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Diagnóstico Geral
3- Lançamento de uma auditoria rigorosa e independente às contas municipais, a fim de, se necessário
reorganizar as participações sociais da Autarquia (ICOVI, PARKURBIS, ADC, SRU)
Desenvolvimento económico:
As nossas propostas:
Constituição de uma Empresa Municipal de Capital de Risco apoiando a criação de micro, pequenas e
médias empresas em sectores prioritários e estratégicos.
Criação do Gabinete de Apoio ao Investimento, ajudando quem deseja investir na Covilhã e procurando
potenciais investidores
Incentivos à fixação de empresas. Promoção de Incentivos fiscais à criação e fixação de empresas (IMI,
Derrama) e quadros (IRS).
Aposta muito clara nas Parcerias Publico Privadas como forma de partilha de custos e benefícios nos
investimentos futuros (ex: construção e exploração de barragens, parques eólicos, energia fotovoltaica, etc.)
Apoio a sectores de maior potencial de crescimento, nomeadamente Turismo (de Natureza e de Lazer),
Ambiente e Energias e, eventualmente, madeiras (construção de mobílias, de pallettes, madeira para o sector da
construção,...);
Concessão de apoios financeiros aos empresários que se instalem de novo ou que apresentem projectos
de ampliação das instalações existentes e que criem postos de trabalho no concelho (apoios por posto de
trabalho);
Comprometemo-nos com:
Criação da Conta do Cidadão – Através da atribuição de uma senha, os cidadãos acederão acesso a uma
área na Internet – a conta do cidadão – onde preencherão formulários e obterão informação sobre processos
pendentes se deslocarem à sede do Município.
Adequação dos horários das reuniões dos órgãos autárquicos de forma a incentivar a natureza pública e a
participação dos cidadãos.
Lançamento de protocolos aos fornecedores de serviços para embaratecimento das chamadas locais e da
utilização de Internet a pessoas com mais de 65 anos.
Os sinais de alerta que nos têm chegado apontam para uma agravada iliteracia na língua materna no final
da escolaridade obrigatória, continuando esses sinais nos estudos secundários e no ensino superior. O que está
na base deste insucesso é uma educação elementar, deficiente, vitimada por muitos abandonos, muitos
silêncios, muita pobreza.
Elegemos como prioridade o 1º ciclo da escolaridade de que muitos falam mas que só alguns (poucos)
apoiam.
Assim comprometemo-nos prioritariamente a:
- Criar centros escolares do 1º ciclo com Jardim-de-infância, em zonas distanciadas dos Agrupamentos:
- Garantir que as actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) sejam ministradas por docentes à
espera de colocação.
- Disponibilizar Tempos Livres grátis ao longo de todo o ano, mesmo durante as pausas lectivas.
- Lançar um programa social de apoio às famílias com oferta de material escolares e apoios substanciais
na aquisição de manuais (livros) escolares.
Diagnóstico
Estas áreas têm sido objecto de um tratamento camarário que obedece a uma lógica de
instrumentalização/auto-promoção. A área da Cultura configura uma lógica de encomenda de eventos e de
desvalorização.
O Associativismo pauta-se por uma lógica de instrumentalização da sociedade civil, mercê da asfixia
económica das associações e colectividades. A área do Património acentua o abandono, minimização e
esquecimento a que o sector tem sido votado.
Promoção de um Festival de Artes Multimédia (Bienal de Artes do Interior), promovendo sinergias com
escolas e Agentes de produção culturais locais.
Lançamento do Centro de Artes e Espectáculos e Auditório Municipal.
Criação de um grande Museu Industrial, que, ao excelente trabalho do Museu Têxtil, adicione as peças de
património industrial catalogadas e recuperadas.
Lançamento de uma candidatura no âmbito do Projecto Cidades Criativas, para a criação de clusters
criativos à semelhança do que aconteceu em outros municípios do País (Paredes, Óbidos, Guimarães).
Disponibilização de edifícios industriais em desuso para fins culturais em troca da sua recuperação total
ou parcial.
