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Sermão pregado na noite de domingo, 10 de junho de 1886, no Tabernáculo Metropolitano, NeWinton, Londres

C. H. SPURGEON

CRISTO E SEUS COLABORADORES


“ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Eles, tendo
partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a Palavra com os sinais
que se seguiram. Amém!” --- Mateus 16: 19,20

O versículo dezenove nos diz que “o Senhor, depois que lhes falou, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de
Deus”. Para seus discípulos foi muito conveniente que ele fosse, e partisse para um melhor lugar para ajudá-los
em seu trabalho. Ele poderia examinar melhor o campo de ações desde a altura, e assim o capitão ascende ao
alto. Desde seu trono podia enviar-lhes um melhor socorro, e assim o Senhor ascende a sua glória. Podia conduzi-
los melhor por meio do Espírito Santo que por sua própria presença corporal, visto que estava em um melhor
lugar quando “ foi recebido encima no céu”.

Os discípulos estavam em seu melhor lugar na terra. Nem sempre pensamos assim. Às vezes estamos ansiosos de
irmos para o nosso lar celestial. Freqüentemente temos pensado em relação a um convertido que se no primeiro
dia se diga dele: “vejam, como ele ora!” poderíamos também dizer: “olhem, ele canta no céu!” E isto nos lançaria
em um mundo de cuidados, preocupações e desilusões. Entretanto, para a glória de Deus e para o cumprimento
do propósito divino, não é melhor que os santos sejam recebidos de imediato no céu. É melhor ler acerca deles
que “saindo, pregaram em todas as partes”. É melhor que Cristo esteja no alto, mas é conveniente para nós e
para a glória de Deus que permaneçamos algum tempo por aqui.

Gosto de pensar que Cristo foi levado ao céu porque sua obra estava cumprida e que seus colaboradores
permaneceriam na terra porque, todavia, teriam uma missão a cumprir. Se pudéssemos colocar-nos no céu, que
pena seria que o fizéssemos enquanto haja uma só alma que pudesse ser salva! Penso que, se eu não levasse a
Cristo o número completo de jóias que Ele tem disposto que eu traga para adornar sua coroa, eu pediria para
regressar outra vez a terra, ainda que implicasse que eu estivesse fora do céu.

Ele conhece muito bem onde o podemos servir melhor; por isso, ordena que, enquanto que ele estar sentado à
destra de Deus, devemos permanecer aqui, e sair a pregar por todas as partes, com a ajuda do Senhor, e
confirmar a Palavra com os sinais que lhe segue, tal como o fez com seus primeiros discípulos. Vou dizer umas
quantas palavras práticas sobre este fato que, em primeiro lugar, Eles trabalharam: “saindo, pregaram em todas
as partes”. Em segundo lugar, o Senhor trabalhou com eles: “cooperando o Senhor com eles”. Em terceiro lugar,
os discípulos estiveram em perfeita e preciosa harmonia, pois o Senhor trabalhou confirmando a Palavra com
os sinais que se seguiam; e como o escritor deste versículo tem posto “Amém!” ao final, diremos “amém” e
sentiremos o Amém. Senhor, faz com que o teu poder trabalhe! Senhor, tu também trabalha. Amém! Senhor faz
com que os dois trabalhos coincidam de uma maneira doce e uníssona! Amém.

1- Primeiro, então, eles trabalharam: “saíram e pregaram”.

