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INTRODUÇÃO
A avicultura é uma das áreas que mais tem evoluído nos últimos anos, devido
sua importância para a produção e suprimento alimentar de proteína de alta
qualidade. No entanto, com a mudança de hábitos dos consumidores, que cada vez
mais vêm dando preferência a produtos mais naturais e saudáveis e também
mostram preocupação com os possíveis efeitos da criação moderna, o Frango
Caipira está novamente no mercado. Uma dieta à base de alimentos integrais e com
sabor natural passou a fazer parte da mesa de uma parcela da população.
1. ESCOLHA DO LOCAL
A escolha do local onde será conduzida a criação deve ser feita com muito
cuidado. Escolha um local plano ou com pouca declividade, protegido de ventos e
bem seco. É importante, ainda, que tenha uma área sombreada, se possível próximo
à água limpa.
Deve-se considerar ainda uma área anexa ao galpão, preferencialmente
gramada ou com pasto formado, destinada ao piquete, essencial ao sistema caipira
de criação.
2. GALPÕES
2.1. ORIENTAÇÃO
O galpão deve ser construído no sentido Leste/Oeste, ou seja, com o maior
comprimento no sentido em que o sol nasce e se põe, de forma que não haja
incidência direta de raios solares no interior deste (figura 1).
Leste Oeste
2.2. DIMENSIONAMENTO
2.2.1. Área do galpão
O tamanho deve ser definido em função do número de aves a serem criadas.
Para frangos de corte utiliza-se 10 a 12 aves/m².
2.2.2.Altura do galpão
A altura do pé direito deve ser de 2,70m a 3,0m. O galpão mais alto favorece
a circulação de ar, diminuindo os problemas com calor dentro deste, o que é muito
importante, principalmente em regiões quentes e/ou no verão (figura 2).
Pé Beiral
direito Tela 1m
2,5 a
3,0m
Mureta
50cm
FIG. 2 – Dimensões do
galpão
2.2.3. Mureta
A mureta deve ter de 40-60cm de altura e sua função é a de proteger as aves,
bem como sustentar as cortinas e telas. É conveniente que tenha a borda superior
inclinada (45º) para evitar o empoleiramento das aves .
2.2.4. Beiral
A cobertura do galinheiro deve poderá ser feita com qualquer tipo de telha.
Um detalhe que merece muita atenção quanto a largura do beiral (parte que excede
aos limites da parede) que deverá ter de 1,0 a 2,0m. A necessidade desse beiral
largo é a de proteger as aves do sol e principalmente das chuvas (detalhe figura 2).
2.3. MATERIAL
2.3.1.Piso
O piso do galinheiro deve ser, de preferência, cimentado, com declividade de
1% no sentido longitudinal, ou seja, no maior comprimento do galpão. Não sendo
possível cimentar, pode ser de terra batida de modo que fique bem compactado.
Neste tipo de piso há a desvantagem do maior número de reparos.
2.3.2.Cobertura
Para se cobrir os galpões procura-se utilizar material de menor custo. Os mais
utilizados são telhas de fibrocimento, de barro e de zinco, podendo-se utilizar sapé
ou outro material disponível na propriedade.
Em telhados de fibrocimento ou zinco é interessante pintar a face externa das
telhas com tinta branca ou cobri-las com sapé. Estes procedimentos podem reduzir
em até 3ºC a temperatura interna do galpão.
2.3.3.Galpão
A construção do galpão poderá ser feita com diversos tipos de materiais, tais
como estruturas metálicas, concreto ou madeira disponível na região. Deve-se
considerar uma construção rústica aproveitando-se os materiais da propriedade.
A caixa d’água poderá ser de diversos materiais, tais como: fibrocimento,
plástica, metálica ou alvenaria. Deve ser coberta e não é aconselhada sua
instalação no interior do galpão. O encanamento até o galpão deverá ser enterrado
de 30 a 40cm da superfície, evitando-se o aquecimento da água.
2.3.4.Mureta
Pode ser feita de tijolos ou pré-moldados de concreto. Para a confecção da
mureta pré-moldada de concreto o produtor poderá utilizar formas de madeira com
enchimento de concreto. Uma opção para baratear o custo é a utilização de bambu,
em substituição à ferragem para constituição do concreto armado.