Face às enormes transformações enunciadas, de uma maneira geral, a política urbana seguida foi
minimalista. A autarquia limitou-se a enquadrar a tendência nacional de expansão imobiliária e mostrou-se
incapaz de implementar um modelo urbano coerente, que articulasse os centros com as periferias e travasse o
êxodo das aldeias para a cidade.
Apesar de algumas obras públicas, muitas de ostentação, escasseiam equipamentos determinantes para a
vida colectiva. Constata-se que mesmo o apoio à construção de lares ou à manutenção das escolas e
colectividade surge apenas de quatro em quatro anos, por razões óbvias.
À parte a vertente caritativa (e oportunista) da distribuição dos cheques do PERID, o problema da
habitação não foi encarado com a seriedade que merece. A câmara deixou campo aberto à especulação,
esquecendo a sua responsabilidade na criação dos ghettos de habitação social.
Apesar do investimento do POLIS na requalificação das ribeiras e na construção de dois grandes jardins
(Goldra e Lago), a criação de espaços verdes pela Câmara resume-se aos canteiros dos separadores centrais e às
rotundas, ambos com uma manutenção onerosa e escasso proveito para o cidadão. O espaço público, inclusive
nas zonas novas, é pouco aprazível. A Câmara cuida pouco das zonas residenciais e comerciais e revela pouca
vontade de tornar os espaços habitados mais amigáveis, seguros, verdes, acessíveis e inclusivos, como
demonstra o elevado grau de degradação e a progressiva desqualificação material dos passeios e praças.
Apesar de algumas “peças” do POLIS, como a Ponte da Carpinteira e o Elevador de Santo André, a
articulação entre os bairros das margens das ribeiras e entre a parte alta e a parte baixa da cidade está longe de
assegurada. Falta um verdadeiro Plano Intermodal de Mobilidade e Transporte que permita aos cidadãos
contornar os problemas resultantes da distância e da dispersão urbanística na sua vida quotidiana.
Fugindo à prestação de contas aos munícipes, a Sociedade Reabilitação Urbana não inverteu a decadência
do núcleo antigo. Não atraiu investimento, não contribuiu para criar emprego especializado, nem para fixar
pessoas.
A política municipal tem sido igualmente indiferente à mais-valia da Universidade para fixar população
qualificada, sobretudo por não elevar os seus standards de qualidade em resposta a uma sociedade mais
exigente e cosmopolita.
Volvidos quatro mandatos autárquicos, o PSD foi incapaz de conceber um modelo global de
desenvolvimento do território. A sua administração é considerada pouco transparente, ao sabor dos ciclos
eleitorais, de caprichos circunstanciais e de investimentos mal explicados. A burocracia e a morosidade atrasam
os empreendimentos e acentuam o lamentável panorama de ineficácia.
O PSD não resolveu os complexos problemas enunciados. Continua a promover obras faustosas a crédito,
revelando um completo desprezo pelas crescentes dificuldades do dia-a-dia das pessoas. Temos de inverter esta
linha política enquanto é tempo.
Prioridades
Elevar o padrão dos serviços prestados, fazendo da Covilhã um município exemplar do ponto de vista da
limpeza, da iluminação, da circulação e da civilidade residencial;
Desenvolver um Programa Municipal de Habitação (PH) que facilite o acesso a habitações condignas a
todos os cidadãos, dinamize o mercado de arrendamento, incentive a ocupação de fogos devolutos e melhore as
condições de habitabilidade, o conforto e a eficiência energética;
Valorizar o centro tradicional. Paralelamente, promover novas centralidades nos espaços recentes,
libertando alguns dos efeitos nocivos da circulação automóvel, e estimulando a mobilidade sustentável com
ciclovias ou mesmo um eléctrico rápido no TCT;
Implementar um programa que permita aos cidadãos participar na gestão do seu bairro;
Qualificar o espaço público de forma a garantir plena acessibilidade e a mobilidade segura.
