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Política de Alimentos Seguros

Disponibilizar alimentos seguros para a população brasileira é uma tarefa que envolve os
governos federal, estaduais e municipais e as instituições privadas afins ao processo. “É preciso
avançar muito mais e popularizar a Produção Integrada que se constitui numa evolução dos
regulamentos públicos tradicionais em direção à normalização e certificação de processos
produtivos”. Isto tem estimulado o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-
MAPA/Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo-SDC em mostrar a
sociedade brasileira os avanços que têm ocorrido nesta área em relação aos programas e
sistemas para obtenção de alimentos seguros hoje existentes, sejam em nível de organizações
públicas ou de instituições privadas. Os Programas e Sistemas institucionalizados e existentes no
Brasil como Produção Integrada de Frutas (PIF), Programa Alimento Seguro (PAS), Análise de
Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), Pró-Orgânico, Indicações Geográficas (IG),
Sistema Agropecuário de Produção Integrada (SAPI), Rastreabilidade (SISBOV) e Certificação,
junto aos diversos órgãos inter e intra-institucionais que os abrigam, foram implantados com a
finalidade de disponibilizar, ao agronegócio, uma ferramenta a mais para fazer frente às exigências
dos mercados, principalmente da Comunidade Européia. O agronegócio é tão importante para o
Brasil que foi responsável, no ano de 2005, por 36,9% das exportações, 27,9% do PIB e 37,0% dos
empregos gerados. A organização desses instrumentos institucionais sob a égide de uma política
pública voltada à obtenção de alimentos seguros, que compreende o atendimento a exigências
sanitárias, tecnológicas, ambientais e sociais, homogeneizando os procedimentos e o apoio às
cadeias produtivas agropecuárias brasileiras, é o objetivo principal desta matéria e uma das
estratégias para promover a inclusão dos mesmos no âmago de uma “Política de Estado”. O
MAPA/SDC tem se articulado para facilitar à implantação e a consolidação desses instrumentos
voltados a produtos agropecuários de interesse econômico e social. O resultado disto é a
consolidação do papel do MAPA como um verdadeiro agente de desenvolvimento sustentável em
benefício do agronegócio e da sociedade brasileira.

Não só as preocupações com o mercado internacional devem ser estendidas para o mercado
interno, mas também a suas benesses em termos de qualidade e alimentos seguros. Na visão
atual do consumidor, o conceito de qualidade de um alimento engloba não só as características de
sabor, aroma, aparência e padronização, mas também a preocupação em adquirir alimentos que
não causem danos à saúde. Amparado pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, de
11/09/1990), que estabelece direitos básicos como proteção à vida, saúde e à segurança contra
riscos provocados por produtos e serviços, o consumidor tem o direito à garantia de qualidade, a
aquisição de alimento seguro e a informação clara e precisa a respeito dos alimentos adquiridos.
Faz-se mister o entendimento de pontos conceptuais existentes para não se confundir a Política de
Alimentos Seguros, em pauta, com ações que envolvem os componentes estruturais de uma
Política de Segurança Alimentar como programas sociais de provimento de alimentos a populações
carentes a exemplo do “Fome Zero”. Este panorama apresentado deu sentido e lógica para que se
processasse a estruturação e implantação de uma Política Agroalimentar, criar demandas nos
mercados e possibilitar aos produtores aderir de forma voluntária a esses programas/sistemas de
produção sustentáveis supracitados. Alguns avanços já aconteceram neste sentido como a
institucionalização de um Fórum Permanente de Discussões; a formação da Comissão Nacional
Pública/Privada Assessora para consolidação do Fórum e da Política de Alimentos Seguros, e do
Plano de Campanha objetivando o esclarecimento, conscientização, promoção e divulgação sobre
as vantagens de se consumir alimentos seguros. O instrumento de Política, sob a coordenação do
MAPA/SDC, trará como resultados a criação de uma demanda potencial por alimentos certificados,
seguros e saudáveis assegurando aos consumidores brasileiros a mesma qualidade requerida pelo
mercado internacional. Somente uma ação governamental de impacto proporcionará a sociedade
alimentos de qualidade, a preços justos, produzidos com sustentabilidade (economicamente viável,
ambientalmente correto e socialmente justo) e rastreáveis. O reflexo desta adoção está sendo
levado a efeito na perspectiva futura que o setor se consolide ainda mais, alavanque os
programas/sistemas operacionais como uma ferramenta de desenvolvimento e adequação aos
mercados consumidores, dê oportunidade a todos os níveis de produtores as condições de adesão
para realizar a transformação do sistema de produção convencional em tecnológica e sustentável e
serem competitivos nos mercados. Reflexos na economia e no agronegócio do país serão notórios,
ocasionando o desenvolvimento sócio-econômico regional, a geração de emprego e renda, a
diminuição dos casos mais freqüentes de saúde pública, a agregação de valor, o fortalecimento do
mercado interno, melhores condições no enfrentamento das barreiras técnicas nos mercados e a
expansão das exportações brasileiras, dentre outras. Sistema Agropecuário de Produção
Integrada – SAPI Diante desses fatos, fez com que o MAPA/SDC/DEPROS desenvolvesse ações
específicas para atender de um lado os consumidores e por outro lado os mercados e os
envolvidos nas cadeias produtivas agropecuárias pela priorização de pólos de produção
(horticultura, bovinocultura de corte e leite, caprinocultura, apicultura, grãos, integração lavoura-
pecuária, flores, dentre outras) em parcerias públicas e privadas. Isto resultou na ação de
estruturação e implantação do Sistema Agropecuário de Produção Integrada-SAPI, com a mesma
metodologia de trabalho e o modelo da Produção Integrada de Frutas – PIF, cujo conteúdo segue
os preceitos estabelecidos pela Política Nacional de Desenvolvimento Agropecuário, e consiste
num dos principais instrumentos de apoio ao agronegócio brasileiro perante os mercados e
consumidores de alimentos.

