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2007
• 8 de outubro •
Seminário Bilateral de
Comércio Exterior e Investimentos
BRASIL MÉXICO
ZONA FRANCA
Para exportar,
consulte quem
melhor entende do assunto.
GPEX
Uma publicação completa sobre legislação de exportação.
A FCCE é a mais antiga Associação de Classe dedicada CÂMARAS DE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS, organismo
exclusivamente às atividades de Comércio Exterior. que representa as Câmaras de Comércio Bilaterais dos
Fundada no ano de 1950, pelo empresário João Daudt seguintes países: ARGENTINA, BOLÍVIA, CANADÁ,
de Oliveira (a ele se deve, 5 anos antes, a fundação da CHILE, CUBA, EQUADOR , MÉXICO , PARAGUAI,
Confederação Nacional do Comércio – CNC ), a FCCE SURINAME, URUGUAI, TRINIDAD E TOBAGO e VE-
opera ininterruptamente, há mais de 50 anos, incenti- NEZUELA.
vando e apoiando o trabalho das Câmaras de Comércio Além de várias dezenas de Câmaras de Comércio Bi-
Bilaterais, Consulados Estrangeiros, Conselhos Empre- laterais filiadas à FCCE em todo o Brasil, fazem parte da
sariais e Comissões Mistas a nível federal. Diretoria atual, os Presidentes das Câmaras de Comércio:
A FCCE, por força do seu Estatuto, tem âmbito nacio- Brasil-Grécia, Brasil-Paraguai, Brasil-Rússia, Brasil-Eslo-
nal, possuindo Vice-Presidentes Regionais em diversos váquia, Brasil-República Tcheca, Brasil-México, Brasil-Be-
Estados da Federação, operando também no plano interna- larus, Brasil-Portugal, Brasil-Líbano, Brasil-Índia, Brasil-
cional, através “Convênios de Cooperação” firmados com China, Brasil-Tailândia, Brasil-ltália e Brasil e Indonésia,
diversos organismos da mais alta credibilidade e tradição, a além do Presidente do Comitê Brasileiro da Câmara de
exemplo da International Chamber of Commerce (Câmara Comércio Internacional, o Presidente da Associação Bra-
de Comércio Internacional – CCI), fundada em 1919, com sileira da Empresas Comerciais Exportadoras – ABECE,
sede em Paris e que possui mais de 80 Comitês Nacionais, o Presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferro-
nos 5 continentes, além de operar a mais importante viária – ABIFER, o Presidente da Associação Brasileira dos
“Corte Internacional de Arbitragem” do mundo, fundada Terminais de Contêineres, o Presidente do Sindicato das
no ano de 1923. Indústrias Mecânicas e Material Elétrico, entre outros.
A FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO Some-se, ainda, a presença de diversos Cônsules e diplo-
EXTERIOR tem sua sede na Avenida General Justo no matas estrangeiros, dentre os quais o Cônsul-Geral da
307, Rio de Janeiro, (Edifício da Confederação Nacional República do Gabão, o Cônsul do Sri Lanka (antigo “Cei-
do Comércio – CNC) e mantém com essa entidade, há lão”), e o Ministro Conselheiro-Comercial da Embaixada
quase duas décadas “Convênio de Suporte Administrativo de Portugal.
e Protocolo de Cooperação Mútua”. Em passado recente A Diretoria
a FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTE-
RIOR – FCCE assinou Convênio com o CONSELHO DE
Diretoria 2006-2009
Presidente
1 st V i c e - P r e s i d e n t e
Diretores
Outro fator importante a ser destacado é o bom ambiente político verificado entre os Editor
presidentes do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, e do México, Felipe Calderón. As recentes O coordenador da FCCE
trocas de visitas e os esforços para que se firmem acordos e parcerias em diversos setores Textos e Repor tagens
Brunno Braga
da economia dos dois países traduzem a boa vontade política dos dois chefes de Estado. Esse
nível de relacionamento diplomático, sem dúvida, contribui, e muito, para que seja cimentada Edição e Ar te
Editora Aduaneiras
uma nova e dinâmica rota para o fluxo de comércio bilateral. Rua da Consolação, 77
Nesse entremeio, portanto, a FCCE buscou cumprir o seu papel. Debater, criticar, elo- Tel.: 55 11 2126 9200
giar e aprimorar os meandros das relações bilaterais entre o Brasil e os diversos países do e-mail: comercial@aduaneiras.com.br
mundo vem sendo encampado com afinco pela diretoria da instituição, e já se tornou agenda Jornalista Responsável
Brunno Braga (MTB 050598/00)
obrigatória para todos aqueles que estão envolvidos, direto ou indiretamente, no comércio
exterior brasileiro. E, mais uma vez, acreditamos termos sido bem sucedidos nesta missão de Fotografia
Christina Bocayuva
promover as relações comerciais externas com países amigos e parceiros de longa data (como
é o caso do México), como o leitor poderá observar nas páginas seguintes. Secretaria
Maria Conceição Coelho de Souza
Sérgio Rodrigo Dias Julio
Boa leitura As opiniões emitidas nesta revista são de
responsabilidade de seus autores. É permitida a
reprodução dos textos, desde que citada a fonte.
O Editor
SUMÁRIO
6 E N T R E V I S TA 3 6 I N F R A - E S T RU T U R A
Embaixador Andrés O México é um bom mercado para empresas
Valencia trabalha para brasileiras, afirma representante do BNDES
que os dois países tenham
um fluxo comercial mais
intenso
3 8 NEGÓCIOS
Parceria e sinergia
1 4 A B E RT U R A
Em busca do incremento nas relações
4 0 ZONA FRANCA
Investindo na tecnologia de alta definição
1 8 PA I N E L I
Incrementar as relações bilaterais entre Brasil
e México
4 2 ENERGIA
Gerente da Petrobras no México fala sobre as
potencialidades dos acordos firmados com a
2 4 PA I N E L I I Pemex
Comércio e energia
45 D I P L O M AC I A
2 8 PA I N E L I I I “É preciso estreitar os intercâmbios
socioculturais”
Exportando serviços
4 6 R E L A Ç Õ E S B I L AT E R A I S
3 1 E N C E R R A M E N TO
Palestrantes da sessão
de encerramento
discutem e apontam
meios para superar as
5 0 F R I DA K A H L O
dificuldades bilaterais de comércio As tintas da intensidade
3 3 INTEGRAÇÃO 5 4 C U RTA S
Representante mexicana na Aladi diz que
a instituição busca concretizar o projeto de
criação do livre-comércio latino-americano
ENTREVISTA
Um diplomata a
serviço de uma
maior aproximação
entre Brasil e
México
Embaixador AndrésValencia trabalha para que os
dois países tenham um fluxo comercial mais intenso
Como estão atuais relações entre comissão que contou com a presença de
Brasil e México? cinco ministros de Estado. Foi resultado
Valência – Muito boas e estão melho- da visita da missão comercial de 60 empre-
rando a cada dia. A visita do presidente sários, liderados pelo nosso secretário de
do México, Felipe Calderón, em outubro economia, que visitaram a Confederação
de 2006, ao presidente Lula resultou no Nacional do Comércio e a Federação das
estabelecimento da Comissão Binacional Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e
México-Brasil, e, em março de 2007, foi resultado da visita do presidente Lula ao
houve, em Brasília, a primeira reunião da México em agosto deste ano. Essas visitas
Embaixador Andrés Valencia em conversa com o presidente da FCCE, João Augusto de Souza Lima
serviram para que o empresariado brasi- são acordos concertados em âmbito da na produção de veículos pequenos. Por
leiro entenda que o mercado mexicano Aladi (Associação Latino-Americana para isso, o Brasil exporta 200 mil veículos/ano
oferece boas oportunidades de negócios. o Desenvolvimento de Integração). porque tem um mercado no México que
Poucas empresas brasileiras realizam in- Por esse acordo (ACE 55), verifica- demanda por esse tipo de produto. E nós
vestimentos diretos no México. Enquanto mos como o comércio entre Brasil temos dificuldades em exportar para o
os empresários mexicanos investem cerca e México está concentrado no setor Brasil, os mesmos tipos de veículos que
de US$ 13,8 bilhões no Brasil, em 2006, automotivo, certo? são demandados pelos norte-americanos.
num sentido inverso, as empresas brasilei- Isso pode ser um modelo para que se
ras investiram apenas US$ 800 milhões no Valencia – Com certeza. E é um acordo firmem acordos de produção de bens que
que, aparentemente, é muito favorável ao
mesmo ano. não são exatamente complementares, mas
Brasil. O Brasil exporta para o México cer-
que atendam a diferentes mercados, como
ca de 200 mil automóveis/ano, enquanto
setores de eletro-eletrônico, químico e
E em termos de acordos bilaterais que o México exporta para o Brasil, cerca
outros nos quais podemos construir uma
de comércio firmados entre os dois de oito mil automóveis/ano. O déficit
comercial que se traduz para o México é via a explorar.
países, quais são os avanços vistos?
muito significativo. Contudo, apesar dessas
Valencia – As atuais relações comerciais diferenças, o acordo 55 é muito bom para
entre Brasil e México têm um arcabouço ambos os países, pois trata de fazer uma No plano socioeconômico, Brasil e
normativo que foi produto de um longo melhor distribuição geográfica das monta- México também guardam muitas
processo de negociação entre ambos os doras de automóveis no continente. semelhanças.