Os discípulos não disseram: “Bem, o Senhor tem ido para o céu, então os Eternos propósitos de Deus serão
levados a cabo, não é possível que os desígnios do infinito amor de Deus possam falhar, mais ainda agora que Ele
estar à destra de Deus. Portanto, gozemo-nos espiritualmente. Sentemo-nos em feliz possessão das bênçãos do
pacto, e contentemo-nos com o contentamento de nosso coração por tudo o que Deus tem feito por nós; e pelo
que Ele nos tem dado. Ele levará a cabo seus propósitos e nós somente temos que ficar quietos e ver a salvação
de Deus!” Não, irmãos, não cabiam a eles decidirem o que eles deveriam fazer. Quando foi dito a eles que
permanecessem em Jerusalém, eles permaneceram em Jerusalém. Há tempos para deter-se, mas como o Senhor
lhes havia ordenado ir por todo mundo e pregar o Evangelho a toda criatura; eles – quando chegou a hora – se
foram por todo o mundo e começaram a pregar por todas as partes o Evangelho que haviam aprendido aos pés
de Jesus. Não nos compete; não diz respeito a nós decidir o que parece mais razoável; muito menos o que seja
mais cômodo. Nós estamos para atuar como nos foi ordenado, quando foi nos ordenado, e porque é dessa forma
que foi nos ordenado; pois, nós somos servos e não senhores. Não é sábio tratar de planejar atividades nem
sequer um dia, senão que devemos aceitar o sinal de quem é guia e condutor, e segui-lo em todas as coisas.

Gostaria que vocês vissem em relação à obra destes discípulos, que “todos eles” trabalharam. “Saindo, pregaram
em todas as partes”. Talvez não todos eles pregaram de maneira formal. Alguns deles possivelmente não
sentiram capazes de estar perante uma grande assembléia, mas todos pregaram realmente no sentido de
proclamar, anunciar, entregar a verdade por meio de testemunhos. As mulheres eram tão boas testemunhas
como os homens. Algumas delas haviam sido visto mais que os homens; elas contemplaram o Senhor
ressuscitado antes, ainda que o vissem os apóstolos, e como eles podiam dar testemunhos de tal obra milagrosa
que se haviam levantado de entre os mortos. O dever delas era ir e proclamar as boas novas que quem havia sido
crucificado em fraqueza, foi levantado em poder e agora devia ser proclamado como o Salvador dos homens,
“para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.” “Eles saíram” não tão somente alguns,
mas todos juntos saíram para pregar o evangelho.

Ademais, observem que esta obra dos discípulos foi “agressiva”. “Eles saíram”. Alguns tiveram que permanecer
por um tempo em Jerusalém. As perseguições dispersaram a maior parte deles cada vez mais para bem longe.
Não sabemos para onde foram todos eles. Há tradições que não são de muito valor, que indicam aonde foi cada
um dos apóstolos, mas é certo que todos eles se foram a diversos lugares, começando desde um centro comum,
partiram em varias direções pregando a Cristo. Eu penso que uma igreja forte é uma instituição muito valiosa,
mas sempre tenho desaprovado a idéia que todos vocês se sentem aqui domingo a domingo a escutar-me; e
tenho falado com alguns de vocês com um propósito – tenho feito isso freqüentemente – de não os ver mais por
aqui. Nem quero vê-los, porque sei que estarão servindo ao Senhor em algum outro lugar. Há alguns de nossos
irmãos que somente vem aqui para a comunhão. Por quê? Porque sempre estão trabalhando por Cristo de
alguma maneira ou outra. São os melhores membros que temos, e não vamos tirar seus nomes da membresia
porque não estão presentes, visto que estão trabalhando em alguma missão ou tentando abrir um espaço novo
para pregar, ou fazendo isto ou outra coisa para o Senhor. Que o Senhor os abençoem!

Não quero que todos vocês se vá ao mesmo tempo, mas quero que todos vocês sintam que não é o fim em se
mesmo, ainda que possa ser o começo da vida cristã, vir e ouvir sermões. Mas difundam tão amplamente como
puderem a bênção que vocês têm obtido; no momento em que vocês encontraram a luz, e se dão conta que o
mundo está na escuridão, corram com sua lanterna, e apresente-a a alguém mais. Estão contentes com a luz?
Mas, se Deus lhes dá uma vela, e tudo o que fazem é esconder-se no quarto, sentar-se, e dizer: “doce luz! Doce
luz! Eu tenho a luz enquanto que todo o mundo estar nas trevas”, para nada há proveito. Mas se você vai a outros
e diz: “não terei menos luz porque lhes dou algo dela”. Por este meio, Deus o Espírito Santo, verterá sobre ti
novos raios de luz, e tu brilharás de uma maneira cada vez mais brilhante até o dia perfeito.

