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CURSO DE DIREITO
BRASÍLIA
2009
AUGUSTO CEZAR JULIANO MARTINS MARQUES
PATRÍCIA GOMES LACERDA
Direto Administrativo; Acórdão 108/2004 TCU – Plenário: ECT – Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos. Ascensão funcional vertical. Decadência. Segurança jurídica.
Orientador: Hilbernon
BRASÍLIA
2009
1 TEMA
Direto Administrativo
1.2 Delimitação do Tema
Acórdão 108/2004 TCU – Plenário: ECT – Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos. Ascensão funcional vertical. Decadência. Segurança jurídica.
2 JUSTIFICATIVA
O Direito Administrativo, como ramo autônomo da maneira como é visto
atualmente, teve seu nascimento nos fins do século XVIII, com forte influência do
direito francês, tido por inovador no trato das matérias correlatas à Administração
Pública.
São muitos os conceitos do que vem a ser o Direito Administrativo. Em
resumo, pode-se dizer que é o conjunto dos princípios jurídicos que tratam da
Administração Pública, suas entidades, órgãos, agentes públicos, enfim, tudo o
que diz respeito à maneira como se atingir as finalidades do Estado. Ou seja, tudo
que se refere à Administração Pública e à relação entre ela e os administrados e
seus servidores é regrado e estudado pelo Direito Administrativo.
O Direito Administrativo integra o ramo do Direito Público, cuja principal
característica encontramos no fato de haver uma desigualdade jurídica entre cada
uma das partes envolvidas. Assim, de um lado, encontramos a Administração
Pública, que defende os interesses coletivos; de outro, o particular. Havendo conflito
entre tais interesses, haverá de prevalecer o da coletividade, representado pela
Administração. Isto posto, veja que esta se encontra num patamar superior ao
particular, de forma diferente da vista no Direito Privado, onde as partes estão em
igualdade de condições.
Sabemos que a República Federativa do Brasil, nos termos da CF/88, é
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal (art.
1º). Em seu art. 2º, determina a divisão dos Poderes da União em três, seguindo a
tradicional teoria de Montesquieu. Assim, são eles: o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário, independentes e harmônicos entre si.
Cada um desses Poderes tem sua atividade principal e outras secundárias. A
título de ilustração, veja que ao Legislativo cabe, precipuamente, a função
legiferante, ou seja, de produção de leis, em sentido amplo. Ao Judiciário, cabe a
função de dizer o direito ao caso concreto, pacificando a sociedade, em face da
resolução dos conflitos. Por último, cabe ao Executivo a atividade administrativa do
Estado, é dizer, a implementação do que determina a lei, atendendo às
necessidades da população, com infra-estrutura, saúde, educação, cultura, enfim,
servir ao público.
Mas e o Direito Administrativo, então, como cuida da Administração Pública,
regula apenas as atividades do Poder Executivo?
Não. Esse ramo do Direito regra todas as atividades administrativas do
Estado, qualquer que seja o Poder que a exerce, ou o ente estatal a que pertença:
se a atividade é administrativa, sujeita-se aos comandos do Direito Administrativo.
Então, o Judiciário, quando realiza um concurso público para preenchimento
de suas vagas, segue as normas da Lei nº 8.112/90, se da esfera federal. O Senado
Federal, quando promove uma licitação para aquisição de resmas de papel, por
exemplo, seguirá a Lei nº 8.666/93, e assim por diante.
Vemos, assim, que não só o Executivo se submete ao Direito Administrativo.
Repita-se: cada Poder, cada ente, cada órgão, no desempenho de suas
atribuições administrativas, está submetido às previsões desse ramo do Direito.
O estudo do Direito Administrativo, no Brasil, torna-se um pouco penoso pela
falta de um código, uma legislação consolidada que reúna todas as leis esparsas
que tratam dessas matérias. Então, temos que lançar mão da doutrina e do estudo
de cada uma das leis, bem assim da Constituição Federal, que são suas principais
fontes.
Não escolhi o tema Direito Administrativo, por ser um ramo do Direito que
mais me interessa e sim pelo meu interesse ao sub tema, Acórdão 108/2004 TCU –
Plenário: ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Ascensão funcional
vertical. Decadência. Segurança jurídica com o qual tive o prazer de poder trabalhar
e acredito que seja um assunto muito interessante de cunho social muito elevado.
Trabalhando com este tema pode-se perceber um grande enfoque no Direito
Adquirido, funcionários tem seus direito e deveres, porém seus deveres são sempre
cobrados e nunca percebem que seus direito acabam ficando por demais
esquecidos. Acredito que o trabalho feito por estes advogados com relação a estes
funcionários foi uma grande vitória, pois representou um grande avanço no direito
dos trabalhadores.
