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Excelentíssimo Senhor Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata
Excelentíssimo
Senhor
Presidente
do
Grupo
Parlamentar
do
Centro
Democrático
Social
-‐
Partido
Popular
Excelentíssimo Senhor Presidente do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda
a
Federação
Portuguesa
de
Airsoft
–
APD
(FPA),
com
sede
na
Rua
Monte
dos
Burgos,
282
4250-‐309
Porto
e
publicação
no
Diário
da
República
número
65
–
III
série,
de
4
de
Abril
de
2005,
com
revisão
estatutária
no
Diário
da
República
número
145
–
II
série,
de
28
de
Julho
de
2006,
vem
apresentar
nova
petição
para
que
seja
revista
a
situação
legal
das
“Reproduções
de
Armas
de
Fogo
para
Práticas
Recreativas”
(RAFPPR),
uma
vez
que
a
actual
Lei
n.º17/2009,
de
6
de
Maio,
mais
conhecida
por
“Lei
das
Armas”,
no
que
concerne
a
estas
reproduções,
contém
muitas
omissões,
erros,
possibilidades
de
interpretação
e,
essencialmente,
apenas
vem
prejudicar
os
praticantes
que
apenas
querem
praticar
a
modalidade
de
Airsoft
(o
mesmo
que
Softair)
legal
e
responsavelmente.
A
Lei
17/2009,
na
alínea
ag)
do
artigo
2º,
diz
que
uma
“Reprodução
de
arma
de
fogo
para
práticas
recreativas’
é
“o
mecanismo
portátil
com
a
configuração
de
arma
de
fogo
das
classes
A,
B,
B1,
C
e
D,
pintado
com
cor
fluorescente,
amarela
ou
encarnada,
indelével,
claramente
visível
quando
empunhado,
em
5
cm
a
contar
da
boca
do
cano
e
na
totalidade
do
punho,
caso
se
trate
de
arma
curta,
ou
em
10
cm
a
contar
da
boca
do
cano
e
na
totalidade
da
coronha,
caso
se
trate
de
arma
longa,
por
forma
a
não
ser
susceptível
de
confusão
com
as
armas
das
mesmas
classes,
apto
unicamente
a
disparar
esfera
não
metálica
cuja
energia
à
saída
da
boca
do
cano
não
seja
superior
a
1,3
J
para
calibres
inferiores
ou
iguais
a
6
mm
e
munições
compactas,
ou
a
13
J
para
outros
calibres
e
munições
compostas
por
substâncias
gelatinosas”.
2.
As
RAFPPR
têm
que
ser
transportadas
em
saco
próprio
para
o
efeito
de
forma
a
impossibilitar
o
seu
disparo,
isto
é,
sem
munição
e,
nos
casos
aplicáveis,
sem
bateria
eléctrica
ou
gás
propulsor,
sem
os
quais
se
torna
impossível
a
RAFPPR
disparar.
Em
termos
práticos,
a
um
utilizador
de
RAFPPR
são
exigidas
as
mesmas
condições
de
transporte
que
a
um
utilizador
de
uma
arma
de
fogo.
3.
A
exibição
pública
de
RAFPRR
(como
em
feiras,
exposições,
etc.)
só
pode
ser
efectuada
com
autorização
da
PSP.
6.
A
FPA
tem
conhecimento
de
casos
em
que
armas
de
fogo
reais
foram
pintadas
para
parecerem
réplicas
e
assim
passarem
despercebidas,
causando
confusão
às
forças
policiais,
que
não
sabiam
com
certeza
com
o
que
estavam
a
lidar.
9.
A
atitude
de
um
agente
da
autoridade
perante
uma
RAFPPR,
mesmo
que
pintada,
será
a
mesma
que
a
atitude
perante
uma
não
pintada
(não
sabendo
se
esta
é
real
ou
reprodução),
ou
seja,
vai
agir
SEMPRE
como
se
o
objecto,
pintado
ou
não,
fosse
uma
arma
de
fogo
real.
Isto
é,
não
é
a
existência
da
pintura
que
vai
diferenciar
uma
reprodução
da
arma
real.
10.
