Kardec, em 1859, em meio à obra O que é o
espiritismo, definia a doutrina como sendo uma ciência que trata da natureza, origem e
destino dos espíritos, bem como de sua relação com o mundo corporal. Essa é a chamada
Ciência Espírita, propriamente dita, que cuida especificamente de tudo aquilo que se refere
ao intercâmbio mediúnico entre encarnados e desencarnados, que configura a influência dos
espíritos sobre a humanidade. Ao assumir as rédeas da chamada codificação espírita, que
consiste na reunião em livros de ensinamentos dados pela equipe do Espírito Verdade, Kardec
implementou determinados procedimentos racionais, que lhe permitiram assegurar a
legitimidade das comunicações recebidas. Podemos dizer que Kardec adotou algumas
diretrizes principais, no intuito de nortear o seu trabalho e chegar ao fim com resultado ao
nível de excelência.
Para isso, Kardec escolheu colaboradores insuspeitos. E assim o fez tanto do ponto de
vista moral quanto da pureza das faculdades, por entender que a mediunidade em si, como
manifestação dos espíritos desencarnados, não dependeria exclusivamente do aspecto moral
do médium; mas esse aspecto certamente definiria, como persiste definindo, as companhias
espirituais vinculadas ao sensitivo, que o estariam influenciando no decurso das mensagens
canalizadas e registrando no papel as suas idéias.
Kardec fez então uma análise rigorosa das comunicações recebidas. Todas elas,
independente da assinatura que identificava o espírito comunicante, eram criteriosamente
confrontadas com os avanços científicos da época. Tanto assim que em 1863, ao fazer um
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balanço das comunicações até então recebidas, chegou ao número de 3.600 mensagens, das
quais 3.000 tinham moralidade irretocável, mas somente 300 delas foram consideradas dignas
de publicação pelo conteúdo apresentado.
O codificador não parou aí, buscou nas mensagens um “consenso universal”, por
assim dizer, outros médiuns e outros espíritos externado um mesmo pensamento evoluído. E
somente adotou como princípio doutrinário as informações sobre as quais havia obtido um
amplo consenso. Assim o fez repetindo os questionamentos através de correspondências com
diversos médiuns, espalhados por toda a Europa, que jamais tinham entrado em contato entre
si. Fez um rigoroso controle dos espíritos comunicantes e de suas mensagens. Não se deixou
iludir pelos nomes famosos que subscreviam as mensagens, mas verificava, essencialmente, o
teor intrínseco das comunicações, ou seja, se o conteúdo era digno de crédito para divulgá-lo.
Tais critérios, elaborados de modo científico, ditaram a tônica de seu trabalho.
Constantemente, Kardec afirmava que os espíritos, desde o mais simples até o maior, tinham
sido para ele meios de informação, e não os reveladores predestinados da verdade oculta.
Hoje, esses critérios racionais, adotados de modo científico, são aplicados nas
instituições espíritas, com o fim de não se aceitar comunicações pseudo-sábias, absurdos
espirituais ou frutos de crenças infundadas do médium, mensagens destituídas de lógica, de
bom senso e de racionalidade. Os registros de médiuns imprevidentes, que se deixam dominar
por forças espirituais inferiores, são rejeitados quando em confronto com os postulados
espíritas. E não é incomum que tal procedimento seletivo faça aflorar no médium alguns
melindres, como a vaidade ferida pela indignação de ter sua mensagem rejeitada ao crivo do
método kardecista. Como registrara Erasto: “Melhor rejeitar dez verdades do que aceitar
uma só mentira”. É que a verdade firma-se por si só, a qualquer tempo, mas a mentira
derruba o divulgador e lança sua obra ao ridículo. Mesmo que aflore no médium os melindres
da vaidade, para dar crédito aos seus registros é preciso usar o crivo de Kardec.

