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3) Nos casos em que for necessário a remoção com cuidados em UTI Móvel (USA), o
médico assistente deverá passar o caso ao médico da UTI Móvel (USA) juntamente com a
ficha de transferência detalhada. A responsabilidade, a partir deste momento é do médico da
Unidade Móvel, encerrando-se quando da passagem do caso ao médico da unidade receptora.
4) Nos casos em que for necessário a remoção com cuidados de enfermagem, que possam
ser realizados em Unidade de Suporte Básico de Vida, a responsabilidade do médico assisten-
te acabará apenas após a recepção do paciente/vítima pelo médico do hospital/unidade de des-
tino
5) Após regulação/julgamento do médico regulador, caracterizado que o caso necessite
apenas remoção simples, social, não havendo urgência que justifique o envio de um recurso
maior, este transporte permanece como responsabilidade dos municípios.
Regulamentação
A difusão do conceito de Regulação propiciou o surgimento da portaria 814 /2000, que con-
ceitua de forma mais ampliada e avança na normatização da atenção pré-hospitalar além de
considerar a Regulação médica interferindo em outros momentos do processo assistencial e
mais adiante, consolidando estes conceitos e como marco importante, surge a Portaria Minis-
terial nº. 2048-GM de novembro de 2002
PRINCÍPIOS OPERATIVOS
Uma central reguladora de Urgência, que atua igualmente na regulação das transferências
inter-hospitalares, recebe um variado leque de “solicitações” que nem sempre serão casos de
urgência ou de pacientes graves os quais são atendidos pelo SAMU-192.
O médico regulador deve avaliar o motivo da solicitação e a sua pertinência, ou seja: se existe
caracterizada uma necessidade de cuidado terapêutico ou diagnóstico de urgência ou emer-
gência sem o qual o paciente corre risco de vida ou de danos orgânicos ou funcionais imedia-
tos e irreparáveis, levando em consideração a necessidade e as condições do paciente e a in-
fra-estrutura do serviço de origem.
Sendo a solicitação considerada de urgência, o médico regulador deve assumir o caso com os
profissionais do SAMU e deve procurar o recurso mais adequado para o caso e o mais próxi-
mo possível do solicitante. Quando a solicitação for de transferência inter-hospitalar, entre
UTIs, cabe ao médico assistente a busca do leito e o mesmo deve repassar ao médico regula-
dor que, de rotina, verá a pertinência da transferência, a necessidade de recursos para a execu-
ção da mesma, a conferência do leito no hospital de destino e o profissional médico que rece-
berá o paciente. Após isto o médico regulador deverá informar ao solicitante e ao médico re-
ceptor, o momento em será executado a transferência. Caso não haja pertinência, o médico
regulador orienta o solicitante a como conduzir tecnicamente o caso ou como utilizar os re-
cursos locais. Quando existirem dúvidas, podemos consultar profissionais especializados nos
serviços.
As solicitações sempre documentadas por fax ou por registro contínuo das gravações telefôni-
cas. Além da ficha de regulação preenchida pelo médico regulador, deve ser anexado fax do
serviço solicitante de forma a ter comprovado o que foi passado.
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TÉCNICAS DE REGULAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS INTER-HOSPITALARES
Deve ainda diferenciar uma solicitação de informação. A seguir, o auxiliar de regulação deve
passar o telefone para o médico regulador.