2.4.PIQUETE
A área do piquete deverá ter no mínimo 3 vezes o tamanho da área coberta
destinada as aves. Deve-se dispor de telas de malha de 2 polegadas e 1,80m de
altura, bem como de madeira ou mesmo bambu para fixá-las. O terreno do cercado
deverá estar sempre limpo, e é necessário que haja sombra. Este sombreamento
poderá ser feito de capim elefante (capim de capineira) plantado em faixas. Alguns
produtores aproveitam a cerca do piquete para o plantio de maracujá, propiciando
sombra para as aves. Deverá ser fornecida água de boa qualidade, se possível com
instalação de bebedouros dentro do piquete.
A partir do 30º dia de vida, as aves devem ter acesso ao piquete onde irão
adquirir o hábito de ciscar, comer insetos e verde, o qual será fornecido à vontade.
Além disso, esse espaço permitirá o exercício das aves, fator importante para
melhorar a consistência e o sabor da carne.
A forragem utilizada no pastejo das aves será a grama estrela africana.
3. EQUIPAMENTOS
3.1. CÍRCULO DE PROTEÇÃO
Tem como função proteger os pintos de corrente de ar e limitar a área
disponível aos mesmos, mantendo-os próximos da fonte de aquecimento, da água e
da ração.
Para alojar 500 pintos, deve-se fazer um círculo de proteção com diâmetro de
3,50 metros (50 pintos por m²), permitindo assim boa distribuição dos equipamentos
e do calor. Para isso usam-se 4 folhas de eucatex de 2,75 metros de comprimento
com 60 cm de altura. Poderão ser utilizados outros materiais, tais como folhas de
zinco ou outros encontrados na propriedade (figura 3).
bebedouro
Campânula a Diâmetro =
gás 3,5m
Comedouro
Círculo tipo bandeja
de
proteção
3.2.CAMPÂNULAS
Equipamento destinado ao aquecimento dos pintinhos enquanto estiverem no
círculo de proteção. As campânulas serão usadas na fase inicial, ou seja, da
chegada dos pintinhos até 14 dias de vida destes. As mais utilizadas são as que
utilizam gás de cozinha, sendo bom lembrar que o botijão deverá ficar fora do círculo
de proteção.
3.3. COMEDOURO
3.3.1. Comedouro tipo bandeja
Utilizado para pintos na primeira semana de vida. Usa-se um comedouro tipo
bandeja para 100 pintos (figura 4).
50cm
3.4. BEBEDOURO
3.4.1. Bebedouro de pressão
Utilizado dentro do círculo de proteção para os pintos na primeira semana de
vida. Cada bebedouro com capacidade de 4 litros de água atende a 100 pintos.
3.4.2.Bebedouro pendular
Utilizado a partir da 2ª semana de vida até o abate. São bebedouros
automáticos, abastecidos através de rede suspensa de distribuição de água.
Normalmente a proporção é de 1 bebedouro para 80 a 100 pintos.
3.5. CORTINA
É utilizada contra ventos, chuvas e controle de temperatura do galpão. Deve
ser instalada do lado de fora do galpão, afixada na mureta. Normalmente o material
utilizado é a ráfia (polietileno).
4. MANEJO
4.1. PREPARO DO GALPÃO
4.1.1. Limpeza e desinfecção
O galpão deve ser limpo e desinfetado antes de se começar a criação. Em
retirada de um lote e entrada de outro, além da limpeza e desinfecção, deve-se
deixar o galpão com vazio sanitário (sem nenhuma ave dentro).
Logo após a retirada dos frangos, deve-se tomar as seguintes as seguintes
medidas:
• Retirar a cama e os equipamentos;
• Varrer as instalações (teto, piso, telas, muretas);
4.1.2. Cama
Na criação de aves utilizamos uma “cama” para que as mesmas não fiquem
em contato direto com o piso. A cama é um importante fator que interfere nas
condições sanitárias e no bom desenvolvimento do lote. Deverá ser de boa
qualidade, cobrir o piso do galpão de maneira uniforme, atingindo 5 a 8cm de altura.
O volume de 1m³ pode cobrir 20m² de área, com uma altura de 5cm.
A falta da cama pode ocasionar “calo de peito”, o que prejudica a qualidade
da carcaça.
A escolha da cama a ser usada vai depender da disponibilidade de material.
Vários materiais poderão ser utilizados, destacando-se entre os melhores: sabugo
de milho triturado, casca de arroz, cepilho de madeira (maravalha), capim elefante
maduro, triturado e bem seco (Napier, Cameroon).
A casca de amendoim e o bagaço de cana devem ser evitados, devido a
possíveis problemas com fungos. Maravalha de madeira de lei também deve ser
evitada em virtude ao seu alto nível de tanino e de sua facilidade em lascar.