Espiritismo e avanços científicos – Os espíritos superiores, em suas várias áreas de atuação,


costumam agir em todos os campos do conhecimento humano. Tanto nas reuniões mediúnicas
sinceras, como nos laboratórios científicos, o intercâmbio mediúnico não se restringe às
manifestações ostensivas, mas se estende à mediunidade intuitiva, através da qual,
diariamente, os espíritos nos sopram as suas idéias, intuindo-nos para as mais variadas
finalidades da vida, conforme nos mostra O Livro dos Espíritos. Por isso, é preciso estudar
detidamente as manifestações psíquicas, conforme prática regular nas instituições espíritas,
ao rigor de cursos preparatórios e do desenvolvimento mediúnico com duração de alguns
anos, tudo absolutamente gratuito e sob magistério eficaz de pessoas treinadas. No
espiritismo, o estudo deve sempre nortear as ações.
De fato, é imprescindível recordar aqui o pensamento de Kardec, que sob orientação
dos espíritos superiores submeteu os princípios fundamentais do espiritismo aos avanços que
a ciência viesse efetivar através dos tempos. Estabeleceu em o livro A Gênese, capítulo I,
item 55, a seguinte diretriz doutrinária: ”O espiritismo, marchando com o progresso, jamais
será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro sobre
um ponto, ele se modificará nesse ponto; se uma nova verdade se revelar, ele a aceitará”.

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Isso significa dizer que além da ciência espírita, propriamente dita, pertinente aos
fenômenos mediúnicos, o espiritismo submete-se ao progresso que o mundo, lenta e
gradualmente, venha a alcançar através da ciência acadêmica. Os espíritos usaram a ciência
para doutrinar, porque tinham de falar das coisas terrenas, mas se a ciência terrestre muda, a
doutrina relativa a ela também muda, porque o espiritismo avança conforme os achados
científicos. Se a Astronomia, na época da codificação, considerava os anéis de Saturno como
matéria sólida, mas hoje com as novas técnicas de observação os considera de modo
diferente, o espiritismo acompanha aquela ciência e se rejuvenesce com ela, conforme a
diretriz dada pelos espíritos codificadores a Kardec.
É que a Doutrina Espírita nos conduz à fé raciocinada, aquela que pode encarar a razão
face a face, em todas as épocas da humanidade, conforme registrou Kardec nas obras da
codificação. Sem dúvida, o espiritismo veio lançar novas luzes sobre uma série de questões,
antes obscuras ou mal compreendidas, e contou para isso com o trabalho eficaz de renomados
cientistas, que depois de exaustivas pesquisas vieram a público para dar seus testemunhos de
crédito aos princípios espíritas, em razão do resultado de seus trabalhos.

As primeiras provas científicas – William Crookes (1832-1919) foi considerado um dos