De posse destas informações pode ser definida a pertinência do caso, ou seja, se é necessária a
transferência ou não.Além de todos estes dados, temos de ter em mente quem são nossos cli-
entes e porque nos procuram, ou seja, quais os principais motivos das solicitações de transfe-
rência de um paciente:
a) Gravidade do quadro clínico e disponibilidade de apoio diagnóstico e terapêutico no hospi-
tal
Existem casos clássicos, onde invariavelmente existe consenso quanto à gravidade do caso e
portanto quanto a necessidade de remoção para um hospital de maior complexidade e referên-
cia para o caso. Em situações de doenças menos graves, a gravidade pode ser influenciada por
uma série de fatores além da doença em si e das condições do paciente, como: os recursos de
apoio existentes no local, o número de profissionais e a capacitação técnica do médico assis-
tente. Alguns casos podem ser considerados de extrema gravidade num hospital e constituir-se
num episódio corriqueiro em outro. Este tipo de entendimento e o conhecimento da realidade
dos hospitais da mesma região geográfica deve ser do domínio dos médicos, especialmente
daqueles plantonistas que recebem pacientes dos hospitais menores, como forma de reduzir
conflitos.
Conselho Médico ou orientação técnica a um colega médico sobre a conduta a ser tomada
para melhor estabilização do paciente antes da transferência ou mesmo para evitar a transfe-
rência.
O médico regulador deve avaliar a necessidade de intervenção, decidir sobre o recurso dispo-
nível mais adequado a cada caso, levando em consideração: gravidade, necessidade de trata-
mento cirúrgico, os meios disponíveis, relação custo benefício, avaliação tempo-distância. Em
resumo, ele decide qual o recurso e o nível de complexidade que o caso exige.
Quinta Etapa: Avaliação dos Recursos e Decisão Gestora: Aspectos técnicos éticos e regula-
mentares
Uma vez constatada a necessidade de transferência, o próximo passo é a procura e/ou escolha
do hospital referenciado para o qual o paciente será encaminhado, o que nem sempre se cons-
titui em tarefa simples e rápida quando não existem muitas opções, como no caso de necessi-
dade de UTI tanto adulto quanto neonatal. Diante do estabelecimento da necessidade de trans-
ferência, o médico assistente procura o recurso necessário dentro de sua grade de referência.
Em caso de dificuldade de recurso disponível, esgotadas as possibilidades de sua área, irá
procurando recursos sucessivamente nas demais regiões. Algumas vezes os profissionais mé-
dicos solicitam transferência inter-hospitalar mas o caso em questão trata-se de uma urgência
e o mesmo deve ser assumido pelo SAMU e suas unidades móveis, colocando o paciente no
hospital de referência apto a prestar o atendimento à situação
Art. 2o: O alvo de toda atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual
deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional"
Art. 57:que veda ao médico: "Deixar de utilizar todos os meios disponíveis de diagnóstico e
tratamento a seu alcance em favor do paciente."
Art. 47: Discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer pretexto."
Art. 56: veda ao médico: "Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre a
execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente perigo de vida."
Manual de Orientação Ética e Disciplinar refere, à página 58 que: "Se um paciente necessita,
deve ou quer ser transferido para outra cidade em situação de urgência/emergência o médico
deverá fazê-lo no "bom momento" clínico, ou seja, quando o paciente não está em risco imi-
nente de morte e apresenta estáveis seus sinais vitais, mesmo em níveis não ideais." Em con-
clusão, o ideal é que o médico atenda ao desejo do paciente ou de seu representante legal e
adote os procedimentos técnicos e a conduta ética compatíveis ao caso em questão, nas condi-
ções acima referenciadas.
Procedimentos necessários:
Definir de acordo com a necessidade de cada caso, complexidade e disponibilidade do serviço
de destino, considerando a grade de regionalização e hierarquização do Sistema;
Comunicar à equipe no local da ocorrência o destino do paciente
Acionar serviço receptor
Comunicar o envio do paciente, providenciando seu acesso no serviço de destino;
Acionamento de múltiplos recursos ou combinação para otimizar recursos dispersos
Adaptação dos meios
Comunicar ao solicitante
Confirmar o recebimento com o solicitante e/ou com a equipe de transporte para que possa ser
providenciada a melhor recepção possível para o paciente
Pactuar com o hospital os casos de recebimento única e exclusivamente para realização de
exames com segundo transporte posterior;