países. Temos basicamente dois grandes Valência – É verdade. Do ponto de vista
acordos comerciais com o Brasil: 1) o da economia, os indicadores econômicos e
Acordo de complementação 53 (ACE 53) Em que sentido se daria essa distri- financeiros em 2006 e 2007 são similares
que tem cobertura muito limitada; 2) o buição geográfica? em vários quesitos: superávits e déficits em
Acordo de complementação 55 (ACE 55) Valencia – Nós mexicanos nos especia- conta corrente, crescimento das reservas
que é do setor automotivo e representa lizamos na produção de veículos grandes, internacionais e também à proporção da
cerca de 40% de todo intercambio co- destinados especificamente para o mercado relação dívida externa/PIB e o pagamento
mercial entre o México e o Brasil. Ambos norte-americano e o Brasil se especializou de juros. No que diz respeito ao controle
E O
m agosto de 2002, como resultado de uma Missão
Empresarial ao México, foi subscrito o Acordo de crito entre MERCOSUL e México, internalizado no
Complementação Econômica no 53 entre Brasil e Brasil mediante Decreto n. 4.458, de 05/11/2002,
México, que estabelece preferências fixas a cerca de 800 regula o comércio do setor automotivo entre os dois
itens Naladi/SH. Resultado de quatro anos de negociações países. No acordo estão incluídos: automóveis veículos
entre os dois países, o processo de internalização do Acor- com peso bruto total de até 8.845 kg (comerciais leves,
do foi mais longo no México que no Brasil, sendo que este chassis com motor, cabina e carroceria para estes veículos,
passou a vigorar somente a partir de 02 de maio de 2003, caminhões e chassis com motor e cabina com peso bruto
respeitando o limite de 30 dias após comunicação junto total de até 8.845 kg); tratores agrícolas, colheitadeiras,
a ALADI das duas partes, de acordo com a normativa do máquinas agrícolas autopropulsionadas e máquinas rodo-
tratado. ACE 53 foi internalizado à legislação brasileira viárias autopropulsionadas; e autopeças para os produtos
mediante Decreto no 4.383 de 23/09/2002, mas con- automotivos listados nas alíneas anteriores, inclusive as
forme o Capítulo XIV, o acordo só entrou em vigor após destinadas ao mercado de reposição.
incorporado à norma interna de ambos os países. O ACE 55, vigente desde o dia 01 de janeiro de 2003,
O ACE 53 conta também com protocolos adicionais consiste basicamente na redução recíproca das alíquotas
que são: 1) o estabelecimento do Regime de Solução de de Importação dos produtos automotivos que cumpram
Controvérsias; 2) a incorporação de nota ao Certificado com as disposições sobre origem constantes do Anexo II
de Origem, referente a produtos sujeitos a quotas tari- (Regra de Origem). Ampliações e ajustes, bem como pos-
fárias preferências; 3) a incrementação de preferência sibilidades de aprofundamentos bilaterais estão presentes
tarifária concedida pelo Brasil para o item Naladi/SH 96 neste acordo.
2917.36.00 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
Presidente da Sessão:
Expositores:
IVAN RAMALHO – Ministro de Estado, interino, do
Luciene Ferreira M.Machado – Chefe do Departamento de
Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior
Comércio Exterior do BNDES
Pronunciamento especial: Embaixadora Dora Rodriguez – Representante permanente do
MEXICO junto à ALADI
Embaixador ANDRÉS VALENCIA – Embaixador Plenipotenciário do
Oldemar Lank – Superintendente de Projetos da SUFRAMA
MÉXICO
Da direita para esquerda: Ministra Dora Rodriguez, Embaixador Andrés Valencia e o Secretário-Executivo do MDIC, Ivan Ramalho compõem a mesa da
Sessão Solene de Abertura do Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos Brasil-México
O
embaixador iniciou a sua apresentação
dente chamou para compor a mesa do Conselho Superior da FCCE, fazendo agradecimentos especiais à
da sessão: o diretor de Comércio professor Teophilo de Azeredo San- FCCE pela iniciativa de organizar o
tem atuado de forma intensa em todos os e existe espaço para um crescimento mais de empresas brasileiras em solo mexicano.
seminários realizados pela FCCE e, que, expressivo das importações”, afirmou Ra- Além disso, ele considerou que a corrente de
como em todos os seminários, o Ministério malho. Esse quadro superavitário também comércio entre os dois países - de US$ 5,7
divulgou um estudo realizado a respeito das é visto nas relações comerciais entre Brasil bilhões -, é muito abaixo do real potencial
relações comerciais entre Brasil e o México. e México, informou o secretário. As expor- existentes nas duas economias. “De fato,
“O Brasil, em 2007, continuou a demonstrar tações brasileiras têm tido, entretanto, um precisamos trabalhar para que possamos ter
crescimento bastante limitado, enquanto uma corrente de comércio superior até US$
um crescimento bastante satisfatório do
10 bilhões, até 2010. Isso é perfeitamente
seu comércio exterior. O que mudou neste que as compras de produtos mexicanos cres-
possível se conseguirmos ampliar os acordos
ano foi o fato de as importações brasileiras ceram aproximadamente 45%, em 2007.
existentes hoje e como também tomarmos
terem tido taxas de crescimento superior a Em relação aos fluxos de investimentos, outras medidas que facilitem o comércio
das exportações. O que é um dado positivo. Ramalho reconheceu que as inversões mexi- entre os dois países”. Após o término da sua
O Brasil tem um superávit na sua balança canas no Brasil são muito superiores quando apresentação, Ivan Ramalho deu por encer-
comercial algo em torno de US$ 40 bilhões comparadas com a entrada de investimentos rada a Sessão de Abertura do Seminário.
Dados do México
DPZ DPZ
BNDES-exim.
BNDES-exim.
Tirar
Tirar
o seu
o seu
projeto
projeto
dodo
papel.
papel.
Esse
Esseé oé nosso
o nosso
projeto.
projeto.
Esse
Esseé oé nosso
o nosso
papel.
papel.
O BNDES-exim,
O BNDES-exim,
além
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de ser
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o mais
o mais
importante
importante
instrumento
instrumento
de financiamento
de financiamento
às exportações
às exportações
de produtos
de produtos
brasileiros,
brasileiros,
é também
é também
o caminho
o caminho
mais
mais
curto
curto
entre
entre
as empresas
as empresas
de serviços
de serviços
e o emercado
o mercado
global.
global.
Se você
Se você
trabalha
trabalha
comcom
projetos,
projetos,
obras,
obras,
desenvolvimento
desenvolvimento
de software
de software
e outras
e outras
atividades
atividades
na área
na área
de serviços,
de serviços,
consulte
consulte
as soluções
as soluções
BNDES-exim
BNDES-exim
e leve
e leve
seus
seus
conhecimentos
conhecimentos
parapara
o mundo.
o mundo.
Se oSeserviço
o serviço
da sua
da sua
empresa
empresa
é competitivo,
é competitivo,
comcom
o BNDES
o BNDES
apoiando
apoiando
ele ele
Ministra Dora Rodriguez , Oldemar Ianck (Suframa) e Luciene Machado (BNDES) foram os palestrantes do Painel I do seminário
O Painel I do Seminário Bilate- Social (BNDES), Luciene Ferreira mos anos. “Houve, recentemente,
ral de Comércio e Investimentos Machaodo; a representante per- um investimento importante no
Brasil-México teve como tema: manente do México na Asssociação setor bancário. O banco mexicano
Oportunidades de investimentos Latina Americana de Integração Azteca vai começar a operar no
bilaterais; facilitação das operações (Aladi), embaixadora Dora Rodri- Brasil. Obviamente, o Brasil tem
de empresas brasileiras no México guez e o superintendente de Pro- oferecido excelentes oportunidades
e empresas mexicanas no Brasil. O jetos da Superintendência da Zona para os investimentos externos,
presidente do painel foi chefe do Franca de Manaus (SUFRAMA), mas é também necessário que o
departamento econômico da CNC, Oldemar Ianck. Brasil também invista no mercado
Carlos Thadeu de Freitas Gomes e a Para dar início aos trabalhos, o pre- mexicano”, disse. Em seguida, ele
sessão contou com os expositores: a sidente do painel disse, antes das passou a palavra para a chefe do De-
chefe do do Departamento de Co- palestras do painel, que a área de partamento de Comércio Exterior
mércio Exterior do Banco Nacional investimentos do México no Brasil do BNDES, Luciene Machado, a
de Desenvolvimento Econômico e vem crescendo de volume nos últi- primeira expositora do painel.
exterior o BNDES tem contatos com um ca amparados pelo mecanismo de regras, dos investimentos externos nos anos 70.
conjunto de 13 bancos em diversos países e que é um arcabouço institucional e legal “O México, então, se propôs a aprovei-
onde atua. “No México, os principais ban- interessantíssimo. Ele viabiliza investi- tar as oportunidades associadas como as
cos são componentes dessa lista, cujo aval mentos públicos e, de outro lado, tem em crescentes correntes de comércio e inves-
serve de garantia suficiente para suportar conta todas as limitações de endividamen- timento através da política de liberalização
uma operação de financiamento à comer- to com as quais todos os governos hoje e desregulação, tratando de fomentar a
cialização”. Ela comentou também que o se defrontam. É um mecanismo bastante competitividade das suas exportações para
Brasil possui um instrumento de seguro interessante que nós temos aí nos dedicado fazer do país um lugar mais atrativo para os
a estudar na solicitações que participamos investimentos produtivos”, disse.
de crédito à exportação. Há no país uma
junto com empresas brasileiras. A diplomata revelou que o processo
estrutura bastante definida calcada no FGE
O segundo ponto no qual também o de liberalização comercial acompanhou
(Fundo de Garantia à Exportação), que é a o esforço da abertura dos mercados
banco está trabalhando como parte da
forma de o Tesouro brasileiro oferecer aos externos. Foi através das negociações
política externa do governo é o de fo-
exportadores brasileiros a possibilidade de mento da utilização de biocombustíveis, multilaterais, bilaterais e regionais, que o
cobertura de riscos comerciais e políticos notadamente o etanol de cana-de-açúcar, México começou esse processo, primeira-
no exterior. afirmou Luciene Machado. A palestrante mente com o ingresso ao GATT em 1986,
disse que a ênfase na cana se dá em razão para continuar em 1992 com a assinatura
“Entendendo a globalização como de se prevenir os temores de se promover do primeiro dos doze tratados de livre
a integração comercial, financeira, o etanol de milho num país onde esse ali- comércio (TLCs) com mais de 40 países
de pessoas e idéias no mercado mento é considerado o principal item na (Américas do Norte e Latina, Europa
global. Num mundo globalizado pauta de segurança alimentar. “Para nós, e Ásia). “Assim como em vários outros
investimentos em etanol é viável e im- acordos de complementação econômica
as políticas e estratégias de de proteção e promoção recíproca dos
portante por motivos, não só do ponto de
desenvolvimento são inseparáveis vista ambiental, mas também econômico. investimentos, além de uma participação
da inserção externa” Temos uma capacidade de exploração de ativa comercial”.