mais importantes físicos do século XIX; proeminência alcançada também na área da química.
Em 1863, foi eleito membro da Royal Society; em 1897 foi nomeado cavaleiro pela rainha
Vitória. Foi presidente das instituições: Royal Society, Chemical Society, Institution of
Electrical Engineers, British Association e Society for Psychical Research. No que se refere
às pesquisas científicas, Crookes é tido como descobridor do elemento químico de número
atômico 81, o Tálio, e inventor do tubo de raios catódicos, conhecido como Tubo de Crookes.
Quando passou a interessar-se pelos fenômenos mediúnicos, houve uma grande
expectativa em torno de sua decisão, pois se tratava de um cientista bastante reconhecido no
meio acadêmico, razão pela qual seu veredicto seria efetivamente considerado como uma
sentença quase inapelável sobre o chamado "espiritualismo". Esperava-se, enfim, a total
desmoralização dos fenômenos ditos mediúnicos. Entre os anos de 1869 e 1875, Crookes
promoveu diversas investigações com os mais variados médiuns, dentre os quais destacamos
as experiências feitas com a mediunidade da senhorita Florence Cook, que desde tenra idade
afirmava ver os espíritos e ouvir suas vozes.
Em 1871, quando contava 15 anos, a mediunidade de Florence começou a possibilitar
materializações de corpo inteiro do espírito Katie King, cujo nome tido em sua última
encarnação era, Annie Owen Morgan. Em dezembro de 1873, Florence foi à residência de
Crookes, afirmando estar disposta a submeter-se a todos os rigores científicos que ele lhe
desejasse impor, a fim de que pudesse comprovar ou não a realidade dos fenômenos
mediúnicos, produzidos por seu intermédio. Propunha-lhe que, caso descobrisse ser ela uma
mera impostora, a denunciasse publicamente, do contrário, se concluísse pela autenticidade
de suas faculdades, que revelasse isso ao mundo, para que todos tomassem conhecimento dos
fatos.
Foram reuniões memoráveis para a humanidade, durante as quais o espírito Katie King
se materializou plenamente, enquanto Florence, a médium, permanecia deitada, em pleno
torpor e à vista de todos. Durante as reuniões, sob os olhares céticos e atentos dos presentes,
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pedaços de seu vestido, bem como mechas de seus cabelos eram cortados, ao que, em
seguida, eram recompostos ao comando mental da própria Katie, ao passo que os pedaços
retirados eram distribuídos para os expectadores, desvanecendo-se em suas mãos.
Mais impressionante foi o momento em que o conceituado cientista percebeu um
batimento cardíaco no espírito materializado de Katie King, em torno de 75 pulsações por
minuto; então fez o mesmo com Florence, verificando que com ela alcançava 90 pulsações
por minuto. As testemunhas foram várias. No decorrer das sessões, inúmeras fotografias
tiradas comprovaram as enigmáticas materializações do espírito. Finalmente, após três anos
produzindo os fenômenos físicos, em 21 de maio de 1874, Katie se despediu de todos, dando
por encerrada sua missão. Ao final das experiências, Crookes declarou: "Eu não digo que isto
seja possível; afirmo que isso é uma verdade!". Como no início prometera a Florence,
Crookes reuniu provas e mais provas, escreveu livros sobre suas experiências e deu
comprovação científica à imortalidade da alma, atestando, com o peso de seu prestígio, que
os espíritos existem e se comunicam conosco das mais variadas formas, desde um simples
toque inspirado até um efeito ostensivo de materialização.

A ciência comprova a reencarnação – A partir de 1976, o doutor Raymond Moody Jr.,


médico e filósofo de formação protestante, passou a estudar mais de 1.000 relatos de pessoas
que, por algum motivo, foram acometidas por parada cardíaca, resultando em morte clínica.
Durante aqueles momentos de suspensão das forças físicas, as pessoas, na maioria das vezes
céticas, passaram a vivenciar momentos de uma realidade extrafísica, com a qual jamais
esperavam se defrontar, passando a relatar a existência de cidades espirituais, além de
reencontros com entes queridos já desencarnados. Então o doutor Raymond estabeleceu
determinados parâmetros de observação, percebeu que as sensações se equivaliam em larga
escala. É o que se convencionou chamar de Experiência de Quase Morte (EQM), que ele
publicou em dois livros: Vida Depois da Vida e A Luz do Além. Sem dúvida, tais ocorrências
corroboram ainda mais para mostrar a sobrevivência da alma.
A partir de 1959, o pesquisador russo, Friedrich Jürgenson, estabelecido na Suécia,
gravava o canto dos pássaros num belo dia de verão, quando, em seguida, ao fazer retornar a
fita, percebeu que havia algo mais do que o canto dos pássaros; eram vozes que surgiam, em
diversos idiomas, identificadas depois como de pessoas mortas. Passou a captar, também, as
vozes de parentes e amigos já desencarnados, que lhe deram informações precisas de quando
estavam na Terra. Depois dele, foi a vez de Konstantin Raudive, filósofo e psicólogo letão
que, a partir de 1965, passou a pesquisar as vozes do além, tendo gravado mais de 72.000
frases completas em vários idiomas. Hoje, os espíritos se manifestam através de sons, de
imagens em movimento e textos diretamente transmitidos para o computador, num efeito
chamado de Transcomunicação Instrumental (TCI). Na França, Alemanha e Suíça, o interesse
aumenta cada vez mais. Somente na Alemanha, em 1981, já eram mais de 1.000
pesquisadores, sem nenhum vínculo religioso. No Brasil, contamos com investigações
legítimas, principalmente a cargo da pesquisadora espírita Sonia Rinaldi. É a imortalidade da
alma e a vida em outras realidades que vem sendo comprovada através de aparelhos.
O Dr. Ian Stevenson (1918-2007), médico psiquiatra, nasceu em Montreal, Canadá,
estabelecendo-se mais tarde nos Estados Unidos. A partir de 1967, passou a chefiar a divisão
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de parapsicologia do departamento de psiquiatria da Universidade de Virginia, tendo
dedicado mais de 40 anos de sua vida à pesquisa da reencarnação, ao longo dos quais,
catalogou mais de 2.600 casos amplamente investigados. Suas pesquisas giraram em torno
das lembranças espontâneas, obtidas através de depoimentos de crianças, que afirmavam ser
"outras pessoas", além de terem vivido em outras épocas e outros lugares. Tais informações,
oferecidas por crianças entre 2 e 7 anos, em sua maioria, foram exaustivamente investigadas
por Stevenson. O médico foi aos lugares onde elas afirmavam terem vivido. Para sua
estupefação, pode recolher ali documentos e testemunhos que comprovavam as revelações. O
médico submeteu os seus achados à comunidade científica, através de inúmeras publicações.

