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DE SOFTWARE EDUCACIONAIS
Verônica Gitirana
Alex Sandro Gomes
Walquíria Castelo-Branco Lins
Universidade Federal de Pernambuco
RESUMO
1439
relacionadas a estas.
INTRODUÇÃO
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núcleos no nordeste brasileiro, Abranches (2003), indica uma desorganização em
suas atuações e ausência de um projeto pedagógico.
Pesquisas têm apontado que a formação inicial e continuada dos
professores para o uso de tecnologias demanda um grande investimento de tempo
para garantir suas destrezas em usar essas ferramentas. É necessário que o
professor adapte-se aos novos recursos, criando métodos e técnicas de ensino1.
Além disso, o professor é solicitado a mudar sua postura diante do saber – a
informação – e diante dos educandos, dado que esses têm acesso a uma
quantidade significativamente maior de informações que sem o uso de TIC’s. Os
professores são solicitados a interagir com novas mídias, novas metodologias e
novos conteúdos (Schwartz, 1995). Essa imensa carga de solicitações está na base
de um sem fim de comportamentos refratários ao uso de TIC´s ou mesmo de
recursos simples como softwares educativos por parte dos professores. Além disto,
o uso de computadores para a formação inicial do professor ainda é bastante raro.
Em muitos cursos de Pedagogia e Licenciatura em Matemática, há disciplinas ou
projetos para introduzir o aluno no uso do computador, poucos são os que discutem
o computador como ferramenta no ensino, e menos ainda os que concessão os que
demonstram na prática para o aluno que pode-se ensinar com o uso do computador
(Lins e Gomes, 2003).
Este artigo vem, portanto, apresentar a proposta de processo de formação
de professores elaborada no contexto do Projeto Amadeus, que visa formar
professores que ensinam matemática para o uso efetivo de software educacionais
no ensino desta área do conhecimento. Além disto, uma análise parcial do processo
de formação é feita em torno da produção dos professores de aulas de matemática
utilizando o software educacional.
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apropriação do uso do material (Valente, 1997).
A contribuição do uso de classificações e avaliações de software
educacional enquanto orientadora da prática docente é questionada. O argumento
central é que essas não revelam diretamente o campo de aplicação de um software
educacional para esses profissionais. O problema consiste em verificar se a noção
de adequação de software, definida aqui como sendo a extensão do campo de
adequação de um software ao ensino de uma extensão de um campo conceitual,
auxilia o professor a melhor entender o uso de software educacional em sua prática,
permitindo-lhes selecionar, analisar e planejar atividades didáticas de forma
articulada com o currículo escolar.
Acreditamos que um dos elementos para permitir o uso efetivo de
softwares educacionais por professores, particularmente para os que ensinam
Matemática, insere-se na preparação do professor para a análise de uma adequação
do software para o uso em sua prática docente. Essa adequação depende da forma
como este se insere nas práticas de ensino, das dificuldades dos alunos
identificadas pelo professor e por uma análise das situações realizadas com alunos
para os quais o software é destinado. Assim, é importante que ele tenha parâmetros
de qualidade definidos, para poder identificar a adequação de um software às suas
necessidades e objetivos. Percebe-se como a formação dos professores está longe
de permitir que esta tecnologia seja adotada de forma que sejam exploradas todas
as suas potencialidades. Em conseqüência deste e de inúmeros outros fatores
(sistema, funcionamento, estrutura física da escola etc.), a prática da informática na
escola, muitas vezes, distancia-se de seu caráter pedagógico.
Desta forma, o principal referencial teórico utilizado no processo de
formação do professor e, portanto, deste artigo foi a Teoria de Campos Conceituais
de Vergnaud (1997), segundo a qual um conceito é definido a partir de três
instâncias: suas propriedades invariantes, os sistemas de representações e as
situações de uso. Aprender um conceito matemático implica dominar um conjunto de
propriedades que emergem diferentes situações e que são mediadas por diferentes
sistemas de representações. Dominar um campo conceitual significa saber resolver
problemas em situações diversas nas quais determinado conceito está inserido. Esta
visão remete à idéia de que a aprendizagem não pode ser tomada de forma geral,
intransitiva. Na realidade, a aprendizagem envolve sempre a aprendizagem de algo.
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Em uma publicação recente, Gomes et al. (2002) observa uma
preocupação com o conteúdo da aprendizagem resultante da interação do usuário
com a máquina. Este artigo mostra como a teoria dos campos conceituais, proposta
por Vergnaud (1997) e que define conceito como uma tríade de conjuntos: de
invariantes, ou propriedades dos conceitos, de sistemas de representações, e de
situações, pode ser usada como referencial teórico na análise da adequação de um
software educacional. A partir dessa definição, propõe-se uma forma de avaliar uma
interface educativa relacionando seu uso com a aprendizagem.