DORA RODRIGUEZ petróleo e desenvolvimento e, ainda assim, Essa rede de apoio tem sido um dos
entendemos que é necessário utilizar todo pilares do crescimento econômico do
No âmbito da ALADI, existe um o óleo que geramos. O governo tem se México nos últimos anos e também para a
mecanismo extremamente importante dedicado a fomentar investimentos dessa estratégia de promoção e abertura para o
e denotativo do que pode ser um maior natureza no exterior, e o BNDES esta fortalecimento da competitividade, infor-
processo de integração que é o CCR. O vindo a reboque”, concluiu. mou a palestrante. Ela disse que isso pode
Brasil, segundo Luciene Machado, tem ser observado nas taxas de juros, nos índi-
utilizado bastante o mecanismo, e o com- Comércio exterior mexicano ces de inflação e no déficit público. “Todos
promisso assumido pelos BCs da região é esses dados estão em patamares muito
A segunda palestrante do painel foi a satisfatórios”, disse. Os TLCs constituem
visto como o melhor mitigador de riscos embaixadora Dora Rodriguez, represen-
existente. “O CCR tem sido um mecanis- um quadro jurídico de comércio exterior
tante permanente do México na Aladi. de longo prazo. Para ela, esses mecanismos
mo importante toda vez que a gente fala De início, ela ressaltou a importância do
de exportação para países dessa região e garantem segurança a todos os agentes
comércio exterior e desenvolvimento econômicos, incluindo os exportadores
o México está incluído nesse processo”, econômico na história da humanidade,
disse a palestrante. investidores e consumidores, gerando,
processo esse que ganhou força com o assim, importantes oportunidades de
Além dessas garantias apresentadas, a surgimento da globalização. “Entendendo a
expositora mencionou outras modalidades negócios. “A abertura gera uma demanda
globalização como a integração comercial, de produtos mexicanos a um mercado de
de garantias, sobretudo para as exporta- financeira, de pessoas e idéias no mercado
ções ao México, uma vez que o país apre- mais de 1 bilhão de consumidores poten-
global. Num mundo globalizado as políti- ciais e isso tem permitido aproveitar as
senta baixo risco político e econômico e cas e estratégias de desenvolvimento são
essa situação permite que se ofereçam mais economias de escala com base nos pontos
inseparáveis da inserção externa”, comen- fortes da nossa economia, assim como
alternativas e possibilidades de trabalhar tou a diplomata.
outros tipos de garantias. “Aproveitan- incentivamos à especialização da economia
Ela relatou que, a partir da década de mexicana em alguns setores produtivos”,
do a interlocução que temos tido para 1950, a política comercial do México fez
aprofundar as conversações iniciadas pelo afirmou Rodriguez.
parte de uma estratégia para resolver os
presidente Lula em sua última viagem ao problemas do país latino-americano, da
México é preciso reforçar dois tópicos. O Maior inserção internacional
necessidade de desenvolvimento interno e
primeiro deles é enfatizar os projetos de fazer frente a uma economia internacional A produção de bens de maior valor
infra-estrutura e, na verdade, nos congra- mais globalizada. O México, assim, come- agregado, e que demandam mais tecno-
tulamos com a realidade mexicana, que foi çou um programa estrutural para corrigir logia, mão-obra qualificada e produtos de
extremamente hábil, na nossa avaliação, as distorções do modelo de substituição de alta qualidade que cumprem com os mais
em criar mecanismos de contratação públi- importações dos anos 50, e que foi o freio altos requisitos e normas internacionais são
criação da área englobou as idéias cepalinas 2023”, completou Iank. como existe uma redução de impostos,
da substituição das importações. Ele citou O superintendente ressaltou que, ini- isso acaba também por gerar constitui uma
ainda que a Zona Franca tem como objetivo cialmente, a Zona Franca foi concebida grande base de tributação local”, disse o
criar na região amazônica setores industrial, como uma simples área de comércio em superintendente.
comercial e agropecuário. Manaus e, posteriormente, alguns efetivos Para a instalação das empresas que ope-
foram determinados para o interior da ram na Zona Franca, estabelece-se, segundo
Amazônia e para a regiao denominada Iank, uma série de exigências “Está tudo
História Amazônia Ocidental. Essa região constitui estipulado em legislação própria, portarias
Levantando uma perspectiva histórica os estados do Amazonas, Acre, Rondônia e segmentos e que fazem a base da nossa
mais remota, Iank lembrou que Manaus e Roraima. A partir dos anos 90, ganhou legislação. Apenas para ilustrar a aprovação
teve o seu apogeu entre os anos de 1880 abrangência com a inclusão de pequenas de um projeto industrial para cada indústria
até os anos 1912-1915, por intermédio da áreas de fronteiras com a Bolívia, Peru e que lá se instala, é formado um colegiado
exploração da borracha. Com grande peso Colômbia e áreas da Amazônia Oriental - o Conselho de Administração da Suframa
na balança comercial do País, ela era man- como Macapá e Santana. “Na verdade, - que é presidido pelo Ministro do Desen-
tida pela exportação muito propriamente essa área toda não é mais uma simples volvimento a Indústria de do Comércio
desse produto. No entanto, o processo zona franca. O próprio Mercosul a trata Exterior, além de mais oito ministros,. go-
entrou em declínio a partir do cultivo de como área brasileira especial , onde os vernadores da região, prefeitos das capitais,
seringais na Ásia, em especial na Malásia, incentivos fiscais são ainda enunciados es- representantes de classes trabalhadoras e
fazendo com que a região amazônica fi- pecificamente para cada um desses pontos classes produtoras”, declarou. Ele acres-
casse praticamente abandonada. Apesar geográficos”, declarou Iank. centou dizendo que hoje atuam na Zona
de um efêmero desenvolvimento durante Franca de Manaus cerca de 450 indústrias,
a Segunda Guerra Mundial, em razão da “Eu costumo dizer que na gerando cerca de cerca de 100 mil empre-
tomada dos seringais da Ásia pelos japo- gos diretos e 500 mil empregos indiretos
SUFRAMA nós tratamos de
neses, os aliados buscaram o suprimento através das cadeias produtivas integradas
de borracha na região. Dessa forma, houve assuntos tão diferentes como
ao Pólo Industrial de Manaus.
uma breve revitalização do processo de ex- plantações de couve e vaca, O incremento tecnológico também está
trativismo. Décadas mais tarde, criou-se, a passando para TV digital e na pauta de projetos da Suframa. Segundo o
partir de estudos, projetos de inclusão de outros itens de alta tecnologia” superintendente, há em curso um processo
desenvolvimento regional. Assim, surgiu OLDEMAS IANCK de acumulação de tecnologia, através de
na região do nordeste a Sudene, e na região estudos feitos em parceria com a Fundação
da Amazônia, a Sudam, com incentivos Ao longo das décadas, a cidade de Getúlio Vargas, com base na inovação de
fiscais específicos. Em 1967, foi criada a Manaus recebeu um pacote mais robusto tecnologia em equipamentos e produtos
Zona Franca de Manaus. dos incentivos fiscais. Nessa capital, foram “São processos bastantes complexos e te-
“Eu faço questão de ressaltar que a Zona instaladas duas áreas: a primeira área deno- mos inclusive empresas nacionais da área
Franca está presente na Constituição de minada de distrito industrial, com 1.700 de eletrônica que estão trabalhando para
1988, no artigo 3º, que estabelece como hectares; e a segunda, com expansão de a melhoria e avanço tecnológico desenvol-
objetivos fundamentais da República Fe- 5.700 hectares, onde há um processo de vendo desde o desenho, design, lay out e
derativa do Brasil, a construção de uma ocupação já bastante acelerado. “ A cidade da formauilação de moldes e matrizes, até
sociedade livre, justa e solidária, erradicar de Manaus, que nos anos 70 tinha em tor- matérias primas e peças. Esses processos
a pobreza e a marginalização e reduzir as no de 250 mil habitantes, hoje possui 1,8 advindos dessa abertura para o exterior de
desigualdades sociais e regionais”, afir- milhão. Isso gerou uma demanda agregada toda a produção integrada online com as
mou o expositor. Dessa forma, declarou bruta por bens e serviços, e que faz com matrizes e uso de equipamentos de alta
ele, a Zona Franca de Manaus tem de ser que sejam importados bens das áreas de tecnologia e automação”, destacou.
