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Cintilografia Miocárdica

As diferentes técnicas aplicadas na aquisição e processamento de imagens em


cardiologia nuclear já estão bem estabelecidas, fruto de desenvolvimento progressivo ao longo
das últimas quatro décadas.
A ventriculografia radioisotópica e a angiografia radioisotópica têm como objetivo a
avaliação funcional das câmaras ventriculares, através da marcação das hemácias circulantes
com isótopo radioativo (99mTc). As imagens cardíacas são adquiridas sincronizadas ao
eletrocardiograma. Os parâmetros analisados são relacionados a aspectos funcionais do
coração, incluindo a motilidade global e regional das paredes, os volumes ventriculares e as
mudanças fisiológicas ocorridas nas cavidades ventriculares ao longo do ciclo cardíaco. Os
dados volumétricos permitem cálculo preciso e altamente reprodutível da fração de ejeção
ventricular. Parâmetros da fase de enchimento rápido e lento do ventrículo esquerdo também
podem ser estudados, com implicações importantes para a avaliação da função diastólica. O
papel da ventriculografia e da angiografia radioisotópica vem diminuindo com o incremento das
técnicas de ecocardiografia, mas, para pacientes selecionados, ainda guardam o seu valor, já
que o ecocardiograma possui limitações, como o fato da avaliação da parede inferior do
ventrículo esquerdo ser difícil, de portadores de pneumopatias terem seu exame prejudicado
devido à má qualidade da imagem, e de ser um método examinador-dependente, com
variabilidade inter-observador de 11% na fração de ejeção, como mostrado por Pennell &
Prvulovich.
A cintilografia miocárdica de perfusão com imagens tomográficas (SPECT) veio
substituir os métodos de imagens planares, facilitando a separação de regiões vizinhas,
melhorando a resolução de contraste e permitindo melhor detecção das diferenças nas
concentrações de atividade no miocárdio. Em nosso meio, os principais traçadores disponíveis
para imagens do miocárdio incluem o tálio-201 e os traçadores marcados com tecnécio, entre
eles principalmente o 99mTc-sestamibi e o 99mTc-tetrofosmin.
A cintilografia miocádica de perfusão com imagens tomográficas sincronizadas
pelo ECG (Gated-SPECT) permite a análise da função ventricular adicionalmente e de forma
simultânea à análise da perfusão miocárdica, contribuindo para diagnóstico e avaliação
prognóstica mais precisos, além de aumentar a especificidade de alguns achados do estudo de
perfusão. Em situações em que haja dúvida entre um defeito perfusional persistente e um
artefato por atenuação mamária ou diafragmática, a análise da motilidade e do espessamento
das paredes ventriculares pode contribuir na diferenciação destas duas causas. Quando a
hipoconcentração se deve a um artefato, a motilidade dessa parede é normal, assim como o
espessamento sistólico.
A tomografia por emissão de pósitrons (PET) permite estudar, de forma quantitativa,
além da viabilidade miocárdica, também a perfusão regional. Os traçadores de fluxo mais
utilizados são a amônia (N-13) e o rubídio (Rb-82), mas a água, marcada com oxigênio-15,
também pode ser utilizada.
Nas miocardiopatias infecciosas, a presença de inflamação miocárdica pode ser
detectada por radiotraçadores, captados no miocárdio. Os mais utilizados são o 99mTc-
pirofosfato, citrato de gálio-67 e 99mTc ou 111In-anticorpos antimiosina. Quando há necrose
miocárdica, a membrana dos miócitos é perdida, expondo as cadeias pesadas de miosina
intracelular. O 111In-antimiosina, detecta, portanto, essas áreas de necrose, podendo ser usada
no diagnóstico do infarto agudo do miocárdico, da miocardite e da rejeição cardíaca pós-
transplante, mostrado por Wackers e colaboradores. Outros traçadores, como o tálio-201 e os
traçadores marcados com tecnécio permitem verificar alterações de perfusão, enquanto o 123I-
metaiodobenzilguanidina (123I-MIBG) avalia a inervação autonômica simpática do miocárdio.
Para verificar o estado funcional das câmaras cardíacas, utiliza-se a angiocardiografia ou
ventriculografia isotópica, que permite medir a fração de ejeção, motilidade miocárdica regional
e volumes ventriculares.

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