Considerando-se a teoria dos campos conceituais, notou-se que a maioria
dos softwares destinados à educação matemática parece evocar apenas uma
estreita porção de um campo conceitual específico, sendo relevante facilitar a
emergência de um grande número de situações que darão significado aos conceitos
matemáticos (Gomes et al. 2002). Nesse sentido, nenhum software garante a
emergência de todas as situações necessárias à aprendizagem de dado conceito
específico, em especial os softwares ditos fechados, com possibilidades de uso
limitadas. Dentro desta linha de argumentação, uma avaliação que vise a
adequação depende da possibilidade do próprio professor mapear o campo
conceitual que potencialmente o software pode auxiliar a ensinar. Tabela 1
apresenta, como exemplo, uma análise do campo conceitual multiplicativo do
software Supermercado, software utilizado por professores nesta pesquisa.
Tabela 1. Campo conceitual multiplicativo no Software Supermercado
O Supermercado (Positivo, 2002) é um software educacional fechado que
simula uma situação de compra em um supermercado. Há mapas do supermercado,
calculadora, carteira, cofrinho com economias disponíveis. O aluno lida com
estimativas e cálculo exato de soma, subtração e multiplicação, em situações de
composição e de transformação com números decimais nas estruturas aditivas e de
proporção simples nas multiplicativas. Há também uma variedade de grandezas a
trabalhar: tempo, peso, capacidade, dentre outras. Dependendo do nível do
software, apresentam-se ainda frações de medidas. É importante para o professor
de matemática saber identificar as situações que figuram nas interfaces. Essa
informação pode orientar o planejamento de aulas, analisando, assim, a abrangência
do software quanto à extensão de um campo conceitual.
O outro aspecto a observar é a possibilidade do software fazer emergir um
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conjunto de estratégias eficazes e conhecimentos relevantes sobre o campo
conceitual nele envolvido (Laborde et al., 1994; Hölz, 1996 e Magina et al., 2001).
É lógico imaginar que para um professor selecionar e usar um software
educacional, esse deve desenvolver a habilidade de identificar o campo de
adequação desse material. Apesar de concordar com Meira (1998), que afirma que
os significados dos conceitos emergem na prática, de forma situada, entende-se, no
entanto, que as possibilidades não são totalmente indeterminadas. O material
utilizado estrutura parte da prática e, as possibilidades ficam parcialmente
determinadas dentro de um leque para o ensino e para a aprendizagem (Lins e
Gomes, 2003).
5. MÉTODO
1444
escreveram ainda relatos dos experimentos para a Reunião Anual da SBPC de
2003.
6. RESULTADOS E ANÁLISES
1445
discussões sobre a construção de habilidades operacionais; uso de propriedades
pelos alunos; reconhecimento de notações. Não há, porém, discussão sobre as
facilidades ou dificuldades dependendo do tipo de problema apresentado, apesar de
iniciarem trabalhando com estruturas e contextos. No caso do professor 06, a
análise se dá apenas relatando dificuldades de o aluno manipular o software.
Apesar de ter sido o software mais utilizado, apenas um dos professores
conseguiu utilizá-lo como material didático na elaboração de uma aula, dentre os 4
professores que o escolheram para utilizar. Foi observado, porém, que dois dos
professores em suas análises das aulas planejadas apresentam reflexões sobre
suas práticas docentes, anteriores ao uso do software, após observarem os alunos
trabalhando com tais softwares.
O Addalotm (Landmark Solution, Inc. 1993) é um softtware educacional do
tipo fechado, elaborado para trabalhar habilidade operacional da adição, em um
formato de jogo do tipo exercício e prática. Foi escolhido apenas por um dos
professores e a aula foi deixada a cargo do aluno seguir o software. O professor
interfere apenas com questões para entender o raciocínio do aluno ou para auxiliar a
que ele perceba o erro quando cometido. A análise é bastante geral em termos de
habilidades desenvolvidas, apenas domínio do uso de propriedades aditivas sem
discussão das mesmas. Fica saliente uma discussão sobre dificuldades do aluno
manipular o software.
O Software Balança (Leite et al., 2002) foi escolhido por 3 dos 6
professores. O Software é um modelo fechado do tipo relacional, trabalhando as
idéias de relação de ordem num contexto de pesos. Relações lógicas como a
propriedade transitiva é bastante presente no software. É interessante observar que
apesar de ter sido utilizado em 3 planejamentos articulados com o currículo, esses
são iguais, seguindo uma aula com folha auxiliar disponível no site do software.
