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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO
TRABALHO

RISCOS E AGENTES QUÍMICOS NA PAVIMENTAÇÃO COM CIMENTO


ASFÁLTICO DE PETRÓLEO

MANOELA SÊCCO RIBAS

Ponta Grossa
2012
MANOELA SÊCCO RIBAS

RISCOS E AGENTES QUÍMICOS NA PAVIMENTAÇÃO COM CIMENTO


ASFÁLTICO DE PETRÓLEO

Monografia apresentada ao Curso


de Especialização em Engenharia
de Segurança no Trabalho como
requisito parcial à obtenção do
Título de ENGENHEIRO DE
SEGURANÇA DO TRABALHO.

Orientador: Profa. Dra. Célia Regina


Carubelli

Ponta Grossa
2012
AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida, e pela sua energia que equilibra o mundo em que
vivemos.

Aos meus familiares pelo apoio nos momentos bons e difíceis da minha vida.

Ao meu querido filho Cássio minha razão de viver.

A todos os colegas do curso pelos bons momentos vividos e pelas


experiências trocadas.

Em especial a Professora Célia Regina Carubelli que me orientou e me deu


luz para chegar até aqui. Obrigada por cada palavra, cada lição, cada conselho.
Obrigada por ser tão importante nesse grande passo.
RESUMO

Este trabalho tem a finalidade de documentar os possíveis riscos para a


saúde de trabalhadores quando da preparação e aplicação da pavimentação com
asfalto. Diversos agentes químicos deletérios à saúde humana foram identificados
nas emissões provenientes de materiais asfálticos e muitos deles são
comprovadamente cancerígenos, assim reconhecidos até mesmo pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. A exposição às emissões de asfalto em pavimentação de ruas
e estradas se dá tanto por gases e vapores, quanto por material particulado. Todos
esses tipos de emissões são prejudiciais à saúde humana.
Palavras-chave: pavimentação; emissões do asfalto; agentes químicos.
ABSTRACT

The purpose of this work is documenting the possible risks to the health of
workers in the preparation and implementation of pavement with asphalt.
Several chemical agents deleterious to human health were identified in the emission
from asphalt and many of them are proven carcinogens, thus recognized even by the
Ministry of Labor and Employment .Exposure to emissions from asphalt in paving of
streets and roads of both gases and vapors, and particulate matter.
All these types of emissions are harmful to human health.
Keywords: paving; emissions from asphalt; chemicals.
LISTA DE SIGLAS

ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygenists

CAP – Cimento Asfáltico de Petróleo

CBQU – Concreto Betuminoso Usinado a Quente

CG - Cromatografia Gasosa

EPI – Equipamento de Proteção Individual

FID - Detector de Ionização de Chama

HAP – Hidrocarboneto Aromático Policíclico

NIOSH - National Institute for Occupation Safety and Health

OSHA - Occupational Safety and Health Administration

PAC – Compostos Aromáticos Policíclicos

PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PEL – Nível de Exposição Permitido

PM – Material Particulado

PPR - Programa de Proteção Respiratória

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

REL – Limite de Exposição Recomendado

SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho

TLV – Valor Limite

TMFE – Taxa Máxima de Fluxo Expiratório

TWA – Média Ponderada de Tempo

USEPA – Agencia de Proteção Ambiental dos Estados Unidos

UV – Radiação Ultravioleta
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação Esquemática dos componentes do asfalto..................... 04


Figura 2 - Aplicação do Asfalto e Emissões de Vapores. ....................................... 07
Figura 3 - Emissão de vapores de Asfalto............................................................... 07
Figura 4 - Trabalhadores da pavimentação sem roupas de proteção adequadas... 10
Figura 5 - Reciclagem de pavimentação e espalhamento do CBUQ ..................... 21
Figura 6 - Reciclagem de pavimentação asfáltica.................................................... 22
Figura 7 - Preenchimento com CBUQ .................................................................... 22
Figura 8 - Camada de CBUQ para pavimentação asfáltica..................................... 23
Figura 9 - Aplicação de Concreto Betuminoso Usinado à quente............................ 23
Figura 10 - Equipamentos para pavimentação espalhando grande quantidade de
gases e vapores....................................................................................... 24
Figura 11 - Laboratorista............................................................................................ 25
Figura 12 - Rolos compactadores em operação......................................................... 26
Figura 13 - Serventes................................................................................................. 27
Figura 14 - Lubrificador de máquinas......................................................................... 28
Figura 15 - Sinalizador de obras e Vigia..................................................................... 29
Figura 16 - Engenheiro Responsável pela obra......................................................... 30
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP) encontrados em


estudo da USEPA.............................................................................. 08