Por
outro
lado,
uma
lei
que
diz
que
uma
arma
pintada
é
uma
reprodução
de
uma
arma
de
fogo,
isto
é,
não
se
trata
de
uma
arma
de
fogo
real,
poderá
retirar
legitimidade
à
utilização
de
arma
de
fogo
por
parte
das
forças
da
autoridade
contra
uma
ameaça,
já
que
estas
não
poderão
utilizá-‐las
até
que
a
dúvida
seja
desfeita.
Eventualmente,
essa
dúvida
poderá
só
ser
desfeita
se
o
criminoso
efectuar
um
disparo
e
se
provar
que
a
arma
pintada
era,
afinal,
uma
arma
de
fogo.
Isto
poderá
acarretar
consequências
muito
graves.
11.
Uma
RAFPPR
não
pintada
causa
o
mesmo
alarme
social
que
uma
pintada,
tudo
depende
da
postura
e
forma
de
agir
de
quem
a
manipula
e
utiliza.
12.
É
impossível
a
transformação
de
uma
RAFPPR
numa
arma
de
fogo,
uma
vez
que
os
materiais
com
que
são
fabricadas,
plástico
ABS
e/ou
ligas
metálicas
de
fraca
resistência,
não
o
permitem.
Além
disso,
à
excepção
do
seu
aspecto,
uma
RAFPPR
é
totalmente
diferente
de
uma
arma
de
fogo,
especialmente
no
que
diz
respeito
ao
mecanismo
de
funcionamento,
que
se
assemelha
mais
à
dos
típicos
carros
telecomandados
eléctricos
(de
onde
derivam),
no
caso
das
reproduções
eléctricas,
a
maioria.
13.
A
sociedade
em
geral,
e
os
utilizadores
de
armas
de
fogo
em
particular,
vêem
estes
dispositivos
como
meros
brinquedos
(há
à
venda
em
todo
o
território
nacional
RAFPPR
em
feiras,
com
muitos
pais
a
comprá-‐las
para
as
crianças,
sem
uma
aparente
fiscalização
por
parte
das
Autoridades).
14.
Existem
armas
de
fogo
com
cores
vivas,
ou
kits
de
personalização,
que
as
tornam
confundíveis,
ainda
que
sem
intenção
dos
seus
utilizadores,
com
RAFPPR
(ver
Anexo).
15.
Existem
armas
de
pressão
de
ar
de
venda
livre,
essas
sim
perigosas,
capazes
de
provocar
ferimentos
muito
graves
e
também
elas
confundíveis
com
armas
de
fogo,
sem
que
seja
necessária
qualquer
espécie
de
aplicação
de
pintura.
Mais
uma
vez,
não
se
percebe
assim
esta
estranha
dualidade
de
critérios
entre
objectos
com
aspecto
idêntico,
em
que
o
inofensivo
é
alvo
de
apertadas
limitações
e
o
perigoso
é
de
venda
livre.
Por
tudo
isto,
a
FPA
não
compreende
a
razão
pela
qual
ainda
se
exige
a
pintura
das
RAFPPR,
pintura
essa
que
se
torna
irrelevante
e
inútil,
não
tendo
qualquer
efeito
prático.
Pelo
exposto,
a
FPA-‐APD
requer
a
Vossas
Excelências
que
seja
efectuada
uma
alteração
à
Lei
das
Armas
em
vigor
no
sentido
de
ser
eliminada
a
obrigação
da
pintura
nas
RAFPPR,
ou
que
nas
provas
e
eventos
organizados
pelas
APD
da
modalidade
(Airsoft
/
Softair)
e
nas
provas
e
eventos
por
estas
aprovados,
a
pintura,
à
semelhança
do
que
é
permitido
a
cidadãos
estrangeiros,
não
seja
obrigatória.
Na
prática,
esta
exigência
só
vem
prejudicar
quem
quer
praticar
o
seu
desporto
de
eleição
na
legalidade
e
em
toda
a
sua
plenitude,
aproveitando
também
a
área
de
Coleccionismo
que
estas
reproduções
permitem,
sem
que
haja
a
necessidade
ou
o
desejo
de
ter
a
respectiva
arma
de
fogo
real.
Atenciosamente,
Pedro Pastor
Federação
Portuguesa
de
Airso1
-‐
APD