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HOPPER-GREENHILL, Eilean. Los museos y sus visitantes. Madrid: Trea, 1998. p. 209.
www.bienaldecuritiba.com.br 2 O Q UE JÁ SA B EMOS... Esses pigmentos podem originar corantes? Por que não
(Co) O que faz esse homem? Será que ele pertence à equipe dos coletar os resíduos da salada, de suas cascas, do café, entre
servidores que atuam na coleta do lixo? Se este é o caso, por que outros, em uma pesquisa e produção dos corantes? Suge-
ele não veste uniforme e botas como é exigido? O que as luvas e rimos a interdisciplinaridade com as ciências e a exposição
o copo em sua mão indicam? dos resultados em pintura sobre uma parede branca. Haverá
fixação destas cores? Qual teria sido o destino dos detritos
3 PARA FAZ Ê - LOS VER MAIS ! usados nessa experiência?
O que sempre vemos da produção artística é seu resultado:
as obras. Dificilmente temos acesso ao processo de criação do 6 MAIS ?
artista. O que a foto mostra é isso, Adán Vallecillo recolhen- filme:
ADÁN VALLECILLO do materiais para a produção de suas cores. No Museu Oscar Estamira. Direção: Marcos Paulo. 2005, 121 min. O filme
danlí, honduras, 1977. Niemeyer estarão expostos os resultados da pesquisa de cor do de Marcos Paulo foi vencedor de 23 prêmios e apresenta
vive em tegucigalpa, honduras
artista com o chorume do lixo e outros resíduos, em Curitiba. Estamira, uma senhora que viveu 22 anos no lixão do Rio
registro do processo de criação Como os alunos chegarão à conclusão de que não é obra o que de Janeiro. Ela sofria de distúrbios mentais e falava de
no méxico, 2010, pintura mural eles veem? Pistas poderiam ajudar? Qual é a questão para que Deus, da vida, do trabalho e reflexões existenciais huma-
site-specific, 4 x 10 m. comecem a investigar? O que vemos em exposição na Bienal, nas, misturando lucidez e loucura.
exposto no museu oscar niemeyer
tem que origem? Como pesquisam os artistas? http://www.estamira.com.br/
conteúdos da arte
4 A O BRA EM PROCESSO
livros:
GAGE, John. A cor da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
No passado, o ofício da pintura exigia dos artistas pesquisa e
Processo de criação, pesquisa de materiais PEDROSA, Israel. O universo da cor. São Paulo: Senac, 2003.
conhecimento para a produção de tintas, diferente da atualida-
e cores, dimensões da cor, pigmentos,
de, quando os materiais das modalidades e técnicas tradicionais
procedimentos técnicos inventivos, pintura,
como as tintas a óleo são manufaturadas e comercializadas. (D)
site-specific.
Mas, e se hoje o artista resolver pintar com suas próprias tintas,
isso faria sentido? Caso essa modalidade de pintura inexista no
1 DESEJO mundo da arte e ninguém a conheça, o que exigiria do pintor?
A pintura é uma das modalidades mais tradi- (Cr) Você imagina que esse processo seria artístico ou científi-
cionais da arte; ao longo da história, alguns de co? E quanto ao resultado, seria o diferencial entre criação em
AMPLIAÇÃO DE PROPOSTA COM
seus materiais fixaram em nosso imaginário arte e produção de arte? (S) Com o processo de produção de A DVDTECA ARTE NA ESCOLA:
conceitos ou preconceitos sobre o que é pintu- cores e tintas a partir de chorume do lixo ou dos resíduos, o que
Arte e matéria. Direção: Maria Ester Rabello. São Paulo: Instituto
ra. Muito contrário a essa ideia de nobreza que podemos pensar sobre a arte que vemos em exposição e o seu Arte na Escola, 2000. DVD (23 min.), son. color.
a pintura a óleo fixou, a obra de Adán Vallecillo, com processo de criação? Foco: Processo de criação.