Criar uma rede de equipamentos de referência, tais como o Centro de Artes e um Fórum urbano, que
sirvam o convívio intergeracional e funcionem irradiem actividade cultural;
Executar o Programa de Eficiência Energética os edifícios públicos;
Melhorar a articulação da rede viária regional, aumentando a permeabilidade entra as vias primárias e
secundárias e as artérias urbanas, dissipando os fluxos através de nós e de circulares mais eficazes, de forma a
aliviar o tráfego de atravessamento e promover o uso de transportes alternativos (e.g. ciclovias).
Ligar a Rua Mateus Fernandes à estrada nacional na zona dos Penedos Altos;
Promover a centralidade metropolitana da Covilhã, pelo que propugnaremos pela ligação rodoviária
Covilhã/Coimbra como eixo complementar das acessibilidades regionais;
Juventude:
Diagnóstico:
As nossas prioridades:
- Criação do Concelho Municipal da Juventude;
- Repovoamento do Centro Histórico por Jovens através de mecanismos de arrendamento ou venda
custos controlados;
- Instituição de limites mínimos de habitação a custos controlados para Jovens:
- Negociação com os promotores imobiliários parra definição de percentagens mínimas de fogos a custos
controlados para jovens.
- Lançamento de politicas económicas e de emprego com repercussão na Juventude e jovens licenciados.
Relacionamento privilegiado com a UBI na captação de investimento empresarial em áreas científicas de
formação nesta instituição de ensino superior.
Ordenamento do Território e Ambiente
a. Diagnóstico
Nas últimas décadas o Concelho registou grandes transformações, essencialmente ditadas pela alteração
da sua base económica, pela expansão urbanística e pela aplicação dos fundos europeus em infraestruturas. Não
obstante algumas melhorias, o concelho continua com dificuldade em reter população e apresenta-se
desorganizado, com muitos sítios em processo de descaracterização e uma estrutura ecológica deficitária. – Há
muito a fazer em matéria de eficiência e de poupança de recursos!
O executivo autárquico do PSD tem menorizado o interesse público e sacrificado a qualidade de vida a
favor da especulação fundiária. Ao longo destes quatro mandatos foi incapaz de delinear um sistema de
planeamento regular e de atenuar os desequilíbrios sociais resultantes de um mercado imobiliário pouco
interessado nas áreas abandonadas e nos interstícios dos loteamentos, cuja reabilitação é determinante para a
qualidade de vida das comunidades. Salvo raras excepções, mesmo os investimentos públicos e as obras
municipais não têm elevado o patamar qualitativo.
Só o PS pode inverter este estado de coisas, desde logo assegurando o cumprimento da Lei de Bases do
Ordenamento do Território, no que concerne ao aproveitamento racional dos recursos naturais, à preservação do
equilíbrio ambiental – essencial até para o turismo –, à humanização e à funcionalidade dos espaços edificados.
Se há coisa que autarquia cessante já provou, foi a sua incapacidade para equacionar os caminhos do futuro
num horizonte de sustentabilidade.
b. Prioridades
Promover a revisão do PDM com participação efectiva dos cidadãos na discussão pública,
particularmente no que respeita à circunscrição dos perímetros urbanos e das REN e RAN;
Num concelho caracterizado pelo envelhecimento de uma importante percentagem dos seus habitantes –
o que provoca reduzido dinamismo social em algumas freguesias e aumenta a procura de serviços de apoio aos
idosos – a acção da Câmara Municipal deve dirigir-se com grande prioridade à Terceira Idade e, ao mesmo
tempo, à Infância e à protecção dos mais desfavorecidos.
Assim, defende-se:
Manutenção e reforço dos apoios aos idosos e às crianças e seu alargamento aos sectores da população
em situação de carência socio-económica.
Estabelecimento de protocolos com as Ipss’s para fornecimento, a preços comparticipados pela Câmara
Municipal, de apoio de alimentação ou de serviços de saúde.
Criação de um Observatório Social concelhio para monitorização regular do “ estado social” do concelho.