Esta ação estratégica se enquadra perfeitamente no bojo da Missão Institucional do MAPA no


sentido de promover o desenvolvimento sustentável do agronegócio em benefício da sociedade
brasileira. Sem dúvida, o MAPA se estruturou regimentalmente para vencer os desafios das
exigências mercadológicas e o desenvolvimento sustentável do agronegócio buscando implantar
este sistema como parte de um processo que, de forma sistêmica, procura aperfeiçoar a gestão e a
operacionalização de processos que conduzem a transformação de sistemas de produção
convencional em tecnológica e sustentável. Essas variáveis positivas induzem a se promover o
desenvolvimento econômico e social no agronegócio e adotar práticas que garantam a
preservação dos recursos naturais, minimizando o impacto ao meio ambiente, respeitando os
regulamentos sanitários e, ao mesmo tempo, fornecendo alimentos saudáveis sem comprometer a
sustentabilidade dos processos de produção, os níveis tecnológicos já alcançados e a
rastreabilidade dos procedimentos.
Para a implementação do funcionamento e de todos os componentes estruturais, conforme Figura
a seguir mostrada, faz-se mister, o envolvimento direto das instituições de pesquisas, de ensino,
extensão rural, cooperativas, associações, empresários rurais, técnicos, produtores, pecuaristas
dentre outras, visando, com isto, validar os normativos componentes do SAPI e disponibilizar às
cadeias agropecuárias um instrumento importante para implementação de políticas de alimentos
seguros.

