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6FLEXÃO SIMPLES – ARMADURA TRANSVERSAL DE VIGA

6
6.1 Tensões principais
Sejam os elementos 1 e 2, próximos ao apoio de uma viga, dos quais se quer determinar as
tensões principais (Figura 6.1).
Nesta Figura, o elemento 1
situa-se sobre a linha neutra
M (máxima tensão tangencial) e o
linha
1 elemento 2 está situado
neutra
próximo à fibra mais tracionada
V (máxima tensão normal de
2
tração).
τxy σx
fibra mais
tracionada

Figura 6.1 - Tensões normais e


tangenciais em peças fletidas
Da Resistência dos Materiais é sabido que as tensões principais de tração σI formam, no
elemento 1, um ângulo de 45° com a horizontal (plano diagonal de ruptura), sendo no elemento 2
este ângulo igual a 90° (plano vertical de ruptura), como mostrado na Figura 6.2.

σI = τxy σII = τxy


τxy
plano
τxy diagonal de
ruptura
1 1
τxy 45º

τxy
σII σI
(compressão) (tração)

2 2
σx σx σI = σx 90º σI
(tração)
plano
vertical de
ruptura

Figura 6.2 – Tensões principais nos elementos 1 e 2


Ensaios de laboratório têm demonstrado uma boa aproximação com a teoria, já que em
vigas de concreto armado o aspecto das fissuras, na região próxima a apoio simples, é como
indicado na Figura 6.3 (fissuras perpendiculares às tensões principais de tração, pois o concreto
não resiste às mesmas).

2006 6-1 ufpr/tc405


fissura inclinada (45°) na
região do elemento 1

σI
M
1 1
V σI
2 2
σI σI

fissura vertical (90°) na


região do elemento 2
Figura 6.3 – Fissura em viga de concreto armado
Já foi visto, quando se estudou a armadura longitudinal de vigas (Capítulo [5]), que próximo
ao elemento 2, onde a fissura é provocada somente pelo momento fletor (τxy = 0), a armadura
horizontal de tração é colocada perpendicularmente à fissura, isto é na direção da tensão principal
σI do elemento 2 (Figura 6.4). No elemento 1, onde a fissura é provocada pela força cortante
(σx = 0), a armadura deveria
armadura de ser também colocada
força cortante perpendicularmente à
fissura, na direção da
σI
tensão principal σI do
M
elemento 1 (Figura 6.4).
1 1
θ V σI
2 2
σI σI

armadura de
momento fletor
Figura 6.4 – Armaduras nas direções das tensões principais de
tração
A idéia de se colocar armadura sempre na direção da tensão principal de tração
(perpendicular à fissura) vigorou por muitos anos como princípio básico do concreto armado.
Mudanças ocorreram e as teorias atuais, tanto para momento fletor como para força cortante,
baseiam-se no principio de se "costurar" as fissuras, respeitando sempre o equilíbrio de forças e a
compatibilidade das deformações. É por este motivo que as vigas de concreto armado, em sua
grande maioria, são, atualmente, detalhada só
porta armadura de com armadura horizontal e vertical (Figura 6.5).
estribo força cortante As armaduras horizontais "costuram" as fissuras
provocadas pelo momento fletor e as armaduras
verticais "costuram" as fissuras provocadas pela
M força cortante. Evidentemente esta é uma idéia
1 simplista, já que as fissuras, na realidade, são
provocadas por tensões de tração provenientes
V da combinação de momentos fletores e forças
2
cortantes atuando conjuntamente.

armadura de
momento fletor

Figura 6.5 – Armadura de momento fletor e


força cortante

2006 6-2 ufpr/tc405


6.2 Analogia da treliça de Morsh
O verdadeiro comportamento de peças fletidas (peças fissuradas) de concreto armado ainda
não é totalmente conhecido. Uma das teorias que procura explicar este comportamento é a
Analogia da Treliça de Morsh, onde é suposto que os momentos fletores e as forças cortantes
devam ser resistidos por uma treliça interna à viga formada por banzos, diagonais e montantes
constituídos por barras de concreto comprimido e barras de aço tracionado (Figura 6.6).

armadura de concreto de
força cortante momento fletor

M M

90° θ V α θ V

armadura de concreto de
momento fletor força cortante

barras de cisalhamento verticais barras de cisalhamento inclinadas


Figura 6.6 – Analogia da treliça de Morsh
6.2.1 Modelos de ABNT NBR 6118
Ensaios de laboratório tem demonstrado que o ângulo θ mostrado na Figura 6.6, que
corresponde à inclinação da fissura mostrada na Figura 6.4, varia entre 30° e 45°. Desta forma, a
ABNT NBR 6118, itens 17.4.2.2 e 17.4.2.3 houve por bem adotar dois modelos correspondentes à
analogia da treliça de Morsh, ou sejam:
− Modelo I, onde é admitido que as diagonais de compressão sejam inclinadas de
θ = 45° em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural; e
− Modelo II, onde é admitido que as diagonais de compressão sejam inclinadas de θ em
relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural, com θ variável livremente entre 30°
e 45°.
6.2.2 Colapso de vigas de concreto armado
Baseado no mecanismo da treliça, pode ser observado que a ruína da viga pode ocorrer de
varias maneiras, já que qualquer parte (banzo, diagonal ou montante) pode entrar em colapso.
Admitindo-se comportamento de viga sub ou superarmada (Figura 6.7), onde o momento
fletor é responsável pelo binário das forças
ruptura do concreto comprimido horizontais atuantes nos banzos superior e inferior
(viga superarmada) da treliça, o colapso pode ocorrer por:
− ruptura (esmagamento) do concreto
comprimido que constitui o banzo
M superior (viga superarmada); ou
− ruptura (alongamento excessivo) da
armadura tracionada do banzo inferior
(viga subarmada).

ruptura da armadura tracionada


(viga subarmada)

Figura 6.7 - Colapso de viga devido ao


momento fletor

2006 6-3 ufpr/tc405


Para evitar a ruptura (esmagamento) do concreto comprimido no banzo superior (ruptura de
viga superarmada mostrada na Figura 6.7), duas providências podem ser tomadas:
− colocação de armadura na região comprimida; ou
− aumento das dimensões da seção transversal da viga.
De modo análogo ao das vigas super e subarmadas, onde o momento fletor é o causador do
colapso, pode a força cortante também ser
ruptura do concreto responsável pela ruína de uma viga de concreto
comprimido armado (Figura 6.8). Isto pode acontecer por:
− ruptura (esmagamento) da diagonal de
concreto comprimido; ou
− ruptura (alongamento excessivo) da
armadura tracionada dos montantes
(estribos).
V

ruptura da armadura
tracionada

Figura 6.8 - Colapso de viga devido a


força cortante
O esmagamento do concreto comprimido mostrado na Figura 6.8 só pode ser evitado com o
aumento das dimensões da seção transversal da viga. A verificação da necessidade de se
aumentar ou não as dimensões de uma viga de concreto armado é feita pelos itens 17.4.2.2 e
17.4.2.3 da ABNT NBR 6118, os quais fixam valores limites para a força cortante atuante em
seções transversais de viga.

6.3 Valores limites para força cortante – diagonal de compressão


6.3.1 Equilíbrio da diagonal de compressão de treliça de Morsh
Seja a Figura 6.9 onde a força cortante resistente de cálculo VRd2 é responsável pelo
equilíbrio vertical das forças atuantes no trecho de viga.

α Rcw = σcw BC bw
D
VRd2 C
ψ bw d
σcw z = 0,9 d
α
θ
A
B

Figura 6.9 – Equilíbrio vertical da resultante atuante na diagonal de


compressão da treliça de Morsh
Na Figura 6.9,
θ representa a inclinação da fissura em relação ao eixo horizontal da viga e corresponde
à inclinação das tensões σcw;
α corresponde à inclinação da armadura transversal (diagonal tracionada da treliça de
Morsh) em relação ao eixo horizontal da viga;
ψ corresponde a um dos ângulos do triângulo retângulo BCD (reto em B), equivalente a
[(α + θ) - 90°];
bw largura da alma da viga;
d altura útil da viga;
z representa o braço de alavanca correspondente à distância entre a resultante
horizontal de compressão atuante no banzo superior da treliça de Morsh e a resultante

2006 6-4 ufpr/tc405


atuante na armadura horizontal tracionada (banzo inferior da treliça), admitido como
sendo igual 0,9 d;
σcw tensões normais atuantes na diagonal de compressão da treliça de Morsh (tensões
perpendiculares à reta BC);
Rcw corresponde à força atuante na diagonal de compressão da treliça de Morsh,
resultante das tensões σcw; e
VRd21 corresponde à força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais
comprimidas de concreto.
Do triângulo ABD (Figura 6.9) tem-se:
___
z
BD =
senα
Do triângulo BCD (Figura 6.9) tem-se:
___ ___
BC = BD cos ψ
ou ainda:
___
cos ψ
BC = z
senα
Tendo em vista que:
ψ = (α + θ) - 90°
tem-se:
ψ = α − (90° − θ )
cos ψ = cos[α − (90° − θ )]
cos ψ = cos α cos(90° − θ ) + senα sen(90° − θ )
cos ψ = cos α senθ + senα cos θ
cos ψ cos α senθ + senα cos θ
=
senα senα
cos ψ
= cot gα senθ + cos θ
senα
cos ψ
= senθ(cot gα + cot gθ )
senα
que levado para a expressão da reta BC, tem-se:
___
BC = z senθ (cot gα + cot gθ )
Do equilíbrio das forças verticais mostradas na Figura 6.9, tem-se:
VRd2 = Rcw senθ
ou ainda:
 ___

VRd2 =  σ cw BC b w senθ
 
VRd2 = {σcw [z senθ (cot gα + cot gθ )]b w }senθ
VRd2 = σcw b w z (cot gα + cot gθ )sen2θ
Tendo em vista que (Figura 6.9):
z = 0,9 d
e tomando para σcw um valor em torno de 70% da máxima tensão de compressão de cálculo do
concreto 0,85 fcd, necessário pelas incertezas decorrentes da simplificação da analogia de Morsh,
tem-se:
σcw = Κ (0,85 fcd )
1
Κ= ≅ 0,7
1,4

1
Notação da ABNT NBR 6118. O índice 2 que aparece em VRd2 é usado para indicar vigas, sendo o índice 1, que
aparecerá em VRd1, usado para lajes.
2006 6-5 ufpr/tc405
 0,85 fcd 
 b w (0,9 d)(cot gα + cot gθ )sen θ
2
VRd2 = 
 1,4 
ou ainda:
[
VRd2 = 0,54 fcd b w d sen2θ (cot gα + cot gθ ) ] Equação 6.1

6.3.2 Modelos da ABNT NBR 6118


6.3.2.1 Modelo I
O Modelo I da ABNT NBR 6118 define θ como sendo igual a 45°. Desta forma a
Equação 6.1 resulta:
[
VRd2 = 0,54 fcd b w d sen2 45° (cot gα + cot g 45° ) ]
VRd2 = 0,54 [fcd b w d (0,5 )(cot gα + 1)]
VRd2 = 0,27 [fcd b w d (cot gα + 1)]
Se o ângulo α (inclinação das barras de cisalhamento) for tomado igual a 90°, VRd2 assumirá
seu valor mínimo, correspondente a:
VRd2 = 0,27 fcd b w d Equação 6.2
A ABNT NBR 6118, item 17.4.2.2-a, apresenta a Equação 6.2 corrigida do fator αv2, função
da resistência característica do concreto. Desta forma, a expressão de VRd2, para o Modelo I,
resulta:
VRd2 = 0,27 α v 2 fcd b w d
fck Equação 6.3
αv2 = 1 − fck em MPa
250

6.3.2.2 Modelo II
O Modelo II da ABNT NBR 6118, que estabelece para θ uma variação entre 30° e 45°, usa,
para a determinação de VRd2, a Equação 6.1 corrigida do fator αv2. Segundo o item 17.4.2.3-a, VRd2
deve ser determinado pela expressão:
VRd2 = 0,54 α v 2 fcd b w d sen2θ (cot gα + cot gθ )
fck
αv2 = 1 − fck em MPa
250 Equação 6.4
30° ≤ θ ≤ 45°
45° ≤ α ≤ 90°

6.3.3 Resistência de vigas – diagonal de compressão


A resistência de viga, numa determinada seção transversal, deve ser considerada
satisfatória quando for verificada, a seguinte condição:
VSd ≤ VRd2 Equação 6.5
onde:
VSd força cortante solicitante de cálculo na seção; e
VRd2 força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas de
concreto, de acordo com os Modelos I e II descritos em 6.3.2.1 e 6.3.2.2,
respectivamente.
Nas regiões dos apoios, os cálculos devem considerar as forças cortantes agentes nas
respectivas faces (Figura 6.10).