Estabelecimento com as ipss’s interessadas de protocolos para reforçar os serviços de acção social e de
saúde a toda a população idosa;
Reforço do apoio à recuperação de habitações degradadas, na cidade e nas freguesias, para que seja mais
fácil às famílias e às ipss apoiarem os idosos nas suas habitações;
Ajuda às Ipss’s e outras entidades que precisem de melhorar e ampliar ou de construir novos
equipamentos de centros de dia, lares, creches e infantários de forma a completar a total cobertura concelhia;
III
O Nosso Programa:
Finanças Municipais:
Implementaremos uma profunda modernização administrativa, a qual terá consequências sob o ponto de
vista da melhoria dos serviços prestados aos cidadãos mas também de eficiência económica
Reanalisaremos e reequacionaremos as Grandes Opções do Plano para que as mesmas cumpram não só
os anseios das populações, mas também as linhas estratégicas de desenvolvimento do concelho (análise SWOT
às GOP)
Solicitaremos uma Auditoria externa para conhecer a real situação financeira do município (questão dos
protocolos e das participações sociais) e se necessário reorganizar as participações sociais da Autarquia
(ICOVI, PARKURBIS, AdC, SRU)
Economia
Promoveremos a constituição de uma Empresa Municipal de Capital de Risco a qual visa apoiar a criação
de micro, pequenas e médias empresas em sectores considerados prioritários e estratégicos.
Criaremos o Gabinete de Apoio ao Investimento o qual promoverá campanhas com impacte nacional e
internacional, divulgando todas as medidas e incentivos em conjugação de esforços com a UBI, PARKURBIS,
ANIL, Associação Comercial e os sindicatos.
Apostaremos nas Parcerias Publico Privadas como forma de partilha de custos e benefícios nos
investimentos futuros (ex: construção e exploração de barragens, parques eólicos, energia fotovoltaica, ….)
Incentivaremos o lançamento de programas de estágio profissional directamente proporcionados pela
autarquia, empresas municipais e outras empresas contratualizadas com a autarquia.
Promoveremos uma maior ligação entre a UBI e a Câmara Municipal da Covilhã na captação de
investimento empresarial em áreas científicas de formação nesta instituição de ensino superior;
Adequaremos os horários das reuniões dos órgãos autárquicos de forma a incentivar a natureza pública e
a participação dos cidadãos, nomeadamente jovens e população activa.
Proporemos protocolos aos fornecedores de serviços para embaratecimento das chamadas locais e da
utilização de Internet a pessoas com mais de 65 anos.
Educação
- As actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) deverão ser ministrados sempre por docentes à
espera de colocação.
- Disponibilização de Tempos Livres grátis ao longo de todo o ano, mesmo durante as pausas lectivas.
Teremos em consideração a necessidade de atender à natureza polivalente e fragmentada do
trabalho do professor.
Por isso impõe-se:
- Aumentar o número de Assistentes Operacionais e Técnicos.
- Proporcionar-lhes formação adequada.
- Distribuí-los pelos lugares cuja formação fizeram para o efeito.
Promoveremos o combate aos Níveis de iliteracia nas famílias que constituem uma dificuldade muito
séria para o desenvolvimento do concelho.
Para isso urge:
Financiar projectos inovadores capazes de envolver as famílias com efectivas práticas de leitura e de
escrita.
Combateremos a desigualdade social no acesso ao ensino
É urgente
- A Criação de mais bolsas de estudo.
- A Oferta de material escolar e o apoio na aquisição de manuais escolares.
- A Oferta de refeições ao longo do todo o dia.
Programa
Cultura, Património e Associativismo
Cultura
Daremos particular atenção à aposta nos eventos distintivos, que projectem os valores locais, em
particular na lógica da internacionalização. Por isso apostaremos em eventos culturais de média /grande escala
como recurso simbólico decisivo na visibilidade e no marketing da cidade. Nesse sentido:
Promoveremos a criação de um Festival de Artes que resulta da congregação dos esforços desenvolvidos
por Agentes Locais de acordo com a lógica de convergência / maximização de esforços e de concepção de
eventos multiculturais.