“E eles saindo”, oh! Que as igrejas de algumas pessoas que conheço fossem consumidas pelo fogo! Talvez metam-
se em algum buraco numa rua qualquer perdida dos últimos cem anos. São boas almas e assim o devem ser, pois
já devem haver amadurecido depois de tanto tempo; mas se tão somente saíssem à luz, haveriam de fazer um
bem muito maior que neste momento. Oh! Mas há um ancião diácono a quem não lhe agrada sair a pregar na
rua! O conheço muito bem. Vocês, porém, saiam às ruas, e dêem a conhecer a Cristo de uma maneira ou de
outra. Oh! Derribem todas as barreiras e que acabem com toda restrição que esconda o Evangelho bendito!
Talvez, devamos respeitar um pouco os sentimentos destes velhos crentes, mas não ao ponto que permitamos
que morram as almas; devemos buscar atrair os pecadores a Jesus independentemente se ofendermos, desta
forma, alguns homens ou que lhes agrademos.

Então, observem, queridos amigos, que estes discípulos se puseram em “marcha prontamente”. Porque ainda
quando não há uma só palavra aqui enquanto ao tempo, está implícito que, tão logo chegou a hora, e o Espírito
Santo havia descido de Cristo, e permanecido nos discípulos, “saíram, e pregaram a Palavra de Deus em todas as
partes.” Ah, com demasiada freqüência, se diz: “nós vamos fazer algo!” Se tão somente uma décima parte do que
falamos que vamos fazer, e deveras fizéssemos aquilo, quanto não se poderia ganhar! Eles não falaram acerca de
ir, mas “saíram”. Não esperaram para receber ordens dos outros apóstolos acerca de onde deviam ir, mas assim
que a providência guiou a cada um deles, e cada homem seguiu seu próprio caminho, pregando o Evangelho de
Jesus Cristo. Vocês crêem no Evangelho; crêem que os homens estão perecendo por falta de conhecimento
acerca de Jesus. Portanto, lhes rogo, não se detenham a considerar a questão; não esperem a deliberar por mais
tempo. A melhor maneira de difundir o Evangelho é difundir o Evangelho! Creio que a melhor maneira de
defender o Evangelho é espalhando-o, difundindo-o por todas as partes. Outro dia, me dirigir a um grupo de
estudantes quando falava acerca dos livros de apologia do Evangelho, os quais agora são tão numerosos, pois
muitos homens instruídos estão defendendo o Evangelho, e sem dúvida alguma isto é adequado e justo.
Entretanto, observo que, quando começa surgir mais livros desse tipo; é porque o Evangelho não está sendo
pregado. Suponhamos que um número de pessoas se lhes metesse na cabeça defender um leão, um adulto rei
dos animais. Ali estar ele na jaula, e aqui chegam todos os soldados do exército para lutar com ele. Bem, eu
sugeria a vocês, se não tivessem objeção, e não sentissem que é humilhante para o leão, que, gentilmente
refletissem e simplesmente abrissem a porta da jaula, e deixasse sair o leão. Creio que essa seria a melhor
maneira de defendê-lo, porque ele mesmo se auto defenderia. A melhor “apologia” do Evangelho é deixá-lo sair.
Não se preocupem por defender o livro de Deuteronômio ou todo o Pentateuco. Preguem Jesus Cristo e este
crucificado. Deixem sair o Leão e observe quem se atreveria a se aproximar. O Leão da tribo de Judá de pronto
afugentará seus adversários. Assim, foi como os primeiros discípulos de Cristo atuaram; isto é, pregaram a Jesus
Cristo aonde iam; não se demoravam refletindo para fazer apologias, mas sim que audazmente davam
testemunho concernente a Cristo.