2006 6-6 ufpr/tc405


VSd,face ≤ VRd2
diagrama VSd

Figura 6.10 – Verificação de força cortante


Exemplo 6.1: Verificar, para a seção transversal de viga abaixo indicada, qual a máxima força
cortante solicitante de cálculo (VSd) que a mesma pode suportar, definida pela
diagonal de compressão (VRd2). Fazer a verificação para o Modelo I e para o
Modelo II admitindo θ = 30° e α = 90°.
Considerar:
− concreto: C25;
− d = h – 4 cm; e
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4).

40 cm

20 cm

Solução: Na determinação de VRd2, usar a Equação 6.3 para o Modelo I e a Equação 6.4
para o Modelo II. VSd é definida pela Equação 6.5.
a. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN / cm2
γ c = 1,4
f ck
fcd =
γc
2,5
fcd = = 1,79 kN / cm 2
1,4
f
α v2 = 1 − ck = f ck em MPa
250
25
α v2 = 1 − = 0,9
250
b w = 20 cm
d = 40 − 4 = 36 cm
b. Modelo I
VRd2 = 0,27 α v 2 fcd b w d
VRd2 = 0,27 × 0,9 × 1,79 × 20 × 36 = 313,18 kN
VSd ≤ VRd2 = 313 kN ◄

2006 6-7 ufpr/tc405


c. Modelo II
θ = 30° (30° ≤ θ ≤ 45°) OK
α = 90° ( 45° ≤ α ≤ 90°) OK
VRd2 = 0,54 α v 2 fcd b w d sen2θ (cot gα + cot gθ )
VRd2 = 0,54 × 0,9 × 1,79 × 20 × 36 × sen2 30° × (cot g 90° + cot g 30° )
VRd2 = 0,54 × 0,9 × 1,79 × 20 × 36 × (0,5 ) × (0,0 + 1,73 ) = 270,90 kN
2

VSd ≤ VRd2 = 271 kN ◄


d. Observação
No Modelo I, a força cortante solicitante de cálculo VSd (313 kN) resultou 15% maior
que a correspondente no Modelo II (271 kN). Portanto, no que se refere à diagonal de
compressão, o Modelo I tem um melhor comportamento que o Modelo II.

6.4 Valores limites para força cortante – diagonal de tração


6.4.1 Equilíbrio da diagonal de tração de treliça de Morsh
Seja a Figura 6.11 onde a força cortante resistente de cálculo VRd2 é responsável pelo
equilíbrio vertical das forças atuantes no trecho de viga.

s s
Vc α
C
VRd3
z = 0,9 d
α θ α
A B Vsw Rsw

Vsw = Rsw sen α


Asw σsw
Rsw = n Asw σsw
Figura 6.11 - Equilíbrio vertical da resultante atuante na armadura
transversal (diagonal tracionada da treliça de Morsh)
Na Figura 6.11,
θ representa a inclinação da fissura em relação ao eixo horizontal da viga;
α corresponde à inclinação da armadura transversal (diagonal tracionada da treliça de
Morsh) em relação ao eixo horizontal da viga;
d altura útil da viga;
z representa o braço de alavanca correspondente à distância entre a resultante
horizontal de compressão atuante no banzo superior da treliça de Morsh e a resultante
atuante na armadura horizontal tracionada (banzo inferior da treliça), admitido como
sendo igual 0,9 d;
s corresponde ao espaçamento da armadura transversal, medido paralelamente ao eixo
horizontal da viga;
n representa o número da barras, componentes da armadura transversal, que corta o
plano AC co trecho da viga;
Asw corresponde à área da seção transversal de uma barra que constitui a armadura
transversal da viga;
σsw tensões normais atuantes na armadura transversal (diagonal tracionada da treliça de
Morsh);
Rsw corresponde à força atuante na armadura transversal (diagonal tracionada da treliça
de Morsh), resultante das tensões σsw;
VRd31 corresponde à força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal;

1
Notação da ABNT NBR 6118.
2006 6-8 ufpr/tc405
Vsw corresponde a componente vertical da força Rsw; e
Vc corresponde à parcela de força cortante absorvida por mecanismos complementares
ao da treliça de Morsh.
Do triângulo ABC (Figura 6.11) tem-se:
___
AB = z (cot g θ + cot g α )
O número de barras que corta o plano AC (projeção horizontal AB) é dado por:
AB z (cot g θ + cot g α ) z
n= = = (cot g θ + cot g α )
s s s
Do equilíbrio vertical de forças atuantes no trecho de viga da Figura 6.11, tem-se:
VRd3 − R sw sen α − Vc = 0
ou ainda:
VRd3 = R sw sen α + Vc
VRd3 = Vc + Vsw Equação 6.6
Ainda da Figura 6.11, tem-se:
Vsw = R sw sen α = (n A sw σsw )sen α
z 
Vsw =  (cot g θ + cot g α ) (A sw σ sw )sen α
s 
 0,9 d
Vsw =  (cot g θ + cot g α ) (A sw σsw )sen α
 s 
A 
Vsw =  sw  0,9 d σ sw (cot g θ + cot g α )sen α Equação 6.7
 s 
A ABNT NBR 6118, itens 17.4.2.2.b e 17.4.2.3.b, apresenta a Equação 6.7 com fywd no lugar
de σsw, onde fywd é a tensão na armadura transversal, limitada ao valor fyd no caso de estribo e a
70% desse valor no caso de barra dobrada, não se tomando, para ambos os casos, valores
superiores a 435 MPa. Desta forma a Equação 6.7 resulta:
A 
Vsw =  sw  0,9 d fywd (cot g α + cot g θ)sen α
 s 
 fyk 

fywd = min  γ s  estribos
 Equação 6.8
435 MPa
 fyk 
0,7 
fywd = min  γs  barras dobradas
435 MPa

6.4.2 Armadura componente das diagonais tracionadas da treliça de Morsh


As armaduras que compõem as diagonais tracionadas da treliça de Morsh podem ser
constituídos por:
− estribos; ou
− barras dobradas.
Os estribos, de modo geral, são fechados e na grande maioria dos casos são posicionados
verticalmente (α = 90°), como mostrado na Figura 6.12. Os valores de Asw, a serem usados na
Equação 6.8, dependem do número de ramos que compõe o estribo.

2006 6-9 ufpr/tc405


As As

estribo de 2 ramos estribo de 4 ramos


Asw = 2 As Asw = 4 As
Figura 6.12 – Estribos de viga
As barras dobradas, de modo geral, são posicionadas nas vigas como continuidade das
barras horizontais, formando ângulo de 45° com a
horizontal (Figura 6.13).

Figura 6.13 – Barras dobradas de viga


6.4.3 Modelos da ABNT NBR 6118
6.4.3.1 Modelo I
O Modelo I da ABNT NBR 6118 define θ como sendo igual a 45°. Desta forma a
Equação 6.8 resulta:
A 
Vsw =  sw  0,9 d f ywd (cot g α + cot g 45° ) sen α
 s 
A 
Vsw =  sw  0,9 d fywd (sen α + cos α )
 s 
 fyk 
 
fywd = min  γ s  estribos Equação 6.9
435 MPa
 fyk 
0,7 
fywd = min  γs  barras dobradas
435 MPa

O item 17.4.2.2-b da ABNT NBR 6118 apresenta, o cálculo da armadura transversal de viga,
para o Modelo I, separado por tipo de solicitação.
6.4.3.1.1 Flexão simples ou flexo-tração com a linha neutra cortando a seção
No caso de flexão simples ou flexo-tração, com a linha neutra cortando a seção, os valores
de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.9) são dados por:

2006 6-10 ufpr/tc405


VRd3 = V c + Vsw
Vc = Vc 0 = 0,6 fctd b w d
2
fctk,inf 0,213 fck
fctd = = fck em MPa
γc γc
A 
Vsw =  sw  0,9 d fywd (sen α + cos α )
 s 
 fyk  Equação 6.10
 
fywd = min  γ s  estribos
435 MPa
 fyk 
0,7 
fywd = min  γ s  barras dobradas
435 MPa
45° ≤ α ≤ 90°

6.4.3.1.2 Flexo-compressão
No caso de flexo-compressão, os valores de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.9) são
dados por:
VRd3 = V c + Vsw
 M0 
Vc = Vc 0 1 +  ≤ 2 Vc 0

 MSd,max 
Vc 0 = 0,6 fctd b w d
2
f ctk,inf 0,213 f ck
f ctd = = fck em MPa
γc γc
A 
Vsw =  sw  0,9 d f ywd (sen α + cos α )
 s  Equação 6.11
 f yk 
 
f ywd = min  γ s  estribos
435 MPa
 f yk 
0,7 
f ywd = min  γs  barras dobradas
435 MPa
45° ≤ α ≤ 90°
Na Equação 6.11,
M0 valor do momento fletor que anula a tensão normal de compressão na borda da
seção (tracionada por MSd,Max), provocada pelas forças normais de diversas origens
concomitantes com VSd, sendo essa tensão calculada com valor de γf igual a 1,0; e
MSd,max valor do máximo momento fletor de cálculo que atua na seção considerada.
6.4.3.1.3 Elementos estruturais tracionados com a linha neutra fora da seção
No caso de elementos estruturais tracionados com a linha neutra fora da seção, os valores
de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.9) são dados por:

2006 6-11 ufpr/tc405


VRd3 = V c + Vsw
Vc = 0
A 
Vsw =  sw  0,9 d f ywd (sen α + cos α )
 s 
 f yk 
 
f ywd = min  γ s  estribos Equação 6.12
435 MPa
 f yk 
0,7 
f ywd = min  γs  barras dobradas
435 MPa
45° ≤ α ≤ 90°

6.4.3.2 Modelo II
O Modelo II da ABNT NBR 6118, estabelece para θ uma variação entre 30° e 45°, aplicados
diretamente na Equação 6.8.
O item 17.4.2.3-b da ABNT NBR 6118 apresenta, o cálculo da armadura transversal de viga,
para o Modelo II, separado por tipo de solicitação.
6.4.3.2.1 Flexão simples ou flexo-tração com a linha neutra cortando a seção
No caso de flexão simples ou flexo-tração, com a linha neutra cortando a seção, os valores
de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.8) são dados por:
VRd3 = V c + Vsw
Vc = Vc1
VRd2 − VSd
Vc1 = Vc 0 ≤ Vc 0
VRd2 − Vc 0
Vc 0 = 0,6 f ctd b w d
2
f ctk,inf 0,213 fck
fctd = = f ck em MPa
γc γc
A 
Vsw =  sw  0,9 d f ywd (cot g α + cot g θ ) sen α
 s  Equação 6.13
 f yk 
 
f ywd = min  γ s  estribos
435 MPa
 f yk 
0,7 
f ywd = min  γ s  barras dobradas
435 MPa
30° ≤ θ ≤ 45 º
45° ≤ α ≤ 90°