suas cores de baixa saturação e odor estranho,
permite-nos refletir sobre a arte, seus processos
5 POR Q UE N ÃO ?
A cor da criação (Paulo Pasta). Direção: Cacá Vicalvi. São Paulo:
Instituto Arte na Escola, 2000. DVD (23 min.), son. color.
de criação e produção na atualidade, além das Pigmentos são as substâncias que conferem cor a elementos – Foco: Processo de criação.
possíveis questões ambientais. a clorofila nas folhas, a melanina na pele, o caroteno na cenoura. Maiores informações: www.artenaescola.org.br
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O Q UE JÁ SA B EMOS... e quando aparecem? Por que não propor a discussão em torno
(Co) O que você vê na imagem? O que ela lhe sugere? Qual foi do tema e a filmagem de uma encenação a respeito? Sugeri-
sua reação e qual será a de seus estudantes ao verem essa foto mos como apoio a prática do “Teatro do Oprimido”, de Augusto Boal.
e ao assistirem ao vídeo?
6 MAIS ?
3 PARA FAZ Ê - LOS VER MAIS ! livros:
Quem foi Midas? Qual é sua história e em que ela nos faz pensar?
SALGADO, Sebastião. Os trabalhadores. São Paulo: Cia. das
O que você conhece de Serra Pelada e o que ocorria neste local na
letras, 1996. Os trabalhadores, de Sebastião Salgado, traz uma
década de 1980? A situação na mina mudou? Em quê? Como estará
série de fotos sobre Serra Pelada e os trabalhadores da mina.
ARMANDO QUEIROZ hoje aquele local e a vida dos que lá estão? Quem é Midas hoje?
BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas.
Belém (PA), Brasil, 1968. Vive em Belém. Está distante ou é nosso vizinho? Ele nos habita e vive em nossa
ed. rev. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
sociedade? Qual é a melhor opção: contar a história de Midas para
Midas, 2009, vídeo, 9’59”. então apresentar a obra ou o contrário? A repulsa à imagem é im- Vídeos:
portante? Ela pode ser acolhida como uma primeira interpretação? Midas, de Armando Queiroz:
Expoxto no Museu Oscar Niemeyer
https://www.youtube.com/watch?v=HElemzBbFEM
palíndromo (vai e vem). Alegoria na linguagem de Curitiba e também no YouTube. No vídeo, vemos insetos em
uma boca, e isso pode causar reações diversas. Armando Queiroz
visual.
usa da alegoria, mostra a e, com isso, refere-se a b. (D) Mas... De
quem será essa boca com insetos? Os besouros, o que fazem eles aí?
(Cr) Quem eles representam? “Eles” sabem o que estão fazendo?
Sabem onde estão? (S) Qual é a relação que podemos estabelecer
entre Midas, os besouros e Serra pelada? Observando toda a obra, será
que os insetos são mastigados? Há um momento em que os besouros
1 DESEJO começam a retroceder. O que isso fala sobre a linguagem da vídeoarte? Ampliação da proposta com
Midas, na mitologia grega, foi o rei que recebeu o a DVDteca Arte na Escola:
dom de transformar em ouro o que tocasse. Sua
5 POR Q UE N ÃO ? Vídeoarte: experimento de imagem. Direção: Cacá Vicalvi. São Paulo:
escolha teve um preço... O mito de Midas é muito Instituto Arte na Escola, 2001. DVD (22 min.), son. color.
usado e sempre recorrente. Quais são os sentidos Os telefones portáteis, muitas vezes, possuem câmera de vídeo. Foco: Processo de criação.
que esse mito recebe no dia a dia? Qual é a relação Nossos alunos, sem nenhuma orientação profissional, subvertem Sebastião Salgado, cidadão do mundo. Direção: Aline Sasahara. São
que Armando Queiroz faz com Midas, Serra Pelada padrões e produzem pequenos documentários de seus cotidianos. Paulo: Instituto Arte na Escola, 2000. DVD (50 min.), son. color.
e a economia? Midas chegou ao máximo da riqueza. Todos nós conhecemos os Midas em nosso dia a dia: estão na fila Foco: Conexões transdisciplinares.