Provas através de marcas e hipnose – O Dr. Stevenson publicou um estudo intitulado:


Reincarnation and biology: a contribution to the etiology of birthmarks and birth defects
(Reencarnação e biologia: uma contribuição à etiologia das marcas e defeitos de nascença).
Neste estudo, comprova a reencarnação através das “marcas de nascença”. Grande número
de crianças, ao mesmo tempo das lembranças passadas, traziam em seus corpos marcas muito
semelhantes às de seus parentes já falecidos; demonstravam traços inconfundíveis de suas
personalidades, tão evidentes que não deixavam dúvida de se tratarem dos mesmos espíritos,
agora em novos corpos físicos. Verificou que as tais marcas, algumas vezes, eram reflexos de
agressões ou traumatismos causados ao corpo numa reencarnação anterior, e que eram
transferidas ao corpo atual pelo renascimento do espírito.
Em 1978, a psicóloga norte-americana, Dra. Helen Wambach (1925-1985), publicou o
livro, Recordando vidas passadas, em que ela apresentava o resultado de seus estudos,
realizados com 1.088 pacientes que tinham regredido a encarnações anteriores, através de
hipnose. Naquele mesmo ano, dando seqüência às suas pesquisas, publicou a obra Vida antes
da vida, resultante de experiências realizadas com 750 pacientes, também conduzidos a vidas
passadas através de indução hipnótica. Em processo regressivo de memória, os pacientes
passaram a relatar fatos vividos em suas vidas pretéritas. Relataram, por exemplo, que nos
momentos em que estavam prestes a nascer, incluindo as vidas passadas, tinham passado por
extrema angústia. Todavia, quando se recordavam de suas mortes, declararam ser essas
experiências não traumáticas, pois se sentiam libertos de uma prisão chamada corpo físico.
Ao final das pesquisas, Helen afirmou: "Eu não acredito na reencarnação, conheço-a!".

Passe magnético e água fluidificada – Dolores Krieger, doutora em Filosofia e professora