6.4.3.2.2 Flexo-compressão
No caso de flexo-compressão, os valores de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.8) são
dados por:

2006 6-12 ufpr/tc405


VRd3 = V c + Vsw
 M0 
Vc = Vc1 1 +  ≤ 2 Vc1

 M Sd,max 
VRd2 − VSd
Vc1 = Vc 0 ≤ Vc 0
VRd2 − Vc 0
Vc 0 = 0,6 fctd b w d
2
f ctk,inf 0,213 f ck
f ctd = = f ck em MPa
γc γc
A 
Vsw =  sw  0,9 d f ywd (cot g α + cot g θ ) sen α Equação 6.14
 s 
 f yk 
 
f ywd = min  γ s  estribos
435 MPa
 f yk 
0,7 
f ywd = min  γs  barras dobradas
435 MPa
30° ≤ θ ≤ 45 º
45° ≤ α ≤ 90°
Na Equação 6.14,
M0 valor do momento fletor que anula a tensão normal de compressão na borda da
seção (tracionada por MSd,Max), provocada pelas forças normais de diversas origens
concomitantes com VSd, sendo essa tensão calculada com valor de γf igual a 1,0; e
MSd,max valor do máximo momento fletor de cálculo que atua na seção considerada.
6.4.3.2.3 Elementos estruturais tracionados com a linha neutra fora da seção
No caso de elementos estruturais tracionados com a linha neutra fora da seção, os valores
de VRd3 (Equação 6.6), Vc e Vsw (Equação 6.8) são dados por:
VRd3 = V c + Vsw
Vc = 0
A 
Vsw =  sw  0,9 d f ywd (cot g α + cot g θ ) sen α
 s 
 f yk 
 
f ywd = min  γ s  estribos Equação 6.15
435 MPa
 f yk 
0,7 
f ywd = min  γ s  barras dobradas
435 MPa
30° ≤ θ ≤ 45 º
45° ≤ α ≤ 90°

6.4.4 Resistência de vigas – diagonal tracionada


A resistência de viga, numa determinada seção transversal, deve ser considerada
satisfatória quando for verificada, a seguinte condição:
VSd ≤ VRd3 Equação 6.16

2006 6-13 ufpr/tc405


onde:
VSd força cortante solicitante de cálculo na seção; e
VRd3 força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal, de acordo
com os Modelos I e II descritos em 6.3.2.1 e 6.3.2.2, respectivamente.
Exemplo 6.2: Verificar, para a seção transversal de viga abaixo indicada, qual a máxima força
cortante solicitante de cálculo (VSd) que a mesma pode suportar, definida pela
diagonal tracionada (VRd3). Fazer a verificação para o Modelo I e para o Modelo II
admitindo θ = 30° e α = 90°.
Considerar:
− aço: CA-50;
− concreto: C25;
− d = h – 4 cm;
− estribos verticais de dois ramos, espaçados de 10 cm, constituídos por barras
de 6,3 mm;
− flexão simples; e
− estado limite último, combinações normais (γc = 1,4, γs = 1,15).

40 cm

20 cm

Solução: Na determinação de VRd3, usar a Equação 6.10 para o Modelo I e a Equação 6.13
para o Modelo II. VSd é definida pela Equação 6.16.
a. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN / cm2
γ c = 1,4
2
0,213 f ck
f ctd = f ck em MPa
γc
0,213 25 2
fctd = = 1,28 MPa = 0,128 kN / cm2
1,4
fyk = 500 MPa
γ s 1,15
 fyk 

= min  γ s 
fywd 
435 MPa
 500 
 = 435 MPa
fywd = min 1,15 = 435 MPa = 43,5 kN / cm2
 
435 MPa 
π × 0,63 2
A sw = 2 A s = 2 × = 0,623 cm 2
4
s = 10 cm
b w = 20 cm
d = 40 − 4 = 36 cm
b. Modelo I
α = 90° (estribos verticais)

2006 6-14 ufpr/tc405


Vc 0 = 0,6 fctd b w d
Vc 0 = 0,6 × 0,128 × 20 × 36 = 55 kN
A 
Vsw =  sw  0,9 d fywd (sen α + cos α )
 s 
 0,623 
Vsw =   × 0,9 × 36 × 43,5 × (sen 90° + cos 90° ) = 88 kN
 10 
VRd3 = Vc + Vsw
VRd3 = 55 + 88 = 143 kN
VSd ≤ VRd3 = 143 kN ◄
c. Modelo II
θ = 30° (30° ≤ θ ≤ 45°) OK
α = 90° ( 45° ≤ α ≤ 90°) OK
Vc 0 = 0,6 × 0,128 × 20 × 36 = 55 kN
VRd2 = 271 kN (ver Exemplo 6.1, item c)
A 
Vsw =  sw  0,9 d fywd (cot g α + cot g θ ) sen α
 s 
 0,623 
Vsw =   × 0,9 × 36 × 43,5 × (cot g 90° + cot g 30° ) sen 90° = 152 kN
 10 
VRd2 − VSd
Vc1 = Vc 0 ≤ Vc 0
VRd2 − Vc 0
271 − VSd
Vc1 = 55 × ≤ 55 kN
271 − 55
271 − VSd
Vc1 = ≤ 55 kN (Vc1 função de VSd ⇒ necessário processo interativo)
3,927
c.1 VSd =VRd3 = Vsw = 152 kN (1ª tentativa, desconsiderado o valor de Vc)
271 − 152
Vc1 = = 30 kN ≤ 55 kN OK
3,927
Vc = Vc1 = 30 kN
VRd3 = Vc + Vsw
VRd3 = 30 + 152 = 182 kN > 152 kN
c.2 VSd = VRd3 = 182 kN (2ª tentativa)
271 − 182
Vc1 = = 23 kN ≤ 55 kN OK
3,927
Vc = Vc1 = 23 kN
VRd3 = Vc + Vsw
VRd3 = 23 + 152 = 175 kN < 182 kN
c.3 VSd = VRd3 = 175 kN (3ª tentativa)
271 − 175
Vc1 = = 24 kN ≤ 55 kN OK
3,927
Vc = Vc1 = 24 kN
VRd3 = Vc + Vsw
VRd3 = 24 + 152 = 176 kN > 175 kN
c.4 VSd = VRd3 = 176 kN (4ª tentativa)
271 − 176
Vc1 = = 24 kN ≤ 55 kN OK
3,927
Vc = Vc1 = 24 kN
VRd3 = Vc + Vsw

2006 6-15 ufpr/tc405


VRd3 = 24 + 152 = 176 kN OK
VSd ≤ VRd3 = 176 kN ◄
d. Observação
No Modelo I, a força cortante solicitante de cálculo VSd (143 kN) resultou 19% menor
que a correspondente no Modelo II (176 kN). Portanto, no que se refere à diagonal
tracionada, flexão simples, o Modelo II tem um melhor comportamento que o Modelo I.

6.5 Armadura mínima


Segundo o item 17.4.1.1 da ABNT NBR 6118, as vigas de concreto armado devem conter
armadura transversal mínima constituída por estribos, com taxa geométrica:
A sw f
ρ sw = ≥ 0,2 ct,m
b w s sen α fywk
2
fct,m = 0,3 3 fck fck em MPa Equação 6.17
fyk 
fywk = min  
500 MPa
onde:
ρsw taxa geométrica de armadura transversal;
Asw área da seção transversal dos estribos;
s espaçamento dos estribos, medido segundo o eixo longitudinal da viga;
α inclinação dos estribos em relação ao eixo longitudinal da viga;
bw largura média da alma, medida ao longo da altura útil da seção,
fywk resistência característica ao escoamento do aço da armadura transversal; e
fct,m resistência média à tração do concreto.
Exemplo 6.3: Determinar a taxa geométrica mínima para a armadura transversal da viga de
seção transversal abaixo indicada.
Considerar:
− aço: CA-60; e
− concreto: C25.

40 cm

20 cm

Solução: Usar a Equação 6.17 para a determinação de ρsw.


a. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN / cm2
2
f ct,m = 0,3 3 fck f ck em MPa
f ct,m = 0,3 3 25 2 = 2,56 MPa = 0,256 kN / cm 2
fyk = 600 MPa
fyk 
fywk = min  
500 MPa
600 MPa 2
fywk = min   = 500 MPa = 50 kN / cm
500 MPa 

2006 6-16 ufpr/tc405


b. Taxa geométrica
f
ρ sw ≥ 0,2 ct,m
fywk
0,256
ρsw ≥ 0,2 × = 0,10% ◄
50

6.6 Flexão simples - Vigas com estribos verticais – Modelo I


ABNT NBR 6118, item 17.4.1.1.3:
“A armadura transversal (Asw) pode ser constituída por estribos (fechados na região de
apoio das diagonais, envolvendo a armadura longitudinal) ou pela composição de
estribos e barras dobradas; entretanto, quando forem utilizadas barras dobradas, estas
não devem suportar mais do que 60% do esforço total resistido pela armadura.”
O detalhamento de vigas de concreto armado com estribos verticais, permitido pelo
item 17.4.1.1.3 da ABNT NBR 6118, tem sido o mais
usado pela engenharia de estruturas (Figura 6.14).

s s

s
2

Figura 6.14 – Vigas com estribos verticais


Por outro lado, a adoção do Modelo I, que exige menos da diagonal comprimida da treliça
de Morsh (ver Exemplo 6.1 e Exemplo 6.2), também tem-se mostrado bastante útil no
detalhamento de vigas de concreto armado. Desta forma, levando em consideração apenas as
equações estabelecidas em 6.3.2.1 (Equação 6.3), 6.3.3 (Equação 6.5), 6.4.3.1.1 (Equação 6.10),
6.4.4 (Equação 6.16) e 6.5 (Equação 6.17), para flexão simples, tem-se:

2006 6-17 ufpr/tc405


V
VSd ≤  Rd2
VRd3
VRd2 = 0,27 α v 2 fcd b w d
fck
αv2 = 1 − fck em MPa
250
VRd3 = V c + Vsw
Vc = 0,6 fctd b w d
2
0,213 fck
fctd = fck em MPa
γc
A  Equação 6.18
Vsw =  sw  0,9 d fywd
 s 
 fyk 
 
fywd = min  γ s 
435 MPa
A sw f
ρsw = ≥ 0,2 ct,m
bw s fywk
2
fct,m = 0,3 3 fck fck em MPa
fyk 
fywk = min  
500 MPa

Exemplo 6.4: Verificar, para a seção transversal de viga abaixo indicada, qual a máxima força
cortante solicitante de cálculo (VSd) que a mesma pode suportar.
Considerar:
− aço: CA-50;
− concreto: C25;
− d = h – 4 cm;
− estribos verticais de dois ramos, espaçados de 10 cm, barras de 6,3 mm;
− flexão simples, Modelo I; e
estado limite último, combinações normais (γc = 1,4, γs = 1,15).