Requisitos para uma cama de boa qualidade:
• Capacidade de absorver umidade evitando o empastamento;
• Capacidade de liberar facilmente a umidade absorvida;
• Macia e compressível;
• Partículas de tamanho médio e homogêneo, livre de partículas estranhas;
4.2.2. Campânula
Deve ser colocada dentro do círculo de proteção, a uma altura de mais ou
menos 80cm do piso. É importante que ligue a campânula 2 horas antes da chegada
dos pintinhos.
O controle da temperatura fornecida pala campânula pode ser feito pela
observação dos pintinhos, conforme quadro abaixo.
CORRETO TEMPERATURA DE
CONFORTO
- Crescimento sadio;
- bom ganho de peso; - Distribuição uniforme.
- boa conversão alimentar;
- menor aparecimento de doenças;
- lote mais homogêneo;
- maior lucro
ERRADO EXCESSO DE CALOR
- Não se alimentam;
- não bebem água;
- ficam fracos; - Fogem da campânula
- menor peso e conversão alimentar;
- maior mortalidade;
- ficam amontoados.
ERRADO FRIO
- Aumenta a competição;
- crescimento desuniforme; - Fogem do vento
- aumenta a mortalidade
4.2.3. Bebedouro
Nas primeiras duas horas de alojamento dos pintinhos, fornecer apenas água
com açúcar a 3%, ou seja, duas colheres de sopa para cada litro de água. Após
esse período fornecer água limpa e potável.
Os bebedouros devem ser limpos diariamente, com esponja, utilizando-se um
balde para retirar a água suja.
A partir da 1ª semana substituir, gradativamente, os bebedouros de pressão
pelos pendulares, de modo que ao 12º dia estejam todos substituídos.
4.2.4. Comedouro
O fornecimento de ração se dará após as duas primeiras horas, nos
comedouros tipo bandeja. A ração enquanto fornecida nas bandejas, deve ser
peneirada no mínimo duas vezes ao dia para a retirada dos excrementos e material
da cama.
Colocar um terço da capacidade da bandeja pela manhã e metade à tarde,
para evitar o desperdício. Ao final da tarde, reforçar a quantidade de ração para não
faltar no período da noite.
4.2.5.Círculo de proteção
O círculo de proteção deve ser ampliado gradativamente, de acordo com o
crescimento dos pintinhos.
No quarto dia procede-se a primeira abertura do círculo, devendo ser feita
pala manhã, para que os pintinhos possam se ambientar ao novo espaço. No oitavo
dia procede-se a segunda abertura do círculo e, a partir do 15º dia, libera-se toda a
área do galpão para os pintinhos.
4.2.5. Cortina
No momento da chegada dos pintinhos, as cortinas deverão estar fechadas e
a partir daí o manejo se dará conforme a temperatura ambiente, umidade, ventos,
chuvas, presença de gases, idade e comportamento das aves.
A partir da 3ª semana de vida, as cortinas poderão permanecer abertas por
mais tempo, pois as aves começam a regular melhor sua temperatura corporal.
É difícil estabelecer um padrão para o manejo de cortinas, mesmo assim
devemos fazê-lo em etapas, para evitar mudanças bruscas de temperatura e
correntes de vento dentro do galpão, iniciando-se do lado contrário do vento
dominante.
O manejo correto das cortinas, merece especial atenção do criador, pois
reduz a ocorrência de uma série de problemas que podem prejudicar o
desenvolvimento do lote. O bom senso ainda é a melhor receita para este manejo.
4.4.1.Ração inicial
Ração indicada para o fornecimento a partir do1º até o 28º dia de vida. Deve
ter de 20 a 22% de proteína bruta (PB) e 2.800kcal a 2850kcal de energia
metabolizável (EM).
FORMULAÇÃO DE RAÇÃO
RAÇÃO INICIAL
Alimento Kg
Milho triturado 63,20
Farelo de soja 31,80
Núcleo para fase inicial 5,00
TOTAL 100,00
RAÇÃO CRESCIMENTO
Alimento Kg
Milho triturado 68,50
Farelo de soja 26,50
Núcleo para fase inicial 5,00
TOTAL 100,00
RAÇÃO ENGORDA
Alimento Kg
Milho triturado 74,30
Farelo de soja 20,70
Núcleo para fase inicial 5,00
TOTAL 100,00
4.4.5. Água
A água constitui de 60 a 70% do peso corporal de um frango. A perda de 10%
por desidratação causará queda no desenvolvimento e a de 20% pode levar à morte.