Nossa proposta é refletir sobre os nossos excessos. do mercado, no trânsito, nos esportes e na escola. Quem são Maiores informações: http://artenaescola.org.br/.
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quando pensamos em arte e cultura? De que modo intervimos cruz e o coloca transitando pela cidade, no espaço público.
na cultura e como podemos nela intervir com a arte? A partir dessa ideia, do que nossos alunos conseguiriam
apropriar-se simbolicamente da escola e colocar no mun-
4 A O B RA
(D) Desenhar, bordar, colar, fotografar, qual terá sido a operação artística
1 DESEJO de Regina Silveira neste trabalho? E se ela só o tiver arquitetado, isso muda
Se a caso perguntássemos qual é o lugar da em algo? Você imagina que a artista tenha pensado em quê para criar essa
arte, provavelmente, ouviríamos: museus, galerias, obra? Para você, quando as mulheres gestantes bordavam algo na roupa
espaços culturais etc. Muito ao contrário desses do filho, o que significava? (Cr) Você conhece bordados em ponto cruz?
locais tradicionais, várias obras de Regina Silveira Em que gênero de espaço os produtos assim bordados transitam, e o que
têm na cidade o seu suporte, o que permite-nos ele, em um ônibus, lhe faz pensar? (S) Diante do trabalho cuidadoso do
questionar não apenas a institucionalização da bordado e da obra de Regina Silveira, que relações podemos fazer pensan-
Ampliação da proposta com
arte, mas o espaço da arte na contemporâneidade. do em mulheres, bordados e trânsito? a DVDteca Arte na Escola:
Intervindo com suas obras, a artista nos faz pensar
Regina Silveira: linguagens visuais. Direção: Cacá Vicalvi. São Paulo:
sobre a vida na cidade e as perspectivas que temos 5 POR Q UE N ÃO ? Instituto Arte na Escola, 2001. DVD (23 min.), son. color.
do mundo, para, assim, também questioná-lo. A obra de Regina, pela apropriação e representação, retira de um Foco: Processo de criação.
Qual será o significado da palavra “intervenção” mundo privado – do lar e do fazer feminino – o bordado ponto Maiores informações: http://artenaescola.org.br/
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3 PARA FAZ Ê - LOS VER MAIS ! da, enfim, essas atividades que notamos apenas quando
não foram feitas? Nesse caso, é importante conscientizar
Muitas obras de arte contemporânea são registros que represen- alunos e trabalhadores, para que compreendam tratar-
tam um momento do processo da criação. No caso de Mãos para se de uma homenagem e permitam o uso de suas ima-
São Paulo, o artista José de Quadros entra em contato com traba- gens, que podem ser “postadas” no Facebook da turma.
lhadores da construção civil paulista que sofreram acidentes
de trabalho e tiveram suas mãos, ou partes delas, mutiladas.
Nesse trabalho, ele homenageia estes homens, que não têm sua
6 MAIS ?
JOSÉ DE QUADROS
obra reconhecida. Junto à impressão das mãos, aparece o nome, Músicas:
Barretos (SP), Brasil, 1958.
Vive em Kassel, Alemanha. a procedência, as datas de nascimento e do acidente. José de Cidadão, composta por Zé Geraldo e interpretada por Zé
Quadros não pintou as obras. Qual será a sua operação? Ramalho. Pedro Pedreiro, de Chico Buarque de Holanda.
