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Perri denunciou ao CNJ que uma auditoria externa teria apontado irregularidades no
pagamento de verbas indenizatórias para alguns desembargadores e magistrados - e
entre os nomes que figuravam na lista, aparecia o de Juanita. O corregedor afirmou,
na denúncia, "que sempre foi de praxe pagamento de créditos pendentes sem que os
magistrados soubessem a que título estava recebendo".
A magistrada disse que solicitou acesso aos autos e o corregedor negou [WINDOWS-
1252?]– sob o argumento de que estava tramitando em segredo de justiça - e ela não
figurava como investigada. Segunda a juíza, só tomou conhecimento de seu
envolvimento por meio da imprensa estadual e nacional.
Quando intimida pelo CNJ para oferecer defesa nos autos de Reclamação Disciplinar
[WINDOWS-1252?]– na ocasião em que também recebeu cópias do processo
digitalizado [WINDOWS-1252?]– tomou conhecimento da quebra de seu sigilo
bancário e fiscal. Juanita disse que requereu certidão para demonstrar que não havia
sido privilegiada, mas não teve resposta na primeira solicitação e nem notícia da
apreciação do pedido. No segundo, recebeu parte das informações, só que mais de um
mês depois de ter encerrado o prazo para se defender.
Para demonstrar que não foi privilegiada - como acusou Orlando Perri ao CNJ, a
juíza destacou que dos 3.406 pagamentos realizados na mesma gestão questionada
(2003/2005), citaria apenas os nomes daqueles que receberam a verba indenizatória
acima de R$ 200 mil. Confira abaixo a lista e os valores.
No segundo pedido, ela teria dito a Perri que a vaga solicitada estava preenchida e
que, na oportunidade, "parecia que ele tinha aceitado normalmente a resposta,
mas que mal sabia o que viria pela frente - apesar de ter sido avisada por colegas".
Ela diz recordar do tom que o corregedor usou diante da negativa para insinuar a
respeito da Resolução do CNJ, que impede contratação de parentes. [WINDOWS-
1252?]“É a segunda vez que lhe peço um cargo e ele está sempre ocupado. É seu
[WINDOWS-1252?]parente”? questionou Perri. Segundo ela, não se tratava de
parentesco - por isso estava tranquila.
No entanto, mais tarde, ao visitar um colega em seu gabinete (já falecido) foi
apresentada à senhora Eliane, informada por outra servidora que se tratava da esposa
de Orlando [WINDOWS-1252?]– por coincidência, a mesma pessoa a quem o
desembargador havia solicitando a vaga. Juanita afirma que a esposa do ex-
corregedor passou em um concurso público [WINDOWS-1252?]– mas embora não
tenha sido chamada, já está lotada no judiciário, no gabinete do desembargador
Carlos Alberto Alves da Rocha.