encarada como um projeto de Estado e comestíveis e bebidas. Com a concretiza- Em termos financeiros, Iank apresen-
não de governo. “No próprio artigo 40 ção do projeto multimodal Manta-Manaus, tou um quadro que ilustra a evolução do
do Ato das Disposições Constitucionais certamente esse comércio vai ficar muito faturamento da Zona Franca. Em 2006,
Transitórias, estava previsto que a Zona mais avançado”, afirmou. área registrou lucro de US$ 22,9 milhões
Franca de Manaus iria atuar, com suas ca- O expositor detalhou, em quadro apre- no ano passado. Segundo o expositor, é
racterísticas de área de livre comércio, de sentado, os incentivos fiscais praticados na interessante notar o valor agregado dentro
exportação e importação, e de incentivos região. O único que apresenta isenção total dessa produção. “Dos US$ 22.9 milhões,
fiscais, pelo prazo de vinte e cinco anos, é o IPI (Imposto Sobre Produtos Industriali- nós importamos US$ 5,8 milhões em
a partir da promulgação da constituição”, zados) e a área conta também com parceria componentes, peças e outras matérias
afirmou. “Mas depois, com a Emenda com o estado do Amazonas para que tenha primas. Assim, tirando esse montante de
Constitucional 42, foram acrescidos dez uma contrapartida no ICMS (Imposto so- importação, teremos um valor agregado
anos ao prazo fixado no art. 40 do ADCT, bre Circulação de Mercadoria e Serviços) bruto, em termos genéricos, US$ 17 mi-
ou seja, ela ficará constitucionalizada até cobrado pelo governo local. “Na verdade, lhões aproximadamente, sendo que cerca
Comércio e energia
Painel aborda a importância do fluxo de investimentos mexicanos no Brasil e
a atuação da Petrobras no México
Ernesto Silva (presidente da Femsa), Armando Meziat (MDIC) e Milton Costa (Petrobras) debatem as relações mexicano-brasileiras nos setores do
comércio e energia
As relações Brasil – MEXICO no setor energético e painel, diznedo logo no início da sua apresentação que
a presença mexicana nas áreas de alimentos e bebidas México e Brasil vêm apresentando forte desenvolvimento
foram os temas abordados no Painel II do Seminário dentro das suas áreas geográficas naturais. No entanto,
Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos Brasil- segundo o expositor, os dois países estão tendo as suas
México. Para presidir a sessão, foi convidado o secretario inserções na economia mundial reduzidas, sobretudo
de Desenvolvimento da Produção do Ministério do em função das presenças da China, Índia e Rússia no
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior plano de concorrência econômica internacional. “O
(MDIC),Armando Meziat, e o painel teve como moderador México é, claramente, líder no norte da América
o diretor de Comércio Exterior (Decex) do MDIC, Latina e o Brasil é líder na América do Sul. Porém,
Arthur Pimentel. Expositores: Milton Costa Filho – não é suficiente. México e Brasil necessitam voltar a
Gerente-Geral da Petrobrás no México; e Ernesto Silva, olhar-se para mudar de paradigma e capturar novas
presidente da Associação dos Empresários mexicanos oportunidades de crescimento e progresso de suas
no Brasil, e Presidente da FEMSA – Divisão Mercosul. economias. México e Brasil devem olhar-se como
O executivo Ernesto Silva foi o primeiro a discursar no sócios, como aliados sinérgicos”, disse Ernesto Silva.
24 Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos B R A S I L • M É X I C O
de 40 países é também um fator positivo
que pode estimular as relações bilaterais
Brasil-México. Uma vez que esse país tem
Tratados de Livre Comércio com diversos
países, empresas brasileiras podem utilizar
o México como plataforma de exportação
de seus produtos para mercados atraentes,
como o dos Estados Unidos.
Nova dinâmica
As visitas do Presidente Filipe Calderón
ao Brasil, em 2006, e do secretário de
Economia do México, em julho de 2007,
assim como a visita do Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva ao México, em agosto
de 2007, para Nuevo León e Cidade do
México, representam, na visão de Ernes-
to Silva, uma nova dinâmica nas relações
Ernesto Sila (presidente da FEMSA) diz que empresas mexicanas apostam no potencial da economia político-empresariais entre os dois países.
brasileira De acordo com o executivo, os primeiros
resultados dessas visitas foram: a revisão
para ampliar o ACE-53, investimentos
México no Brasil Brasil são superiores a US$ 15 bilhões, brasileiros em Nuevo Leon, entendimen-
e eles são oriundos principalmente dos tos na área de negócios de exportação e
E
m seguida, o executivo traçou o
setores de Telecomunicações, Bebidas e importação entre São Paulo e Nuevo Leon
quadro da presença das empresas
Alimentos, Eletrodomésticos, Hotelaria, e a assinatura de Protocolo de Cooperação
mexicanas no Brasil. Ele preside a
Autopeças, Química e Informática. De entre Monterrey e a Prefeitura de SP. “Nes-
ASEMEXBRA (Associação dos Empresá- acordo com Ernesto Silva, só a Coca-
rios mexicanos no Brasil), associação sem se contexto, a ASEMEXBRA e a FEMSA
Cola FEMSA e a FEMSA Cerveja Brasil atuam na construção de pontes entre Brasil
fins lucrativos e que tem como objetivo, investem no Brasil cerca de US$ 2 bilhões e México”, disse.
segundo informou Ernesto Silva, lograr ao ano. “O México é o maior investidor
o desenvolvimento das empresas mexi- no Brasil entre os países em desenvol-
canas no Brasil e das relações bilaterais vimento”, afirmou. Em contrapartida, Geografia econômica
entre México e Brasil. A associação reúne Ernesto Silva disse que os investimentos Para os investidores brasileiros, Ernes-
também empresários brasileiros que te- brasileiros no México ainda são pequenos, to Silva citou as regiões de Nuevo Leon,
nham alguma relação de negócio com o totalizando, segundo ele, cerca de US$ 1 Monterrey e Cidade do México como
México. Entre as empresas associadas da bilhão ao ano. áreas que podem ser aproveitadas para
ASEMEXBRA estão: FEMSA, Embratel, investimentos em razão das suas posições
Claro, Bimbo Softtek, Aeroméxico, Jugos “O México é o maior investidor estratégicas. Nuevo Leon está localizada
del Valle, Xignus-Yasaki do Brasil,Grupo no Brasil entre os países em no principal corredor logístico Norte-
Posadas (Caesar Park), Dako Eletrodo- desenvolvimento” Americano, gerando, assim, facilidade de
mésticos, entre outras. “Os membros da exportação aos EUA, pois está próximo
ERNESTO SILVA
ASEMEXBRA aportam, voluntariamente, aos portos do Golfo do México e Oceano
seu tempo, talento e esforço para propiciar Pacífico. A capital, Monterrey, está somen-
O comércio exterior também foi te a 200 Km da fronteira com o estado do
o desenvolvimento de uma rede de con-
abordado pelo palestrante. O executivo Texas. Só a cidade do México tem uma
tatos empresariais e sociais que facilite o
ressaltou a importância do México como população de 24 milhões. Também fica
intercâmbio de experiências e a estância destino das exportações brasileiras. Em próximo dos portos no Golfo do México
e imersão cultural dos mexicanos que 2006, as exportações Brasil a México US$ ou no Pacífico. “Exemplos de possíveis
residem no Brasil”, afirmou. 4,44 bilhões México a Brasil US$ 1,31 oportunidades entre México e Brasil têm
bilhões. É o quarto saldo comercial mais que ser avaliadas”, disse. Na avaliação de
Relações bilaterais favorável do Brasil com um superávit de Ernesto Silva, incentivos para investimen-
entre México e Brasil US$ 3,13 bilhões. A condição mexicana de tos diretos nos dois países, desenvolvimen-
Os investimentos diretos mexicano no propiciar um mercado aberto para mais to de parcerias para aproveitar relações
“O México tem que acreditar no Milton Costa Filho, gerente geral da Petrobras-México, palestra sobre a atuação da empresa no
Brasil e o Brasil no México. Há México
quatro anos, a
FEMSA acreditou no Brasil e plementação da oferta e da demanda pela negócios. Fazemos o mesmo convite aos
chegou para ficar” sazonalidade e demanda doméstica com empresários brasileiros. Recordando que
massa crítica e economia de escala e tem Brasil e México estão destinados a ser: Os
ERNESTO SILVA
a “latinidade” como denominador comum. Leões da América”, disse, concluindo a sua
“O México tem que acreditar no Brasil apresentação.
e o Brasil no México. Há quatro anos, a
Complementaridade e parceria FEMSA acreditou no Brasil e chegou para As atividades da
O entendimento de que México e Bra- ficar. Nesse período, o Brasil nos brindou Petrobras no México
sil não são países de economias rivais e que com um ambiente propício para crescer e O segundo palestrante da sessão foi
têm um destino comum podem ajudar a progredir, nos ofereceu excelentes oportu- o gerente-Geral da Petrobrás no Méxi-
traçar estratégias que visam implantar a nidades de criação de valor; e, sobretudo, co, Milton Costa Filho. No início da sua
complementaridade, assim como parcerias recebemos do Brasil o mais importante: apresentação ele falou das atividades da
sinérgicas entre os dois países, argumentou o valor de sua gente Por isso, convidamos estatal de petróleo brasileira no México.
Ernesto Silva. Para ele, os desafios compar- aos empresários mexicanos a conhecer e Costa Filho revelou que a Petrobras tem
tilhados podem garantir um crescimento confiar no Brasil e desenvolver alianças e contratos de obra pública financiada com
econômico superior a 5-6% por ano, pois
propiciará maiores investimentos em infra-
estrutura e educação, e o desenvolvimento
das vantagens comparativas e competitivas Plano de Investimentos da Petrobrás 2008 – 2012
para se contraporem a China, Índia e Rús-
(100% = 112.4 bilhões de dólares)
sia. “Brasil e México precisam olhar um
ao outro como “aliados sinérgicos” para
atacar os mercados em que cada país já tem
estabelecidas fortes relações comerciais, e
VLÕÃÌÛià ,/
ÊÓÈ]ί
assim, consolidarem-se como as potências
£]ί
latino-americanas complementarias a nível
mundial”, declarou.