40 cm

20 cm

Solução: Na determinação de VSd, usar a Equação 6.18.


a. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN / cm2
γ c = 1,4
f ck
α v2 = 1 − f ck em MPa
250
25
α v2 = 1− = 0,9
250

2006 6-18 ufpr/tc405


f ck
fcd =
γc
2,5
fcd = = 1,79 kN / cm 2
1,4
2
f ct,m = 0,3 3 fck f ck em MPa
f ct,m = 0,3 3 25 2 = 2,56 MPa = 0,256 kN / cm 2
2
0,213 f ck
f ctd = f ck em MPa
γc
0,213 25 2
fctd = = 1,28 MPa = 0,128 kN / cm2
1,4
fyk = 500 MPa
γ s = 1,15
fyk 
fywk = min  
500 MPa
500 MPa 2
fywk = min   = 500 MPa = 50 kN / cm
500 MPa
 fyk 

= min  γ s 
fywd 
435 MPa
 500 
 = 435 MPa
fywd = min 1,15 = 435 MPa = 43,5 kN / cm2
 
435 MPa 
π × 0,63 2
A sw = 2 A s = 2 × = 0,623 cm 2
4
s = 10 cm
b w = 20 cm
d = 40 − 4 = 36 cm
f
ρ sw ≥ 0,2 ct,m
fywk
0,256
ρsw ≥ 0,2 × = 0,10%
50
A sw
ρ sw ≥
bw s
0,623
ρ sw ≥ = 0,31% > 0,10% OK
20 × 10
b. VRd2
VRd2 = 0,27 α v 2 fcd b w d
VRd2 = 0,27 × 0,9 × 1,79 × 20 × 36 = 313 kN ◄
c. VRd3
Vc 0 = 0,6 fctd b w d
Vc 0 = 0,6 × 0,128 × 20 × 36 = 55 kN
A 
Vsw =  sw  0,9 d f ywd
 s 

2006 6-19 ufpr/tc405


 0,623 
Vsw =   × 0,9 × 36 × 43,5 = 88 kN
 10 
VRd3 = Vc + Vsw
VRd3 = 55 + 88 = 143 kN ◄
d. VSd
V
VSd ≤  Rd2
VRd3
313 kN
VSd ≤  ⇒ VSd = 143 kN ◄
143 kN

6.7 Flexão simples - Vigas com estribos verticais – Modelo II


A adoção do Modelo II para vigas com estribos verticais pode ser uma solução interessante
quando se quer exigir mais da diagonal comprimida da treliça de Morsh (ver Exemplo 6.1 e
Exemplo 6.2), e menos da armadura. Desta forma, levando em consideração apenas as equações
estabelecidas em 6.3.2.2 (Equação 6.4), 6.3.3 (Equação 6.5), 6.4.3.2.1 (Equação 6.13), 6.4.4
(Equação 6.16) e 6.5 (Equação 6.17), para flexão simples, tem-se:
V
VSd ≤  Rd2
VRd3
VRd2 = 0,54 α v 2 fcd b w d senθ cos θ
fck
αv2 = 1 − fck em MPa
250
30° ≤ θ ≤ 45°
VRd3 = V c + Vsw
Vc = Vc1
VRd2 − VSd
Vc1 = Vc 0 ≤ Vc 0
VRd2 − Vc 0
Vc 0 = 0,6 fctd b w d
2
fctk,inf 0,213 fck
fctd = = fck em MPa
γc γc Equação 6.19
A 
Vsw =  sw  0,9 d fywd cot θ
 s 
 fyk 
 
fywd = min  γ s 
435 MPa
30° ≤ θ ≤ 45°
A sw f
ρsw = ≥ 0,2 ct,m
bw s fywk
2
fct,m = 0,3 3 fck fck em MPa
fyk 
fywk = min  
500 MPa

2006 6-20 ufpr/tc405


Exemplo 6.5: Verificar, para a seção transversal de viga abaixo indicada, qual a máxima força
cortante solicitante de cálculo (VSd) que a mesma pode suportar.
Considerar:
− aço: CA-50;
− concreto: C25;
− d = h – 4 cm;
− estribos verticais de dois ramos, espaçados de 10 cm, constituídos por barras
de 6,3 mm;
− flexão simples, Modelo II, θ = 30°; e
estado limite último, combinações normais (γc = 1,4, γs = 1,15).

40 cm

20 cm

Solução: Na determinação de VSd, usar a Equação 6.19


a. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN / cm2
γ c = 1,4
fck
α v2 = 1 − f ck em MPa
250
25
α v2 = 1 − = 0,9
250
f
fcd = ck
γc
2,5
fcd = = 1,79 kN / cm 2
1,4
2
f ct,m = 0,3 3 fck f ck em MPa
f ct,m = 0,3 3 25 2 = 2,56 MPa = 0,256 kN / cm 2
2
0,213 f ck
f ctd = f ck em MPa
γc
0,213 25 2
fctd = = 1,28 MPa = 0,128 kN / cm2
1,4
fyk = 500 MPa
γ s = 1,15
fyk 
fywk = min  
500 MPa
500 MPa 2
fywk = min   = 500 MPa = 50 kN / cm
500 MPa
 fyk 
 
fywd = min  γ s 
435 MPa

2006 6-21 ufpr/tc405


 500 
 = 435 MPa
fywd = min 1,15 = 435 MPa = 43,5 kN / cm2
 
435 MPa 
π × 0,63 2
A sw = 2 A s = 2 × = 0,623 cm 2
4
s = 10 cm
b w = 20 cm
d = 40 − 4 = 36 cm
f
ρ sw ≥ 0,2 ct,m
fywk
0,256
ρsw ≥ 0,2 × = 0,10%
50
A sw
ρ sw ≥
bw s
0,623
ρ sw ≥ = 0,31% > 0,10% OK
20 × 10
θ = 30°
b. VRd2
VRd2 = 0,54 α v 2 fcd b w d senθ cos θ
VRd2 = 0,54 × 0,9 × 1,79 × 20 × 36 × sen 30° × cos 30° = 271kN ◄
c. VRd3
Vc 0 = 0,6 fctd b w d
Vc 0 = 0,6 × 0,128 × 20 × 36 = 55 kN
A 
Vsw =  sw  0,9 d fywd cot θ
 s 
 0,623 
Vsw =   × 0,9 × 36 × 43,5 × cot 30° = 152 kN
 10 
VRd2 − VSd
Vc1 = Vc 0 ≤ Vc 0
VRd2 − Vc 0
271 − VSd
Vc1 = 55 × ≤ 55 kN
271 − 55
271 − VSd
Vc1 = ≤ 55 kN (Vc1 função de VSd ⇒ necessário processo interativo)
3,927
c.1 VSd =VRd3 = 200 kN (1ª tentativa, valor arbitrado)
271 − 200
Vc1 = = 18 kN < 55 kN OK
3,927
Vc = Vc1 = 18 kN
VRd3 = Vc + Vsw
VRd3 = 18 + 152 = 170 kN < 200 kN
c.2 VSd = VRd3 = 170 kN (2ª tentativa)
271 − 170
Vc1 = = 26 kN < 55 kN OK
3,927
Vc = Vc1 = 26 kN
VRd3 = Vc + Vsw
VRd3 = 26 + 152 = 178 kN > 170 kN

2006 6-22 ufpr/tc405


c.3 VSd = VRd3 = 178 kN (3ª tentativa)
271 − 178
Vc1 = = 24 kN < 55 kN OK
3,927
Vc = Vc1 = 24 kN
VRd3 = Vc + Vsw
VRd3 = 24 + 152 = 176 kN < 178 kN
c.4 VSd = VRd3 = 176 kN (4ª tentativa)
271 − 176
Vc1 = = 24 kN < 55 kN OK
3,927
Vc = Vc1 = 24 kN
VRd3 = Vc + Vsw
VRd3 = 24 + 152 = 176 kN OK
VSd ≤ VRd3 = 176 kN ◄
d. VSd
V
VSd ≤  Rd2
VRd3
271kN
VSd ≤  ⇒ VSd = 176 kN ◄
176 kN
e. Comparações de Modelos (valores do Modelo I retirados do Exemplo 6.4)
Modelo I II
α 90° 90°
θ 45° 30°
Vc 55 kN 24 kN
Vsw 88 kN 152 kN
VRd2 313 kN 271 kN
VRd3 143 kN 176 kN

Como pode ser observado pela tabela, o Modelo I apresenta melhores condições para
o concreto (VRd2), ao passo que o Modelo II é melhor para armadura (VRd3). Em outras
palavras isto quer dizer que o Modelo II necessita menos armadura que o Modelo I.

6.8 Condições para uso de estribos em vigas


Segundo o item 18.3.3.2 da ABNT NBR 6118, os estribos destinados a vigas de concreto
armado devem satisfazer às seguintes exigências (Figura 6.15):
bw
5 mm ≤ φt ≤
10
VSd 0,6 d 
≤ 0,67 ⇒ s ≤ min   Equação 6.20
VRd2 30 cm
VSd 0,3 d 
> 0,67 ⇒ s ≤ min  
VRd2 20 cm
onde:
φt diâmetro da barra que constitui o estribo;
s espaçamento dos estribos, medido segundo o eixo longitudinal da viga;
bw largura da alma da viga;
d altura útil da viga;
VSd força cortante solicitante de cálculo na seção; e

2006 6-23 ufpr/tc405


VRd2 força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas de
concreto.

φt
bw d

Figura 6.15 – Estribos de viga de concreto armado


Embora a ABNT NBR 6118 não faça referência ao espaçamento mínimo entre estribos, é
recomendável que este valor não seja inferior a 10 cm. Em casos extremos este valor pode ser
reduzido para até 7 cm, porém torna-se necessário que sejam verificadas as condições totais de
concretagem que envolvem todas as armaduras (longitudinais e transversais). Desta forma a
Equação 6.20 resulta:
bw
5 mm ≤ φ t ≤
10
VSd 0,6 d 
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min   Equação 6.21
VRd2 30 cm
VSd 0,3 d 
> 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min  
VRd2 20 cm
No caso de vigas de pouca altura útil (d ≤ 35 cm), o produto 0,3 d poderá resultar inferior a
10 cm. Neste caso o espaçamento mínimo de 10 cm deverá ser ignorado, mantendo-se o
espaçamento igual ou inferior a 0,3 d.
Exemplo 6.6: Determinar o espaçamento dos estribos para o trecho II da viga abaixo indicada.
Considerar:
− aço: CA-60;
− concreto: C20;
− d = h – 5 cm;
− estribos verticais de dois ramos, constituídos por barras de 6,3 mm;
− flexão simples, Modelo I; e
estado limite último, combinações normais (γc = 1,4, γs = 1,15).

50 cm

I II
20 cm
diagrama VSd

210 kN 140 kN

Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 6.18 e Equação 6.21.