Apostaremos num conceito integrado de “cidade criativa” através da dinamização de novas indústrias
culturais e da promoção de novos agentes sociais e culturais em áreas que gerem valor acrescentado
Lançaremos uma candidatura no âmbito do Projecto Cidades Criativas, `para a criação de clusters
criativos à semelhança do que aconteceu em outros municípios do País (Paredes, Óbidos, Guimarães).
Apoiaremos o alargamento do Museu Têxtil da Universidade da Beira Interior na lógica de “museu vivo”,
promovendo a integração de edifícios e o desenvolvimento de pequenos comércios associados.
Defendemos um aprofundamento das relações com a Universidade no sentido de, aproveitando o trabalho
desenvolvido no Museu Têxtil, aprofunda-lo e redimensioná-lo no sentido da configuração como um grande
museu industrial da Região.
O modelo de ocupação do território urbano e rural apresenta duas realidades preocupantes: o potencial
centrípeto da cidade tem esvaziado as aldeias; a fragmentação e os vazios intersticiais dificultam a constituição
de um contínuo urbano e a emergência de novas centralidades cívicas.
Perante este cenário é necessário preparar o Município para o futuro, valorizando o povoamento e o
património, reestruturando as acessibilidades, o parque habitacional e o espaço público, de forma a fazer face às
novas exigências energéticas e ambientais.
Promoveremos o rejuvenescimento do Concelho numa atitude pró-activa de relacionamento com os
agentes responsáveis pela actividade desportiva, cultural e solidária, sem discriminações. Requalificaremos os
espaços públicos da vida de todos os dias, junto às escolas, às zonas residenciais, repondo perfis viários e
pavimentos dos passeios consonantes com o espaço urbano.
Apostamos num modelo de reabilitação que favorece a imagem da cidade. Tomando a articulação da
arquitectura antiga com a contemporânea como mais-valia, promoveremos concursos de projecto que
estimulem a criatividade. Assim, reorientaremos a política de reabilitação com pragmatismo e sustentabilidade,
alterando a tendência de expropriação e demolição massiva e sem critério.
Candidataremos a construção de equipamentos colectivos ao QREN/Mais Centro, a fim de promover a
disseminação pelo concelho de equipamentos de resposta integrada que melhorem a qualidade de vida das
pessoas.
A mobilidade ou acessibilidade urbana é, sem dúvida, um dos aspectos mais pertinentes da qualidade de
vida. Mas a Covilhã está hoje muito desajustada dos fluxos gerados pelas deslocações obrigatórias
casa/trabalho/escola. Os equipamentos estão distantes, os serviços públicos fora de portas, as áreas comerciais
concentradas, o povoamento disperso e as famílias atomizadas. A estes factores junta-se uma rede de
transportes públicos ineficaz. É óbvio que os problemas que as pessoas enfrentam pedem um urbanismo
diferente, alternativo ao foguetório e às obras de regime.
Apostamos na modernização do comércio de pequena e média dimensão, dando prioridade à sua fixação
nas ruas da cidade. Renovaremos o mercado municipal, encarando-o como factor de dinamização económica.
O espaço público bem desenhado contribui para humanizar a cidade, tornando-a mais atraente e
confortável. A intervenção neste âmbito devem harmonizar as necessidades dos peões com as do tráfego
automóvel, não sobrepondo a função de circulação à fruição da cidade à escala humana, o que não tem
acontecido. Apesar das obras levadas a efeito sob pretexto de aumentar a mobilidade, a actuação da Câmara
PSD não produziu uma cidade estruturalmente pedonalizada, nem aumentou os locais de sociabilização. Pelo
contrário, tem destruído unidades de vizinhança.
As zonas verdes devem tender para a auto-sustentação ecológica, optando por espécies que permitam
diminuir o encargo com a manutenção (regas, podas, etc.), privilegiando os espaços de média dimensão, com
maior poder congregador das pessoas. Deve procurar-se uma ligação, através de corredores verdes com a Serra,
os espaços rurais circundantes e o rio Zêzere, quase esquecido.
