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Congresso de Viena

• Constitui-se a um laboratório das Relações Internacionais. Muitos estudiosos se


voltaram para a análise do congresso. Um dos mais interessantes foi de Henry
Kissinger.
• Durante muito tempo a interpretação sobre o Congresso é de que ele representou
uma vitória de todos os conservadores, inimigos dos ideais defendidos pela
Revolução Francesa.
• No plano das idéias segue-se a Waterloo uma reação anti-ilumisnista, que
responsabilizava os ideais revolucionários como responsáveis pela guerra. Dá-se o
nome a essas idéias anti-revolucionárias, anti-racionalistas de Romantismo.
• Muitos dos defensores desse conservadorismo defendiam não só o retorno do
antigo regime, mas também o retorno do poder da Igreja. Esses eram chamados
ultramontanos.
• O romantismo, entretanto, vai evoluindo. O romantismo de 1815 pretendia o
retorno do antigo regime, acabar com os ideais revolucionários, algo impossível
de se realizar. Esse pensamento evolui para o anti-liberalismo que por sua vez
transforma-se em democrático e socialista. O pensamento romântico não se
organiza politicamente, se organiza mais no sentido filosófico e no sentido da
literatura. Para os românticos, o liberalismo introduziu um tipo de sociedade na
qual tudo era possível, os homens eram iguais em direitos, mas desiguais em
oportunidades. No antigo regime, havia os mais pobres e os mais ricos porém não
havia miséria. Veja a literatura de Balzac: ridicularização do burguês e a literatura
de Victor Hugo, com os Miseráveis. Essa é a época dos socialistas utópicos.
• Por parte dos historiadores liberais, o Congresso de Viena foi um enorme conluio
conservador. Entretanto, a realidade era mais complexa do que isso.
• Todos estavam cansados de guerra. Os grandes de Viena tinham um projeto bem
definido, estabelecer a paz e uma estrutura de relação entre os diversos países
europeus mais estável. Todos acabaram concordando com Metternich, da Áustria,
que a única forma de se garantir a paz era o equilíbrio de poder.
• Esse princípio era também chamado de balança de poder, o mais antigo das
relações internacionais. Funcionava a base do equilíbrio militar e com base nas
alianças estatais. A novidade em Viena é que, pela primeira vez, os representantes
sentaram a mesa para discutir os pesos da balança. Agora o princípio da balança
de poder não seria mais empírico, seria um instrumento real de política.
• O principal objetivo do Congresso de Viena era criar uma ordem internacional
estável e pacífica, corrigindo o caótico regime de poder em vigor durante a era
napoleônica.

OBS: FALA-SE em construir uma nova ordem e não um novo sistema internacional.
• O sistema internacional é anárquico e cada Estado possui uma parte do poder
mundial. Esse poder, entretanto, não é dividido igualmente entre os Estados o que
os obriga a criar uma hierarquia no que tange as suas relações.
• Após as guerras napoleônicas, o poder se concentra nas mãos de 4 grandes
potencias: Inglaterra, Rússia, Prússia e Áustria.
• O sistema internacional que se organiza após o congresso de Viena é multipolar.
• A ordem internacional é formada por normas, valores e regras que a principio
devem ser respeitadas por todos no âmbito do sistema internacional. São as
grandes potencias que criam as ordens internacionais. Assim, em Viena, os
Grandes se reúnem não para questionar o sistema internacional mas sim a ordem
internacional vigente no período napoleônico.
• Os 4 vencedores admitiram na mesa negociadora a Franca, exatamente, porque
sem a Franca, a nova ordem não seria estável. Tallayrand, a Franca também era
vencedora, porque, de acordo com ele, conseguiram se livrar de Napoleão
(argumento interessante). Henry Kissinger acreditava que a segurança total de um
país significava a insegurança total de outro. Assim, incluir a Franca era uma
decisão acertada, uma vez que incluía a Franca na elaboração da ordem
internacional pós Napoleão.
• A época a concepção de poder era o tamanho do território e o número de súditos.
• Como alcançar essa nova ordem, mais pacífica e estável. Essa nova ordem estava
baseada em dois princípios:
o Princípio da legitimidade dos príncipes (ou princípio da restauração). A
paz internacional só seria possível se se reconhecesse os regimes
anteriores a Napoleão. Assim se rejeitava o direito de conquista, de modo
que todos aqueles governantes que chegaram ao poder, direta ou
indiretamente, pelas mãos de Napoleão, deveria dar lugar ao príncipes
legítimos.
o Princípio do concerto europeu.
 As grandes potências tinham a responsabilidade comum de manter
o status quão territorial dos tratados de 1815 e resolver os
problemas internacionais relativos a Europa.
 Quando o Status Quo tivesse que ser modificado ou um problema
tivesse que ser resolvido, as mudanças não poderiam ser feitas
unilateralmente e os benefícios não poderiam ser efetivados sem
seu formal e comum consentimento.