O consumo da água varia conforme a idade, temperatura e tipo de ração. Uma ave
bebe cerca de 2 a 3 litros de água para cada kg de ração consumida. Outra forma de
estimativa de consumo de água é de 4% do peso vivo ao dia. A temperatura da água
deve ser sempre mantida em torno de 18 a 24ºC.
4.5.MANEJO SANITÁRIO
4.5.1. Vacinação
O método mais seguro e barato de se evitar doença é, sem dúvida, a
vacinação. Porém, para se obter o melhor resultado com a vacinação é preciso
observar alguns cuidados:
• a dose deve ser administrada de acordo com a via de aplicação escolhida. Seguir
orientação da bula;
• as vacinas devem ser mantidas à temperatura de 2ºC a 8ºC (na porta da
geladeira);
• o transporte das vacinas deve ser feito em caixas de isopor com gelo. Retirá-las
apenas na hora do uso;
• a vacina não pode receber incidência direta de raios solares;
• evitar vacinar aves doentes.
b) Via intramuscular
• é mais utilizada nos músculos do peito e da coxa;
• seguir diluição indicada pelo fabricante;
c) Via ocular
• De acordo com a diluição indicada pelo fabricante, aplicar uma gota de maneira
que haja penetração no olho. Segurar a ave até que isto aconteça, caso contrário
repetir o processo.
d) Via nasal
• Aplicar uma gota na narina, com o dedo deve-se tampar a narina oposta. Segurar
a ave até que haja absorção da gota.
e) Punctura da asa
• É realizada com estilete próprio ou feito com agulhas, molhando a ponta
perfurante e atravessando a pele da asa da ave.
f) Subcutânea
• Essa via de aplicação, usada embaixo da pele, normalmente na região do
pescoço, é utilizada nos pintos, no incubatório, logo ao nascer, contra doenças
de Marek e Bouba.
4.5.3. Vermifugação
O combate aos vermes deve receber esoecial atenção por parte do criador
em função dos prejuízos que pode acarretar. Altas infestações prejudicam a
conversão alimentar, atrasando o desenvolvimento do lote e levando a um menor
rendimento econômico. No sistema caipira de criação as aves estão mais sujeitas à
infestação por vermes, devido, principalmente, ao acesso dessas ao piquete. Um
sistema básico de vermifugação para frangos no sistema caipira consiste na
administração de vermífugos aos 45 dias de idade. Existem produtos (vermífugos)
para serem misturados à água durante 3 dias e produtos para serem misturados à
ração durante 5 dias consecutivos. Deve-se dar atenção às recomendações do
fabricante. Alternativamente, pode-se utilizar produtos naturais como semente de
abóbora e de mamão.
5. DOENÇAS
De maneira geral é dificil identificar o tipo de doença que a ave apresenta
olhando somente os sintomas, porque a galinha é diferente de outras espécies e
praticamente todas as doenças têm sintomas muito parecidos.
Os principais sintomas, que podem ser observados no comportamento das
aves, quando inicia alguma doença, são os seguintes:
• presença de tosse e espirro;
• diarréia (ficam com as penas da cloaca sujas);
• crescimento desuniforme do lote;
• aumento do consumo de água;
• diminui o consumo de ração;
• fica de cor pálida ou esbranquiçada;
• baixo desenvolvimento;
• fezes de cor e aspecto diferente do normal;
• aumento da mortalidade.
Procedimento: solicitar atendimento Médico Veterinário.
5.1.3. Coccidiose
5.1.4. Cólera
Doença altamente contagiosa conhecida como peste das aves. Ataca
principalmente aves com mais de 2 meses de idade.
a) Agente causador da doença:
Bactéria Pasteurella multocida
b) Sintomas
- aves são encontradas mortas nos ninhos pela manhã;
- aves tristes, não comem, não bebem, palidez e diarréia verde-amarelada;
- fígado com aparência de cozido e com pontos necróticos;
- pús nas articulações, barbela e cavidade peritonial.
c) Controle
- higiene
- isolamento
- vacinação
d) Tratamento
- sulfas;
- antibióticos;
- polivitamínicos.
5.1.5. Coriza
5.1.6. Gumboro
Doença infecciosa que ataca o sistema imunológico das aves, levando a uma
diminuição da resistência a outras doenças.
a) Agente causador da doença
Vírus chamado Birnavirus
b) Sintomas
- desidratação acentuada;
- diarréia esbranquiçada;
- palidez acentuada;
- hemorragia nos músculos e tecidos subcutâneos.
c) Controle
- higiene;
- isolamento;
- vacinação;
- adquirir pintinhos que tenham controle vacinal.
d) Tratamento
- Não existe.