Observar que a verificação de VRd2 deve ser feita para a maior força cortante
2006 6-24 ufpr/tc405
solicitante de cálculo VSd atuante na viga (210 kN). O cálculo da armadura deve ser
feito para VSd igual a 140 kN que corresponde a maior força cortante de cálculo
atuante no trecho II.
a. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 20 MPa = 2,0 kN / cm 2
γ c = 1,4
fck
α v2 = 1 − f ck em MPa
250
20
α v2 = 1 − = 0,92
250
f
fcd = ck
γc
2,0
fcd = = 1,43 kN / cm 2
1,4
2
f ct,m = 0,3 3 fck f ck em MPa
f ct,m = 0,3 3 20 2 = 2,21MPa = 0,221kN / cm 2
2
0,213 f ck
f ctd = f ck em MPa
γc
0,213 20 2
fctd = = 1,11MPa = 0,111kN / cm2
1,4
fyk = 600 MPa
γ s = 1,15
fyk 
fywk = min  
500 MPa
600 MPa 2
fywk = min   = 500 MPa = 50 kN / cm
500 MPa 
 fyk 
 
fywd = min  γ s 
435 MPa
 600 
 = 522 MPa
fywd = min 1,15 = 435 MPa = 43,5 kN / cm2
 
435 MPa 
bw
5 mm ≤ φt ≤
10
200
5 mm ≤ φ t ≤
10
5 mm ≤ φt ≤ 20 mm
φt = 6,3 mm OK
π × 0,63 2
A sw = 2 A s = 2 × = 0,623 cm 2
4
b w = 20 cm
d = 50 − 5 = 45 cm
f
ρsw ≥ 0,2 ct,m
fywk

2006 6-25 ufpr/tc405


0,221
ρsw ≥ 0,2 × = 0,09%
50
VRd2 = 0,27 α v 2 fcd b w d
VRd2 = 0,27 × 0,92 × 1,43 × 20 × 45 = 320 kN
Vc = 0,6 fctd b w d
Vc = 0,6 × 0,111× 20 × 45 = 60 kN
b. Verificação de VRd2
VSd ≤ VRd2
VSd = 210 kN (máxima força cortante de cálculo atuante na viga – face do pilar)
VRd2 = 320 kN
VSd < VRd2 OK
{ {
210 kN 320 kN

c. Verificação de VRd3
VSd ≤ VRd3
VSd = 140 kN (máxima força cortante de cálculo no trecho II)
Vc = 60 kN
A 
Vsw =  sw  0,9 d f ywd
 s 
 0,623  1097,57
Vsw =   × 0,9 × 45 × 43,5 =
 s  s
VRd3 = Vc + Vsw
1097,57
VRd3 = 60 +
s
1097,57
140 ≤ 60 +
s
s ≤ 13,72 cm ⇒ s = 13 cm ◄
d. Verificação de s
VSd 0,6 d 
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min  
VRd2 30 cm
VSd 0,3 d 
> 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min  
VRd2 20 cm
VSd = 140 kN
VRd2 = 320 kN
s = 13 cm
VSd 140
= = 0,44
VRd2 320
VSd 0,6 × 45 = 27 cm
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min   = 27 cm
VRd2 30 cm 
10 cm < 13 cm < 27 cm OK
e. Verificação de ρsw
ρsw ≥ 0,09%
A sw
ρ sw ≥
bw s
0,623
ρsw ≥ = 0,24% > 0,09% OK
20 × 13

2006 6-26 ufpr/tc405


6.9 Cargas próximas aos apoios
A existência de cargas próximas aos apoios pode influenciar na determinação da armadura
de cisalhamento em vigas de concreto armado. Da Figura 6.16 pode ser observado que:
− as cargas uniformemente distribuídas, à esquerda do plano α, não interferem no nó B
(onde existe Vsw), são direcionadas diretamente ao apoio (nó) A e, no equilíbrio vertical
de forças, influenciam na determinação da força VRd2 (reação de apoio), relativa à
ruína das diagonais comprimidas de concreto; e
− as cargas uniformemente distribuídas, compreendidas entre os planos α e β,
interferem no nó B e, no equilíbrio vertical de forças, influenciam na determinação da
força Vsw, resistida pela armadura transversal Asw.

α β

M
B
Rsw
A V

α β
VRd2

Figura 6.16 – Cargas próximas aos apoios


Da Figura 6.16 pose-se concluir que:
− as cargas uniformemente distribuídas, à esquerda do plano α, não interferem na
determinação de Asw; e
− as cargas uniformemente distribuídas, à direita do plano α, interferem na verificação
de VRd2.
ABNT NBR 6118, item 17.4.1.2.1:
“Para o cálculo da armadura transversal, no caso de apoio direto (se a carga e a
reação forem aplicadas em faces opostas do elemento estrutural, comprimindo-a),
valem as seguintes prescrições:
a. a força cortante oriunda de carga distribuída pode ser considerada, no
trecho entre o apoio e a seção situada à distância d/2 da face do apoio,
constante e igual à desta seção;
b. a força cortante devida a uma carga concentrada aplicada a uma distância
a ≤ 2d do eixo teórico do apoio pode, neste trecho de comprimento a, ser
reduzida multiplicando-a por a/(2d).
As reduções indicadas nesta seção não se aplicam à verificação da resistência à
compressão diagonal do concreto.
No caso de apoios indiretos , essas reduções também não são permitidas.“
A Figura 6.17 mostra os diagramas de força cortante para o cálculo da armadura transversal
de vigas de concreto armado, segundo o item 17.4.1.2.1 da ABNT NBR 6118.

2006 6-27 ufpr/tc405


a ≤ 2d

d d

d/2
VSd  a 
VSd  
 2d

diagrama VSd para diagrama VSd para


cálculo da armadura cálculo da armadura
de cisalhamento de cisalhamento

Figura 6.17 – Diagramas VSd para cálculo da armadura de cisalhamento


Exemplo 6.7: Determinar a armadura de cisalhamento os trechos I, II e III da viga abaixo
indicada.
Considerar:
− aço: CA-60;
− concreto: C20;
− estribos verticais de dois ramos;
− flexão simples, Modelo I; e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4,
γc = 1,4 e γs = 1,15).
Gk = 144 kN

gk = 72 kN/m

2m 2m 1m
I II III

60 cm 65 cm

15 cm

30 cm

2006 6-28 ufpr/tc405


Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 6.18 e Equação 6.20,
bem como das reduções de carga apresentadas na Figura 6.17.
a. Diagramas de força cortante

VSd,eixo,A = +161,28 kN

VSd,face,A = +146,16 kN

VSd,d/2,A = +115,92 kN
+
VSd,eixo,B = VSd,face,B = -40,32 kN
B
A -

2m 3m

4m 1m

+ B
A
VSd,eixo,A = VSd,face,A = 40,32 kN

VSd,a/2d,B = -134,40 kN -

VSd,eixo,B = VSc,face,B = -161,28 kN

carga uniformemente distribuída:


  4 
VSd,eixo, A = 1,4 × 72 × 2 ×   = 161,28 kN
  5 
 
 
  0,30 
VSd,face, A = 161,28 − 1,4 × 72 ×   = 146,16 kN
 12 2 
3
 l pil 
 2 
  
  
  0,30   0,60  
VSd,d/2, A = 161,28 − 1,4 × 72 ×  +   = 115,92 kN
 2 2
  
123 123  
  l pil d 
  2 2  
  1 
VSd,eixo,B = VSd,face,B = −1,4 × 72 × 2 ×   = −40,32 kN
  5 
carga concentrada:
  1 
VSd,eixo,A = VSd,face,A = 1,4 × 144 ×   = 40,32 kN
  5 
  4 
VSd,eixo,B = VSd,face,B = −1,4 × 144 ×   = −161,28 kN
  5 

2006 6-29 ufpr/tc405


 100 
VSd,a / 2d,B = −161,28 ×   = −134,40 kN
2 × 60 
14 24 3
a
2d

b. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)


fck = 20 MPa = 2,0 kN / cm 2
γ c = 1,4
f ck
α v2 = 1 − f ck em MPa
250
20
α v2 = 1 − = 0,92
250
f
f cd = ck
γc
2,0
fcd = = 1,43 kN / cm 2
1,4
2
f ct,m = 0,3 3 fck f ck em MPa
f ct,m = 0,3 3 20 2 = 2,21MPa = 0,221kN / cm 2
2
0,213 f ck
f ctd = f ck em MPa
γc
0,213 20 2
fctd = = 1,11MPa = 0,111kN / cm2
1,4
fyk = 600 MPa
γ s = 1,15
fyk 
fywk = min  
500 MPa
600 MPa 2
fywk = min   = 500 MPa = 50 kN / cm
500 MPa 
 fyk 

= min  γ s 
fywd 
435 MPa
 600 
 = 522 MPa
fywd = min 1,15 = 435 MPa = 43,5 kN / cm2
 
435 MPa 
b
5 mm ≤ φ t ≤ w
10
150
5 mm ≤ φ t ≤
10
5 mm ≤ φ t ≤ 15 mm
b w = 15 cm
d = 60 cm
f
ρ sw ≥ 0,2 ct,m
fywk
0,221
ρsw ≥ 0,2 × = 0,09%
50

2006 6-30 ufpr/tc405


A sw
ρsw = ≥ 0,09%
bw s
A sw 0,09 cm2 cm2
≥ × 15
{ = 0,0135 = 1,35
s 100 b w cm m
VRd2 = 0,27 α v 2 fcd b w d
VRd2 = 0,27 × 0,92 × 1,43 × 15 × 60 = 320 kN
Vc = 0,6 fctd b w d
Vc = 0,6 × 0,111× 15 × 60 = 60 kN
c. Verificação de VRd2
VSd ≤ VRd2
VSd,face,A = VSd,face,A,dist + VSd,face,A,conc
VSd,face, A = 146,16 + 40,32 = 186,48 kN
VSd,face,B = VSd,face,B,dist + VSd,face,B,conc
VSd,face,B = −40,32 − 161,28 = −201,60 kN
VSd,face,max = 201,60 kN (valor absoluto)
VRd2 = 320 kN
V ,face,max < VRd2 OK
1Sd
4243 {
201,60 kN 320 kN

d. Trecho I
VSd ≤ VRd3 +115,92 kN
VSd = VSd,max = 115,92 + 40,32 = 156,24 kN
Vc = 60 kN
A  + -40,32 kN
Vsw =  sw  0,9 d f ywd
 s 
A  A A
Vsw =  sw  × 0,9 × 60 × 43,5 = 2349 sw I
 s  s
VRd3 = Vc + Vsw 2m
A +40,32 kN
VRd3 = 60 + 2349 sw
s
A +
156,24 ≤ 60 + 2349 sw
s
2 A
A sw cm cm 2 cm 2
≥ 0,0410 = 4,10 > 1,35 OK
s cm m m
VSd  0,6 d  φt Asw s Asw/s
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min  
VRd2 30 cm (mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
VSd 0,3 d  5 0,393 9 4,37
> 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min   ►6,3 0,623 ►15 4,15
VRd2 20 cm
8 1,005 24 4,19
VRd2 = 320 kN
VSd 156,24 0,6 × 60 = 36 cm s cm → 0,623 cm2
= = 0,49 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min  
VRd2 320 30 cm  100 cm → 4,10 cm2
10 cm ≤ s ≤ 30 cm
Será adotado para o trecho I, estribos de 6,3 mm, dois ramos, espaçados de 15 cm
(4,15 cm2/m). A adoção de barras de 5 mm implicaria em espaçamento inferior a 10 cm, o
que, deve ser evitado. A adoção de barras de 8 mm implicaria em um excesso de armadura
para o trecho II.