• A época a concepção de poder era o tamanho do território e o número de súditos.


Assim todas as mudanças que levassem em conta esses dois pontos, haveria uma
negociação para se encontrar uma solução. Isso representou um avanço
significativo na vida das relações internacionais.
• Como era que as grandes potências viam o mundo, o que as satisfariam para
manter o equilíbrio da balança de poder.
o Inglaterra – Representada por Lord Castlereagh. Em plena revolução
industrial, a Inglaterra interessava mercados e a garantia de segurança em
relação a suas rotas marítimas. No continente queria um equilíbrio de
poder, no mar liberdade para agir. Não poderia existir um potência
hegemônica no continente. Para garantir isso, a Inglaterra teria que
resolver dois problemas. O primeiro deles se chamava Rússia. Na ótica
dos ingleses, a Rússia se fortalecera demais após a vitória contra
Napoleão. O segundo problema era impedir que a RÚSSIA se tornasse um
grande poder naval. Para impedir isso, a Inglaterra assina um tratado de
amizade com a Espanha, na qual essa se compromete a não ceder a Rússia
sua bases nas Filipinas, em contrapartida, os Ingleses se comprometiam a
não ceder mais armas aos criollos nas Américas. Outro acordo que a
Inglaterra fez foi o tratado de Gandi, em dezembro de 1814, no qual, a
Inglaterra e os EUA assinam a paz que havia sido rompida em 1812.
o Rússia – interessava a ela a expansão territorial sobre a Finlândia,
Bessarábia (Bulgária, Romênia) e os Estreitos de Bósforos e Dardanelos.
Esse último a Rússia não conseguiu. Porém conseguiu uma parte da
Polônia. A polônia deixou de existir no mapa, sendo dividida entre os
outros grandes.
o Áustria – Representado por Metternich. Foi considerado o principal
articulador do congresso de Viena, porque argumentava da seguinte
maneira. A Europa só alcançaria a paz se houvesse equilíbrio de poder e
esse dependia do equilíbrio político da Áustria. A Áustria era um império
multiétnico e instável, sendo necessária sua estabilização, uma vez que a
Franca, ainda considerada com cuidados, poderia querer se aproveitar da
condição de fraqueza da Áustria. A Áustria volta a dominar o Norte da
península Itálica. Só o Piemonte sai com um governo italiano.
o Prússia – Von Hardenberg. Das grandes potências a Prússia era a mais
fraca. Inglaterra e Áustria deram o status de grande potência a Prússia para
que ela funcionasse como barreira a Rússia. As reivindicações da Prússia
eram aglutinar o maior número de estados germânicos possível.

• Um dos problemas que não podiam ser resolvidos naquele momento era o da
unificação alemã. Entre as elites alemãs a questão foi suscitada. Havia duas
potencias que competiam pela unificação dos estados germânicos, Prússia e
Áustria e nenhum desses Estados aceitavam a relegar esse projeto a outrem. De
modo que isso só poderia ser resolvido pela guerra, porém não era momento para
guerras, assim tentou-se equacionar o problema por meio de uma confederação
germânica composta por 39 Estados. Essa confederação teria sua dieta na cidade
de Frankfurt e os estados se fariam representar mediante sua população, o que
dava enorme vantagem a Prússia. Para equilibrar o sistema, deu-se a Áustria a
presidência permanente da Dieta.
• Toda a conferência internacional possui um documento final que indica as
determinações que se fizeram tomar na reunião. No Congresso de Viena houve
dois, já sinalizando problemas. O primeiro deles foi a Santa Aliança, baseada em
dogmas eclesiásticos. A primeira vista, esse tratado foi considerado uma loucura,
mas Metternich adapta-o e o propõe a Prússia, Rússia, Áustria e Inglaterra. Esse
documento não foi aceito pela Inglaterra, uma vez que era anti-liberal e anti-
racionalista.
• Em contrapartida, vendo-se excluído do sistema europeu, Castlereagh propõe a
Quádrupla Aliança, assinada por Áustria, Prússia, Rússia e Inglaterra.
• A Santa aliança manteve-se ativa até 1823, o que não significa que tenha
desaparecido em 1823. A Santa Aliança funcionou por meio de congressos. Houve
4 intervencoes e 6 congressos.
o Eaix – La – chatelle – Decidiu a retirada das tropas estrangeiras da Franca
e determinou a entrada da Franca na Quíntupla Aliança.
o Carlsbad – 1819.
o Viena – 1820 – Nessas duas conferências ficou decidido a intervenção na
Alemanha contra os liberais. Os liberais alemães eram professores e
alunos das universidades alemães
o Troppau – 1820
o Laybach – 1821 - Decidem pela intervenção na Itália, para sufocar
liberais.
o Verona – 1822 – Tropas francesas apoiariam a nobreza espanhola contra a
revolução liberal de Cádiz. Aqui houve a tentativa de se expandir a
intervenção da Santa Aliança nas colônias espanholas na América, o que
foi impedido pela Inglaterra.