Porém, há uma diversidade do grau de ensino em que é aplicada tal aula e na
identificação do conteúdo a se trabalhar (Tabela 2). Na aula planejada para a 3a
série, o registro em linguagem matemática na folha auxiliar é feito pelo próprio
professor, a fim de utilizar o material fornecido, e o professor identifica como central
um dos conteúdos que aparece como apoio no software.
As análises dos professores, diferenciam-se bastante. Elas vão desde uma
análise centrada em habilidades e a forma que o software auxiliou o entendimento
1446
da relação lógica transitiva e correlações desta com o entendimento da escrita de
equação e inequações, pelo professor 03, passando por uma análise vaga em termo
de habilidades com as relações lógicas, centrando-se mais no entendimento das
notações matemáticas de menor que (<) e maior que (>) e chega a um que se centra
apenas em discutir a facilidade com que os alunos resolveram o problema do
software, não discutindo sobre o objeto colocado como conteúdo. Há, portanto, uma
atração pela replicação de uma aula pré-pronta, porém a identificação do objeto da
aula e sua adequação ao currículo escolar pelo professor são confusas.
O TableTop JurniorTM elaborado pelo Technology on Education Research
Center (TERC, 1994), é um software aberto, criativo, e que permite ao aluno gerar
combinações de diversos tipos e tratar os dados gerados com tais combinações por
diversos tipos de diagramas e gráficos. Os dois professores que trabalham com as
séries iniciais escolheram utilizar este software e desenvolveram atividades
diferentes utilizando-o como material didático. Os conteúdos diferenciaram-se e série
de atividades que envolviam o software foram criadas pelos professores, inclusive
associando-o com materiais concretos. Ainda quanto ao momento de análise, o
professor 06 centra-se na análise das habilidades dos alunos em contar e utilizar o
número para a contagem em diversas distribuições e na composição e comparação
de coleções. Quanto ao professor 02, a sua análise foca as habilidades dos alunos
em atuar com adição de centavos (atividade prévia que introduz os símbolos de
desigualdades) e com a comparação de quantidades e o uso dos símbolos de
desigualdades.
Gráfico 1 - Freqüência de professores que discutiram sobre a representação nas diversas
etapas do trabalho docente segundo o software utilizado
O gráfico 1 mostra que o uso das representações é discutido pelos
professores em todos os softwares que utilizam múltiplas representações. Este é um
dos componentes do Campo Conceitual discutido por todos os professores que
utilizaram o balança e todos os que utilizaram o Tabletop Jr. Apesar disto, o
Supermercado, favoreceu ao professor refletir sobre questões de sua prática
pedagógica anterior ao uso do software, em torno do tema da representação
simbólica.
Gráfico 2 – Freqüência de professores que discutiram sobre contextos e
significados nas diversas etapas do trabalho docente segundo o software utilizado
As situações, o significado e o contexto, como mostra o gráfico 2, são
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discutidos porém em menor freqüência e na maioria das vezes, a menos de no
TableTop, em torno do contexto em que aparece o problema. O significado do
conceito matemático envolvido, ainda, permaneceu um elemento de difícil análise
pelos professores. Apenas no Tabletop Jr, os professores discutem diferentes
significados dos conceitos matemáticos, dentro da idéia de estruturas da Teoria do
Campo Conceitual.
Com relação a conceitos, propriedades e habilidades estes foram os focos
de discussão dos professores em torno do software, como mostra a Tabela 4, em
anexo.
Tabela 3 mostra que apenas no caso do uso do software Supermercado
(A) há reflexões sobre o a prática docente anterior. O desenvolvimento cognitivo do
aluno é levado em conta para a preparação da aula apenas pelo professor 2 com o
Supermercado (A2) e, em vários momentos, com o software Balança (C) e com o
TableTopJr (D). Porém, ainda há uma concentração nas operações, propriedades e
habilidades relacionadas a estes, e menos com significados e conceitos. As
representações assumem um papel importante nos planejamentos. Porém, a
explicitação de tais elementos ocorre fortemente na identificação de conteúdos e
objetivos, e é enfraquecida na colocação dos mesmos em prática pelo planejamento
da aula, conseguido apenas em 2 dos softwares e retoma força na análise do
experimento.