À«À>ÌÛ
Ernesto Silva disse que essa parceria Ó]ί
complementar é bastante plausível, uma ÃÌÀLÕXK
vez que México e Brasil possuem dispo- Ó]ί
nibilidade de matéria prima, infra-estru- *iÌÀµÕV>
tura e tecnologia desenvolvida, r ecursos Î]n¯ E
ÊÈ]ä¯
humanos, localização geográfica, com-
Exportando serviços
Palestrantes discutem a importância dos setores de serviços e dos
investimentos em logística para o comércio exterior entre Brasil e México
Fábio Martins Faria (MDIC) Edson Lupatini (MDIC) Jovelino Gomes Pires (AEB): palestrantes do Painel III
L
O Painel III do Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos upatini, em início da sua palestra,
Brasil-México teve como tema: As exportações de serviços e infra-estrutura. afirmou que a secretaria trata do
comércio doméstico no que diz
O objetivo foi debater a importância do setor de serviços, que vem apre-
respeito a varejo e atacado e também
sentando fortes tendências de crescimento dentro do cenário recente do no setor de serviços, tanto em âmbito
comércio exterior. Daí a necessidade de se elaborar estratégias para incen- nacional como internacional. No caso
tivar as trocas comerciais com o resto do mundo configura-se essencial para de serviços, ele disse que há dois anos
os países que buscam se inserir de forma relevante no comércio mundial. estão sendo montadas as bases estatís-
ticas de conhecimento desse segmento,
A sessão contou como expositores o presidente da Câmara de Logística da que incluem dados sobre profissionais
Associação de Exportadores Brasileiros (AEB), Jovelino Gomes Pires; e o se- liberais e empresas que atuam nessa
cretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria área e tratando também de verificar e
e Comércio Exterior, Edson Lupatini. Para presidir o painel foi convidado o promover a primeira balança de ser-
viços do comércio externo e serviços
embaixador Gonçalo de Mello Mourão (diretor-geral do Departamento do
do Brasil. “Nós fizemos, recentemente,
México, América Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores o primeiro panorama do comércio
– MRE) e foi moderado pelo diretor de Planejamento e Desenvolvimento internacional de serviços. Temos os
do Comércio Exterior do MDIC, Fabio Martins Faria. dados consolidados de 2005 e 2006.
Embaixador Andrés Valencia; João Augusto de Souza Lima, presidente da FCCE; e o cônsul-geral do México no RJ, Andrés Ordoñez
A mesa da Sessão Solene de Encer- de Comércio e Serviços do MDIC xador do México no Brasil, Andrés
ramento foi composta pelos seguin- ,Edson Lupatini; a vice-Presi- Valencia.
tes participantes do seminário: o dente-executiva da Associação de
gerente-geral da Petrobras-México, Comércio Exterior do Brasil - AEB
Milton Costa Filho, o Presidente Lucia Maldonado, cônsul-Geral do
da Câmara de Logística da Asso- México no Rio de Janeiro, Andrés Dificuldades
O
ciação de Exportadores Brasileiros Ordóñez. Para fazer os pronuncia- coordenador de negociações do
MDIC iniciou o seu pronuncia-
– AEB, Jovelino Pires; o diretor de mentos da sessão foram convidados mento dizendo que, desde 2004, o
Planejamento e Desenvolvimento o coordenador-geral de negociações Brasil tem tentado aprofundar os acordos
do Comércio Exterior do MDIC, e acordos comerciais do Brasil do assinados com o México. No entanto, ele
afirmou que, apesar de ter havido uma
Fabio Martins Faria; o secretario MDIC, Wednes Costa, e o Embai- troca de listas de interesses, o México
Wednes Costa, coordenador-geral de negociações e acordos comerciais do Brasil do MDIC, em pronuciamento especial na sessão de Encerramento
não colocava o seu setor agrícola nas alertou que caso os entendimentos nos não é fácil conseguir um consenso no
negociações. “Conhecendo a dificuldade acordos comerciais entre Brasil e México marco jurídico na relação entre México
do México em negociar o setor agrícola, não forem aprofundadas, ambos os países e Brasil. As indústrias brasileiras e mexi-
em março de 2006, o Brasil apresen- serão “atropelado pelo espaço de livre canas cresceram de uma maneira muito
tou proposta que concede preferência comércio da Aladi”.
semelhante. E elas não são exatamente
tarifária de 20% dos produtos que não complementares, mas sim muitas vezes
constam da lista de exceções”, disse Wed- competitivas. Há, de um lado e do outro,
nes Costa. Ele explicou que a proposta “No mundo globalizado, o setor produtos extremamente sensíveis. O
do Brasil seria incluir todo o universo de serviços apresenta cada vez setor agropecuário é sensível para nós,
tarifário com a preferência de 20% para mais relevância. assim como os produtos eletro-eletrô-
os produtos excluídos e 30% para os
Nas economias desenvolvidas, nicos são sensíveis para a indústria brasi-
produtos que já tinham incluídos 20%.
o setor terciário responde por leira. Não vai ser fácil se persistimos nas
Isso seria feito de uma forma genérica,
cerca de 80% do posições que temos mantido nos últimos
admitindo a possibilidade de analisar as
PIB. No Brasil esse percentual é anos. Mas tenho certeza que os presi-
listas trocadas. “As propostas estão com
de 58%” dentes Lula e Calderon têm instruindo
o governo mexicano.
E D S O N L U PAT I N I os seus negociadores a encontrar pontos
Já tivemos duas reuniões e não houve
pronunciamento da parte do México. em comuns para que o comércio entre
Estava prevista uma reunião para o iní- os dois países avance”. Para o diplomata,
cio de setembro de 2007, mas que não essa é uma proposta de vontade política,
pôde ser realizada em razão da troca da
Remover obstáculos apesar de reconhecer também que esse
equipe negociadora mexicana. Então, de Após a palestra do coordenador de processo vai encontrar resistências inclu-
parte do governo brasileiro, estamos à negociações e acordos comerciais do sive nos setores produtivos. “Em todos os
disposição para avançar, principalmente MDIC, foi a vez do embaixador do Méxi- tratados comerciais, é preciso barganhar
pelo AC 53, já que o AC 55 já está todo co no Brasil, Andrés Valencia, fazer o úl- muito”, disse, concluindo assim a sua
negociado”, afirmou o palestrante. timo discurso do seminário. Ao começar participação. Em seguida, o presidente
Apesar do quadro apresentado, Wed- o seu discurso,Valencia disse que há uma da FCCE, João Augusto de Souza Lima,
nes Costa declarou que o relacionamento clara vontade expressa de se construir encerrou o seminário, agradecendo a
bilateral tem condições de melhorar. Ele um marco jurídico mais favorável nas participação dos empresários mexicanos
lembrou que está em curso uma discussão relações bilaterais e tratar de ultrapassar e brasileiros, representantes dos gover-
na Aladi para a adoção de um projeto de os obstáculos existentes. “Todos os que nos dos dois países, assim como os demais
espaço de livre-comércio. Ele, contudo, estão aqui presentes reconhecemos que presentes ao evento.
Em defesa do livre-comércio
regional
Representante mexicana na Aladi diz que a instituição busca concretizar
o projeto de criação do livre-comércio latino-americano
Dora Rodríguez - Não acredito que a Mas os países latino-americanos estão o primeiro exportador da América Latina.
existência de diferentes blocos econômicos trabalhando nesse e em outros pontos As exportações estão se tornando cada vez
seja um grande empecilho para o projeto específicos. mais importantes para economia mexicana,
de integração regional. No Tratado de representando, hoje, 41% do PIB.
Montevidéu (responsável pela criação “Em termos de comércio, a nossa
da Aladi em 1980) temos o princípio do região melhorou muito, sobretudo
reconhecimento da diversidade. O pro- as relações comerciais do Brasil Em relação às relações comerciais
jeto da Aladi também insere esses blocos com o Brasil, a grande constatação é
nesse processo de integração regional,
e do México”
DORA RODRÍGUEZ
a de que o México ainda mantém um
sobretudo porque esse projeto estimula o fluxo de comércio muito concentra-
processo de convergência, tendo em vista do com os EUA. É possível diminuir
os numerosos acordos de alcance parcial Mas é possível dizer que houve essa relação e aumentar o comércio
existentes na região sobre eliminação ou melhorias políticas e comerciais nas na região como um todo?
redução tarifária. relações entre os países da região?
Dora Rodríguez - Reconhecemos que
Dora Rodríguez - Eu preferiria não ainda é grande a concentração das nossas
A América Latina tem um histórico fazer comentários políticos. Mas em exportações para os EUA. Mas o governo
de problemas que impedem com termos de comércio, a nossa região mexicano está trabalhando para trazer
que a região acompanhe o cresci- melhorou muito, sobretudo as relações maior diversificação nos destinos, através
mento econômico visto em outras comerciais do Brasil e do México. Em de assinatura de tratados comerciais com
partes do mundo. Como a Aladi 2006, conseguimos alcançar um fluxo de o Japão, União Européia e também aqui
pode trabalhar para que esse qua- comércio de US$ 250 bilhões. O México é na América Latina e Caribe. Eu diria,
dro melhore?
