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Definições de Tempo-padrão
Definições de Tempo-padrão
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Unidades de tempo na cronoanálise
• O sistema mais comum de medição do tempo é o Sistema
Sexagesimal de Minuto, onde o minuto é dividido em 60 partes,
chamadas de segundo. Neste sistema a hora vale 60 minutos.
÷ 0,36
÷ 0,6 ÷ 0,6
Décimo
Sexagesimal de Centesimal de
Milesimal de
Minuto Minuto
1 h = 3.600 partes 1 h = 6.000 partes Hora
1 h = 10.000 partes
× 0,6 × 0,6
× 0,36
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Métodos para determinação do tempo-padrão
1. Pegar a peça,
2. Colocar a peça na prensa,
3. Acionar a prensa,
4. Retirar o retalho e jogar na caixa de sucata,
5. Retirar a peça,
6. Acondiciona a peça na caixa de transporte.
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Etapas a serem seguidas
Determinação do tempo
1 médio (TM)
Avaliação da velocidade -
2 Fator de ritmo (FR)
A determinação dos tempos
Determinação do
consiste na execução das etapas 3 tempo normal (TN)
apresentadas ao lado:
Determinação do fator
4 de tolerância (FT)
Determinação do tempo-
5 padrão (TP)
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1. Determinação do Tempo Médio
Métodos
1 – Utilizar dados de registros anteriores:
de operações semelhantes
dados históricos
de estudos anteriores
2 – Observação direta:
EQUIPAMENTO VANTAGENS
Cronômetro,
- Oferece menor custo para a realização do estudo.
prancheta e folha
- Facilidade de operação
de apontamentos
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A figura ao lado apresenta um exemplo de
uma planilha para cálculo do tempo
observado (tempo médio).
• LEITURA CONTÍNUA: começa no primeiro elemento e não pára até que o estudo
acabe. O tempo de cada elemento é determinado pela diferença ou pela média (divisão
do tempo total pelo número de elementos).
USO: ciclo constante, elementos muito curtos, alta padronização.
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1. Determinação do Tempo Médio
Número de cronometragens necessárias
A determinação do número mínimo adequado de cronometragens
(amostragem) é feita através do conceito da distribuição normal (Distribuição
de Gauss) com o uso do conceito de intervalo de confiança de uma média:
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𝑧 ∙ 𝑅
𝑛=
𝐸𝑅 ∙ 𝑑2 ∙ 𝑥
Sendo:
Z = Coeficiente da distribuição normal reduzida para uma dada probabilidade, obtido
na tabela de distribuição Normal (Tabela 1),
R = Amplitude da amostra, ou seja, a diferença entre o maior e o menor valor
observado,
ER: Erro relativo praticado na análise, variando entre 5% (0,05) e 10% (0,10). É um
dado pré-determinado,
d2: Constante estatística tabelada (Tabela 2),
x : Média dos valores observados na amostra de tempos.
Análise:
Se n for maior que o número de observações feitas, as mesmas são o
suficientes, senão, se for menor, continuar as observações, repetindo o cálculo até a
primeira condição ser atendida.
Prof. Robson Almeida
Tabelas estatísticas
Tabela 1 - Coeficientes de distribuição normal de 90 a 99%
Tabela 2 – Fatores
estatísticos
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EXEMPLO 1
Uma operação foi cronometrada 5 vezes, obtendo os valores abaixo:
Tempo (s)
T1 T2 T3 T4 T5
9,52 11,33 8,99 10,20 13,50
Solução: 2
𝑧 ∙ 𝑅
R = 13,50 – 8,99 = 4,51 s 𝑛=
ER = 5% = 0,05 𝐸𝑅 ∙ 𝑑2 ∙ 𝑥
x = 10,71 s 2
d2 = 2,326 1,96 ∙ 4,51
z = 1,96 𝑛 = = 50,36 ≈ 51
0,05 ∙ 2,326 ∙ 10,71
Assim, os dados coletados até o momento mostram que, mantido o desvio padrão,
seria necessário um mínimo de 51 cronometragens.
Prof. Robson Almeida
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1. Determinação do Tempo Médio
Análise dos tempos medidos
• É importante saber que não necessariamente todos os valores cronometrados
devem ser considerados. Convém fazer uma análise crítica destes dados antes de
sua conversão para o Tempo Médio.
• Desta forma, o tempo médio pode ser obtido através dos seguintes passos:
Obs: Elementos Estranhos ou Anormais também tem a sua importância e não podem ser simplesmente
ignorados e desprezados. Registrar quando estes elementos ocorrem e sua frequência é importante para
identificar uma oportunidade de melhoria na operação. Se tais elementos ocorrem com frequência
significativa, os tempos provenientes destes elementos perturbam o processo e reduzem a produtividade
da operação. Neste caso, convém identificar a causa de tais ocorrências e eliminá-la.