2006 6-31 ufpr/tc405


e. Trecho II -40,32 kN
VSd ≤ VRd3 A
VSd = VSd,max = −40,32 + 40,32 = 0 kN
-
Vc = 60 kN
VSd < Vc ⇒ armadura mínima 2m
{ {
0 kN 60 kN
II
A sw cm2 +40,32 kN
≥ 1,35
s m +

A
VSd 0,6 d  φt Asw s Asw/s
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min  
VRd2 30 cm (mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
VSd 0,3 d  5 0,393 29 1,36
> 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min   ►6,3 0,623 ►30 2,08
VRd2 20 cm
8 1,005 30 3,35
VRd2 = 320 kN
VSd 0 0,6 × 60 = 36 cm s cm → 0,623 cm 2
= = 0,00 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min  
VRd2 320 30 cm  100 cm → 1,35 cm 2
10 cm ≤ s ≤ 30 cm
Será adotado para o trecho II, estribos de 6,3 mm, dois ramos, espaçados de 30 cm
(2,08 cm2/m) que é o máximo permitido por Norma. A adoção de barras de 6,3 mm é devida
a manutenção de um mesmo tipo de estribo em todo o vão da viga.
f. Trecho III
VSd ≤ VRd3 B -40,32 kN
VSd = VSd,max = − 40,32 − 134,40 = 174,72 kN -
Vc = 60 kN
1m
A 
Vsw =  sw  0,9 d f ywd III
 s  B
A  A -134,40 kN
Vsw =  sw  × 0,9 × 60 × 43,5 = 2349 sw
 s  s
VRd3 = Vc + Vsw -
A
VRd3 = 60 + 2349 sw
s
A
174,72 ≤ 60 + 2349 sw
s
2
A sw cm cm 2 cm 2
≥ 0,0488 = 4,88 > 1,35 OK
s cm m m
VSd 0 ,6 d  φt Asw s Asw/s
≤ 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min  
VRd2 30 cm (mm) (cm2) (cm) (cm2/m)
VSd 0,3 d  5 0,393 8 4,91
> 0,67 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min   ►6,3 0,623 ►12 5,19
VRd2 20 cm
8 1,005 20 5,03
VRd2 = 320 kN
VSd 174,72 0,6 × 60 = 36 cm s cm → 0,623 cm 2
= = 0,55 ⇒ 10 cm ≤ s ≤ min  
VRd2 320 30 cm  100 cm → 4,88 cm 2
10 cm ≤ s ≤ 30 cm
Será adotado para o trecho III, estribos de 6,3 mm, dois ramos, espaçados de 12 cm
(5,19 cm2/m). A adoção de barras de 6,3 mm é devida à manutenção de um mesmo tipo de
estribo em todo o vão da viga.

2006 6-32 ufpr/tc405


g. Posicionamento dos estribos

13 φ 6,3 mm 6 φ 6,3 mm
1 φ @ 15 cm 1 φ @ 30 cm

7 cm 23 cm 20 cm 8 φ 6,3 mm 6 cm
1 φ @ 12 cm

6.10 Decalagem do diagrama de força no banzo tracionado


Seja a viga da Figura 6.18 submetida a um carregamento qualquer onde, internamente, está
representada a treliça de Morsh.

∆x

Figura 6.18 – Viga com representação da treliça


de Morsh
Seja agora um trecho isolado da viga onde somente forças horizontais, definidas por
momentos fletores, são consideradas (Figura 6.19). Conforme mostrado na Figura 6.18, os
banzos superiores e inferiores da treliça são admitidos paralelos. Desta forma, pode-se, também,
admitir-se, na Figura 6.19, a igualdade dos
braços de alavanca z, distância entre as forças
Rcd e Rsd. Existindo no trecho ∆x da Figura 6.19
Rcd1 Rcd2
variação dos momentos fletores (MRd2 > MRd1),
MRd1 MRd2 sendo z constante e MRd dado pelo produto Rsd z,
z z conclui-se que a força atuante na armadura
tracionada Rsd não é constante neste trecho
A B (Rsd2 > Rsd1 da mesma forma que MRd2 > MRd1).
Rsd1 Rsd2
∆x

MRd1 MRd2
R sd1 = R sd2 = > R sd1
z z

Figura 6.19 – Forças horizontais em um


trecho de viga
Seja agora o mesmo trecho ∆x isolado da treliça da Figura 6.18, onde está mostrado as
forças internas de tração Rsd atuantes no banzo inferior da treliça de Morsh. Por se tratar de um
trecho de treliça, obrigatoriamente deve-se ter na Figura 6.20 forças Rsd iguais entre dois nós
consecutivos (nós A e B que definem o trecho ∆x). Isto vale dizer que a força atuante na armadura
tracionada (armadura horizontal inferior) é constante no trecho ∆x.

2006 6-33 ufpr/tc405


A B
Rsd1 Rsd2
∆x

Rsd1 Rsd2

Figura 6.20 – Forças horizontais no


banzo inferior da treliça
Do exposto, fica caracterizado uma discrepância quanto ao comportamento da força Rsd,
pois para o mesmo trecho ∆x ora ela é variável (Figura 6.19) ora ela é constante (Figura 6.20). Isto
se explica pela completa independência existente na determinação da armadura horizontal
(armadura de momento fletor) com a determinação da armadura vertical (armadura de força
cortante). Determina-se a armadura horizontal sem se levar em conta a força cortante, ao mesmo
tempo em que se determina a armadura vertical sem se levar em conta o momento fletor. Um
critério de cálculo (momento fletor) considera a viga como um todo, o outro (força cortante) admite
o comportamento de uma treliça interna.
Para levar em conta a discrepância existente no comportamento da armadura horizontal
tracionada, e agora já podemos considerá-la tanto na face inferior da viga (momento positivo) com
na face superior (momento negativo), deve o dimensionamento desta armadura ser feito para o
maior valor absoluto da força Rsd atuante
no trecho ∆x (ponto B da Figura 6.19 e da
Figura 6.20). Isto vale dizer que o
diagrama de forças Rsd deve ser
deslocado na direção da menor destas
A B forças (na direção de Rsd1 da Figura 6.19,
∆x ou de B para A) de tal modo que no trecho
Rsd ≠ 0 no apoio ∆x a força horizontal tracionada fique
constante com seu maior valor absoluto. A
Figura 6.21 mostra um exemplo de
diagrama de forças Rsd deslocado.

diagrama Rsd diagrama


deslocado Rsd = MRd/z

Figura 6.21 – Diagrama Rsd deslocado


ABNT NBR 6118, item 17.4.2.2-c – Modelo de cálculo I:
“Quando a armadura longitudinal de tração for determinada através do equilíbrio de
esforços na seção normal ao eixo do elemento estrutural, os efeitos provocados pela
fissuração obliqua podem ser substituídos no cálculo pela decalagem do diagrama de
força no banzo tracionado, dada pela expressão:
 VSd,max 
al = d  (1 + cot g α ) − cot gα 
 2 (VSd,max − Vc ) 
onde:
al ≥ 0,5 d, no caso geral;
al ≥ 0,2 d, para estribos inclinados a 45°.
2006 6-34 ufpr/tc405
Essa decalagem pode ser substituída, aproximadamente, pela correspondente
decalagem de momentos fletores.
A decalagem do digrama de força no banzo tracionado pode ser também obtida
simplesmente aumentando a força de tração, em cada seção, pela expressão:
M 1
R Sd,cor = Sd + VSd (cot g θ − cot g α ) ”
z 2
ABNT NBR 6118, item 17.4.2.3-c – Modelo de cálculo II:
“Se forem mantidas as condições estabelecidas 17.4.2.2-c, o deslocamento do
diagrama de momentos fletores, aplicando o processo descrito nessa seção, deve ser:
a l = 0,5 d (cot g θ − cot g α )
onde:
al ≥ 0,5 d, no caso geral;
al ≥ 0,2 d, para estribos inclinados a 45°.
Permanece válida para o modelo II a alternativa dada em 17.4.2.2-c.”
As seguintes observações devem ser feitas a respeito dos itens 17.4.2.2-c e 17.4.2.3-c da
ABNT NBR 6118:
a. Contrariando toda a bibliografia nacional e internacional, a ABNT NBR 6118 não
estabelece um limite superior para valores de al. Esta limitação deveria ser:
al ≤ d
b. Para valores negativos de al, este deveria ser considerado como:
al = d
Desta forma, os valores de al deveriam ser calculados como se segue:
− Modelo I
 VSd,max 
al = d  (1 + cot g α ) − cot gα 
 2 (VSd,max − Vc ) 
0,5 d ≤ al ≤ d ⇒ caso geral Equação 6.22
0,2 d ≤ al ≤ d ⇒ estribos inclinados a 45°
para VSd,max<Vc ⇒ al = d
− Modelo I, estribos verticais (α = 90°)
d  VSd,max 

al =
2  (VSd,max − Vc ) 

Equação 6.23
0,5 d ≤ a l ≤ d
para VSd,max<Vc ⇒ al = d
− Modelo II
al = 0,5 d (cot g θ − cot g α )
0,5 d ≤ al ≤ d ⇒ caso geral Equação 6.24
0,2 d ≤ al ≤ d ⇒ estribos inclinados a 45°
A Figura 6.22 mostra como ficaria um diagrama de momentos fletores solicitantes de cálculo
para efeito de dimensionamento e detalhamento da armadura horizontal de tração. É interessante
notar que no apoio rotulado B há um aparente aparecimento de momento fletor. Na realidade,
neste apoio B, está representada a força horizontal de tração que aparece no equilíbrio do nó A da
Figura 6.16.

2006 6-35 ufpr/tc405


al
al
diagrama MSd
B
A

al
al
diagrama MSd
deslocado

Figura 6.22 – Diagrama MSd deslocado


Exemplo 6.8: Efetuar o deslocamento do diagrama de momentos fletores solicitantes de cálculo
para a viga abaixo representada.
Considerar:
− concreto: C20;
− estribos verticais de dois ramos;
− preso próprio desprezível;
− flexão simples, Modelo I; e
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4,
γc = 1,4 e γs = 1,15).
Gk = 200 kN

4m 1m

50 cm 55 cm

18 cm

30 cm
Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 6.3 para a verificação de
VRd2 e na Equação 6.23 para a determinação de al.

2006 6-36 ufpr/tc405


a. Diagramas MSd e VSd
Gk = 200 kN

4m 1m
I II

1,4 × 200 × 4 × 1
= 224 kNm
5

1,4 × 200 × 1
= 56 kN
5

1,4 × 200 × 5
= 224 kN
5

b. Dados – uniformização de unidades (kN e cm)


fck = 20 MPa = 2,0 kN / cm 2
γ c = 1,4
fck
α v2 = 1 − f ck em MPa
250
20
α v2 = 1 − = 0,92
250
f
fcd = ck
γc
2,0
fcd = = 1,43 kN / cm 2
1,4
2
0,213 f ck
f ctd = f ck em MPa
γc
0,213 20 2
fctd = = 1,11MPa = 0,111kN / cm2
1,4
b w = 18 cm
d = 50 cm
VRd2 = 0,27 α v 2 fcd b w d
VRd2 = 0,27 × 0,92 × 1,43 × 18 × 50 = 320 kN
Vc = 0,6 fctd b w d
Vc = 0,6 × 0,111× 18 × 50 = 60 kN
c. Verificação de VRd2
VSd ≤ VRd2
2006 6-37 ufpr/tc405
VSd,face,max = 224 kN (valor absoluto)
VRd2 = 320 kN
V ,face,max < VRd2 OK
1Sd
4243 {
224 kN 320 kN

d. Valor de al para o trecho I


d VSd,max ≥ 0,5 d
al =  
2  (VSd,max − Vc ) ≤ d
VSd,max = 56 kN (valor absoluto)
Vc = 60 kN
V ,max < Vc ⇒ a l = d
1Sd23 {
56 kN 60 kN

al = 50 cm ◄
e. Valor de al para o trecho II
VSd,max = 224 kN (valor absoluto)
Vc = 60 kN
50  224 
al =   = 34 cm
2  (224 − 60 ) 
≥ 0,5 d = 0,5 × 50 = 25 cm
al 
≤ d = 50 cm
al = 34 cm ◄
f. Diagrama deslocado
Gk = 200 kN