“O governo mexicano está contudo, que os dois países necessitam de
Dora Rodríguez - Temos que trabalhar um esforço dos empresários para tornar as
mais na questão da competitividade. E, trabalhando para trazer maior
relações bilaterais mais intensas. Isso não
nesse quesito, é importante trabalhar na diversificação nos destinos” será apenas bom para a América Latina de
melhoria da educação, pois ela é a base. DORA RODRÍGUEZ forma ampla e geral.
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Incentivando investimentos em
solo mexicano
O México é um bom mercado para empresas brasileiras, afirma
representante do BNDES
O México é um país de baixo risco to Econômico e Social tem papel entrevista à Revista da FCCE e,
para investimentos, mas, ao contrá- preponderante para que empresas entre os assuntos abordados, ela
rio do que ocorre na América do brasileiras tenham condições de disse que as companhias brasileiras,
Sul, ainda é pouco explorado por atuar no mercado mexicano. Repre- sobretudo as de engenharia e infra-
empresas brasileiras. Essa atual con- sentando a instituição no Seminário estrutura, já deram mostras de que
jectura pode, contudo, se modificar, Bilateral de Comércio Exterior e são altamente capacitadas e que,
desde que as conversações entre Investimentos Brasil-México, a che- por isso, há grandes possibilidades
empresários e governos mexicanos fe do Departamento de Comércio de elas entrarem no México para
e brasileiros se intensifiquem. E o Exterior do BNDES, Luciene Fer- projetos futuros. Confira os trechos
Banco Nacional de Desenvolvimen- reira Monteiro Machado, concedeu da entrevista.
36 Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos B R A S I L • M É X I C O
ENERGIA
Atualmente, o governo brasileiro É possível afirmar que a linha de Mas então o sucesso das empresas
vem buscando estreitar os relacio- financiamento à exportação geren- brasileiras na América do Sul se dá
namentos com os países da América ciada pelo BNDES tem contribuído em razão da falta de concorrência e
Latina. Dentro desse quadro, qual a para o bom momento do comércio não interesse por parte das empre-
importância dessa região, e do Mé- exterior brasileiro? sas de outros países?
xico em particular, para o BNDES?
Luciene Machado - Acho que contribui Luciene Machado - Não diria que isso
Luciene Machado - O BNDES entende sim. O movimento em geral é na direção se dá de forma tão categórica. Mas é claro
que o fortalecimento das relações entre o contrária, porque a prioridade de política que tendo que priorizar outros mercados,
Brasil e os países da América Latina seja de e interesse comercial das empresas brasi- as empresas americanas e européias vão
alta prioridade. Desde 2003, o continente leiras normalmente vem antes da alterna- priorizar países mais próximos e com riscos
é foco da política externa do governo Lula tiva ao financiamento. Agora, não se pode menores. No caso da América do Sul, as
para a integração latino-americana. Nesse negar a importância da alavancagem que
empresas brasileiras vêem essa região como
contexto, o BNDES observa que o México o instrumento de financiamento traz para
o seu mercado natural, o que não impede
é um parceiro muito importante na busca uma relação comercial. Mesmo porque
operações de grande porte só se viabilizam com que as empresas não se interessem
por esse objetivo.
através de financiamentos de longo prazo. por outros mercados. Há empresas que
tecnicamente, em razão da experiência que
“O BNDES tem trabalhado já acumularam, são capazes e competitivas
bastante para que as empresas e, por isso, elas podem estar presentes nas
“O mercado mexicano é muito operações de grande porte em diversos
vendam produtos e projetos para atrativo e de baixíssimo risco, o países do mundo, e isso inclui também o
o México, sobretudo na área de que faz com que a concorrência e México.
infra-estrutura” o interesse outros países - como
LUCIENE MACHADO os Estados Unidos e países da
Europa - em atuar no México Em relação aos volumes de investi-
mentos na região da América Latina,
Como o BNDES está presente no seja muito grande”
é possível vislumbrar um cresci-
México? LUCIENE MACHADO mento em relação ao ano passado?
Luciene Machado - Nós atuamos no
México em duas vertentes. A primeira Luciene Machado - Há sim, sem dú-
delas é fazer com que empresas brasileiras A senhora poderia detalhar os vida. O BNDES está fechando 2007 com
tenham condições de se estabelecerem no projetos brasileiros no México que US$ 400 milhões em desembolso para
México, dentro da linha de internacionali- contam com o apoio do BNDES? investimentos na América Latina. Em
zação de empresas, programa ainda recente Luciene Machado - No momento não 2006, esse montante ficou em US$ 300
no banco, e que tem tido grande demanda, há grandes projetos brasileiros no México. milhões. A expectativa é que, em 2008,
pois as empresas buscam o banco para Estamos agora conversando com expor- estaremos crescendo ainda mais. É claro
fazer operações nesse país. Mas estamos tadores que demonstram algum interesse que os contratos que dão respaldo a esses
ainda em discussão.A outra vertente, é em participar de concorrências nesse país. desembolsos são em muito maior volume,
intensificar o programa de auxílio à expor- Já participamos de algumas concorrências, mas são obras que se efetivam co até cinco
tação brasileira nesse país. O BNDES tem mas até o momento não conseguimos sair anos de maturação.
trabalhado bastante para que as empresas vitoriosos. Isso demonstra que as empresas
vendam produtos e projetos para o México, brasileiras têm tido dificuldades em ganhar
sobretudo na área de infra-estrutura. licitações no México. A razão disso é por- Como o BNDES está acompanhando
que o mercado mexicano é muito atrativo
a formação do Banco do Sul?
e de baixíssimo risco, o que faz com que a
No México, como no restante da Luciene Machado - O BNDES tem
concorrência e o interesse de outros países -
América do Sul, os investimentos
como os Estados Unidos e países da Europa acompanhado, a pedido do governo bra-
também se concentram em projetos
de infra-estrutura? - em atuar no México sejam grandes. sileiro, todas as negociações objetivando a
implantação do Banco do Sul. O governo
Luciene Machado - Com certeza. Na brasileiro já deu mostras de que o Banco do
verdade, o setor de engenharia e infra- Sul é uma iniciativa na qual ele quer par-
estrutura acaba se tornando o nosso foco
“O setor de engenharia e infra-
estrutura acaba se tornando ticipar. Assim, o BNDES está trabalhando
aqui na América Latina. Temos empresas
muito competitivas na região. É claro que o nosso foco aqui na América em conjunto cm o Ministério da Fazenda e
além desses serviços, temos também au- nessa parceria estamos atuando como um
Latina. Temos empresas muito
xiliado empresas brasileiras em pequenas adviser técnico, uma espécie de consultor
competitivas na região” técnico, em razão da experiência do BN-
operações de vendas de máquinas e equi-
pamentos de menor porte. LUCIENE MACHADO DES no Brasil na área de fomento.
Parceria e sinergia
Executivo mexicano elogia o ambiente de negócios brasileiro
Ernesto Silva, presidente da FEMSA, diz que empresários mexicanos estão satisfeitos com o Brasil
Ernesto Silva é presidente da Coca- de Empresários Mexicanos no Brasil, Como vem sendo a atuação da Femsa
no Brasil?
Cola Femsa (Fomento Econômico conversou com a Revista da FCCE
Ernesto Silva - Nos tornamos, em curto
Mexicano S.A) Mercosul e presi- sobre as perspectivas para o futuro prazo, no maior engarrafador dos produtos
dente do Conselho Administrativo da das relações bilaterais e a atuação das Coca-Cola no Brasil. Após nos consolidar-
mos nesse ramo, a Femsa também comprou
Femsa Cerveja Brasil. Sendo a maior empresas mexicanas no Brasil. um outro negócio que foi a cervejaria
empresa de bebidas da América La- Kaiser. Agora, também, já foi negociada
a compra de uma outra engarrafodora da
tina, o grupo Femsa tem operações Coca-Cola em Minas Gerais, e também,
em 9 países (México, Guatemala, em parceria com a Coca Cola, a Femsa
Como a Femsa decidiu entrar no comprou no México e no Brasil a empresa
Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Brasil? Sucos Del Vale.
Colômbia,Venezuela, Brasil e Argen- Ernesto Silva - A Femsa começou a olhar “Nós mexicanos que vivemos
outras oportunidades, fazer investimentos
tina) e atende a cerca 232 milhões no Brasil sentimos que
e comprar outras empresas para acelerar o
de consumidores. Palestrante do crescimento da empresa. Nós já tínhamos estamos em casa”
um negócio na Argentina, em Buenos E R N E S T O S I LVA
Painel II do Seminário Bilateral de
Aires, onde é a maior engarrafadora da
Comércio Exterior e Investimentos Coca-Cola. E como encontramos uma Como é a relação da Femsa, em ter-
oportunidade de comprar um negócio mos de mercado, com o Brasil?