Por isso, a oferta de alimentos seguros, produzidos de acordo com parâmetros e sistemas de
produção sustentáveis é um dos resultados mais importantes que se espera da implantação do
modelo do SAPI que possui componentes estruturais com interfaces marcantes entre os seus
sistemas/programas/projetos agropecuários. Cada projeto componente de um programa deve
desenvolver Diretrizes Gerais e Técnicas, Normativos Específicos, Regulamentos, dentre outros,
correspondentes à individualização e conotação de suas especificidades pertinentes no âmbito do
sistema.
O SAPI apresenta em sua composição ferramentas importantes para uso dos beneficiários do
sistema nas cadeias produtivas específicas como o apoio à organização das bases produtivas,
orientação para a homogeneização dos procedimentos e o constante apoio ao agronegócio
brasileiro. Implantado de forma coordenada pelo MAPA/SDC/DEPROS em parceria com as bases
produtivas apresenta as seguintes premissas básicas: i) fomento à produção agropecuária; ii)
atuação em nível individual e de propriedade; iii) projetos pilotos em pólos de produção; iv)
organismos de avaliação da conformidade (certificadoras) de 3ª parte, credenciados pelo Inmetro;
v) adesão voluntária; vi) normativos, diretrizes, regulamentos e preceitos adequados à dinâmica de
mercado; vii) auditorias sistematizadas; (viii) cadastro nacional; ix) Marca da conformidade (selo de
conformidade ou outros identificadores representativos); x) acreditação internacional; xi) atuação
por cadeia produtiva; xii) produção de alimentos seguros; xiii) processo de desenvolvimento
sustentável (economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo); xiv) produto
diferenciado e competitivo; e xv) programas e campanhas de promoção, divulgação, difusão e
marketing. Além dos 23 projetos de PIF implantados e em andamento, existem outros como os
projetos de Produção Integrada de Soja no Paraná; Arroz Irrigado no Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Tocantins; Café Arábica em Minas Gerais; Amendoim em São Paulo, Ceará e Paraíba;
Tomate Indústria em Goiás e Minas Gerais; Tomate Mesa no Espírito Santo; Batata em Minas
Gerais; Bovinos de Leite no Paraná; Bovinos de Corte no Mato Grosso do Sul e São Paulo; Bovino
de Corte (Integração Lavoura/Pecuária) em Goiás; Caprinos/Ovinos no Ceará; e Apicultura em
Santa Catarina. Três novos projetos estão em fase de implantação em 2006: Raízes no Espírito
Santo, Bovinos (carne) em Santa Catarina e Rio Grande do Sul e Apicultura no Piauí.

Produção Integrada de Frutas – PIF

A produção mundial de frutas está em torno de 540,0 milhões de t, correspondendo ao montante


de US$162,0 bilhões. O Brasil com 43 milhões t, depois da China e Índia (55,6 milhões e 48,1
milhões de toneladas, respectivamente), é o 3° maior produtor de frutas do mundo. A Produção
Integrada teve seus primórdios na década de 70. A partir de 1980 é que tomou impulso em alguns
países da Comunidade Européia com base nos preceitos da Organização Internacional para o
Controle Biológico e Integrado Contra os Animais e Plantas Nocivas – OILB. No Brasil, por
imposição do mercado Europeu (movimento dos consumidores e das cadeias de distribuidores e
de supermercados na busca de alimentos seguros) mobilizou, inicialmente, a cadeia produtiva da
maçã na busca de elevar os padrões de qualidade e competitividade da fruticultura brasileira ao
patamar de excelência requerido pelo mercado internacional, em bases voltadas para o sistema de
produção integrada.

A Produção Integrada de Frutas – PIF é um sistema de produção de frutas de alta qualidade,


priorizando princípios baseados na sustentabilidade, aplicação de recursos naturais e regulação de
mecanismos para substituição de insumos poluentes, utilizando instrumentos adequados de
monitoramento dos procedimentos e a rastreabilidade de todo o processo, tornando-o
economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo. O Sistema PIF teve seu
Marco Legal institucionalizado em 11 de setembro de 2001, em conjunto com a Logomarca PIF
Brasil, a PIF Maçã e seu respectivo Selo de Conformidade. A implantação do sistema de PIF no
Brasil tem apresentado resultados de destaque como: i) aumento de emprego e renda na ordem de
3,0% (PIF Maçã); ii) diminuição dos custos de produção em maçã (em torno de 14,5% total e
40,0% em fertilizantes) e, no mamão, em torno de 44,0% da totalidade - campo e pós-colheita; iii)
60% da área total nacional de produção de maçã está em PIF; iv) diminuição da aplicação de
agrotóxicos e de resíduos químicos; e v) melhoria do meio ambiente, da qualidade do produto
consumido, da saúde do trabalhador rural e do consumidor final (alimento seguro). Outros detalhes
positivos se apresentam no Quadro a seguir:

INDICADORES DE RACIONALIZAÇÃO DO USO DE AGROTÓXICOS

PRODUTOS MAÇA MANGA UVA MAMÃO CAJU MELÃO PÊSSEGOS CITRUS


INSETICIDAS 25,0 70,0 89,0 35,7 25,0 20,0 30,0 75,0
FUNGICIDAS 15,0 31,0 42,0 30,0 30,0 10,0 20,0 20,0
HERBICIDAS 67,0 95,0 100,0 78,0 - - 50,0 66,7
ACARICIDA 67,0 72,0 100,0 35,7 - 20,0 50,0 45,0
A situação atual da PIF pode ser vista no Quadro resumo a seguir e envolve uma gestão parceira
de mais de 500 instituições públicas e privadas (Universidades, Embrapa, CNPq, Inmetro,
Instituições Estaduais de Pesquisas, Instituições “S”, Ceagesp, Associações de produtores,
Cooperativas, Certificadoras, dentre outras) e 23 projetos de fruticultura em andamento. A PIF está
implantada em 14 Estados da Federação com 17 espécies frutíferas institucionalizadas (maçã, uva,
manga, mamão, citros, caju, coco, banana, melão, pêssego/nectarina, goiaba, caqui, maracujá,
figo, abacaxi, mangaba e morango). No pólo de fruticultura do Vale do São Francisco (BA, PE)
36% da área total de videiras e 35% de manga estão em PIF. A capacitação foi um dos pontos
fortes da PIF. Até 2005, foram realizados 947 eventos sobre produção integrada, dos quais mais
de 200 foram cursos de treinamento capacitando 8.521 agentes (produtores, engenheiros
agrônomos, trabalhadores rurais, extensionistas, lideres rurais envolvidos neste sistema).
Situação Atual da Produção Integrada de Frutas – PIF
PIF Nº PRODUTORES * ÁREA * (ha) PRODUÇÃO (t) *
TOTAL 1.280 40.446 1.140.326
(*) – 2006

A adesão ao sistema é voluntária. A maioria dos produtores que aderiram a PIF são pequenos
produtores. Produtores e empacotadoras com experiência de no mínimo um ciclo agrícola em PIF
já poderão consolidar a adesão e passarem a ser avaliados por meio de Certificadora ou
Organismos de Avaliação da Conformidade – OAC (instituições independentes de 3ª parte),
credenciados pelo Inmetro, habilitando-se a receber um Selo de Conformidade da fruta - contendo
a logomarca PIF Brasil e a chancela do MAPA/Inmetro. Portanto, todos esses procedimentos
executados garantem a rastreabilidade do produto por meio do número identificador estampado no
selo, tendo em vista que o mesmo reflete os registros obrigatórios das atividades de todas as fases
envolvendo a produção e as condições em que foram produzidas, transportadas, processadas e
embaladas. As frutas poderão ser identificadas desde a fonte de produção até o seu destino final
- a comercialização. A comercialização da maçã com selos da PIF já é feita em 12 estados
brasileiros e no DF, e para o mercado externo - Inglaterra, Espanha e Holanda. Este sistema, por
ser competitivo e disponibilizar alimentos seguros para os mercados, proporcionou, na safra
2004/05, agregação de valor de US$2,0 em caixas de 18 kg de maçã, para exportação. Isto é
provado pelo crescimento de 100% em valor e 91,5% em volume das exportações de maçã. Dentre
outros benefícios da PIF podemos citar o aumento da produtividade, a alta qualidade da fruta
produzida, a diminuição dos custos de produção, racionalização do uso de fertilizantes em até
40%, a economia do uso da água na irrigação, o aumento de infiltração de água no solo e a
conseqüente elevação do lençol freático, a diminuição dos processos erosivos, o incremento na
diversidade e população de inimigos naturais das pragas e doenças, a manutenção das áreas de
reservas naturais e geração de emprego e renda.

