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Aluna: Juliana Duarte Toledo

Texto: Otimização de farmácias hospitalares: eficácia da utilização de indicadores para gestão


de estoques.

RESENHA

Os autores deste trabalho citam que a descoberta de novas doenças e o desenvolvimento tecnológico
no setor saúde produziu uma alteração dos tratamentos médicos, como a utilização de novos
equipamentos, exames e medicamentos de alto custo, fazendo com que houvesse a necessidade de
novos recursos financeiros para a área da saúde. Isso fez com que os administradores hospitalares
procurassem novas medidas gerenciais para redução dos custos operacionais e a melhoria da
qualidade da assistência médica.

Segundo os autores do artigo, no hospital, a unidade de farmácia hospitalar é fundamental, pois visa
garantir a qualidade da assistência aos pacientes através do uso seguro e racional de medicamentos.
A farmácia atende a necessidades do medicamento aos pacientes hospitalizados, abrigando os
estoques destes produtos.

A farmácia analisa a necessidade de manter os medicamentos e materiais em disponibilidade na


mesma proporção da sua utilização. De acordo com os autores, a farmácia hospitalar representa
financeiramente, até 75% do que se consome em um hospital.

De acordo com o exemplo avaliado pelos autores, os suprimentos, incluído os medicamentos são,
responsáveis por 54% dos custos das instituições hospitalares. Nos Estados Unidos, dados
comprovam que houve um aumento do custo com drogas em pacientes hospitalizados. Esses dados
demonstram que o planejamento e o controle dos custos são mecanismos que podem garantir a
sobrevivência das instituições hospitalares.

Neste contexto, os autores defendem a idéia do controle dos estoques de medicamentos. Dentre as
estratégias citadas por eles, estão aquelas envolvendo a seleção dos produtos mais adequados ao
perfil de utilização por cada instituição de saúde, incluindo a Padronização de Medicamentos.
Assim, o emprego racional dos medicamentos e a sua padronização, é traduzido, em redução dos
custos das organizações hospitalares.

A padronização de estoques procura definir o quê se deve manter em estoques, ou seja, escolher
dentre uma relação de produtos e de acordo com determinadas especificações, aqueles que atendam
às necessidades de cobertura terapêutica da população-alvo que se deseja tratar, porque cada unidade
de saúde é um caso particular, com suas equipes e perfis.

Os autores do projeto consideram a padronização de medicamentos como uma forma de: reduzir
custos de aquisição dos mesmos, a facilitação dos processos de compras, maiores interações com os
fornecedores, redução dos custos de produção, diminuição dos custos de manutenção dos produtos
em estoques e a facilitação dos procedimentos de armazenagem/manuseio dos medicamentos,
propiciando vantagens à instituição hospitalar.
As vantagens são estendidas a diferentes setores e usuários das organizações hospitalares, como por
exemplo:
- Aos médicos, a certeza de que os medicamentos da farmácia hospitalar são adequados aos
tratamentos propostos, além da memorização dos medicamentos disponíveis, garantindo aos
pacientes a fidelidade das prescrições.
- O serviço de enfermagem se beneficia, pois usará a mesma linguagem quanto a nomes e fórmulas
de medicamentos e a familiarização com os produtos padronizados.
- Para a farmácia, implica em melhor controle de estoques através da menor diversidade de produtos
e do gerenciamento mais fácil devido ao menor espaço físico destinado aos estoques.
- O hospital se beneficia com a padronização através da redução do custo dos estoques, da redução
de pessoal ligado às estratégias de controle dos mesmos e da redução do espaço físico destinado às
acomodações da farmácia.