de enfermagem na Universidade de Nova Iorque, realizou pesquisas com o coronel Oskar
Stabany, um conhecido curador húngaro, que na verdade era médium passista com grande
potencialidade. Ela mediu os níveis de hemoglobina (que definem a qualidade do sangue),
antes e depois da imposição de mãos feita por Stabany, constatando um aumento significativo
do nível de hemoglobina nos pacientes do grupo que recebeu o passe. E notou o mesmo em
pacientes portadores de câncer, que se submetiam a tratamento quimioterápico, fato que
impressiona, pois em condições normais sabe-se que a quimioterapia reduz drasticamente as
taxas daquele componente sangüíneo. A Dr. Thelma Moss, psicóloga e professora da
Universidade da Califórnia, realizou inúmeras experiências, muitas delas relatadas em seu
livro O corpo elétrico. Utilizando a kirliangrafia, fotografou as mãos da sensitiva Olga
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Worral, famosa médium passista norte-americana, em estado mental de repouso e, em
seguida, em concentração, verificando um aumento expressivo da luminosidade que emanava
de suas mãos.
Edward G. Brame, doutor em espectroscopia e cromatografia, membro da American
Chemical Society, da American Society for Testing and Materials, da New York Academy of
Sciences e da Society for Applied Spectroscopy, produziu diversas pesquisas espectroscópicas
durante dois anos, com amostras de água pura, colocando-as no meio de um grupo de pessoas
que se dispuseram a fazer uma concentração visando magnetizá-las. Em algumas vezes, havia
a imposição de mãos; em outras, não, mas sempre havia uma concentração no objetivo a ser
alcançado. Depois desses procedimetos, os exames de laboratório mostraram que as
moléculas da água magnetizada tinham sofrido expressiva alteração, chegando a permanecer
alteradas por 4 meses. Os espíritas sabem que todas as vezes em que se dispõem a oferecer o
passe ou a fluidificação da água nos centros espíritas, as entidades espirituais estão presentes
ao lado do médium, mesclando fluidos e potencializando a eficácia da operação, para
benefício dos assistidos.

As moradas no universo – Quanto à pluralidade dos mundos habitados, a Doutrina Espírita


faz ressurgir as afirmações teológicas, dando conta de que no universo há muitas moradas.
Esse ensinamento evangélico encontra-se plenamente ratificado pelo espiritismo, em suas
obras básicas, bem como em diversas outras obras subsidiárias. Não é difícil aceitar que Deus
nos oferece a sua casa, ou seja, o seu universo, cujas moradas são os incontáveis planetas e as
profundezas etéreas do cosmos.
De 1995 até os dias atuais, a Astronomia registrou a descoberta de 200 novos planetas,
pertencentes a outros sistemas planetários, muito além deste de que fazemos parte. Somente
na Via Láctea, a galáxia em que vivemos, são cerca de 200 bilhões de estrelas. Segundo
informações colhidas do Hubble, há no universo 200 bilhões de galáxias. Nessa infinidade de
corpos celestes, por certo temos um número de planetas simplesmente assombroso. Deus não
criaria todos esses orbes apenas para nossa mera apreciação e deleite. Conforme nos ensina o
espiritismo, há neles uma finalidade útil: abrigar os espíritos, em estágios diferentes de
evolução, dando-lhes a possibilidade de formar corpos de composição e densidade variadas,
desde os mais sólidos até os extremamente sutis, para cada qual cumprir a sua jornada de
progresso rumo à perfeição.

O receio do novo é generalizado – Além das informações de Kardec, vieram depois os


