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Editor Marcelo Pereira Editor-assistente Flávia de Gusmão

» LITERATURA
Zineiros ganham oficina
Publicado em 06.08.2009

Fellipe Fernandes / Jornal do Commercio

ffernandes@jc.com.br

“O papel tem um poder de duração muito maior, sem contar que o livro é um
objeto em si e, acima de qualquer fetiche, isso o torna muito mais interessante”.
Dessa forma o artista plástico Diogo Todé explica o valor que as publicações
impressas continuam a possuir, mesmo diante da vasta oferta de canais de
comunicação virtuais, como blogs e microblogs. Um dos fundadores da editora
Livrinho de Papel Finíssimo, especializada em publicações independentes e de
baixa tiragem, Todé ministra, a partir da próxima segunda-feira, aulas na oficina
Zine Publicação Barata, oferecida pela Prefeitura do Recife através do Memorial
Chico Science (fone: 3232-2486). As inscrições gratuitas para as 15 vagas das
aulas de ilustração e roteiro para histórias em quadrinhos deveria ser encerrada
hoje, mas foram preenchidas desde a tarde de ontem.

Todé acredita que, ao invés de ameaçar qualquer outro canal, a internet pode
construir um diálogo com as publicações. “Grandes artistas gráficos do País
mantêm sites na internet onde publicam suas produções e isso só acrescenta para
o leitor da revista”, alega. Para além das ferramentas do mundo virtual, uma das
maneiras mais baratas e práticas para se comunicar é o fanzine. E foi essa a
solução encontrada por um grupo de artistas gráficos que não possuíam espaço
para a publicação de seu material.

Aos poucos, a aventura foi crescendo e tomando forma até que deu origem à
editora Livrinho de Papel Finíssimo em maio de 2007. “A ideia, no entanto, é
anterior a isso, existe desde 2004. Primeiro teve a revista Fusão, que chegou a
publicar quase 48 artistas numa só edição. Em 2006 a gente ganhou o incentivo do
SPA das artes e acabou alugando uma máquina para impressão. Então vimos que
tínhamos que virar uma editora e em vez de publicar 48 artistas numa edição fazer
48 publicações menores uma para cada autor,” conta Todé.

Hoje em dia, ele está licenciado da editora, bem como algumas pessoas que
estiveram presentes na fundação também já não estão mais ligadas a ela.
“Antigamente a gente trabalhava na Livrinhos e tinha outras profissões, mas hoje a
editora já consegue se manter,” garante Todé.

Ao final dos quatro dias, a oficina deve gerar a publicação de um fanzine. O tema
vai girar em torno do mangue beat.“A ideia é trazer as histórias em quadrinhos
como parte do universo pop no qual Chico Science estava inserido anos atrás. Na
terça pretendemos reunir todas as pessoas ligadas ao movimento mangue que
estiverem na cidade e fazer um grande bate papo,” conta o oficineiro. Apesar de
ser direcionada aos alunos, a conversa vai ser aberta ao público.

Fonte: http://jc3.uol.com.br/jornal/2009/08/06/not_341760.php

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