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O alienante deve garantir o uso e o gozo pacfico da coisa ao adquirente, assegurando-o quanto a eventuais causas antecedentes ou concomitantes ao negcio jurdico que possam ocasionar a perda da coisa. No admissvel que o adquirente venha a perder a propriedade ou a posse da coisa em virtude da deciso judicial que reconhea a uma outra pessoa direito anterior sobre ela. Portanto, o alienante no tem apenas a obrigao de entregar o bem alienado, competindo-lhe ainda garantir o seu uso e gozo, defendendo-o de eventuais pretenses de quaisquer terceiros contra seu domnio, resguardando-o contra vcios de qualquer ordem, no sendo concebvel que o adquirente possa perder a propriedade ou a posse da coisa em razo de sentena judicial baseada em causa antecedente em contrato comutativo, bilateral e oneroso. A jurisprudncia tem admitido a evico independentemente de sentena judicial quando: a) houver perda de domnio do bem pelo implemento de condio resolutiva; b) houver apreenso policial da coisa, em razo de furto ou roubo ocorrido anteriormente sua aquisio; e c) o adquirente ficar privado da coisa por ato inequvoco de qualquer autoridade. As partes na relao de evico so: a) evictor o reivindicante da coisa; b) evicto o adquirente da coisa; e c) alienante aquele que transferiu a coisa por meio de um contrato translativo de domnio. A regra fundamental a de que o alienante deve garantir a coisa devida respondendo ao evicto por perdas e danos (art. 447 do CC). Essa garantia passa a incidir quando o comprador vencido em juzo em uma ao de reivindicao ou de natureza real. Portanto, o adquirente fica resguardado dos riscos da execuo, garantido contra a perda do domnio por deciso judicial, tendo direito restituio integral do preo, mais