Notem, uma vez mais, que eles serviam ao Senhor “obedientemente”. Suponhamos que houvesse ido e que
houvesse tido “serviço de canto”. Suponhamos que houvesse ido, e que houvesse tido uma reunião que fosse em
parte um espetáculo, com tão somente um pouco de moral apressadamente no final da seção. Estaríamos na
escuridão do paganismo até o dia de hoje. Não há nada que seja realmente de utilidade para difundirmos o
Evangelho senão a pregação. Por pregação quero dizer, como já deixei claro , que não significa necessariamente
deparar-se em frente de um púlpito e entregar um discurso estabelecido; mas sim falar de Cristo; falar Dele como
ressuscitado dentre os mortos; como juiz de vivos e de mortos; como também o grande sacrifício de expiação, o
único mediador entre Deus e os homens. Os pecadores são salvos quando se prega Jesus Cristo. “agradou a Deus
salvar os que crêem pela loucura da pregação”. Diante de qualquer coisa que se diga sobre a pregação fora da
Bíblia, vocês somente têm que voltar-se para à própria Palavra de Deus para descobrir que é uma ordenança de
Deus, e ver como o Senhor converte a pregação no instrumento de salvação dos homens. Continuem com ela,
meus irmãos, pois este é o canhão que sempre ganha a batalha, ainda que muitos hajam tentado silenciá-la. Tu
tens imaginado todo o tipo de invenções e estratagemas, mas quando todas as suas invenções tenham tido seu
dia e evidenciarão ser vãs; então, esforcem-se em proclamar o nome de Jesus e o Evangelho, e o trabalho entre
os seres humanos se verá que é eficaz, quando todas as outras coisas hajam falhado. “Saíram e pregaram”, não se
diz que saíram e proclamaram a verdade da revelação de Deus; mas “no nome de Cristo” insistiram em que os
homens cressem nEle, e lhes deixaram claro aos seus entendimentos que se não cressem, morreriam
eternamente separados de Deus por causa da incredulidade. Choraram por eles e lhes suplicaram que cressem
em Jesus; e estavam plenamente convencidos de que quem cresse em Cristo, teria a vida eterna. Isto é o que
toda a Igreja de Cristo deveria fazer até o fim dos dias.

Todavia, há uma frase que fica e esta é a ampla frase “em todas as partes”. Um de nossos grandes escritores, em
uma carta mui divertida que escreveu a pessoa que lhe havia pedido uma contribuição para terminar com a dívida
de uma capela, queria saber se podemos ou não pregar Cristo pelos caminhos e pelas ruas. Eu suponho que
podemos e que o devemos fazer sempre que a chuva não seja muito forte. Acaso não podemos pregar Cristo na
esquina de uma rua? Suponho que podemos sim pregar, e muitos de nossos amigos estarão pregando nas
esquinas das nossas ruas quando terminar este serviço. Mas neste clima frio e chuvoso que temos[ Inglaterra,
Londres], frequentemente necessitamos de edifícios nos quais possamos adorar a Deus, mas nunca devemos cair
na idéia de limitar nossa pregação dentro de um edifício. “saindo, pregaram em todas as partes”. Ao senhor John
Wesley, como vocês sabem, o criticaram por não se limitar a pregar em sua própria igreja, mas ele insistia que em
efeito assim fazia, porque todo o mundo era a sua igreja. Todo o mundo é a igreja de cada homem. Façam o bem
em todas as partes, onde quer que estejam. Se alguns de vocês têm vocação para a praia, não se vão sem uma
boa quantidade de folhetos, e não vão sem buscar uma oportunidade, quando estiverem sentados na arena, de
falar com a gente ali acerca de Jesus Cristo.