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1. Determinação do Tempo Médio
Como identificar os valores outliers
𝐿𝑆𝐶𝑥 = 𝑥 + 𝐴2 𝑅
𝐿𝐼𝐶𝑥 = 𝑥 − 𝐴2 𝑅
Sendo:
R = amplitude média
A2 = valor tabelado (Tabela 2)
𝐿𝑆𝐶𝑅 = 𝐷4 𝑅
Sendo:
R = amplitude média
D4 = valor tabelado (Tabela 2)
Obs: É importante observar que uma leitura será considerada válida somente se
seus pontos estiverem dentro dos limites de controle no gráfico das Médias e no
gráfico das Amplitudes.
Prof. Robson Almeida
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1. Determinação do Tempo Médio
Análise dos tempos medidos
Exemplo: 12 45,1
11 45,0
10 45,0
9 44,8
Maior valor 8 44,7
do 2º terço 7 44,5 44,5
da amostra 6 44,4
5 44,2
4 43,9 Média do 2º
3 43,7 terço da
2 43,2 amostra
1 42,6
média: 44,3
Média da
amostra
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EXEMPLO 2
Uma operação de montagem em análise foi dividida em elementos e estes foram
cronometrados, conforme os dados do quadro abaixo. Cada cronometragem foi feita
em momentos diferentes e de forma independente uma da outra. Considerando que
nas amostras não há tempos discrepantes, preencha o quadro abaixo e determine o
Tempo Médio (TM) da operação.
32 37 35 35 31
(32+37+35+35+31)/5 = 34
EXEMPLO 3
A cronometragem de uma operação foi efetuada em quatro horários distintos,
conforme indicado no quadro abaixo. Preencha o quadro, determinar a amplitude e
o TM dessa cronometragem. (Obs.:Tempos em segundos).
23 26 25 28 27 31 24 25 27 26 24 27
3 4 3 3
24,67 28,67 25,33 25,67
26,08
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2. Avaliação da velocidade
O fator de RITMO
2. Avaliação da velocidade
O fator de RITMO
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2. Avaliação da velocidade
O fator de RITMO
2. Avaliação da velocidade
O fator de RITMO
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2. Avaliação da velocidade
O fator de RITMO
2. Avaliação da velocidade
Sistemas para avaliação do RITMO
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2. Avaliação da velocidade
Sistemas para avaliação do RITMO
2. SISTEMA WESTINGHOUSE – A avaliação é feita a partir de 4 fatores:
1. Habilidade: competência para seguir um método.
2. Esforço: associado à um ritmo constante durante uma operação.
3. Condições: do ambiente, das máquinas, ferramentas, etc..
4. Consistência: nos movimentos.
2. Avaliação da velocidade
Sistemas para avaliação do RITMO
3. AVALIAÇÃO POR PADRÕES SINTÉTICOS – a avaliação é feita através da
comparação dos valores obtidos por observação direta com os valores sintéticos
(obtidos pelo método MTM) para os elementos correspondentes, considerando os
valores sintéticos como normais. A equação para cálculo é:
Sendo:
R = fator de ritmo 𝑃
P = tempo sintético padrão 𝑅=
A = tempo médio cronometrado. 𝐴
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2. Avaliação da velocidade
Sistemas para avaliação do RITMO
5. AVALIAÇÃO FISIOLÓGICA DO DESEMPENHO – Estudos mostram
que há uma relação direta entre o trabalho físico e a quantidade de oxigênio
consumida por uma pessoa. As variações das batidas do coração também é uma
medida da atividade muscular em que se pode confiar. Parece viável que se possa
determinar uma pulsação normal, podendo-se medir novas tarefas relativamente
a esse padrão.
EXERCÍCIO
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3. Determinação do Tempo Normal
𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑟𝑖𝑡𝑚𝑜 ou 𝐹𝑅
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑇𝑁 = 𝑇𝑀
100 100
EXEMPLO 4
Uma operação teve o ritmo avaliado utilizando o Sistema Westinghouse, obtendo-se
um Tempo Médio de 0,08 min e as seguintes avaliações:
Habilidade = B1 + 0,11
Condições = E - 0,03
Esforço = C1 + 0,05
Consistência = D 0,00
Solução:
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EXEMPLO 5
Para uma operação realizou-se as coletas de tempo apresentadas na tabela abaixo.