Temos consciência de que os problemas são complexos, pelo que só a ignorância permite pensar em
alterações bruscas no funcionamento do Município, fruto de gestos de algum iluminado. Ao contrário,
propomos um rumo, cientes de que as mudanças devem ser contínuas, graduais e suaves e que nem todas as
obras são para inaugurar por quem as lança. Constatamos que, ao contrário do que parece, o executivo cessante
tem sido demasiado conformista. Sobre as enumeradas questões de fundo nada propõe, limitando-se a
apresentar iniciativas avulsas.
A política de Ordenamento do Território, Urbanismo, Habitação e Transportes que propomos é
pragmática na acção e audaz nos objectivos. Pretende assegurar os “direitos de cidadania”, que vão da
habitação à paisagem, da mobilidade à centralidade. Sem esbanjar recursos, atreve-se a olhar para diante, ciente
de que o território é um instrumento de liberdade e de igualdade capaz de induzir profundas mudanças culturais.
Juventude:
Instituiremos o Conselho Municipal de Juventude da Covilhã, criando assim um fórum de participação
cívica e de discussão sobre assuntos autárquicos que envolva as diferentes instituições representativas dos
jovens.
Instituiremos limites mínimos de habitação a custos controlados para jovens em determinadas zonas
urbanizáveis na sequência da revisão do PDM;
Graças ao seu potencial de intermediação no sistema urbano nacional, a Covilhã é uma “cidade média”,
cuja importância advém mais da capacidade de articular as diversas hierarquias e escalas do território que do
seu tamanho, da sua dimensão demográfica ou do seu peso económico. Assim, não deve perder de vista o seu
bom relacionamento com os concelhos limítrofes, nem deve comprometer a sua capacidade de se envolver em
parcerias com instituições ou agentes locais e supra-regionais, em particular com o litoral e com Espanha. A
imagem populista de permanente conflito que Carlos Pinto cultivou prejudicou a imagem da cidade, afectando a
sua capacidade de atrair investimento.
Connosco esta postura de confronto cessará e Covilhã recuperará o seu capital simbólico de cidade
empreendedora e cooperante, essencial nos processos negociais e nas parcerias operacionais para o
desenvolvimento.
O construído não pode continuar a expandir-se ao acaso, esvaziando os centros urbanos e motivando a
dispersão do comércio, dos serviços e dos equipamentos. A recuperação dos sectores urbanos degradados deve
respeitar a sua identidade. O retorno das intervenções sobre os centros urbanos é fortemente condicionado pelo
modelo global, começando pelos usos e critérios de ocupação do solo, plasmados no PDM, até à localização das
grandes superfícies comerciais. O preconceito do PSD de que a centralidade é exclusiva dos centros históricos
tem destruído os centros (veja-se o Pelourinho) e inviabilizado um modelo territorial polinucleado.
O tecido urbano da Covilhã continua a inscrever as tramas da segregação socio-espacial. Os executivos
de Carlos Pinto têm insensíveis à implicação do planeamento do território na qualidade e nos modos de vida e
ao modo como a educação ambiental encoraja a cidadania.
Aproveitando o particular simbolismo da presença da UBI na área urbana consolidada, a cidade precisa
de uma estratégia consentânea com a sua progressiva conotação com um centro produtor e difusor de
conhecimento. A diversidade funcional é economicamente vantajosa e indutora de coesão social. Delinearemos
um modelo capaz de impulsionar as indústrias criativas, não poluentes, atractivas de investimento e de
população.
Zelaremos pela qualidade ambiental e pela preservação da paisagem, conjugando os investimentos e os
negócios com a oportunidade de inovação, sobretudo social, em vez de perseverar no ultrapassado modelo da
suburbanização e “embelezamento” circunstancial.