Define-se como parâmetro para padronização, a formação de uma comissão para estabelecer os
critérios para inclusão/(exclusão de medicamentos e revisar continuamente os itens padronizados;
considerar o perfil epidemiológico das doenças prevalentes/incidentes na população assistida pela
instituição hospitalar; adotar o nome farmacológico para relacionar os medicamentos; selecionar
fármacos com valor terapêutico comprovado, de menor toxicidade e de fácil aquisição no mercado;
reunir os produtos em grupos farmacológicos semelhantes, reduzindo a variedade desnecessária de
materiais, criar um manual impresso ou virtual, que possa ser consultado de forma rápida pelos
profissionais de saúde; divulgar a lista de padronização de medicamentos no hospital, junto ao corpo
clínico e aos funcionários; enfatizar, ao corpo clínico, que as listas de padronizações podem sofrer
alterações à medida que surgem medicamentos mais eficazes e menos onerosos; salientar, aos
médicos prescritores, que medicamentos não padronizados podem ser solicitados em formulários
próprios, a critério de cada instituição.

Os autores citam algumas barreiras para implementação da padronização, como: a resistência de


alguns médicos e a pressão da indústria farmacêutica para inclusão de seus produtos.

Um dos métodos utilizados para padronização e classificação de medicamentos é o Método ABC,


conhecido como Curva ABC, procedimento que visa separar os produtos em grupos com
características semelhantes, em função de seus valores e consumos, a fim de proceder a um processo
de gestão apropriado a cada grupo. Segundo a metodologia deste Método, os materiais de consumo
podem ser divididos em três classes:

a) Classe A: comporta um grupo de itens mais importantes, que devem receber uma atenção
especial da administração, correspondendo a um pequeno número de medicamentos, cerca de
20% dos itens, representando cerca de 80% do valor total do estoque. São responsáveis pelo
maior faturamento da organização.
b) Classe B: representa um grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.
Representam um valor intermediário no faturamento das empresas.
c) Classe C: engloba itens menos importantes, que justificam pouca atenção por parte da
administração. Neste grupo, não é necessário considerar cada item individualmente, pois são
produtos de pouca importância no faturamento das instituições.
No trabalho desenvolvido por estes autores verificou-se que antes da padronização (janeiro de 2003)
havia um número alto de itens no estoque e também um alto valor do estoque. Após a padronização
(junho de 2003) esses valores foram gradativamente sendo reduzidos. Ou seja, reduziu-se os níveis
de estoque e os valores gastos com produtos desnecessários. E o atendimento das prescrições não foi
diminuído, mas ao contrário, a taxa de atendimentos que, em janeiro de 2003 era de 65%, alcançou
90% em junho de 2003.

Encarando pelo aspecto econômico podemos dizer que a Farmácia Hospitalar representa a caderneta
de poupança de um hospital. E neste artigo os autores citam que a padronização de medicamentos
em farmácias hospitalares assegura uma terapêutica racional e de baixo custo. Tendo por objetivo a
redução dos estoques nas farmácias, ou seja, determinar o que deve ser mantido no estoque da
Farmácia para se evitar faltas e excedentes. Isto também facilitará de forma pronta e ágil a
localização do medicamento.

Entretanto, a padronização não só contribui de forma financeira, mas também podemos dizer que é
um método de garantir a qualidade na prestação dos serviços e na eficácia do tratamento, pois visa
aumentar a segurança para os pacientes desde a prescrição até a administração, reduzindo reações
adversas e proporcionando a rastreabilidade do medicamento. Também tem como objetivo
disciplinar o receituário hospitalar e uniformizar a terapêutica, melhorando a qualidade de
farmacoterapia, facilitando a farmacovigilância.

A implementação do método da curva ABC facilita o controle da aquisição, demanda, controle dos
medicamentos de forma a evitar erros e excessos. Para este tipo de implementação há necessidade
de um processo de dispensação bem definido e de um sistema informatizado que possa atender o
fluxo.

O farmacêutico tem um papel de destaque fundamental na equipe de saúde hospitalar, pois além de
proporcionar a redução de custos para o Hospital, defendendo os interesses econômicos da
instituição, ele também é sinônimo de qualidade empenhando-se ao máximo para proteger o
paciente através do uso racional de medicamentos.

O estudo técnico-científico para a escolha do arsenal terapêutico que será usado no hospital ajudará
na correta prescrição medicamentosa e no tratamento eficaz dos pacientes.

Portanto é de grande importância que o farmacêutico acompanhe todo processo pelo qual percorre o
medicamento, através da logística hospitalar.

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