Nesta galeria da esquerda, se sentava um homem que nos trouxe muitas pessoas no curso dos anos, cujas
conversões, debaixo da soberania de Deus, se deveram a ele e a mim. Ele não tinha nada que fazer em particular,
exceto ir e sentar-se em Hyde Park, e ali falava com as damas e com os cavalheiros que chegavam e se sentavam
junto a ele, e lhes dizia que ele tinha bilhetes para assentos no Tabernáculo Metropolitano, e que lhes daria, para
que tivessem um lugar cômodo para ouvir a pregação. Então, depois do sermão, ele se dedicava a falar-lhes
acerca de Cristo. E agora, esta igreja tem alguns membros excelentes que este amado irmão trouxe ao Salvador
dessa maneira. Ele dizia: “eu não posso pregar, mas posso trazer gente para que escutem o meu ministro; e peço
a Deus que os abençoe quando eles estiverem ouvindo o sermão”.
Havia, e ainda há irmãos, membros desta igreja, que caminhavam doze milhas, a cada manhã de domingo, para
escutar, aqui, o Evangelho. E caminhavam de regresso a seus lares à noite. Nesta mesma semana, vi um irmão,
que sai de seu lar às oito da manhã, a cada domingo para assistir o culto. Este irmão vive muito longe daqui e
começa às oito da manhã, e sempre coloca um de meus sermões em cada caixa postal das casas de um
determinado distrito, quando se dirige a caminho desta igreja. Tem que fazer uma longa caminhada e no curso de
um ano fez circular milhares de sermões. Que grande ideal tem encontrado para passar a manhã de domingo!
Quando chega aqui, depois de haver feito esse serviço para seu Senhor, desfruta melhor o Evangelho pela obra
que tem feito, trazendo-o ao conhecimento de todos. Oh! Amados irmãos, é doce pensar que Cristo é pregado no
asilo e na enfermaria, e recordar que o pobre e o enfermo não ficam sem conhecer o Evangelho! Que se pregue a
Cristo no mais tenebroso, obscuro bairro, na pior casa que possa haver neste bairro, e Deus sabe que não há
piores casas que as que temos ao redor de nós nesta região. Oh! Que Cristo fosse pregado em todos os lados a
uma, a duas pessoas ou a meia dúzia de pessoas, até que todo o distrito se sature com o bendito testemunho do
Senhor Jesus Cristo! Nenhum lugar é tão bom que não necessite de ouvir acerca de Jesus Cristo ali.

2. Tenho-me tomado muito tempo nesta primeira parte: “Eles trabalharam”, de maneira que vamos ao segundo
ponto, o qual é que “O Senhor os ajudou”. Esta foi a verdadeira raiz do assunto: “cooperando com eles o senhor”.

Meus irmãos, não é esta uma maravilhosa condescendência? Recordem a passagem que se diz “que somos
trabalhadores juntamente com Deus”. Não é misericordioso e amável da parte do Senhor deixar-nos vir e
trabalhar com Ele? Entretanto, penso e me parece que é maior condescendência de Deus vir e trabalhar conosco,
porque nosso serviço é tão pobre, débil e imperfeito, e ainda assim lemos: “Ajudando-lhes o Senhor”. O Senhor
ajuda essa querida irmã que, quando tomou sua classe, sente que é indigna desse serviço; da mesma forma, a
esse irmão que, quando prega, pensa que não está pregando de modo algum, e se sente, se esse fosse o caso,
inclinado a não intentar pregar outra vez. Oh! Sim, “cooperando o Senhor com eles” tal como eram: pescadores,
mulheres humildes, e pessoas com esse estilo! Esta foi uma condescendência maravilhosa.

Naqueles dias, o Senhor os ajudava por meio de milagres. Esses milagres levavam as pessoas a prestarem
atenção ao Evangelho e também manifestavam que Deus estava com eles, os pregadores. Algumas vezes os
homens queriam provas da existência de Deus, e de sua presença em seus servos trabalhadores. Assim, pois,
estes primeiros discípulos foi lhes conferido poderes miraculosos.

