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Esses animais são mal alimentados, mal ferrados, não recebem qualquer atendimento
veterinário, sendo obrigados a trabalhar além de suas forças, mesmo doentes e famintos.
No trânsito, são conduzidos por vias de grande movimento, em horários de pico, sujeitos
a inúmeros acidentes, quase sempre fatais. Muitas vezes são conduzidos por menores
em flagrante desobediência às leis de trânsito e à legislação de proteção à infância e
adolescência.
BREVE FICHA
DOS
ANIMAIS DE TRAÇÃO
JUMENTO OU BURRO:
Animal mamífero, da ordem dos
perissodáctilos, gênero Equuos, espécie
Equuos asinus, facilmente domesticável.
Tem pêlo duro e de coloração extremamente
variada. Orelhas muito desenvolvidas, cauda
nua na sua inserção e terminada por um tufo
de crinas. Pelagem geralmente cinzenta com
uma listra dorsal e outra transversal formando
cruz sobre as espáduas.
No popular denomina-se jerico e no nordeste
do Brasil denomina-se jegue.
CAVALO:
Animal mamífero, da ordem dos
perissodáctilos, sub-ordem dos hipomorfos,
gênero Equuos, quadrúpede perissodátilo,
solípede, da família dos Eqüídeos.
Tem pescoço e cauda providos de cerdas
longas e abundantes.
Domestica-se facilmente.
MULA:
É um animal híbrido resultante do
cruzamento de um jumento com uma égua
ou de um cavalo com uma jumenta.
Todas as mulas são estéreis.
BOI:
Animal mamífero, quadrúpede, ruminante,
bovídeo, de chifres ocos, não ramificados.
O boi é um animal utilizado pelo Homem
para o trabalho do campo, de carga e de
lavoura, quer puxando o carro ou o arado.
Dócil, obediente.
Touro: boi por castrar.
A REALIDADE
DOS
ANIMAIS DE TRAÇÃO
OS ABSURDOS:
• Carroceiros colocam até mil quilos para serem transportados pelos animais (limite
máximo é de 350kg).
• Os animais são obrigados a trabalhar por 10 a 12 horas seguidas sem alimento.
• Os cavalos não tem, nem mesmo, o direito a beber água enquanto trabalham (uma
das obrigações dos carroceiros é aplacar a sede do animal a cada duas horas).
• Já foi constato cavalos feridos com tiros e facadas.
• Ao animais apreendidos, muitas vezes, servem de comida aos animais do
Zoológico.
Material colhido do "Jornal de Brasília" de 20/01/02,
Caderno "Grande Brasília", sobre as carroças no DF. Matéria do jornalista Jason Pascoal.
Veja na íntegra CLIQUE AQUI
PORTO ALEGRE
Carroceiro Infringindo a Lei nº 7.976/97, a qual Regulamenta a
Circulação de Veículos de Tração Animal nas vias do Município Visão Lateral**
de Porto Alegre.
PLACA
HZA 262
Cavalo com as patas dianteiras deformadas pela Animal espancado nos olhos pelo carroceiro*
constante sobrecarga*
PORTO ALEGRE
Carroça aguarda o lixo de um prédio de
escritórios situado na Av. Cristóvão Colombo,
2937, bairro Higienópolis.
Notem que
além da
carcaça de um
caminhão, há
3 indivíduos
sendo
transportados,
além do
asfalto estar
molhado.**
Carroça emplacada, às 17:45 hrs, na Rua Carrega-se de tudo: móveis velhos, peças de
Eudoro Berlink, bairro Moinhos de Vento.* automóveis e até materiais de construção.*
PLACA
PORTO ALEGRE
Égua esfaqueada recolhida pela APRODAN* Rua Dr. Flores, centro de Porto Alegre*
Cavalo
eutanasiado.*
PORTO ALEGRE
JORNADA DE TRABALHO:
Estabelecer jornada de trabalho para os animais de tração, prevendo um mínimo de dois
intervalos para descanso do animal, onde recomenda-se início às 7 horas e término às 14
horas, criando assim condições do carroceiro se deslocar até seu local de origem em tempo
hábil de oferecer trato e banho ao animal, que terá tido uso planejado conforme suas
condições físicas.
FERRADURA:
Substituir as tradicionais ferraduras de ferro que são transmissoras de calor, derraparam e
provocam problemas de aquecimento nos cascos de por "ferradura" de borracha de pneus
usados (recortadas por faca, no formato do casco e com fenda aberta no centro para não
cobrir as ranilhas). Para substituir os cravos (também de alto custo), fixar com pregos 17x25.
Essa solução é bem mais econômica, antiderrapante, térmica e anatômica, sendo ainda o
material reciclável.