Mãos para São Paulo, 2011-2013,
impressões sobre papel, 42 x 59 cm. Material de apoio:
(D) Você já parou para pensar na quantidade de pessoas que Disponível em: http://artenaescola.org.br/artebr/material/
trabalham diariamente e que, o fruto desse trabalho não é per- colher-o-pao-de-todo-dia.php. Acesso em: 10 jun. 2013. Livro.
conteúdos da arte
cebido pela população, mesmo sendo visto e usado todos os
Gravura, monotipia, registro documental,
dias? Quantas pessoas trabalharam para que a sua casa ou a sua
imagem e representação, artista propositor.
escola tenha sido construída? (Cr) Se você tivesse trabalhado
numa obra civil e nela sofrido um acidente, como essa experi-
ência mudaria seu olhar sobre a cidade? E o que a obra Mãos
para São Paulo representaria para você? (S) Cada uma dessas
1 DESEJO impressões e desses textos faz presente um operário e sua histó-
ria, mas a obra em seu todo representa mais: os sujeitos anônimos
O que vemos são mãos? De quem serão? Essas
do trabalho, os acidentes, a construção da cidade, entre outras
mãos são diferentes? Em que e por quê? O que a
ideias. O que essa obra nos revela sobre representação na arte?
imagem revela e o que nela está oculto? O que o
texto sobre as impressões das mãos nos ajuda a
decifrar nesse jogo proposto pelas imagens? Quantos 5 POR QUE N ÃO ?
homens e histórias estão representados nesta obra? Ampliação da proposta com
Quem são os sujeitos que desempenham funções importan- a DVDteca Arte na Escola:
tes para o funcionamento da escola, da cidade, do transporte Siron Franco: Natureza e Cultura. Direção: Sarah Yakhni. São Paulo.
2 O Q UE JÁ SA B EMOS. . . público e que, quase invisíveis em nosso dia a dia, não rece- 2001 DVD (23 min.) son. color.
(Co) O que vemos na obra? A obra consiste em bem nosso reconhecimento pelo que fazem? Quem são? Como Foco: Conexões transdisciplinares.
que? Qual é o trabalho do artista? As inscrições isso nos afeta? Como poderíamos dar visibilidade a esses su- Maiores informações: http://artenaescola.org.br/
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3 PARA FAZ Ê - LOS VER MAIS ! antropólogo que ajudou desenvolver os métodos etno-
Vladimir Kozák foi um ambientalista, fez documentários, fotogra- gráficos. Por que não utilizar uma encadernação que pode
fias e diversos desenhos sobre a vida dos índios xetás e de outras ser criada com os estudantes como bloco de papel, e seguir
etnias. Retratou também a Congada da Lapa e outros traços da nessa pesquisa/visita pela Bienal? A obra de Kozák é o
cultura. Assim como os antropólogos quando vão a campo, Kozák ponto de partida da viagem ou ela é o último destino? Essa
fazia registros, desenhos e descrevia suas observações. Vários de ação precisa acontecer com a turma toda em suas passa-
seus desenhos feitos nas suas expedições serviram de base a pintu- gens pelos espaços expositivos ou pode ser desenvolvida
VLADIMIR KOZÁK (1897 - 1979) ras. O caderno que vemos e outros desenhos, são exemplos. Qual individualmente nos finais de semana? Quais são suas su-
será a função desses desenhos? Terão essas obras valor artístico? gestões para o fechamento da expedição com Kozák: uma
Bystřice pod Hostýnem, República Tcheca, 1897.
Viveu em Curitiba (PR), Brasil, até sua morte. É possível negar a estética na obra de Kozák? exposição dos cadernos ou um blog na internet, constando
fragmentos dos seus textos e imagens? O blog não pode
Caderno de desenhos.
ser uma forma de avaliar a expedição por toda a Bienal?
Exposto no Museu da Gravura Cidade de Curitiba
4 A O B RA Atenção, nem sempre é permitida a fotografia de obras
(D) Kozák tinha pretensões artísticas quando fez essas imagens? Por nos espaços; então, é importante conversar com a equipe.