4m 1m
I II

50 cm 34 cm

6.11 Simbologia Específica


6.11.1 Símbolos base
a distância de carga concentrada ao eixo do pilar mais próximo
al distância correspondente a decalagem do diagrama de força no banzo tracionado
bw largura da alma da viga
largura média da alma, medida ao longo da altura útil da seção
d altura útil da viga

2006 6-38 ufpr/tc405


fcd resistência de cálculo à compressão do concreto
fck resistência característica à compressão do concreto
fctd resistência de cálculo à tração do concreto
fctk,inf resistência característica inferior à tração do concreto
fct,m resistência média à tração do concreto
fyd resistência de cálculo ao escoamento do aço
fyk resistência característica ao escoamento do aço
fywd resistência de cálculo ao escoamento do aço da armadura transversal
fywk resistência característica ao escoamento do aço da armadura transversal
gk valor característico da ação permanente
h altura da viga
n número da barras
qk valor característico da ação variável
s espaçamento dos estribos, medido segundo o eixo longitudinal da viga
espaçamento da armadura transversal, medido paralelamente ao eixo horizontal da
viga
z braço de alavanca
As área da seção transversal da armadura
Asw área da seção transversal dos estribos
área da seção transversal de uma barra que constitui a armadura transversal da
viga
Gk valor característico da ação permanente
M momento fletor
MRd momento fletor resistente de cálculo
MSd,max máximo momento fletor de cálculo
M0 momento fletor que anula a tensão normal de compressão na borda da seção
(tracionada por MSd,Max)
Qk valor característico da ação variável
Rcd força resistente de cálculo atuante na região de concreto comprimido
Rcw força atuante na diagonal de compressão da treliça de Morsh, resultante das
tensões σcw
Rsd força resistente de cálculo atuante na armadura tracionada
Rsw força atuante na armadura transversal (diagonal tracionadas da treliça de Morsh),
resultante das tensões σsw
V força cortante
Vc força cortante absorvida por mecanismos complementares ao da treliça de Morsh
Vc0 valor de Vc na flexão simples ou flexo-tração com a linha neutra cortando a seção –
Modelo I
Vc1 valor de Vc na flexão simples ou flexo-tração com a linha neutra cortando a seção –
Modelo II
VRd2 força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas de
concreto
VRd3 cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal
VSd força cortante solicitante de cálculo
VSd,eixo força cortante solicitante de cálculo correspondente ao eixo do pilar
VSd,face força cortante solicitante de cálculo atuante na face interna do pilar
VSd,max máxima força cortante solicitante de cálculo
Vsw componente vertical da força Rsw

2006 6-39 ufpr/tc405


α inclinação dos estribos em relação ao eixo longitudinal da viga
inclinação da armadura transversal em relação ao eixo horizontal da viga
αv2 coeficiente para cálculo de VRd2
φ diâmetro da barra
φt diâmetro da barra que constitui o estribo
θ inclinação da fissura em relação ao eixo horizontal da viga
γc coeficiente de ponderação da resistência do concreto
γg coeficiente de ponderação para ações permanentes diretas
γq coeficiente de ponderação para ações variáveis diretas
γs coeficiente de ponderação da resistência do aço
ρsw taxa geométrica de armadura transversal
σcw tensão normal atuante na diagonal de compressão da treliça de Morsh
σsw tensão normal atuante na armadura transversal
σx tensão normal
σI tensão principal de tração
σII tensão principal de compressão
τxy tensão tangencial
ψ ângulo auxiliar
Κ constante
6.11.2 Símbolos subscritos
cor corrigido
eixo eixo
face face
inf inferior
max máximo
min mínimo

6.12 Exercícios
Ex. 6.1: Determinar, para a viga abaixo representada, o diâmetro e os espaçamentos
necessários para os estribos dos trechos I, II e III.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de dois ramos;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.

2006 6-40 ufpr/tc405


Qk = 80 kN

gk = 60 kN/m

2m 2m 1m
I II III

60 cm

20 cm
20 cm 20 cm

Ex. 6.2: Determinar, para a viga abaixo representada, os valores das distâncias a, b e c.
Sabe-se que a armadura transversal do trecho b é composta por estribos verticais de dois ramos,
diâmetro 6,3 mm, espaçados de 25 cm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.

Gk = 45 kN

gk = 50 kN/m

2m 6m

a b c

60 cm

18 cm
20 cm

2006 6-41 ufpr/tc405


Ex. 6.3: Determinar, para a viga abaixo esquematizada:
a. a máxima carga Qk possível de atuar na viga; e
b. a armadura necessária (cm2/m) para os trechos I e II, função da carga Qk definida no
item anterior.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 37°, estribos verticais;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.

Qk

gk = 50 kN/m

1m 5m

I II

60 cm

20 cm
20 cm
Ex. 6.4: A estrutura indicada na figura é suportada por uma viga inferior de seção retangular.
Para atender às exigências arquitetônicas, a viga deve possuir a menor altura possível.
Considerando apenas o cisalhamento, determine o valor de hmin (múltiplo de 5 cm) bem como as
armaduras transversais (cm2/m) necessárias nos trechos I e II.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de dois ramos;
− h = d + 5 cm;
− bw = 25 cm;
− carga permanente uniformemente distribuída em toda viga (6 m): gk = 50 kN/m;
− carga acidental uniformemente distribuída em toda viga (6 m): qk = 30 kN/m;
2006 6-42 ufpr/tc405
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares (6 m);
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (distância de 10 cm do eixo até a face
do apoio);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.

1,9 m 2,0 m 1,9 m


I II I

pilar pilar
viga
20 cm 20 cm

Ex. 6.5: Determinar, para a viga abaixo representada, os valores de a, b e c de tal forma
que no trecho b a armadura para resistir os esforços devidos à força cortante seja a mínima
estabelecida pela NBR 6118.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de dois ramos;
− altura útil (d) igual a 93% da altura total (h);
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (10 cm entre o eixo e a face);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga;

2006 6-43 ufpr/tc405


gk = 250 kN/m

A B

2m 6m 2m

a b c

90

20
100 cm
100 30 50

15
15
20 cm 60
seção transversal - cm

Ex. 6.6: Determinar, para a viga abaixo indicada, o valor máximo da carga Qk (valor
característico) que a mesma pode suportar. Verificar a possibilidade de ruptura ao cisalhamento
tanto por compressão no concreto como por tração na armadura transversal (estribos).
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de dois ramos, diâmetro 6,3 mm, espaçados de 10 cm;
− d = h – 6 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (10 cm entre o eixo e a face);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.

2006 6-44 ufpr/tc405


Qk

gk = 50 kN/m
A B

3m 3m

1 φ 6,3 mm @ 10 cm

φt = 6,3 mm

60 cm
60

20 cm 20
seção transversal
cm

Ex. 6.7: Determinar, para a viga abaixo representada, os valores de x, y e z de tal forma que
no trecho y a armadura para resistir os esforços devidos à força cortante seja a mínima
estabelecida pela ABNT NBR 6118.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− d = h – 5 cm;
− modelo I, estribos verticais;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.

2006 6-45 ufpr/tc405


Gk = 120 kN

gk = 60 kN/m

6m 2m

x y z

70 cm

20 cm
30 cm 30 cm

Ex. 6.8: Uma viga de seção retangular com 60 cm de base e 40 cm de altura, está armada
transversalmente com estribos verticais de quatro ramos, diâmetro φ = 6,3 mm. Para esta viga,
pede-se:
a. a área de armadura transversal por unidade de comprimento (cm2/m) para
espaçamento de estribos igual a 10 cm; e
b. o máximo esforço cortante de cálculo que a seção resiste para ρsw igual a 0,2%.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 40°;
− d = h – 5 cm;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.

40 cm

60 cm
Ex. 6.9: Determinar, para a viga abaixo representada:
a. a altura mínima necessária; e
b. o diâmetro e o espaçamento dos estribos verticais necessários para os trechos I e II,
considerada a altura da viga definida no item a.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);

2006 6-46 ufpr/tc405


− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5,
γc = 1,4 e γs = 1,15);
− modelo I, estribos de dois ramos;
− h múltiplo de 5 cm;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.

Gk = 300 kN

gk = 50 kN/m

1m 4m

I II

20 cm
30 cm

Ex. 6.10: Determinar, para a viga abaixo representada, o diâmetro e os espaçamentos dos
estribos verticais necessários para os trechos I, II e III. A viga deverá ter a menor altura possível
(múltiplo de 5 cm) permitida pela ABNT NBR-6118.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 30°, estribos de dois ramos;
− bw = 20 cm;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.

2006 6-47 ufpr/tc405


I II III

Gk1 = 75 kN Gk2 = 350 kN

2m 4m 1m

Ex. 6.11: Considere que, para a estrutura indicada abaixo, as vigas V1 e V2, de seções
retangulares 15 cm x 60 cm, podem ser calculadas, cada uma delas, de uma forma simplificada,
como se fossem isoladas e bi-apoiadas. Considerando apenas os esforços de cisalhamento
atuantes na estrutura, pede-se:
a. dentre as duas vigas (V1 e V2), qual é a mais crítica em termos da resistência do
concreto;
b. a armadura vertical (cm2/m) necessária para a viga V1, na região do apoio
correspondente ao pilar P1 (trecho de 1 m compreendido entre o pilar P1 e a projeção
vertical do pilar P3); e
c. a armadura vertical (cm2/m) necessária para a viga V2, na região compreendida entre
os pilares P1 e P3.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio das vigas e pilares.

2006 6-48 ufpr/tc405


gk = 50 kN/m
V1 – 15 x 60

500 20 100 480 20

P1
V2 – 15 x 60

P2 P3 P4

dimensões em cm
Ex. 6.12: Determinar, para a viga abaixo representada, o diâmetro e os espaçamentos dos
estribos verticais necessários para os trechos I, II e III.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 30°, estribos de dois ramos;
− d = h – 7 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.

2006 6-49 ufpr/tc405


gk = 250 kN/m Gk = 500 kN

A B

2m 7m 1m

2m 6m 2m
I II III
90

20
100 cm
100 30 50

15
15
30 cm 60
seção transversal - cm

Ex. 6.13: Determinar, para a estrutura abaixo indicada, o máximo valor que a carga
permanente uniformemente distribuída gk pode assumir, de tal forma que a viga, de seção
retangular vazada, não atinja o estado limite último relativo à força cortante. A viga terá estribos
verticais de quatro ramos constituídos por barras de 10 mm espaçadas de 12 cm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 1 (γg = 1,35, γq = 1,5,
γc = 1,4 e γs = 1,15);
− d = h – 6 cm;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk; e
− verificações para o modelo I e para o modelo II, θ = 30°.

gk

5m
100
face do pilar

20 20 20
dimensões em cm

2006 6-50 ufpr/tc405


Ex. 6.14: Para a viga abaixo representada, pede-se:
a. a menor altura possível (múltiplo de 5 cm) que a mesma deva ter, de tal modo que o
estado limite último por ruptura do concreto não seja alcançado; e
b. a armadura de cisalhamento (cm2/m) necessária para o trecho I, calculada em função
da altura definida no item a.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais;
− bw = 15 cm;
− bf = 60 cm;
− hf = 12 cm;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.

A AA

90 650

30 30 30

Gk = 48 kN

gk = 20 kN/m

120 680

trecho I
dimensões em cm

Ex. 6.15: Determinar o máximo carregamento gk que a viga abaixo indicada pode suportar.
Nos trechos laterais AB e CD os estribos são espaçados a cada 10 cm, enquanto que no trecho
central BC o espaçamento é de 25 cm. Em todos os trechos da viga os estribos são verticais de
dois ramos, diâmetro 8 mm.