Estes resultados significativos foram obtidos amparados nos princípios básicos que regem a PIF,
principalmente, na elaboração e desenvolvimento de normas e orientações de comum acordo entre
os agentes da pesquisa, ensino e desenvolvimento; extensão rural e assistência técnica;
associações de produtores; cadeia produtiva específica; empresários rurais, produtores, técnicos e
outros, por meio de um processo multiinstitucional e multidisciplinar, objetivando com isto,
assegurar que a fruta produzida encontra-se em consonância com um sistema que garante que
todos os procedimentos realizados estão em conformidade com a sistemática definida pelo Modelo
de Avaliação da Conformidade adotado. A PIF tem que ser vista de forma holística, estruturada sob
os seus 04 pilares de sustentação (organização da base produtiva, sustentabilidade dos processos,
monitoramento do sistema e base de dados).

A produção Integrada é um Sistema que emprega tecnologias que permitem a aplicação de Boas
Práticas Agrícolas - BPA e o controle efetivo de todo o processo produtivo através de instrumentos
adequados de monitoramento dos procedimentos e rastreabilidade em todas as etapas, desde
aquisição de insumos até a oferta do produto ao consumidor final. Tudo isto visa à obtenção de um
alimento seguro (isento de resíduos físicos, químicos e biológicos) e com melhor qualidade,
produzidos dentro dos princípios de responsabilidade social e de menor agressão ao meio
ambiente. A Avaliação da Conformidade (Certificação) tende a se estender por toda a cadeia
produtiva da agropecuária nacional. A adaptação das normas, procedimentos e legislação da PI
para envolver estes novos segmentos do agronegócio é um desafio a ser enfrentado neste atual
cenário. A evolução do modelo PIF para outras espécies vegetais e animais terá de ser feita
gradativamente e respeitando as particularidades de cada setor envolvido, adaptando o modelo já
estabelecido às diferentes frentes sem paralisar ou dificultar a evolução dos sistemas produtivos de
culturas já adequadas. As exigências dos mercados importadores, principalmente, europeu e
norte americano, em relação aos nossos produtos agropecuários, impondo protocolos que
consideram imprescindíveis a negociação, como exemplo EUREPGAP, TESCO, TNC, BRC,
USAGAP, dentre outros, impõem a necessidade de que o SAPI e os seus programas/sistemas
sejam reconhecidos internacionalmente por todos os países e blocos econômicos compradores de
nossos alimentos. O oferecimento de um alimento seguro com qualidade vai cristalizar o
reconhecimento dos produtos brasileiros nos mercados em todos os seus aspectos agronômicos,
saúde pública e sócio-ambientais. As autoridades, distribuidores e consumidores internacionais
terão que ser convencidos da alta qualidade de nossa produção, a qual está alicerçada em uma
ampla base técnico-científica e com a participação efetiva do setor produtivo. Os consumidores,
tanto nacionais como internacionais, devem ser sensibilizados e estimulados para que procurem e
consumam produtos da produção integrada, identificando nestes as boas práticas e os
procedimentos pelas quais foram produzidos. Por outro lado, os produtores rurais ainda não
conhecem ou não sabem adequadamente sobre os seus reais benefícios e cabe a nós informá-los
por meio de campanhas de divulgação, criando estratégias para tal em vários níveis, envolvendo a
sociedade civil e todos os segmentos das cadeias produtivas (produtores e fornecedores de
insumos, técnicos, instituições de pesquisa e ensino, defesa agropecuária e extensão rural,
produtores rurais, empacotadoras, distribuidores, atacadistas, varejistas, consumidores, dentre
outros) em curto, médio e longo prazos. O custo da avaliação da conformidade (certificação),
principalmente para o pequeno produtor, precisa da adoção de mecanismos auxiliares para
possibilitar a inserção deste no sistema de produção integrada como a certificação conjunta ou
ampliação do bônus certificação - Convênio Inmetro/Sebrae, resultado de ações inseridas nas
políticas públicas implantadas. A carência de técnicos capacitados para desenvolver a assistência
técnica com vistas na adequação dos sistemas produtivos, especialmente para pequenos
produtores, dentro dos princípios da produção integrada é outra dificuldade a ser enfrentada. Cita-
se o fato publicado em 2005, de que do total das notificações advindas da Europa e dos EUA sobre
produtos agropecuários, 10% foram sobre produtos da fruticultura e destes, aproximadamente,
97% relacionou-se com os limites máximos de resíduos (LMR) de produtos agroquímicos utilizados
nesta cultura, mostrando assim a relevância do tema. Portanto, harmonizar as exigências
internacionais para estas questões e utilizar, também, os conceitos e regras estabelecidas pelo
Codex Alimentarius é uma tarefa árdua que exige articulação e envolvimento governamental. Esta
ação fará com que os produtores de frutas se adequem às condições comuns a todos os
importadores, facilitando a definição sobre o sistema produtivo no que diz respeito a controle
fitossanitário e evitar rechaço de cargas de produtos agropecuários brasileiros quando da
internalização dos mesmos pelos países importadores. Neste assunto, ressalta-se a carência atual
de um suporte fitossanitário adequado para diversas culturas de importância econômica, em
especial as frutíferas, hortaliças, flores, plantas ornamentais e plantas medicinais, necessitando do
registro de novos ingredientes ativos e respectivas formulações de produtos agrotóxicos para estas
culturas. Finalmente, entendemos que, apesar das barreiras técnicas interpostas e os desafios a
serem ultrapassados, este sistema representa o futuro da agropecuária nacional e mundial, pois o
mesmo valoriza todos os agentes envolvidos nas cadeias produtivas e oferta ao consumidor
alimentos seguros com qualidade, criando modelos sócio-ambientais sustentáveis para sistemas
de produção agropecuária.