Tabela 2 - Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP) encontrados em


estudo da NIOSH............................................................................... 08

Tabela 3 - Estudos Epidemiológicos sobre as exposições aos fumos de


asfalto............................................................................................ 12

Tabela 4 - Exemplos de métodos de amostragem e métodos analíticos para


caracterizar exposição aos fumos de asfalto..................................... 14
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................
01 1
2. OBJETIVOS ................................................................................................................
01 1
3. JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................
02 2
4. REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................
02 2
4.1 Pavimentação .............................................................................................................
02 2
4.2 - O Asfalto .....................................................................................................................
03 3
4.2.1 - O emprego das emulsões asfálticas ...........................................................................
06 5
4.2.2 - As emissões do asfalto ...............................................................................................
06 6
4.3 - Vias de Ingresso dos Agentes Químicos no Organismo Humano ..............................
09 9
4.3.1 - Inalação ......................................................................................................................
09 9
4.3.2 - Absorção cutânea .....................................................................................................
10 10
4.4 - Toxicologia ................................................................................................................
10 10
4.5 - Exposição .................................................................................................................
13 11
4.5.1 - Métodos de análise do ar no local de trabalho e exposições dérmicas ....................
13 11
4.5.2 - Particulados Totais como um indicador de fumos de asfalto ....................................
13 13
4.5.3 - Fração de Particulados solúveis em benzeno ...........................................................
15 14
4.5.4 - Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e compostos aromáticos
policíclicos .................................................................................................................
15 15
4.5.5 - Dados de exposição ocupacional......................................................... 16
5. METODOLOGIA .......................................................................................................
20 19
5.1 - Funções de Trabalhadores na Pavimentação e Uso de EPI’S .................................
24 24
5.1.1 - Laboratorista .............................................................................................................
24 24
5.1.2 - Motoristas de Rolo Compressor, Motoristas de Aplicação da Camada
Asfáltica, Motoristas de Caminhão Basculante, Operador de
Carregadeira, Motorista de Caminhão Pipa .............................................................. 25 25
5.1.3 - Serventes ..................................................................................................................
26 26
5.1.4 - Lubrificador ...............................................................................................................
27 27
5.1.5 - Sinalizador e Vigia ....................................................................................................
28 28
5.1.6 - Engenheiro Responsável ..........................................................................................
29 28
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ..............................................................................
30 33
7. CONCLUSÕES .........................................................................................................
31 30
8. REFERÊNCIAS ............................................................................................................
34
1

1 – INTRODUÇÃO

O asfalto tem grande utilidade quando se apresenta na forma de uma rua


asfaltada e nivelada, dando conforto aos cidadãos, sejam eles motoristas,
passageiros ou moradores próximos ao local pavimentado. Mas, apesar dessa
utilidade, para os trabalhadores em pavimentação a história tem sido um pouco
diferente.
Segundo Freitas (2005), observou-se que os pavimentadores – motoristas de
rolo compressor, motoristas da máquina de aplicar a camada asfáltica e motoristas
de caminhão basculante, além, é claro, da equipe de aplicação propriamente dita,
não utilizam proteção respiratória e, assim, inalam compostos químicos tóxicos. A
exposição às emissões de asfalto se dá tanto por gases e vapores, quanto por
material particulado e todos esses tipos de emissões são prejudiciais à saúde
humana. Entre o material particulado, a maioria das partículas possui tamanho
menor que 2,5 μm, o que facilita não apenas a sua inalação, mas também a sua
chegada às partes mais profundas do pulmão (alvéolos), diminuindo a capacidade
respiratória do indivíduo e aumentando os processos inflamatórios.
Alguns estudos confirmam que os compostos químicos tóxicos conseguem se
diluir na região do alvéolo passando para a circulação sanguínea.
Diversos agentes químicos deletérios à saúde humana foram identificados
nas emissões de asfalto, e muitos deles são comprovadamente cancerígenos,
reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como tais. Além disso,
enquadram-se entre os fatores de insalubridade, como exposto na Norma
Regulamentadora (NR) 15 (NR 15,2008).
Este estudo tem a finalidade de documentar os possíveis riscos para a saúde
de trabalhadores quando da preparação e aplicação da pavimentação com asfalto.