Sabendo que o analista considerou que o operador manteve um ritmo médio de
105%, calcule o tempo médio e o tempo normal da operação.
t (s)
93,72 Solução:
96,58
97,24 O tempo médio da operação é TM = 97,37 s
98,34
97,90 O tempo normal é:
99,22
99,00 𝐹𝑅 105
𝑇𝑁 = 𝑇𝑀 = 97,37 = 97,37 ∙ 1,05 = 𝟏𝟎𝟐, 𝟐𝟒 s
97,68 100 100
96,14
99,00
95,04
98,56
97,37
EXEMPLO 6
Para uma operação realizou-se coletas de tempo em diferentes horários do dia.
Como o analista observou que o ritmo variava muito, resolveu considerar um
ritmo para cada observação, em vez de um ritmo médio. Os resultados são
apresentados na tabela abaixo. Para essa operação, calcule o Tempo Normal.
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4. Determinação do Fator de Tolerância
As tolerâncias em uma
operação podem ser
determinadas por
cronometragem,
amostragem do trabalho
ou estudos da produção.
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4. Determinação do Fator de Tolerância
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4. Determinação do Fator de Tolerância
Sendo p é a tolerância, em %.
5. Determinação do Tempo-padrão
𝑇𝑃 = 𝑇𝑁 ∙ 𝐹𝑇
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EXEMPLO 7
Uma empresa tem uma jornada de trabalho das 7h30 às 17h30, com uma hora para
almoço e 25 minutos destinados às necessidades pessoais. Foi feita a
cronometragem de uma operação, obtendo-se um TM de 55 segundos.
Considerando-se que o operador cronometrado tem uma velocidade de 105%,
determinar no TP dessa operação.
Solução:
- Cálculo do Tempo Normal
𝐹𝑅 105
𝑇𝑁 = 𝑇𝑀 = 55 = 55 ∙ 1,05 = 𝟓𝟕, 𝟕𝟓 s
100 100
- Cálculo do Tempo-Padrão
Tempos acíclicos
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Tempos acíclicos
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Tempo-padrão total de uma peça
EXEMPLO 8
Um produto industrial é processado em 3 operações cuja soma dos Tempos-
Padrões dá 3,50 minutos. O tempo de setup é de 5,0 minutos para cada 1.000 peças.
As peças produzidas são colocadas em uma caixa com capacidade para 100 peças,
que ao ser completada é fechada e lacrada. O tempo deste embalamento é de 1,50
minutos. Determinar o TP total da peça.
Solução:
TP = 3,5 min/pç
- Tempo-padrão resultante
TPfinal = 3,5 + 0,005 + 0,015 = 3,52 min
Prof. Robson Almeida
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Tempo-padrão de um lote de peças
EXEMPLO 9
Uma peça foi cronometrada e determinou-se um TP, em regime de produção normal,
de 4,30 minutos por peça. O TP do setup dessa peça é de 6 horas, e programado
para a produção de 1.000 unidades. Calcular o TP para um lote de 1.800 peças.
Solução:
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Tempos pré-determinados (tempos sintéticos)
• Os métodos de tempos pré-determinados, ou sintéticos, envolvem
a utilização de dados tabelados sobre tempos de movimentos
elementares.
Sistemas
• Há vários sistemas de tempos sintéticos já desenvolvidos, porém os
mais conhecidos são:
1. Tempos sintéticos para operações de montagem (1938)
2. Sistema Fator Trabalho, WF – Work Factor (1938)
3. Sistema MTM – Methods Time Measurement (1948)
4. Sistema BTM – Basic Time Measurement (1950)
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Sistema MTM – “O método determina o tempo!”
• Este sistema identifica, inicialmente, os micromovimentos de uma
operação.
• Para cada micromovimento foram determinados tempos, em função
da distância e da dificuldade do movimento, os quais se encontram
tabelados. O tempo padrão é obtido somando-se os tempos de
cada micromovimento.
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Prof. Robson Almeida
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Prof. Robson Almeida
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Prof. Robson Almeida
EXEMPLO 10
Exemplo de aplicação do sistema MTM: um envelope e uma carta se encontram
sobre a mesa. Desejamos dobrá-la e guardá-la no envelope. Elaborar o diagrama das
duas mãos e determinar o tempo padrão da operação utilizando a tabela de tempos
sintéticos MTM.
(continua...)
Prof. Robson Almeida
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EXEMPLO 10
Após isso, elabora-se uma tabela com a classificação MTM de cada micromovimento
e o tempo sintético associado. A soma dos tempos sintéticos será o tempo
estimado para a atividade.
EXEMPLO 10
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Bibliografia
TOLEDO JÚNIOR, Itys-Fides Bueno de; KURAMOTI, Shoei; SILVA, José Paulo
Pereira. Cronoanálise: base da racionalização, da produtividade da redução de
custos. 17. ed. Mogi das Cruzes: O&M Itys-Fides, 2011. 199 p. (Racionalização
industrial)
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