A carne orgânica ainda não é conhecida da maioria dos brasileiros como os produtos
orgânicos de origem vegetal, como mostra pesquisa realizada pelo WWF-Brasil no Rio de
Janeiro e em São Paulo. Mas o tema já começa a ganhar espaço na agenda de eventos do
governo. Henrique Balbino, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Animais
Orgânicos (Aspranor), participou do Seminário "Agropecuária Sustentável: um olhar para o futuro"
explicando como é a produção de carne orgânica, sua relação com a preservação do meio
ambiente e as perspectivas para este setor que ainda encontra no mercado externo as melhores
oportunidades de comercialização.

Segundo Ivens Domingos, técnico do WWF-Brasil, o país tem uma taxa anual de crescimento da
produção orgânica em torno de 10% e consegue atingir até 1% na participação no mercado
mundial do alimento orgânico. Em 5 anos, a área de produção orgânica certificada no Brasil saltou
de 100 mil para aproximadamente 800 mil hectares. "O mercado para produtos orgânicos no Brasil
possui um grande potencial de crescimento, acompanhando a tendência de crescimento do
consumo responsável", afirma A Associação Brasileira de Produtores de Animais Orgânicos
(Aspranor) foi criada em julho de 2004 e conta com o apoio do WWF-Brasil, que também incentiva
a produção no Mato Grosso do Sul por meio da Associação Brasileira de Produtores Orgânicos
(ABPO). No Pantanal, o objetivo é buscar alternativas para harmonizar a produção de alimentos
com a manutenção da biodiversidade regional e dos processos ecológicos no Pantanal Nas
fazendas de pecuária orgânica certificada é proibido o uso de fogo para manejar as pastagens e
exigida a recuperação das áreas degradadas, a preservação das nascentes, das matas nas
margens dos rios e nas encostas de morros. Outra exigência da certificação pelo Instituto Brasileiro
Biodinâmico (IBD) é a proibição do uso de agrotóxicos no solo e hormônios para engorda dos
animais. No tratamento veterinário do gado são utilizados produtos fitoterápicos e homeopáticos.
Além disso, todos os animais são vacinados e têm uma ficha individual de acompanhamento em
que são registradas todas as informações desde o nascimento. Isso possibilita o monitoramento da
vida do animal passo a passo. As propriedades que praticam a pecuária orgânica no Mato Grosso
estão localizadas na Bacia do Rio Sepotuba, nas cabeceiras da Bacia Hidrográfica Pantaneira. As
10 fazendas certificadas e em conversão somam uma área de 29.158 hectares. A associação está
com a cadeia produtiva estruturada e comercializa, por meio da indústria frigorífica, a carne
orgânica no Brasil, além de exportar para Alemanha e França e negociar a entrada no mercado
dos Estados Unidos. O presidente da Aspranor, Henrique Balbino, tem realizado diversas
palestras esclarecendo sobre a produção da carne orgânica. No entanto, esta é a primeira vez que
participa de evento organizado pelo governo. Ele vai pedir mais apoio para a divulgação da carne
orgânica e a abertura de créditos oficiais específicos para o setor. "Somos produtores
diferenciados, pois temos consciência da necessidade de conciliar produção com sustentabilidade
ambiental.
Minha expectativa é sensibilizar os gestores da política a apoiar mais a produção orgânica no País.
Temos potencial
e queremos preservar", afirma Henrique Balbino A agropecuária brasileira, bastante diversificada,
tem progredido devido à incorporação de tecnologias e recursos humanos altamente capacitados.
O projeto agrícola brasileiro, amparado na pesquisa e ações que levam em consideração a
preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável, tem procurado estabelecer um novo
paradigma para a abordagem da agropecuária no País