2006 6-51 ufpr/tc405


Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.
Gk = 70 kN Gk = 70 kN

60

15 gk

65 15 30 B C
A 2m 2m 2m D
10
10 1 φ 8 mm @ 10 cm
35
1 φ 8 mm @ 25 cm
seção transversal
cm
1 φ 8 mm @ 10 cm

Ex. 6.16: Determinar a menor altura possível (múltiplo de 5 cm) para a viga abaixo
representada. Com esta altura definida e considerando que no trecho central (trecho III) a
armadura de cisalhamento será constituída por 1 φ 8 mm @ 25 cm (estribos verticais de 2 ramos),
determinar:
a. as distâncias correspondentes aos trechos II, III e IV; e
b. o espaçamento necessário para estribos verticais de 2 ramos do trecho V, mantido o
diâmetro de 8 mm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 37°;
− todas as cargas (valores característicos) atuando simultaneamente;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e

2006 6-52 ufpr/tc405


− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.
100 kN
40
100 kN
12 50 kN

20 kN/m
h = d + 5 cm

2,0 m 2,5 m 2,5 m 1,0 m

12 A B
I II III IV V
seção transversal
cm

Ex. 6.17: Sobre a viga AB, abaixo representada, corre um carrinho cujo peso total
corresponde a 400 kN. Desconsiderando o peso próprio desta viga e sabendo-se que o carrinho
corre a partir da posição 1 (posição limite), pede-se:
a. a menor altura (h) possível para a viga (adotar valor múltiplo de 5 cm); e
b. a armadura vertical (cm2/m) necessária para resistir aos esforços de cisalhamento na
região próxima ao apoio A.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− para a definição da armadura de cisalhamento próxima ao apoio A, verificar apenas as
posições 1 e 2. Indicar, ao final dos cálculos, qual a posição do carrinho que definiu a
armadura de cisalhamento.

2006 6-53 ufpr/tc405


400 kN
carrinho
viga

h
1,0 m
A B

7,6 m 20 cm

8,0 m seção transversal

posição 1
eixo do pilar
(limite do carrinho)
(apoio da viga)
0,7 m

posição 2

1,2 m

Ex. 6.18: Determinar a armadura de cisalhamento (cm2/m) do trecho I (a direita do apoio do


balanço) da viga abaixo representada.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais;
− h = 100 cm;
− d = 94 cm;
− bw = 25 cm;
− todas as cargas (valores característicos) atuando simultaneamente;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− obrigatória a verificação da resistência do concreto aos esforços de cisalhamento.

2006 6-54 ufpr/tc405


I II III

100 kN 500 kN 500 kN

10 kN/m

2,0 m 1,5 m 7,0 m 1,5 m

Ex. 6.19: Determinar o máximo valor da carga Gk (valor característico) que a viga abaixo
representada pode suportar. No trecho I os estribos são de 8 mm espaçados de 30 cm, ao passo
que no trecho II os estribos, de mesmo diâmetro, estão posicionados a cada 10 cm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos;
− h = 60 cm;
− d = 55 cm;
− bw = 20 cm;
− todas as cargas (valores característicos) atuando simultaneamente;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.

2006 6-55 ufpr/tc405


Gk Gk

2,0 m 2,0 m 2,0 m 2,0 m

0,3125 Gk 1,375 Gk 0,3125 Gk

I II III

Ex. 6.20: A viga da figura abaixo representada deve transferir a carga do pilar que nasce na
ponta do balanço para as fundações (apoios A e B). Nestas condições, pede-se:
a. a menor altura h possível para a viga (utilizar valor múltiplo de 5 cm);
b. o diâmetro e os espaçamentos necessários para os estribos do trecho I e do trecho II,
para a altura estabelecida no item a.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos;
− d = h – 6 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
Gk = 400 kN

gk = 20 kN/m

4m 1m
I II

30 cm
20 cm 20 cm
2006 6-56 ufpr/tc405
Ex. 6.21: Para a viga abaixo representada, pede-se:
a. o menor valor possível (múltiplo de 5 cm) para a base da viga;
b. a definição dos trechos I, II e III (valores de x, y e z), de tal forma que o trecho II tenha
a menor taxa de armadura transversal possível, considerando o bw estabelecido no
item a; e
c. o espaçamento dos estribos no trecho I, considerando o bw estabelecido no item a.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos, diâmetro 10 mm;
− h = 100 cm;
− d = h – 6 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
G2k = 200 kN
G1k = 100 kN G1k = 100 kN

gk = 80 kN/m
A B

1m 4m 4m 1m

trecho I trecho II trecho III


(x) (y) (z)

100 cm

30 cm

Ex. 6.22: Definir, para a viga abaixo representada, o máximo carregamento permanente gk
(valor característico) possível. No trecho I os estribos são de 8 mm espaçados de 10 cm, ao passo
que no trecho II os estribos, de mesmo diâmetro, estão posicionados a cada 30 cm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
2006 6-57 ufpr/tc405
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, θ = 30°, estribos verticais de 2 ramos;
− d = h - 6 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.

3gk 40
gk
12
20
48
A B
I II I 10
3m 3m 3m 30
seção transversal
cm

20 cm

Ex. 6.23: A viga ABC indicada na figura abaixo tem altura constante por trechos. No trecho
AB, a altura é de 60 cm, enquanto que no trecho BC a altura é de 40 cm. Para esta viga, pede-se:
a. o máximo valor da carga concentrada Gk (valor característico) que a viga pode
suportar; e
b. a armadura transversal (cm2/m) necessária no trecho AB.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos;
− bw = 20 cm;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e C;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (eixos A e C);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.

2006 6-58 ufpr/tc405


Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.
Gk
1,20 m
gk = 60 kN/m

40 cm
60 cm

A B C

2,3 m 2,3 m
20 cm 20 cm

Ex. 6.24: Determinar o espaçamento da armadura de cisalhamento do trecho II (esquerda


do apoio B) da viga abaixo indicada.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos, diâmetro 10 mm;
− d = h – 6 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
Gk = 430 kN
75
15

gk = 30 kN/m
85
A B
II
8m 2m 2m
25
seção transversal
cm

Ex. 6.25: Determinar, para a viga abaixo representada, qual o máximo valor que a carga
acidental qk (valor característico) pode assumir. No trecho I os estribos são de 8 mm espaçados
de 10 cm, ao passo que no trecho II os estribos, de mesmo diâmetro, estão posicionados a cada
25 cm.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.

2006 6-59 ufpr/tc405


Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos;
− d = h – 6 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− peso próprio da viga incluído na carga gk.
Gk = 100 kN
qk
40
12

gk = 15 kN/m 20
48
A B

I II 10
1,4 m 5,6 m 30
seção transversal
cm

20 cm

Ex. 6.26: Determinar, para a viga abaixo representada, o diâmetro e os espaçamentos


necessários para a armadura de cisalhamento. Considerar os trechos em balanços mais três
trechos iguais para o vão central. As reações (cargas permanentes) da laje L1 e das vigas V1 e
V2 correspondem a (valores característicos):
− laje L1: 22 kN/m;
− viga V1: 120 kN; e
− viga V2: 55kN.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais de 2 ramos;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (eixos A e B);

2006 6-60 ufpr/tc405


− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− avaliar o peso próprio da viga e considerar no carregamento;
− somente a reação da laje consiste em carga aplicada na face superior da viga (face
oposta a da reação de apoio).

V1 L1 V2
20 x 60 20 x 40

A B
60 380 100

20 20 dimensões em cm 20 20

Ex. 6.27: Determinar o máximo valor da carga Qk que a viga abaixo indicada pode suportar.
Nos trechos próximos aos apoios os estribos são espaçados de 10 cm, enquanto que no trecho
central o espaçamento é de 25 cm. Em todos os trechos da viga os estribos são verticais de
quatro ramos, diâmetro 8 mm.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-60.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I;
− d = h – 5 cm;
− viga simplesmente apoiada em pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (10 cm entre o eixo e a face);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− a carga distribuída corresponde ao peso próprio da viga (peso específico igual a
25 kN/m3).

2006 6-61 ufpr/tc405


Qk

gk = peso próprio

2m 2m 2m
A B

1 φ 8 mm @ 10 cm

1 φ 8 mm @ 25 cm 160

20
1 φ 8 mm @ 10 cm

70

20

20 60 20
seção transversal - cm

Ex. 6.28: Determinara, para a viga abaixo representada, o máximo valor do vão l.
Dados:
− concreto: C25; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I;
− d = 90 cm
− viga simplesmente apoiada em A e B;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 30 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.

2006 6-62 ufpr/tc405


Gk = 500 kN Gk = 500 kN

90

gk = 50 kN/m 20
A B 30
100 50

15
1m l-2m 1m
15

l 60

seção transversal
cm
100 cm

30 cm

Ex. 6.29: Determinara, para a viga abaixo representada:


a. o menor valor possível para o ângulo θ (múltiplo de 5º), de tal forma que a viga possa
resistir os esforços devidos à força cortante; e
b. a armadura necessária (cm2/m) nos trechos I, II e III, considerando o valor de θ
estabelecido no item a.
Dados:
− concreto: C20; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo II, estribos verticais de 2 ramos;
− altura útil (d) igual a 90% da altura total (h);
− viga simplesmente apoiada nos pilares;
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 20 cm de largura (eixos A e B);
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga.

2006 6-63 ufpr/tc405


gk = 85 kN/m
A B
80

2m 6m 2m
15
3,5 m 3m 3,5 m seção transversal
cm
I II III

80 cm

20 cm

Ex. 6.30: A viga ABCD da estrutura abaixo representada receberá a carga de n pavimentos.
Cada pavimento transmite uma carga Pd,i = 400 kN (valor de cálculo) a cada uma das colunas
verticais. O carregamento total que chega aos pontos B e C da viga é a soma das cargas de todos
os pavimentos. Pede-se:
a. o número máximo de pavimentos (n) que a viga ABCD é capaz de suportar; e
b. a armadura transversal (cm2/m) no trecho AB da referida viga.
Dados:
− concreto: C30; e
− aço: CA-50.
Considerar:
− somente solicitações tangenciais (força cortante);
− estado limite último, combinações normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4, γq = 1,4, γc = 1,4
e γs = 1,15);
− modelo I, estribos verticais;
− altura útil (d) igual a altura total (h) menos 10 cm;
− viga simplesmente apoiada nos pilares (apoios A e D);
− vão de cálculo da viga igual à distância entre os eixos dos pilares;
− pilares suportes da viga com 40 cm de largura;
− cargas aplicadas na face superior da viga (face oposta a da reação de apoio); e
− todas as recomendações da ABNT NBR-6118, inclusive aquelas referentes à redução
no cálculo da armadura de cisalhamento.
Obs:
− desconsiderar o peso próprio da viga; e
− Pd,i (valor de cálculo) leva em consideração os coeficientes de segurança relativos às
combinações de ações (carga permanente e carga acidental).

2006 6-64 ufpr/tc405


Viga - ABCD
n
Pd,n
Pd,total Pd,total
n-1 120 cm
B C
10 cm
100 cm
3 A D
Pd,3
80 cm 500 cm 180 cm
2
40 cm 40 cm
Pd,2 40 cm
1 seção
Pd,1 Pd,total = ∑Pd,i transversal
A D
B C
ESQUEMA
ESTRUTURAL

2006 6-65 ufpr/tc405

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