Ademais de tudo isso, Deus trabalhava nesse tempo maravilhosamente por meio da providência. Todo o mundo
estava evidentemente já favorável, pronto para o advento do cristianismo. Desde o trono de Cesar até o escravo
que trabalhava no moinho; todo o mundo parecia estar numa condição de preparação para o Evangelho; o estado
geral da sociedade era tal que todos estavam esperando grandes trocas, e assim Deus trabalhava com os
discípulos quando saiam e pregavam em todas as partes. E sobre tudo isso, o Espírito Santo estava com eles. Esse
é o ponto em que, agora, vou me deter, porque isso é o que mais queremos para nós. O Espírito Santo obrou para
que o que dissessem fosse divinamente poderoso. Por muito debilmente que fosse a forma que expressaram o
Evangelho, segundo o juízo dos homens, havia uma força interna secreta que ia com suas pregações, que
forçavam os corações dos homens a aceitar os benditos chamamentos de Deus; e, queridos amigos, creio que
quando buscamos servir a Cristo, freqüentemente não nos damos conta de quanto Deus tem nos ajudado de
maneira maravilhosa.

Esta semana tive um exemplo disto. Não mencionarei o lugar, mas havia um certo distrito do qual fiquei sabendo
que havia uma grande necessidade do Evangelho, e que havia gente nesse distrito que era tão ignorante da via de
salvação como os hotentotes(povo nômade que vivia em Namibia) e que os vários lugares de oração não influía
senão em uma pequena parte da gente. Um irmão visitou o bairro por mim, e orei com todo o meu coração para
que suas visitas recebessem a bênção. É uma coisa muito curiosa que, enquanto eu pensava acerca desse
distrito, havia certas pessoas cristãs próximas a ele que pensavam acerca de mim e ansiavam que o Evangelho
lhes fossem levado a seus habitantes; e depois que me havia ocupado tão pouco do assunto, recebi uma carta
deles, dizendo-me como queriam que alguém viesse e trabalhasse para o Senhor entre eles. Disse a mim mesmo:
“isto é estranho, tenho conhecido este distrito por anos, e, entretanto, nunca me dei conta que alguém me
quisesse a mim ou a minha mensagem; mas no momento em que comecei a me aproximar dessa gente, eles
começaram a se aproximar de mim.” Não sabes tu, meu irmão, se talvez tenhas uma história similar para contar.
Ali estar essa rua que te comove a que vá e trabalhe. Deus tem estado ali antes que tu. Não recorda como,
quando os Israelitas tinham que ir e destruir os Cananeus e o Senhor enviou os espias antes que eles? Agora,
quando tens que ir a pregar aos pecadores, Deus envia antes de ti um trabalho preparatório; é seguro que ele
faça assim. Quando a gente vai a um lugar de adoração para escutar o Evangelho, se um homem está empenhado
em pregá-lo, Deus faz uma obra nessa gente para que esteja disposta antes de chegar, através de algo que
pensaram no caminho, ou alguma enfermidade que tem tido ou alguma cena de um feito de morte que tem
presenciado, ou algum movimento de consciência que se despertou, talvez antes de entrar no edifícil; Deus faz
com que eles estejam dispostos para receber o Evangelho da graça de Deus.

O Senhor trabalha com nós, meus irmãos, sempre teremos uma congregação escolhida; quem quer que seja que
venha; alguns vêm quando nunca pensaram em vir, mas as pessoas que devem vir, virão; e freqüentemente têm
vindo com o estado de ânimo adequado, porque tem sido preparados pelo Espírito Santo para a mensagem que
irão ouvir. Alguns, não vêm dessa maneira, mas Deus trabalha com o ministro enquanto está pregando. Se o
ministro não toma um sermão para lê-lo e nada mais; então, ele é guiado por Deus para dizer o que deve ser dito.
Disse o correto, ainda que talvez nunca lhe houvesse ocorrido na mente o que se está falando; mas se ajusta
maravilhosamente, que freqüentemente, depois de um sermão, uma pessoa tem dito: “alguém disse tudo acerca
de mim para o pregador”. Freqüentemente me tem tocado depois do serviço, na saída, que há pessoas que me
perguntam: “quem tem ti contado algo acerca de mim?” Pessoas a quem nunca antes tinha visto, nem ouvido
falar delas até aquele momento. A palavra do pregador é benção para eles porque Deus trabalha enquanto o
sermão está sendo pregado e Deus lhes prepara para que recebam a verdade.