Cem anos de paz

1815 1822 1830 1854 1870 1914


Verona Guerra da Criméia Unificação Alemã

OBS: Nesses cem anos, entretanto, existiram conflitos

• A Guerra da Criméia teve início entre Rússia e Império Otomano. Esse foi
socorrido pela Inglaterra, Franca e Piemonte. Isso significou que o concerto foi
rompido. A paz de cem anos foi obtida pelo equilíbrio de poder, entretanto, a paz
com concerto existiu até 1854, com a Guerra da Criméia. Retorna-se ao equilíbrio
espontâneo, empírico. E até 1822, houve concerto com congressos.
• Em 1830, há o triunfo do liberalismo, com a revolução liberal na franca. Fim da
dinastia dos Bourbon e o início da dinastia dos Orleans, que vai até 1848.
• Em 1870, ocorre a unificação alemã, que quebra o equilíbrio europeu, que é
restaurado pela diplomacia de Bismark.
• Entre 1822 e 1830 a Santa Aliança vai perdendo o seu sentido. Quais são os
acontecimentos que fizeram a Santa Aliança perder sua importância.
o Em agosto de 1822, Castlereagh suicidou-se sendo substituído por George
Canning. Canning interpretava os interesses ingleses de maneira diferente
de seu antecessor. Para Canning, o que interesse a Inglaterra é comércio.
Isso fez com que Canning volta-se a apoiar os processos de independência
na América, fato que ajudou na Independência brasileira.
o Proclamação da Doutrina Monroe, em Dezembro de 1823. América para
os americanos. Os americanos não tinham forca militar para se opor a
Santa Aliança, por isso essa proclamação foi feita com o assentimento
prévio da Inglaterra.
o A morte de Alexandre I e sua substituição por Nicolau I. A preocupação de
Nicolau I era mais interna, sofria pressões internas e corria risco de sofrer
um golpe.
o Luta de independência da Grécia. Os gregos iniciaram a luta de
independência como uma luta de guerrilha em 1822. Os intelectuais
românticos acolheram os ideais de liberdade gregos por considerarem a
Grécia o berço da civilização européia. Os russos, visando a região
estratégica dos estreitos de Bósforos e Dardanelos e pretendendo
enfraquecer o império Turco Otomano, traíram os princípios da Santa
Aliança e apoiaram o movimento de independência da Grécia. A Europa
Ocidental, visando anular o apoio russo, apóia também a independência
grega. Isso mostrava todas as contradições da Santa Aliança.
o A revolução liberal de 1830 na Franca. Os Bourbons em 1815 são
reintroduzidos no poder sob a égide de uma constituição. O absolutismo já
não existia. Entretanto, ainda assim essa constituição dava muitos
poderem ao rei, servindo de base para a constituição brasileira de 1824.
Muitos burgueses se sentiam excluídos do processo político e brota na
Franca movimentos exigindo o sufrágio universal. Diante da forte pressão
os Bourbons entregam o poder a Luis Felipe de Orleans que governaria
com uma constituição mais liberal, porém o sufrágio universal não é
concedido. Incluem-se as camadas superiores da burguesia e deixam-se as
massas sem representação. Luis Felipe de Orleans logo que assume o
poder deixa claro que a Franca não pretende exportar essa revolução para
a Europa. Na esteira desse processo os Belgas declaram sua independência
dos Holandeses, união que ficou acertada em 1815, no Congresso de
Viena. A Santa Aliança não pôde fazer nada quanto a essa separação,
indicando seu fim.

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