espíritos Maria João de Deus e Humberto de Campos, em suas respectivas obras, Cartas de
uma morta e Novas mensagens, ambas canalizadas pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Nessas obras, os espíritos falam abertamente da vida nos planetas do sistema solar, vivida
numa matéria sutil e imperceptível aos nossos olhos, mas estagiando ali num patamar
evolutivo mais avançado que o da Terra. Não obstante tais comunicados, ainda encontramos
no meio espírita companheiros de jornada e espíritos protetores que oferecem resistência à
temática extraterrestre. Na ordem prática das instituições, ao comando de seus dirigentes,
assoma o receio de não lidar direito com o novo, culminando com o afastamento das
comunicações vindas de paragens não espirituais.
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Hoje, no espiritismo, a Ufologia assume apenas um caráter investigativo, através de
literatura especializada e do contato mediúnico, muito reservado, com essas inteligências de
outras paragens do cosmos. Isso se faz através de procedimentos criteriosos, semelhantes aos
recomendados por Kardec. Nesse contexto, o enfoque espírita de “consenso universal”
assume particular importância. As comunicações alienígenas, quer através do Fenômeno
UFO quer por canalização psíquica, peculiares à investigação ufológica, para ser tomadas
como legítimas passam por rigoroso crivo da razão, usando-se o método científico de Kardec
para avaliar as mensagens espirituais. Nos relatos de avistamento e contatos de diversos graus
em várias partes do mundo, não descuidamos dessa análise criteriosa, no intuito de evitar-se,
com tais medidas, que adentre ao meio espírita o charlatanismo e o falseamento da verdade,
fatores que deturpam o entendimento, rebaixam a ciência e invalidam as conclusões.
Com certeza, espiritismo e Ufologia guardam muitas semelhanças. Sem aqui falarmos
desses pontos de união já relatados em outros trabalhos, destacamos apenas o mais em voga
pela crítica. Aquele que tem partido de adeptos de certas religiões conservadoras. Porque a
vida em outros mundos e o contato com outras civilizações atrapalha os seus prosélitos, haja
vista tais religiões estarem centradas principalmente na Terra. São os céticos religiosos que
nos têm dirigido ataques constantes, ridicularizando a possibilidade, cada vez mais plausível,
de entrarmos em contato com seres de outros mundos e de outras dimensões, com ETs sólidos
e ETs sutis de outras paragens cósmicas. Nota-se que o receio do novo é generalizado. A
Ufologia também não escapa dele. É certo que ela não seja a versão cósmica do espiritismo,
mas um estudo paracientífico criterioso que tenta desvendar o mistério do Fenômeno UFO. O
espiritismo, a seu turno, é uma doutrina que interpreta a ciência, a filosofia e a religião,
inserindo-se nesse contexto a Ufologia.
Cabe-nos, portanto, em nome do aspecto científico que a Doutrina Espírita encerra em
seus ensinamentos, que nos unamos às pesquisas ufológicas, para que elas prosperem cada
vez mais, notadamente nestes tempos de transformação pelo qual passamos, os quais têm sido
exaustivamente previstos, tanto por nós quanto pelos espíritos, tanto por seres extras quanto
ultraterrestres. Já é tempo, portanto, de se restabelecer a verdade, durante tanto tempo
ocultada por aqueles que ainda hoje tentam manter uma estrutura já arcaica de poder temporal
nas mais diversas áreas de atuação humana.
José Marcelo Gonçalves Coelho
(josemarcelo.coelho@ig.com.br)

DADOS PESSOAIS:
Endereço: Av. Comissário Otávio de Queiroz, 245/303, Jardim da Penha, Vitória, ES, CEP: 29060-270, Vitória, ES

Formação Superior em Tecnologia Mecânica


Expositor e articulista espírita há 15 anos, no Espírito Santos o outros estados do país. Freqüenta atualmente a Sociedade de
Estudos Espíritas Irmão Tomé, Vitória, ES.

BIBLIOGRAFIA ADOTADA:

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KARDEC, Allan. Obras Póstumas, ed. 1998, Segunda Parte. (1)
KARDEC, Allan. A Gênese, ed. 1998, Capítulo I. (1)
KARDEC, Allan. O Que é o Espiritismo, ed. 1998, p. 130. (1)
(1)
CONTEÚDO DO CD "A CODIFICAÇÃO" (FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA)
DELANNE, Gabriel. O Fenômeno Espírita, Ed. FEB, 1988.
REVISTA PLANETA ESPECIAL, Reencarnação, SP. Ed. Três.
BANERJEE, H. Nath. Vida pretérita e futura, RJ. Ed. Nórdica, 1979.
STEVENSON, Ian. Vinte casos sugestivos de reencarnação, SP. Ed. Dif. Cultural, 1970.
XAVIER, Francisco C. Novas mensagens, Espírito Humberto de Campos, Ed. FEB, 1940.
XAVIER, Francisco C. Cartas de uma Morta, Espírito Maria João de Deus Ed. LAKE, 1984.
WAMBACH, Helen. life before life. Ed. Bantam Books, NY, 1978
WAMBACH, Helen. Reliving past lives. Ed. Bantam Books, NY, 1978
MOODY. JR, Raymond. Vida após a vida, SP, Ed. Nórdica, 1976.
MOODY. JR, Raymond. A luz do além, SP, Ed. Nórdica, 1988.
MOSS, Thelma. O corpo elétrico, SP, Ed. Cultrix, 1979.
STEVENSON, Ian. Reincarnation and biology: a contribution to the etiology of birthmarks and birth defects, Praeger Publishers,
NY, 1997.

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