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos


econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.

Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que
a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades
e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a
biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-
eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o


planeta inteiro.

Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em vista 4 requisitos básicos.
Esse empreendimento tem de ser:

• ecologicamente correcto;
• economicamente viável;
• socialmente justo; e
• culturalmente aceito.

Um exemplo real de comunidades humanas que praticam a sustentabilidade em todos níveis


são as ecovilas.

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• 1 Definição
• 2 Conceitos e temas relacionados
• 3 Bibliografia Online
• 4 Ver também

• 5 Ligações externas

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Colocando em termos simples, a sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas e para
o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido. Segundo o Relatório de Brundtland
(1987), sustentabilidade é: "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a
habilidade das gerações futuras de suprir as suas". Isso é muito parecido com a filosofia dos
nativos dos Estados Unidos, que diziam que os seus líderes deviam sempre considerar os
efeitos das suas ações nos seus dependentes após sete gerações futuras.

O termo original foi "desenvolvimento sustentável," um termo adaptado pela Agenda 21,
programa das Nações Unidas. Algumas pessoas hoje, referem-se ao termo
"desenvolvimento sustentável" como um termo amplo pois implica em desenvolvimento
continuado, e insistem que ele deve ser reservado somente para as atividades de
desenvolvimento. "Sustentabilidade", então, é hoje em dia usado como um termo amplo
para todas as atividades humanas.

Na economia, crescimento sustentado refere-se a um ciclo de crescimento econômico real


do valor da produção (descontada a inflação), sendo portanto relativamente constante e
duradouro, assentado em bases consideradas estáveis e seguras.

Desenvolvimento econômico sustentável dito de outra maneira é aquele em que a renda real
cresce pelo crescimento dos fatores produtivos reais da economia e não em termos
nominais que seria um crescimento insustentável porque se estaria apenas jogando dinheiro
na economia gerando uma riqueza momentânea que os agentes econômicos ao notarem que
não há em contrapartida produção equivalente a esse ganho de renda artificial ajustam seus
preços o que causa por sua vez inflação.

A Gestão Sustentável é uma capacidade para dirigir o curso de uma empresa, comunidade,
ou país, por vias que valorizam, recuperam todas as formas de capital, humano, natural e
financeiro de modo a gerar valor ao Stakeholders (LUCRO). A Gestão de processos deve
ser vista sempre como um processo evolutivo de trabalho e gestão e não somente como um
projecto com inicio, meio e fim. Se não for conduzida com esta visão, a tendência de se
tornar um modismo dentro da empresa ou do país e logo ser esquecida ao sinal de um
primeiro tropeço é grande. Muitos esforços e investimentos têm sido gastos sem o retorno
espectável.

Se pensarmos que 10% de tudo o que é extraído do planeta pela Industria (em peso) é que
se torna produto útil e que o restante é resíduo, torna-se urgente uma Gestão Sustentável
que nos leve a um consumo sustentável, é urgente minimizar a utilização de recursos
naturais e materiais tóxicos. O Desenvolvimento Sustentável não é ambientalismo nem
apenas ambiente, mas sim um processo de equilíbrio entre os objectos económicos,
financeiros, ambientais e sociais.

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