Em outros casos, Deus trabalha depois. Algumas vezes imediatamente depois, e em algumas ocasiões, anos mais
tarde. Existem diferentes tipos de semente no mundo. As sementes de algumas plantas e árvores ao menos que
experimentem um processo especial, não crescerão por anos. Há algo nelas que as preservam intactas por longo
tempo, mas em seu devido momento brota o germe da vida. Assim há um certo tipo de homens que não capta a
verdade no momento em que se prega, porém ela permanece escondida em suas almas, até que, um dia, debaixo
de especiais circunstancias; recordem o que ouviram e comecem a operar a mudança em seus corações.

Queridos amigos, se trabalhamos e Deus trabalha conosco, que há que não possamos esperar? Por conseguinte,
lhes afirmo que a grande necessidade de qualquer igreja que trabalha é que Deus trabalhe com ela, e que, por
conseguinte, esta deve ser nossa declaração de fé diária: “que necessitamos que Deus trabalhe conosco”.
Devemos compreender sempre que não somos nada sem a sua cooperação. Não pretendemos elogiar o Espírito
Santo falando Dele somente de vez em quando, como se fosse uma coisa adequada dizer que , por “suposição”
que o Espírito Santo deve trabalhar. Deve ser um fato categórico para nós que o Espírito Santo nos ajuda, como o
é para aquele que trabalha no moinho, cujas palhas do moinho não podem mover-se sem o vento. Então,
devemos fazer o mesmo: colocar as palhas de tal maneira que sempre tenhamos a intenção de aproveitar a
direção do vento desde qualquer direção que sopre, e assim também devemos ter a intenção de trabalhar de tal
maneira que o Espírito Santo certamente nos abençoe. Eu creio que o Espírito Santo não abençoa
invariavelmente todo serviço que se faça, ainda que seja por gente bem intencionada, porque se o fizesse assim,
pareceria como se estivesse disposto a pôr seu selo a muitas coisas que não estão de acordo com a intenção do
Senhor. Atuemo-nos, queridos irmãos e irmãs, de tal maneira que não haja nunca a mancha de uma pulga suja na
página e nada de orgulho, nem de egoísmo, nem de exaltação, senão que façamos tudo mui humildemente,
submetendo-nos esperançosamente, e sempre com um espírito cheio de graça e santidade, de modo que
possamos esperar que o Espírito Santo o reconheça e o abençoe. Por suposição, isso implica que tudo deve ser
feito com orações, posto que nosso Pai Celestial dará o Espírito Santo a quem o solicitar, e devemos pedir por
isso, a mais grande das bênçãos; que o Espírito Santo nos ajude em nosso trabalho.

Então, pois, devemos crê no Espírito Santo e crê em sumo grau, de modo que nunca nos desmoralizemos e
pensemos que algo é sumamente difícil. Há algo demasiado para o Senhor? Pode haver algo difícil para o Espírito
Santo? É uma coisa grandiosa freqüentemente colocar-se em águas profundas de tal maneira que fiquemos
obrigados a nadar; mas nos agrada permanecer com nossos pés tocando a terra. Que misericórdia é sentir que
não podemos fazer nada, para que então confie em Deus e somente em Deus, e sentir que sempre é o mesmo
perante qualquer emergência! Confiando assim e obedecendo assim suas ordens, não fracassaremos. Vem,
Espírito Santo, e trabalha com todo o teu povo agora! Vem e levanta-nos para trabalharmos! E quando
possuirmos uma bendita energia, então trabalha tu conosco! Braço Eterno, que nunca se cansa, para quem nada
podes ser difícil! Estenda-te para que trabalhes com a tua igreja neste momento, para o teu louvor!