Este trabalho será realizado no decorrer do 1º semestre/2009, tendo sua
própria metodologia com referências bibliográficas sustentadas em seu próprio tema.
O decurso deste trabalho conta com a experiência e conhecimento dos
advogados envolvidos no caso e dados adquiridos no próprio sistema judiciário.
Creio que este trabalho irá trazer grande conhecimento a todos que dele
fizerem uso para consulta e pesquisa.
3 PROBLEMATIZAÇÃO
O advogado contratado deve atuar de forma justa, clara e do comum acordo
com a ética profissional, deve-se prezar o esclarecimento das ações a ele
designadas no ato de sua contratação. Com base nesta pequena contextualização,
fazemos o seguinte questionamento: Qual foi a importância destes profissionais do
Direito com relação a este assunto tão delicado, que envolveu tantas pessoas em
âmbito nacional?
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo Geral
Proporcionar um conhecimento, mais específico e profundo, aos atos
empresárias da ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, relacionados a
seus funcionários.
4.2 Objetivos específicos
• Conceituar Acórdão;
• Conceituar o Acórdão 108/2004 do TCU;
• Descrever, explicar o Mandado de Segurança, através do qual foi
julgado e decidido no Supremo Tribunal Federal, a anulação do
Acórdão 108/2004 do TCU.
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
5.1 Conceito de um Acórdão
Acórdão é a manifestação de um órgão judicial colegiado, que externa um
posicionamento argumentado sobre a aplicabilidade de determinado direito a uma
situação fática específica.
Esse órgão judicial colegiado, no caso da Justiça Eleitoral, são os próprios
tribunais. Há, contudo, em outros ramos do Judiciário, tribunais que possuem órgãos
fracionários (turmas, seções, etc) que também proferem acórdãos.
O Acórdão compõe-se de ementa, relatório, motivação (ou fundamentação) e
dispositivo, que são também seus requisitos essenciais segundo os arts. 458 e 563
do Código de Processo Civil.
A ementa é a síntese do acórdão, em que normalmente se resumem os seus
pontos fundamentais.
O relatório é a parte inicial do acórdão, onde se narram e descrevem os fatos
do processo, o direito que está sendo discutido pelas partes e onde se estabelecem
os princípios de fato e de direito sobre os quais se construirá o julgamento.
A motivação ou fundamentação resulta da análise feita pelos juízes ou
ministros sobre as questões de fato e de direito expostas no relatório, a partir da
qual se constroem as bases lógicas para a decisão; é onde se exteriorizam as
razões que determinam o convencimento do órgão judicial.
O dispositivo é a parte final do acórdão e consiste na conclusão do silogismo
até então desenvolvido no relatório e na motivação. Caracteriza a manifestação, o
posicionamento do Judiciário.
O termo acórdão designa também o documento em que essa manifestação é
veiculada.
5.2 Acórdão 108/2004 do TCU
Entidade fiscalizada
Entidade: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT.
Interessados
Interessada: Secretaria de Fiscalização de Desestatização - SEFID.
Sumário
Representação de Unidade Técnica. Irregularidades na realização de
Concurso Público de nº 104/97 da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos -
ECT. Promoção de ascensões funcionais após 23/4/93 - data, em que o STF
pronunciou-se no sentido de serem inconstitucionais tais formas de provimento.
Realização de audiência dos responsáveis pelas conduções do referido concurso e
pela consumação das mencionadas ascensões funcionais. Rejeição das defesas de
alguns dos responsáveis. Acatamento das defesas de outros. Nulidade do Edital do
referido concurso e de ascensões funcionais processadas após 23/4/1993.
Imposição de multa a alguns dos responsáveis. Determinações a ECT.
Ministro Relator
BENJAMIN ZYMLER
Por fim, foi possível analisar que no âmbito do Direito administrativo temos
muitos temas que podem ser estudados e analisados, tais como este, que foi um
dos maiores casos julgados, com um grande cunho humanitário e social. Tratando-
se de mais de três mil funcionários de todo o país, não poderia ter havido um melhor
julgamento deste tema tão delicado, pois estavam nele envolvidos as vidas de todas
estas pessoas que por um erro empresarial poderiam ter perdido vários anos de
dedicação a seus trabalhos.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ZYMLER, Benjamin. Inteiro Teor, Acórdão 108/2004 TCU. 2004. Disponível em:
<http://contas.tcu.gov.br/portaltextual/ServletTcuProxy>
MENDES, Gilmar. Julgamento, Inteiro Teor, STF. 2007. Disponível em: <
http://www.stf.jus.br/portal/principal/principal.asp>