que esta obra está na Bienal? (Cr) O acervo Vladimir Kozák per-
conteúdos da arte tence ao Museu Paranaense e não a um museu de arte. No que isso
Desenho, meios tradicionais, registro, retrato, nos faz pensar? Vale a pena observar os valores do desenho de
6 MAIS ?
Acervo de Vladimir Kozák no Museu Paranaense:
livro de artista/ diário de itinerância, acervo Kozák claros, escuros, luzes e sombras além da expressividade
www.museuparanaense.pr.gov.br
histórico/acervo artístico. no conjunto. Kozák registrou imagens dos índios xetás, a última
Vídeo:
etnia do estado do Paraná a contatar a sociedade nacional. Nos
anos 1940 colonos invadiram suas terras e, dez anos depois, eles Vladimir Kozák, meu Paraná:
estavam praticamente exterminados. Foi durante suas viagens ao http://www.youtube.com/watch?v=-H-tjwy_Mso
Pará (1954 e 1955) que Vladimir Kozák desenhou esse índio caiapó,
Quem faz coleção? O que percebemos dos objetos coletados de seus ciclos naturais – nascimento, uso e descarte – na coleção,
Poty? Em uma viagem, o que trazemos de longe? Como contamos ou em exposição, tornam-se vozes de um passado ou cotidiano
onde estivemos por meio de coisas? despercebido. Poty reunia artefatos; alguns tinham o sentido
de coleção como a de arte, mas há também, no acervo munici-
3 PARA FAZ Ê - LOS VER MAIS ! pal, a coleção de suas curiosidades. Adriano Costa, por sua vez,
O que seus alunos colecionam hoje? E o que, quando crianças, colecio- em visitas pelos lugares, coleta e, assim, revela por onde andou
Adriano Costa navam? Os pais deles fazem alguma coleção? De quê? Quantas peças e o que viu e nos faz pensar sobre modos de ver. Por que não
São Paulo (SP), Brasil, 1975. Vive em São Paulo. possuem? Onde as guardam? Qual é a importância das coleções? Essa coletar imagens? Por onde os alunos passam no final de semana,
Tapetes, 2007-2013, tecidos, dimensões variáveis. poderiam fotografar elementos, objetos e, com isso, revelar em
importância se torna subjetiva, pois o colecionador carrega com ele a
COLEção poty lazarotto chave do que recortar do mundo. O artista Adriano Costa, coleta, por que gênero de lugar eles estiveram. O que fazer com essa coleta?
Acervo Museu Municipal de Arte de Curitiba onde passa, coisas descartadas e do contexto geográfico. Isso faz
Fundação Cultural de Curitiba
dele colecionador, acumulador, contador de detalhes do mundo? 6 MAIS ?
Exposto no Museu Municipal de Arte – MuMA O que é um acervo? Para que serve? RIBEIRO JUNIOR, Geraldo de Andrade. Por que colecionar?
http://www.abrafite.com.br/artigo14.htm
Objeto que porta referência e objeto do coti- Coleção é a reunião de coisas da mesma espécie ou com alguma http://super.abril.com.br/cotidiano/colecoes-44429.shtml
diano a receber significação; objetos na cultura relação. Arco e flecha e zarabatana podem estar relacionados pela A obra da artista Jac Lerner (1961):
de origem e no contexto colecionista; visua- http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/
origem – são armas indígenas. Outras coleções reúnem objetos por
lidade dos objetos; materialidade e culturas. index.cfm?fuseaction=artistas_biografia&cd_verbete=2146&-
sua espécie. Por exemplo, revólveres podem ser antigos, novos, de
cd_item=18&cd_idioma=28555
pessoas importantes, mas, entre armas, a espécie é revólver. De todo
WANG CHENG YUN que fazemos? Qual é a expressão no rosto dessas pessoas? Quando e social? O uso da cultura visual atrelada à operação de Wang
nós as usamos e o que essa expressão aliada à mesa de alimentos sugere? Cheng Yun, acima descrita, pode permitir diversas discussões e
Chengdu, China, 1959. Vive em Chengdu. a produção plástica. Por que não propor a discussão de temas
contemporâneos que perturbam os jovens – o padrão estéti-
Grande utilidade - comer, 2012, acrílica
sobre tela, 150 x 600 cm.