Concretizaremos o Plano Verde, que aumentará a oferta de jardins de proximidade e a arborização da
cidade, alterando as práticas de poda. Importa igualmente salvaguardar o equilíbrio ecológico da Serra da
Estrela, cientes de que a paisagem, a beleza natural e a memória dos lugares, o património e a programação
cultural, são os recursos turísticos mais apreciados e de que o turismo de montanha não é incompatível com o
alojamento em espaço rural e urbano, podendo mesmo contribuir para a reabilitação de aldeias despovoadas
com arquitectura de qualidade e evitar a proliferação de novos espaços de lazer em áreas protegidas.
As questões rurais (usos do solo, agricultura, floresta, gestão da água, etc.) deverão ganhar mais peso na
política de ordenamento, a fim de obter a necessária coesão. As circunscrições da Reserva Ecológica Nacional
(REN) e da Reserva Agrícola Nacional (RAN) devem ser revistas, combatendo as transacções especulativas e
as suspeições de tráfico de influências e favores e em matéria de licenciamento de obras, na ocupação dos
baldios, na ocupação de cabeceiras de nascentes, de leitos de cheia, de zonas declivosas, etc.
A revisão do PDM deve ir mais além do cumprimento de formalidades e prazos. Deve surgir de uma
discussão alargada com as comunidades e de um rigoroso trabalho de campo. Tanto no estabelecimento da carta
de condicionantes como na elaboração dos planos de urbanização e de pormenor sectoriais a participação dos
cidadãos é desejável e deve ser promovida, pois temos consciência de que governar uma cidade é gerir
conflitos.
Só uma autarquia com coragem e capacidade política de aumentar a transparência na gestão do território
tem legitimidade para reivindicar maior descentralização administrativa. A Covilhã precisa de uma classe
dirigente informada, com argúcia estratégica mas trato afável, capaz de promover o desenvolvimento
sustentável participado, como o preconizado pela Agenda 21 Local, em prol da qualidade de vida da população.
Serviços Sociais e Comunitários:
Iremos:
Estabelecer protocolos com as Ipss’s para fornecimento, a preços comparticipados pela Câmara
Municipal, de apoio de alimentação ou de serviços de saúde (como sejam transportes de idosos e dependentes a
consultas ao hospital ou ao centro de saúde), de modo a que em todo o concelho os idosos e os mais
carenciados possam beneficiar de apoios que agora só estão ao dispor dos habitantes na cidade;
Dinamizar, no âmbito da Rede Social, a criação de um Observatório Social concelhio que seja uma
plataforma de ipss’s, misericórdia, câmara municipal, juntas de freguesia, paróquias e serviços públicos de
ensino, segurança social, saúde e emprego para monitorização regular do “ estado social” do concelho. A esse
Observatório caberá também recomendar linhas de actuação para resolução integrada de problemas de
inacessibilidade aos serviços, aos centros de dia, aos lares e problemas de dificultação de soluções em casos de
problemas sociais agravados por abandono, toxicodependência, alcoolismo e isolamento;
Estabelecer com as ipss’s interessadas protocolos para reforçar os serviços de acção social e de saúde a
toda a população idosa, dependente e carenciada. As Ipss’s, desse modo, com a comparticipação regular da
Câmara poderão promover apoio domiciliário integrado a todos os cidadãos necessitados e não apenas aos seus
utentes regulares;
Reforçaremos o apoio à recuperação de habitações degradadas, na cidade e nas freguesias, para que seja
mais fácil às famílias e às ipss apoiarem os idosos nas suas habitações;
Daremos ajuda às Ipss’s e outras entidades que precisem de melhorar e ampliar ou de construir novos
equipamentos de centros de dia, lares, creches e infantários de forma a completar a total cobertura concelhia;
Particular atenção será atribuída ao ensino básico, ao primeiro ciclo do ensino básico e aos jardins-de-
infância, dotando as escolas e jardins das melhores condições, seja em termos de renovação de instalações e
equipamentos, seja em termos de dotação de materiais educativos modernos. Nesse sentido fazemos o
compromisso de junto de cada escola de primeiro ciclo instalar um moderno parque de jogos e diversões,
reconvertendo em alguns casos os parques infantis em más condições de segurança e sem equipamentos
educativos.