Brasil-México, o executivo, que aqui no Brasil, decidimos, então, investir Ernesto Silva - O Brasil é o segundo
também é presidente da Associação também aqui. mercado da Femsa, depois do México. O
Investindo na
tecnologia de alta
definição
Superintendente da Suframa aponta o ótimo
desempenho da produção de TVs LCD na Zona Franca
de Manaus
Desenvolvendo parcerias no
setor de energia
Gerente da Petrobras no México fala sobre as potencialidades dos acordos firmados
com a Pemex
Milton Costa Filho, gerente geral da Petrobras México, acredita no potencial das parcerias entre a Petrobras e a mexicana Pemex
A busca pelo estreitamento das para as áreas de biocombustíveis, dentro do marco legal. “A produção
relações entre Brasil e México, prospecção em águas profundas e e uso do etanol no México é uma
projeto desenvolvido pelo governo perfuração de poços. boa opção, sem dúvida, mas antes
do presidente Luiz Inácio Lula da Milton Costa, gerente-geral da Pe- verificar como são os relacionados
Silva, também passa por planos que trobras no México, que participou a cana de açúcar no México, assim
delineiam parcerias no campo da do Seminário Bilateral de Comércio como avaliar a participação da Pemex
energia. Para isso, firmar parcerias Exterior e Investimentos Brasil-Mé- nesta atividade. Ainda de acordo
e convênios nesse setor vem sendo xico, disse, em entrevista à Revista da com Costa Filho, há que verificar as
capitaneado pela Petrobras em FCCE, que a ampliação dos convê- condições gerais do setor energético
conjunto com a Pemex (estatal nios com a Pemex busca incrementar mexicano para poder decidir se vale
petrolífera mexicana), nos quais estão o apoio tecnológico e científico, a pena entrar. “Há uma discussão
previstos investimentos em conjunto assim como realizar investimentos que se tenham reformas legais no
42 Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos B R A S I L • M É X I C O
Milton Costa Filho e o embaixador Andrés Valencia
setor, então teremos que ver que se tas nas áreas de engenharia para enfrentar que interessam a Petrobras, nas quais gos-
as trocas poderiam vir, são reformas os desafios do futuro, a Petrobras pode, taríamos muito de aprender”.
nas quais abrirão oportunidades para através do acordo, desenvolver uma série Ele citou, por exemplo, fato de o Brasil
de estudos para determinar os recursos ter muita experiência em águas profundas,
empresas como Petrobras”, disse. O prospectivos nas diferentes bacias, sobre-
gerente ressaltou, no entanto, que tudo para exploração em águas profundas A produção e uso do etanol no
tais propostas ainda estão sendo le- do Golfo do México”, afirmou. O repre- México é uma boa opção, sem
vantadas, e no momento a Petrobrás sentante de Petrobras no México disse
dúvida, mas antes verificar como
tem se dedicado apenas a investir na ainda que o acordo de cooperação tecnoló-
gica e cientifica tem vigência de cinco anos a produção de cana de açúcar
produção de gás natural nos blocos
com possibilidade de renovação. ‘’É um está relacionada no México,
de Cuenca e de Burgos. “Na verda-
modelo de cooperação onde as empresas assim como avaliar a participação
de, estamos estudando e, muito em
têm objetivos comuns’’. Ele especificou da Pemex nesta atividade
breve, vamos ter uma resposta para que as cláusulas de confidencialidade do MILTON COSTA FILHO
atuar no setor de biocombustíveis no contrato foram incluídas porque são coisas
país”, disse. que podem ter impacto importante na
Petrobras e na Pemex. Costa, no entanto, enquanto que a Pemex possui avançadas
explicou que o contrato é uma ampliação técnicas de exploração de poços em terra.
de um acordo que firmado em março “Há, então, determinadas estruturas geo-
Produção e Exploração de 2005. “A idéia é ampliar para varias lógicas no México que não conhecemos
áreas, não somente para águas profundas. e que nos interessaria conhecer. De fato,
J
á na área de Exploração e Produção, são
verificadas boas oportunidades para a O fato é que Petrobras e Pemex são duas Petrobras e Pemex não são empresas que
Petrobras no México. “Como a Pemex das maiores empresas do mundo, e têm competem entre si, mas sim complemen-
tem um portfolio de mais de 200 oportu- competências em determinados setores tares, e esse é o espírito do convênio com
nidades exploratórias em águas profundas, de energia. O México tem uma tradição objetivos de melhorias e de aperfeiçoamen-
que se requer a participação de especialis- petrolífera e competência em muitas áreas to de seus processos de trabalho’’.
“É preciso estreitar os
intercâmbios socioculturais”
Diplomata de carreira, tendo exer-
cido diversos cargos em represen-
tações diplomáticas mexicanas ao
redor do mundo, Andrés Ordóñez
também esteve presente no Seminá-
rio Bilateral de Comércio Exterior e
Investimentos Brasil-México. Além
de diplomata, é ensaísta e poeta,
escreveu diversos livros com ênfase
nos temas de política e literatura.
Confira a entrevista que o diplomata
concedeu à Revista da FCCE:
O país figura como o 15º maior exportador mundial, com participação de 2,1%
nas exportações mundiais de 2006. Nesse ano o México realizou vendas de US$
250 bilhões e registrou um crescimento de 17,0% sobre o ano anterior.
Nas importações mundiais o México também aparece em destaque como o 14º
maior importador, uma participação de 2,2% no total. Em 2006, o país importou
US$ 268 bilhões. Esse montante representa um crescimento de 15,3% em relação
à soma de 2005.
Pelo exposto, nota-se que o país é deficitário em suas relações comerciais. À
exceção de 1995 e 1996, esse déficit persistiu desde 1990. No ano de 2006, o saldo
negativo foi de US$ 18 bilhões. No ano de 2005, havia sido de US$ 19 bilhões,
que representa uma pequena redução de 5%.
O principal parceito comercial mexicano são os Estados Unidos. No ano de
2006, 84,8% das exportações do país se dirigiram a esse mercado, representando
uma soma de US$ 211,9 bilhões. O Segundo maior destino das vendas mexicanas
é o Canadá, com um total de US$ 5,2 bilhões e participação de 2,1% no total.
Seguindo-se ao Canadá, os principais destinos foram: Espanha (total de US$ 3,3
bilhões e participação de 1,3%), Alemanha (US$ 3,0 bilhões, 1,1%), Colômbia
(US$ 2,1 bilhões, 0,7%), Venezuela (US$ 1,8 bilhão, 0,6%), China (US$ 1,7
bilhão, 0,7%), Japão (US$ 1,6 bilhão, 0,6%), Aruba (US$ 1,5 bilhão, 0,6%) e
Países Baixos (US$ 1,3 bilhão, 0,5%).
Os Estados Unidos também são a principal origem das importações do México.
Em 2006 50,9% das compras do país se originaram desse mercado, o equivalente
a US$ 130,4 bilhões. Em seguida, as principais origens foram: China (US$ 24,4
bilhões, 9,5%), Japão (US$ 15,3 bilhões, 6,0%), Coréia do Sul (US$ 10,6 bilhões,
4,2%), Alemanha (US$ 9,4 bilhões, 3,7%), Canadá (US$ 7,4 bilhões, 2,9%),
Taiwan (US$ 5,0 bilhões, 1,9%), Malásia (US$ 4,5 bilhões, 1,7%), Brasil (US$
4,5 bilhões, 1,7%) e Itália (US$ 3,5% bilhões, 1,6%).
A pauta do comércio exterior mexicano é relativamente desconcentrada. Em
2006, o item com maior participação na pauta importadora foi maquinaria elétri-
ca, participação de 22,1% do total, o equivalente a US$ 56,5 bilhões. Os demais
principais produtos importados pelo país foram: maquinaria mecânica (US$ 39,9
bilhões, participação de 15,6%), automóveis (US$ 25,0 bilhões, 9,8%), plásticos e
obras (US$ 15,9 bilhões, 6,2%), combustíveis minerais (US$ 14,5 bilhões, 5,7%),
instrumentos óticos e médicos (US$ 9,9 bilhões, 3,9%), ferro e aço (US$ 7,0 bi-
lhões, 2,7%), produtos de ferro e aço (US$ 6,3 bilhões, 2,4%) químicos orgânicos
(US$ 6,1 bilhões, 2,4%) e papel e cartão (US$ 4,5 bilhões, 1,8%).
Do lado das exportações, o México vende, principalmente: maquinaria elétrica
(US$ 61,7 bilhões, 24,7%), automóveis (US$ 39,5 bilhões, 15,8%), combustíveis
minerais (US$ 39,0 bilhões, 15,6%), maquinaria mecânica (US$ 32,7 bilhões,
M
agdalena Carmen Frida Kahlo y conheço melhor”.
Calderon, mais conhecida como
Frida Kahlo, foi uma artista emo- O reconhecimento de sua arte
cionalmente revolucionária e talentosa. Em 1929, Frida casou-se com Diego
A artista plástica mexicana, que se no- Rivera. Famoso militante socialista, Ri-
tabilizou por ter pintado a si mesma de vera foi um dos pintores mexicanos mais
mil formas, e que transformou todas as importantes do século XX, e fez parte do
suas dores e desamores em arte maior, é movimento muralista, que defendia uma
considerada uma das grandes artistas do arte mais acessível à população de classes
século XX. Ela soube transformar todo o mais baixas. Militante e, ao mesmo tempo,
sofrimento de uma vida em telas fortes e amante de várias mulheres, Rivera fora o
de leituras complexas. maior incentivador da carreira artística de
Nascida em Coyoacán, Cidade do Mé- Frida. “Pega da vida tudo o que ela te der,
xico, em 6 de julho de 1907, ela moveu-se, seja o que for, sempre que te interesse e
por toda a sua carreira, pela paixão e sen- possa dar certo”, dizia Rivera a Frida, no
sualidade. Orgulhosa de sua mexicanidade intuito de fazê-la entender a importância
e de sua tradição cultural, Frida enfrentou de se ir fundo na arte para alcançar resul-
de frente a reinante americanização cultu-
tados imprevisíveis. Ao que tudo indica,
ral do seu país, tudo isso mesclado a um
Frida levou muito a sério esse conselho.
peculiar senso de humor. Na comemoração
Em 1930, o casal viajou para os Estados
dos 100 anos de seu nascimento, a arte
Unidos, para trabalhar e fazer exposições.
de Frida Kahlo ainda permanece viva não
somente no coração e na alma dos seus “E a sensação Frida, que sempre nutriu certa antipatia
compatriotas, mas também dentro da aos EUA (ela costumava chamar esse país
história da pintura mundial. nunca mais de Gringolândia), buscou reafirmar ainda
mais a sua mexicanidade nesse país vestin-
O acidente me deixou, de do roupas típicas, o que chamava a atenção
dos americanos.