PESO DA CARGA:
Admitir no máximo de 100 a 150 kg por viagem, pois somados aos 100 quilos da carroça, o
animal estará puxando em torno de 200 a 250 kg. (fiscalizar especialmente cargas de sucatas
de entulho que têm grande peso e pouco volume).
IENTAÇÕES NO TRATAMENTO DE UM CAVALO
Por Celina Valentino
(saiba quem foi a “Celina dos Leões e dos Cavalos”, no final desta apresentação)
ALIMENTAÇÃO - Capim à vontade, sal à vontade (ele mesmo controla a quantidade), ração
no máximo a metade da quantidade do capim e muita água. A alimentação deve ser
oferecida sempre no mesmo horário, 2 a 3 vezes ao dia, na quantidade relativa ao tamanho e
atividade física do animal.
CHICOTE - É proibido seu uso, assim como também é proibida a condução de carroças por
menores de idade, é proibido o trabalho noturno, pois não têm farol traseiro e o trabalho aos
domingos. As carroças só podem trafegar no período das 7 às 18 horas, de segunda-feira a
sábado.
CUIDADOS - Nunca o amarre pelos pés com cordas ou arames para afastar (ele pode ferir a
perna e infeccionar o casco) e nem pelo pescoço (ele corre o risco de cair e se enforcar).
Deixe-o em lugar seco, com serragem e muita água. Escove-o a cada 2 dias e banhe-o uma
vez por semana (o banho deve começar pelos pés, de baixo para cima, para evitar choque
térmico ou cãibras).
DOMICILIAÇÃO - Mantenha o cavalo em local seguro, longe de cercas de arame e objetos
cortantes como cacos de vidro, ferro ou louça quebrada. Mantenha uma luz (fraca) acesa no local
em que ele dorme, para evitar mordidas de morcegos.
IENTAÇÕES NO TRATAMENTO DE UM CAVALO
FREIO - Todas as carroças são obrigadas a ter sistema de freios com alavanca. Muitos
carroceiros usam a boca do cavalo como breque. O bridão (quê consiste num ferro com um nó
no centro), mal colocado pressiona e amortece os maxilares, causando dor e feridas no céu da
boca, tornando-se um terrível instrumento de tortura na boca do animal.
SAÚDE - O cavalo tem saúde frágil. Pode vir a óbito por tosse (garrotilho) ou cólicas
abdominais (dor de barriga). Sinais de doença podem ser detectados pelos sintomas: apatia,
embotamento dos olhos, pelagem sem vida, corrimento nasal. Observe se tem feridas,
nódulos, arranhões, parasitas, ou temperatura basal elevada (febre). Isso oferece uma idéia de
seu estado de saúde e a possibilidade de detectar uma doença antes de ela se desenvolver.
VISEIRA - É importante, pois o raio de visão do cavalo abrange até quase a cauda, porém não
enxerga bem de perto. Nunca se deve abordar um cavalo por trás; ele enxerga vultos e pode
se assustar e dar coice.
Chame um policial ao perceber que o animal não agüenta o peso, se está debilitado ou se está sendo
mal tratado, e cite a Lei de nº 9.605/98 de Crimes Ambientais.
No município de São Paulo: cite a Lei nº 11.478 de 1994 e Lei nº 11.887 de 21 de setembro de 1995,
promovida por Celina Valentino, que proíbe o emprego de veículos de tração animal, de carga ou
montados no Município de São Paulo. Ambas são baseadas no Decreto Federal nº 24.645.
Se na sua cidade também há descaso com os eqüinos, mande cartas e e-mails para a Prefeitura
e para os jornais. Coloque sempre seu RG, telefone e endereço, para que as cartas possas ser
publicadas.
Esta apresentação é dedicada a Celina Valentino, a “Celina dos Leões e dos Cavalos”.
Celina Valentino foi vice-presidente do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e durante 7 anos lutou
contra os maus-tratos dispensados aos cavalos de rua. Resgatou mais de 2000 cavalos e animais de circo vítimas de
maus tratos. Acompanhou o transporte de cavalos feitos pelo CCZ de São Paulo e foi responsável pela triagem dos
interessados em serem fiéis depositários. Seus critérios tinham como base o respeito e apreço pelos animais. Celina
Valentino foi assassinada em 11 de setembro de 2002, em sua residência, vítima de roubo, na cidade de São Paulo.
Celina deixou um vazio. Não há ninguém que faça o trabalho que ela fazia. Mas ela nos deixou um grande exemplo,
para que cada um de nós, jamais deixe morrer os verdadeiros princípios humanitários, de que nossa sociedade tanto
precisa para evoluir.
Valeu, Celina!
NTES DE PESQUISA PARA ESTA APRESENTAÇÃO
Eurípedes Kühl
POR AMOR
REPASSE ESTA APRESENTAÇÃO
CHEGA DE ABUSOS
Realização
www.pea.org.br
Responsável
Gabriela Toledo