2. OBJETIVOS
Fazer um levantamento dos agentes químicos presentes na emulsão asfáltica
de petróleo, bem como analisar os riscos químicos a que estão expostos os
trabalhadores da pavimentação asfáltica.
2

3. JUSTIFICATIVA

O presente trabalho encontra justificativa no fato de que a grande maioria dos


trabalhadores da pavimentação asfáltica desempenham suas atividades sem o
conhecimento dos agentes e dos riscos químicos a que estão expostos, assim como
não fazem uso de EPI´s específicos para os mesmos.

4. REVISÃO DA LITERATURA

4.1- Pavimentação
Pavimento (também conhecido pelo termo menos técnico e menos exato
“chão”) do latim “pavimentu” designa em arquitetura a base horizontal de uma
determinada construção, ou seja, é a camada constituída por um ou mais materiais
que se coloca sobre o terreno natural ou terraplenado. O objetivo principal da
pavimentação é garantir a trafegabilidade em qualquer época do ano e condições
climáticas, além de proporcionar aos usuários conforto ao rolamento e segurança.
Uma vez que o solo natural não é suficientemente resistente para suportar a
repetição de cargas de roda sem sofrer deformações significativas, torna-se
necessária a construção de uma estrutura, denominada pavimento, que é construída
sobre o subleito para suportar as cargas dos veículos, de forma a distribuir as
solicitações às suas diversas camadas e ao subleito (CRONEY, 1977). Os
pavimentos podem ser divididos basicamente em dois grupos: flexível e rígido.
Os pavimentos que são revestidos com materiais betuminosos ou asfálticos
são chamados "flexíveis", uma vez que a estrutura do pavimento "flete” devido às
cargas do tráfego. Uma estrutura de pavimento flexível é composta geralmente de
diversas camadas de materiais que podem acomodar esta flexão da estrutura.
Por outro lado, há os pavimentos rígidos que são compostos de um
revestimento constituído por placas de Concreto de Cimento Portland (CCP). Tais
pavimentos são substancialmente "mais rígidos" do que os pavimentos flexíveis,
devido ao elevado Módulo de Elasticidade do CCP. Eventualmente estes
pavimentos podem ser reforçados por telas ou barras de aço, que são utilizadas
para aumentar o espaçamento entre as juntas usadas ou promover reforço
estrutural.
3

A escolha e emprego de cada um dos tipos de pavimento dependem de uma


série de fatores. Os pavimentos rígidos são mais frequentes em áreas de tráfego
urbanas e de maior intensidade, porém na maior parte das aplicações o pavimento
flexível tem menor custo inicial e é executado mais rapidamente.