Frida foi uma atuante militante comu- Esses traços de forte personalidade
nista e agitadora cultural. No entanto, ela
procurou em sua arte estampar a inten-
que meu corpo fizeram com que fosse admirada e respei-
tada. No entanto, ainda nos EUA, Frida,
sidade do seu ser, através de tintas fortes
em suas telas em auto-retratos, pontuado
carrega em si mais uma vez, se viu em mais uma tragédia.
Após saber que havia engravidado, sofre
por uma vida tumultuada por dores físicas
e dramas emocionais. Não era para menos. todas as um aborto, fazendo com que
o seu sonho de ser mãe ficasse
Aos seis anos contraiu poliomielite (parali-
sia infantil) e permaneceu um longo tempo chagas comprometido. Foi nesse
período que Frida começou
de cama. Recuperou-se, mas sua perna
a produzir telas relacionadas
direita ficou afetada. Ela teve, assim, de
conviver com um pé atrofiado e uma perna
do a essa perda. De volta ao México,
ela teve de superar ainda a
mais fina que a outra.
Em 1925, mais uma tragédia se abateu mundo’’ morte da mãe Matilde (vítima
em sua vida. No ônibus, em que Frida e o da câncer), mais um aborto e
seu então noivo Alejandro Gómez Arias algumas crises no seu casamento com
estavam, colidiu com um trem. O violen- Diego, que a traia até com a sua irmã mais
to choque foi no meio do ônibus, e Frida nova, Cristina.
recebeu todo o baque do acidente. Ela foi Em 1939, ela retornou aos EUA, só
varada por um ferro que lhe atravessou que, dessa vez, sozinha. Em Nova York, a
o abdome, a coluna vertebral e a pélvis. artista plástica faz sua primeira exposição
Ela sofreu múltiplas fraturas, fez várias individual, e é sucesso de crítica. Essa
cirurgias e ficou muito tempo presa em grande exposição acaba levando-a a Paris
uma cama. Sobre o acidente e as seqüelas onde entra no mundo da vanguarda artís-
deixadas em seu corpo, ela declarou, de tica dos surrealistas. Foi lá, na Cidade Luz,
forma dramática, que “a sensação nunca que Frida conheceu Pablo Picasso,Wassily
mais me deixou, de que meu corpo carrega Kandinsky, Marcel Duchamp, Paul Éluard
em si todas as chagas do mundo”. e Max Ernst. Após a sua passagem por
Foi a partir dessa dolorosa experiência Paris, o famoso museu do Louvre adquiriu
que Frida começou a se dedicar incessan- um de seus auto-retratos.Contudo, a crise
temente à pintura. Valendo-se do espelho conjugal com Rivera se reacende e, no
que a sua mãe pendurou no teto em cima mesmo ano, ela se divorcia. A separação
de sua cama, Frida se auto-retratava, dizen- não durou muito tempo e, um ano depois,
do que “eu pinto-me porque estou muitas ela volta a viver com o marido, não con-
vezes sozinha e porque sou o assunto que seguindo, porém, diminuir as turbulências
Morte prematura
Apesar do reconhecido sucesso artísti-
co, Frida teve de enfrentar seu estado de
saúde, que passou a piorar cada vez mais,
“Não sei
levando à amputação da sua perna direita, se minhas
em 1950. Esse episódio acabou por fazer
com que ela caísse em profunda depres- pinturas são ou
são. Mas, apesar de tantos dissabores, ela
continuou pintando. Nesse período, Frida não surrealistas,
pintou as suas últimas obras, como ‘Natu- mas, do que tenho
reza Morta (Viva a Vida)’ e, mesmo com
a saúde debilitada, ela não se desligou por certeza é que são
completo dos movimentos sociais, como
da vez em que participou, em julho de a expressão mais
1954, da manifestação contra a interven-
ção americana na Guatemala. E foi nesse
franca do meu
mesmo ano que Frida, então com 47 anos, ser”
foi encontrada morta em seu leito. Oficial- Frida Kahlo e Diego Rivera
mente, a morte foi causada por ‘embolia
pulmonar’, mas há suspeita de suicídio. No
diário, a pintora deixou as últimas palavras:
“Espero alegre a minha partida - e espero
Comemoração dos 100 anos
não retornar nunca mais.” ara as comemorações do centenário de nascimento da artista mexicana
A contribuição de Frida Kahlo para
a arte latino-americana do século XX é
P Frida Kahlo em seu país, o México realizou a maior exposição da pintora
no Museu de Palácio de Belas Artes da Cidade do México. Com o título
de valor incalculável. O seu olhar nasce “Frida Kahlo, 1907-2007: homenagem nacional” a exposição foi de julho
desde o grande amor pelo povo do seu a agosto de 2007. Concomitantemente, mais de cem obras de Frida até
país natal e ela o mantém sem desviá-lo ao então inéditas foram tornadas públicas. Esses quadros estavam guardados
exterior. Seu reconhecimento universal é,
em um acervo secreto no arquivo do museu Casa Azul, que foi a casa onde
sem dúvida, motivo de orgulho as obras
a artista nasceu e mais tarde viveu com Diego Rivera.
são certamente as mais cotadas entre os
representantes da arte da pintura em nosso
continente.
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Gasoduto
• A Petrobras iniciará, no
primeiro trimestre de 2008,
a construção do terceiro
trecho do Gasene, gasoduto
que ligará Cacimbas (ES)
a Catu (BA). O projeto
terá financiamento
do Banco Nacional
de Desenvolvimento
Econômico e Social
(BNDES), orçado no valor
de R$ 4,51 bilhões. A
obra, segundo informou a
assessoria da Petrobras em
comunicado à imprensa,
vai garantir a integração
Sebrae encomendou pesquisa que aponta o setor agrícola brasileiro como o mais justo e solidário.
da malha de gasodutos das
regiões Sudeste e Nordeste.
Setor agrícola lidera vários fóruns e redes expansão de 37% em relação Além disso, será um meio
o Comércio Justo na de articulação regional aos 12 meses anteriores. As fundamental para permitir
América Latina na América Latina. Em aprovações continuam em a colocação no mercado
uma delas, 12 de seus 42 patamares bem superiores ao brasileiro da produção de
• A América Latina é hoje membros trabalham com das liberações, acentuando gás natural da Bacia do
uma das maiores apostas
do setor agrícola para o lojas especializadas em hiato iniciado em 2005. Espírito Santo. A previsão
mercado do Comércio produtos artesanais. De acordo com a assessoria é de que o trecho entre
Justo e Solidário no do banco, o BNDES Cacimbas e Catu, com
mundo. No ranking dos Sorteio de celulares aprovou R$ 88,9 bilhões, 946 km de extensão, seja
países com movimentos • Antes da Sessão Solene de valor equivalente a um concluído em dezembro de
mais significativos estão Encerramento do Seminário crescimento de 39% na 2009. Para a execução da
Peru, México, Colômbia, Bilateral de Comércio comparação com o mesmo obra, a Petrobras contratou
Exterior Investimentos período anterior. Os a empresa estatal chinesa
Nicarágua e Brasil. É o que
Brasil-México, o enquadramentos somaram Sinopec Group, a sexta
revela o estudo inédito
presidente da FCCE, João R$ 112,4 bilhões (alta de maior companhia petrolífera
sobre o Comércio Justo
Augusto de Souza Lima, 32%) e as consultas R$ do mundo.
promovido pelo Sebrae.
sorteou dois celulares.
A pesquisa, realizada pela 133,3 bilhões (aumento de
Os vencedores foram: a
consultoria Schneider & 40%). O setor de infra-
estudante o 1º período de México quer facilitar
Associados, encomendada estrutura manteve destaque
Relações Internacionais da entrada de turistas
pela Unidade de Acesso a nas aprovações dos últimos
Universidade Estácio de Sá, brasileiros
Mercados do Sebrae, revela 12 meses encerrados em
que na América Latina existe
Ana Luísa Somner, 18 anos,
outubro, com elevação • O México pretende
e o estudante do 3º período tornar mais fácil a entrada
um total de 465 operadores de Relações Internacionais de 80% ante os 12 meses de turistas brasileiros em
certificados ativos. Desses, da Faculdade Bennett, anteriores, e permaneceu seu território, simplificando
359 são produtores e 106 Henrique Barandier como o segmento que mais as exigências para o visto,
são formados por traders, Beranger, de 19 anos. contribuiu para a diferença segundo informou o
ou seja, empresas que entre aprovações e liberações pridente mexicano, Felipe
apóiam essa forma de da instituição. Entre Calderón, em recente
comercialização. BNDES bate recordes novembro de 2006 e outubro entrevista a um jornal
Desde o surgimento de • Os desembolsos de 2007 foram aprovados mexicano. Ele informou
iniciativas concretas para do Banco Nacional de R$ 37,9 bilhões em que instruiu as secretarias
o Comércio Justo dos Desenvolvimento Econômico projetos de infra-estrutura de Governo (Interior) e
produtos de pequenos e Social (BNDES) atingiram e desembolsados R$ 25,8 Relações Exteriores para
produtores visando também R$ 66,6 bilhões entre bilhões, o que representa adotar medidas migratórias
o mercado interno, na novembro de 2006 e outubro uma expansão de 60% na mais flexíveis, facilitando,
década de 80, foram criados de 2007, o que representa mesma base de comparação. assim, as viagens de
Conselho Superior
Membros Vitalícios
Bernardo Cabral
Ernane Galvêas
Giulite Coutinho
Gustavo Affonso Capanema (vice-presidente)
Milton Cabral