3 PARA FAZ Ê - LOS VER MAIS ! co físico, por exemplo – e, a partir desses temas, pesquisarem
O que podemos pensar a partir de um destes retratos isolados? E imagens nos sites de busca na Internet ou mesmo o tradicio-
Exposto na Casa Andrade Muricy - MAC
este acompanhado de outros dois, três ou quatro retratos? E, ainda, nal recorte e colagem e, assim, confrontar a realidade que os
quando justapomos aos retratos esta mesa farta? O que mudou? perturba, fazendo emergir posicionamentos críticos a ela?
conteúdos da arte
Pintura, acrílica, retrato, composição discursiva
pelo somatório de obras (uno, díptico, tríptico,
4 a o b ra 6 MAIS ?
Antigos altares e obras sacras, muitas vezes, eram compostos de Site do artista: http://www.wangchengyun.com/
políptico).
dois segmentos ligados por dobradiças. Essa estratégia foi incor- Informações sobre a China na TV Escola:
porada a linguagem da arte e obras assim compostas podem ser http://tvescola.mec.gov.br/images/stories/download_
www.bienaldecuritiba.com.br
faz pensar sobre a padronização de nosso modo de vestir? As roupas
EFIGÊNIA ROLIM que você usa e seu modo de vestir, é seu ou...? Vestir-se na moda é
Abre Campo (MG), Brasil, 1931. uma imposição ou uma escolha? Na foto, vemos Efigênia Rolim com
Vive em Curitiba (PR), Brasil. uma de suas muitas roupas. Observando-a, o que as pessoas pensam?
(S) O que podemos concluir sobre diferenças e homogeneidade em
Exposto no Museu Oscar Niemeyer
nossa sociedade a partir da obra de Efigênia?
Muitos querem tudo
e o tudo não quer nada,
aqueles que pegam o escudo
se defendem da espada 5 POR Q UE NÃO?
Quando se ferem, não falam O artista Andy Warhol mantinha sobre sua mesa de trabalho, uma
Que estão sofrendo,
você mesmo é que prefere caixa de papelão na qual depositava coisas que passavam por suas
de dor viver morrendo.
mãos. Quando enchia uma caixa, lacrava-a e datava. Essas são as “cápsu-
ROLIM, Efigênia. Peso alculado. Org. Geraldo Rolim Guedes. Curitiba, 2005, p. 15. las do tempo”, que registram muito da vida do artista, entre 1974 e 1987
(ano de sua morte). Efigênia faz a coleta de um mundo desprezado
conteúdos da arte por quem quer o doce, o papel brilhante. Enquanto ela coleta, passa
Performance, multiartista, colagem, objeto, bidi- o tempo e algumas coisas desses fragmentos do mundo saem de
mensão e tridimensão, assemblage, Arte Povera. circulação, as marcas e até os produtos deixam de existir; pessoas
passaram por eles e se foram. Por que não abrir uma “cápsula do
1 DESEJ O tempo” em sala de aula e coletar os fragmentos do consumo, as
A transformação de materiais, sempre foi uma operação do fazer artís- marcas de uma semana imperceptível? Estipular limites do que a
tico. Efigênia Rolim transforma pedaços de coisas em poesia e estas em cápsula pode receber é indispensável. Após esse período de coleta,
objetos. Suas escolhas se deram pelo brilho, reflexo, estética, enfim, o que se pode fazer com o material, tendo em vista a obra de
e, tudo é passível de ser transformado. Propomos a reflexão sobre a Efigênia Rolim? Roupas, adereços, objetos, marcadores de livros?
passagem do tempo, a acumulação das matérias e a revelação,
mesmo que pequena, do consumo e, por ela, da história social. Tam- 6 MAIS ?
bém é possível refletir sobre a contradição entre efêmero e eterno e eru- Livro:
dito e popular do sistema artístico que este trabalho traz à Bienal. PINHEIRO, Dinah Ribas. A viagem de Efigênia Rolim nas asas do
peixe voador. Curitiba, 2012.