5.1.7. Marek
Acomete principalmente as aves jovens, ocorrendo esualmente antes de
alcançar a maturidade sexual.
a) Agente causador da doença
Vírus denominado Herpesvirus
5.1.8. Newcastle
Doença altamente infecciosa que acomete aves de todas as idades.
a) Agente causador da doença
- Vírus denominado Paramixovirus.
b) Sintomas
- mortalidade dos pintos pode exceder a 80%;
- febre, tristeza e sonolência;
- sintomas respiratórios, nervosos e digestivos;
A forma respiratória é predominante nos pintos e frangos, que apresentam
respiração difícil, espirros e tosse.
Na forma nervosa os sintomas mais típicos são tremores e paralisia das asas,
patas ou pescoço, levando a um quadro de torcicolo.
Na forma digestiva há perda de apetite, papo distendido, por um conteúdo verde
escuro, diarréia verde azulada.
c) Controle
- higiene;
- isolamento;
- vacinação.
d) Tratamento
- Não existe.
5.1.9. Tifo
Doença que ataca principalmente aves adultas, mas pode aparecer em aves
jovens.
a) Agente causador da doença
- Bactéria Salmonella gallinarum.
b) Sintomas
- sede, perda de apetite, diarréia verde-amarelada;
- tendência a isolar-se das aves sadias;
Ácaros
São pequenos parasitas aracnídeos causadores de sarna. São encontrados
de 2 formas, uma parasita as penas e uma parasita as patas das aves. Estes
parasitas cavam galerias na pele ou corroem as penas, causando grande irritação
nas aves e provocam lesões típicas.
- Combate
Pulverização das aves e das instalações com produtos acaricídas.
Carrapatos
São parasitas que se alimentam sugando o sangue das aves, que
apresentam asas caídas, cristas e barbelas pálidas.
- Combate
Pulverização de carrapaticida nas aves e instalações.
Moscas
Sua principal fonte de alimento e local de reprodução são os excrementos,
devido ao hábito de se alimentarem de substâncias úmidas. Desta forma, elas
acabam por transmitir vermes e outros agentes causadores de doenças, dos
excrementos para a ração.
- Combate
Pulverização de inseticidas nas instalações, tomando o cuidado para não atingir as
aves.
Ascaris
A espécie Ascaridia galli é a mais comum. É uma lombriga que chega até
10cm de comprimento e que se aloja no intestino delgado da ave. Quando em
grande número pode causar morte por obstrução intestinal. O tratamento é feito com
vermífugos.
Outra lombriga de menor tamanho é o Singamus traquealis que ataca a
traquéia, principalmente em pintos nas 6 a 8 semanas. Os vermes quando adultos
fixam-se na traquéia sempre em pares (macho e fêmea). A presença de verme
provoca inquietação, tosse e dificuldade respiratória. As aves ficam como que
sufocadas. Estes sintomas são popularmente chamados de GOGO, porém a
denominação correta da doença causada por estes vermes é SINGAMOSE. Para a
identificação da doença deve-se iluminar atraquéia por fora, olhando pelo bico
aberto, visualizando-se o verme. A propagação pode se dar pelo solo pelo período
de 1 ano.
O controle da singamose deve ser feito com medidas de higiene das
istalações, evitar a umidade e acúmulo de fezes no galpão e piquetes e evitar
superlotação das aves. O combate é feito com a aplicação periódica de vermífugos.
Em pequenas criações quando se consegue identificar os vermes na traquéia, pode-
se promover a retirada deste com o auxílio de um cabelo de cauda de cavalo,
dobrado em dois e introduzido cautelosamente na traquéia da ave. Deve-se ter
muito cuidado neste manejo e se fazer a retirada dos vermes bem devagar para
evitar ferir a ave.
Capilária
Este gênero envolve várias espécies de vermes redondos, finos como um
cabelo muitas vezes visíveis apenas ao microscópio. Podem infestar o papo,
proventrículo, duodeno, esôfago ou cecos. O controle também é feito com medidas
de higiene e uso periódico de vermífugos.
Tênias
Várias espécies podem parasitar aves. Caracterizam-se pela forma de fita
segmentada, e hospedam o intesino delgado das aves. Os animais infestados
apresentam cansaço, comem pouco e perdem peso.