4.2 - O Asfalto
Definimos asfalto como sendo um produto orgânico composto por
hidrocarbonetos pesados, óleo combustível, graxas, carvão e petrolato, oriundos de
resíduos da destilação fracionada do petróleo, os quais contêm uma mistura de
hidrocarbonetos alifáticos, parafínicos, aromáticos, compostos contendo carbono,
hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, dentre eles, hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos (HAP). Encontrado livre na natureza, em afloramentos naturais, como por
exemplo, o "Asfalto de Trinidad" (obtido no lago de mesmo nome), puros ou
misturados em minerais e outras substâncias, ou ainda, impregnado em estruturas
porosas denominadas de rochas asfálticas.
Genericamente, podemos dizer tratar-se de material composto principalmente
de hidrocarbonetos não voláteis, possuidor de uma elevada massa molecular com
propriedades que variam dependendo da origem do petróleo e do processo de sua
obtenção. No Brasil, o principal processo para refino é da destilação a vácuo e, em
menor proporção, o de desasfaltação por solvente. É do resíduo desses dois
processos que se obtém o (CAP) Cimento Asfáltico de Petróleo tendo como
característica física encontrar-se no estado semissólido ou sólido (dependendo da
temperatura ambiente), com cor variando do negro até o pardo. Trata-se de material
termossensível e viscoelástico, solúvel em dissulfeto e tetracloreto de carbono,
possuidor de propriedades aglutinantes e impermeabilizantes com características de
flexibilidade, durabilidade e alta resistência à ação da maioria dos ácidos, sais e
álcalis.
Os asfaltos podem ser encontrados em estado sólido, pastoso e líquido
quando diluídos e aquecidos. Há duas classificações básicas para os asfaltos:
industrial e de pavimentação.
O asfalto de uso industrial, mais voltado para impermeabilização e
revestimento de dutos, é conhecido como asfalto oxidado, ou seja, com injeção de ar
na massa asfáltica, durante sua fabricação e é acrescido de pó de asfalto no
revestimento externo. É muito resistente à corrosão e à água
4

O asfalto em estado pastoso ou líquido, usado em pavimentação, é obtido


com a diluição em querosene e nafta tendo de ser aquecido em tanques antes de
sua aplicação.
Os CAP´s podem ser classificados segundo a viscosidade e a penetração. A
viscosidade dinâmica ou absoluta indica a consistência do asfalto e a penetração
indica a medida que uma agulha padronizada penetra em uma amostra em décimos
de milímetro. No ensaio penetração se a agulha penetrar menos de 10 mm o asfalto
é considerado sólido. Se penetrar mais de 10 mm é considerado semi-sólido
(PIZZORNO, 2010).
A Resolução ANP Nº 19, de 11 de julho de 2005 estabeleceu as novas
Especificações Brasileiras dos Cimentos Asfálticos de Petróleo definindo que a
classificação dos asfaltos se dará exclusivamente pela penetração. Os quatro tipos
disponíveis comercialmente são o CAP 30/45, CAP 50/70, CAP 85/100 e CAP
150/200. A antiga classificação por viscosidade ficou suprimida a partir desta
resolução. Os antigos asfaltos CAP 7, CAP 20 e CAP 40 passaram a ser
denominados pelo parâmetro penetração e não mais a viscosidade.
O CAP tem uma composição química muito complexa com número de átomos
de carbono por molécula variando de 20 a 120. (DNIT, 2004)

Figura 1 - Representação esquemática dos componentes dos asfaltos.


Fonte: SHELL, 2003
O fracionamento do CAP se processa na presença de éter ou heptano, sendo
a fase dispersa (insolúvel nesses solventes) constituída de asfaltenos envolvidos por
5

uma resina e a fase dispersante (solúvel nesses solventes) constituídas de


maltenos.
Os asfaltenos concedem rigidez e a coloração típica do produto
correspondendo entre 5 a 30% do CAP e possui alto peso molecular (da ordem de
3000µ ). As resinas envolvem os asfaltenos impedindo a floculação, enquanto que
os maltenos, que é a parte oleosa do CAP ou veículo, possui cor marrom escura e é
responsável pelas propriedades plásticas e de viscosidade.
Em presença de quantidade suficiente de resinas e aromáticos, os asfaltenos
formam micelas com boa mobilidade e resultam em ligantes conhecidos como sol.
Porém, se as frações não estão bem balanceadas, há formação de estruturas de
pacotes de micelas com vazios internos que resultam em ligantes de comportamento
conhecido como gel, sendo um exemplo desse tipo os asfaltos oxidados utilizados
em impermeabilizações. Esse comportamento gel pode ser minimizado com o
aumento da temperatura.
Os CAP´s são usados diretamente na construção de revestimentos asfálticos,
sendo que, em suas aplicações deve ser homogêneo e estar livre de água e, para
que sua utilização seja adequada, recomenda-se o conhecimento prévio da curva de
viscosidade/temperatura do mesmo. O CAP é aplicado em misturas a quente, tais
como pré-misturados, areia-asfalto e concreto asfáltico, sendo recomendados o uso
dos tipos 20 e 40, bem como os do tipo 30/45, 50/60 e 85/100, classificados por
penetração, com teor de asfalto de acordo com o projeto respectivo.
O cimento asfáltico pode ser encontrado em diversos graus de viscosidade e
penetração, de acordo com sua consistência. Os CAP's que são produzidos e
comercializados no Brasil seguem a classificação por penetração e viscosidade.
Os requisitos técnicos e de qualidade de um pavimento asfáltico serão
atendidos com um projeto adequado de estrutura do pavimento e de dosagem da
mistura asfáltica compatível com as outras camadas escolhidas. Esta dosagem
passa pela escolha adequada de materiais dentro dos requisitos proporcionados, de
forma a atenderem padrões e critérios pré-estabelecidos de comportamento
mecânico e desempenho.
6