3. finalmente, meu irmãos, de maneira mui breve “os dois trabalhos estão em harmonia”.

Na realidade, são um, se mesclam, se unem: “cooperando com eles o Senhor, confirmando a Palavra com os sinais
que se seguiam”. Me dá um pouco de temor que algumas pessoas digam mui apressadamente: “o Senhor me
disse isto, o Senhor me disse aquilo”. Preocupem-se para onde essa idéia os pode conduzir, pois o que Deus tem
que dizer, Ele já o tem dito na Bíblia. Encontrarão que qualquer coisa que vem a vocês com poder e é realmente a
sua verdade, estar aqui no livro. Agora já não recebemos novas revelações. Nos encheremos de todo tipo de
fanatismo e loucuras se esperarmos tais revelações. Por exemplo: um homem me encontrou ao pé da escada, e
me disse que Deus lhe tinha revelado que deveria pregar aqui em algum domingo. Disse-lhe: “não creio que o
Senhor haja revelado nada desse tipo, e em todo caso, o Senhor não me tem revelado isso, pois sou eu quem te
posso permitir pregar, e não o permitirei até que o Senhor me revele também.” Não creio em revelações
tendenciosas; mas há muita gente que é levada a todo tipo de extravagâncias pela idéia de que o Senhor lhes tem
dito isto e aquilo. O que Ele faz não é dar-nos uma nova Palavra, mas sim confirmar a Palavra que já nos tem
dado. O Evangelho foi revelado; devemos proclamá-lo, e Deus confirmará a sua Palavra que Ele nos tem dado.

Aonde trabalhamos, Deus trabalhará juntamente conosco. Não é como alguns dizem: “Paulo pode plantar e Apolo
pode regar, mas só Deus pode dar a colheita”. Não há nenhum texto como esse na Bíblia, nem nada parecido. O
testemunho de Paulo é: “tenho plantado, Apolo regado; mas Deus deu a colheita”. E quando plantamos e
regamos, virá a colheita. Não é Deus que está atrasado, nós é que estamos. Se tivéssemos fé como um grão de
mostarda, não encontraríamos que Deus pudesse falhar com essa fé. E quando temos a fé que pode mover
montanhas, não encontraremos nunca que a onipotência de Deus tem se evaporado, ou que nossa fé tem
sobrepassado seu poder.

Creia nisso, meu irmão, e trabalhe com a força dessa fé. Creia nisso, minha irmã, e fale de Cristo; pois fazendo
assim, não podes falhar, não falharás. Talvez, no momento, pode parecer que falhas, porém persevere. Tenhas
consciência que nada podes fazer, mas permaneça esperando o tempo de Deus perseverando. Nunca se tem
perdido um testemunho; nunca uma palavra de Deus tem regressado vazia a Ele. Os cálices de neve caem no mar;
acaso se tem perdido? Nem um só deles, porque ajudam a alimentar as poderosas profundidades. Os chuviscos
que caem no deserto, acaso se perdem ao caírem na areia do Saara? Nem uma gota deles, pois se evaporarão e
se utilizarão em algum outro lugar. Vejam as nuvens, e por último, caem onde Deus o tem ordenado. Se o Senhor
trabalha contigo, não podes falhar, não falharás. Tão somente segue trabalhando, confiando em Deus para que te
ajude, e focalizando o Senhor para que trabalhe contigo.

Oh! Pobres pecadores, todo esse sermão é para vocês! Nosso desejo é vê-los salvos; nossa oração é que possam
ser levados a Cristo. Oh! Que vocês estejam tão desejosos de vir como nós estamos desejosos de conduzi-los ao
Salvador; que vocês estejam desejosos de vir como Deus está desejoso de recebê-los. Venham e provêm-no
agora, e vocês o louvarão para sempre. Amém!

Fim....

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