Tabela 3. Distribuição do par Software-professor por tema e elementos da
Teoria dos Campos Conceituais
7. CONCLUSÃO
1448
professor com a determinação das variáveis didáticas relativas ao campo conceitual
de sua aula. Observa-se que há um foco maior na análise de elementos
relacionados aos aspectos cognitivos nos softwares para os dois com os quais os
professores conseguem articular uma aula conectada ao currículo que são o
TableTopJr e o Balança. Os softwares educacionais fechados atraíram mais os
professores. Porém, não houve grande articulação no uso dos mesmos como
material didático. De fato, o experimento realizado com estes serviu mais para o
professor refletir sobre o desenvolvimento cognitivo do aluno dentro do campo
conceitual. A metodologia de adequação serviu mais no momento de análise da
intervenção do aluno com o software. E esta análise, por sua vez, fez com que eles
refletissem sobre elementos de sua prática docente anterior ao experimento. A aula
pronta mesmo com orientações mostrou-se de difícil articulação com o currículo,
mas determinou análises frutíferas na formação do professor quanto ao trabalho
com o campo conceitual.
A análise do campo de adequação, adotada em diferentes momentos pelos
professores, concentra-se em elementos familiares da atividade docente dos
professores: conceitos e propriedades, operações e habilidades relacionadas a
estas. A identificação e reconhecimento da importância das representações são
pontos fortes no planejamento do professor. Revela um aceite freqüente da
metodologia pelo professor, porém é necessário um trabalho de formação em
metodologia de ensino destes professores com relação aos significados dos
conceitos que não chegaram à prática docente.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1449
taking editech to the next level, 2003,
www.benton.org/publibrary/sustainability/sus_challenge.html, acessado em junho de 2003.
Gomes, A. S., Castro-Filho, J. A., Gitirana, V., Spinillo, A., Alves, M., Melo, M. e Ximenes, J.
“Avaliação de software educativo para o ensino de matemática”. Anais do WIE´2002,
Florianópolis, SBC 2002. ISBN:85-88442-27-2(v. 5), 2002.
Hölzl, R. “How Does ‘Dragging’ Affect The Learning Of Geometry”, International Journal of
Computers for Mathematical Learning 1: 169–187, 1996.
Landmark Solutions, Inc. Sir AddaLot's "Mini" Math Adventure, [software], www.sintel.com,
Publisher: Sintel Legacy, 1993.
Lins, W.C.B. e Gomes, A.S. “Educational Software Interfaces and Teacher’s Use”,
HCIi’2003, Creta (Grécia), 2003.
National Center for Education Statistics (NCES). “Teacher’s tools form the 21st Century: A
report on teacher’s use of technology”. URL:
http://www.nces.gov/pubsearch/pubsinfo.asp?pubid=1999080 , 2000, acessado em
01/02/2003.
Schwartz, J.L. “The Right Size Byte: Reflections of an Educational Software Designer” Em
D.N.Perkins et.al.Software Goes to School, Oxford, Oxford University Press, 1995.
Tabletop (TM) and Tabletop Junior (TM). “New computer Tools for Logic, Information,
1450
Graphing and Data Analysis”. Hands on! 17(2), 1994.
1451
TABELAS
1452
Tabela 3. Distribuição do par Software-professor por tema e elementos da Teoria dos Campos
Conceituais
Representações Situaçõ Habilidades Conceitos e Procedime
es Propriedades ntos
(contex
tos e
Signif.)
Práticas A1 A1;A4 A1 A1 A1
Docentes
Anteriores A1;A4 A1
Desenvolv. do A2;C5;C6 A6;C6 A2;B6;C3;C5;C6 A2;A6;B6;C3;C5;D6 A2; A6;B6
aluno A2;C3;C5;C6;D2; A2;D2;D A2;C3;D2;D6 C3; C5; D2 A2;D2;D6
D6 6
A1; D2;D6 A1;A4;C3;C5;D2; A1;A4;B6;C3;C5;D2 A1;A4
A4;C3;C5;D2;D6 D6 ;D6
Habilidade em
seguir a
plataf. A4; B6 A1;A4;A
6
Limitações da
plataforma
A1 A1;A4
C5 – discute na análise problema técnicos com o mouse e dificuldade de uso da plataforma
C6 – discute dificuldade dos alunos em usar a plataforma
GRÁFICOS
Gráfico 1 - Freqüência de professores que discutiram sobre a representação nas diversas etapas do
trabalho docente segundo o software utilizado
4
3 Supermercado - 4
Addalot - 1
2
Balança - 3
1 T ableT opJr - 2
0
Escol Planej Análise Escol Planej Análise
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Gráfico 2 – Freqüência de professores que discutiram sobre contextos e significados nas diversas etapas
do trabalho docente segundo o software utilizado
4
3 Supermercado - 4
Addalot - 1
2
Balança - 3
1 T ableT opJr - 2
0
Escol Planej Análise Escol Planej Análise
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