4.2.1 - O Emprego das Emulsões Asfálticas


As emulsões asfálticas são enquadradas pela ONU (3082), como substância
de risco (9), e subclasse N.E. (substâncias líquidas que apresentam risco ao meio
ambiente) (BRASQUÍMICA, 2012).
O produto não deverá sofrer aquecimento para o seu emprego.
Eventualmente (problema de bomba/usina) poderá ser aquecido até no máximo
55°C, para a sua aplicação. A emulsão viscosa poderá ser aquecida para aplicação
em até 70°C.
As emulsões asfálticas permitem a utilização de equipamentos de estocagem
e de produção de menor custo, pois dispensam o aquecimento do ligante asfáltico e
secagem dos agregados. Apresentam as seguintes vantagens:
evitam gastos de combustível para aquecimento;
eliminam os riscos de incêndios e explosões;
tornam mais fáceis o manuseio e a distribuição de ligante;
evitam o superaquecimento do ligante;
reduzem o tempo de construção das obras rodoviárias (em condições
climáticas adversas);
permitem o emprego de equipamentos para estocagem e de produção
de menor custo;
permitem o uso de agregados lavados e em estado de umidade.

4.2.2 - As Emissões do Asfalto


Em obras de pavimentação de ruas ou estradas, ocorre a geração de
“nuvens” que são formadas durante a aplicação do asfalto no piso, geralmente de
cor azulada. Essas “nuvens” são misturas de fumos de asfalto com vapores de
asfalto que são produzidos quando do aquecimento do asfalto na sua aplicação.
Quando os vapores esfriam, eles se condensam na forma de fumos de
asfalto. Assim, os trabalhadores da pavimentação que usam asfalto aquecido estão
expostos a estes fumos e vapores.
O contato com o produto a frio, não causa irritação à pele, mas provoca
ardência nos olhos quando atingidos. O produto frio em contato com a pele pode ser
removido com água e sabão, enquanto que o resíduo asfáltico aderido, poderá ser
removido com óleo mineral ou vegetal.
7

Durante a utilização do asfalto líquido em temperatura ambiente, não há


exposição a fumos, apenas após o aquecimento do mesmo. Os vapores contêm
particulados e, quando condensados, ficam viscosos.
Dentre as emissões gasosas destacam-se o metano, o dióxido de enxofre, o
monóxido de carbono e o dióxido de nitrogênio.
Como diluentes do asfalto geralmente se usam a querosene ou a nafta. A
querosene é uma mistura de hidrocarbonetos alifáticos, olefínicos e aromáticos
tendo como principais componentes os alifáticos (87%), com faixa entre 10 a 16
átomos de carbono (GUIMARÃES, 2003).

Figura 2 – Aplicação do Asfalto e Emissões de Vapores


FONTE: GUIMARÃES, 2003.

Figura 3 – Emissão de vapores de asfalto


FONTE: LUTES,1994.

A nafta é uma mistura de hidrocarbonetos na faixa de 4 a 12 átomos de


carbono, na qual são encontradas parafinas cíclicas e olefinas, além de
hidrocarbonetos aromáticos numa proporção de até 18%.
Também são encontrados outros solventes aromáticos, como o BTX
(benzeno, tolueno e xileno), mas os agentes químicos que mais se destacam
negativamente nas emissões do asfalto são os HAP, dada sua ação carcinogênica.
8

Eles representam os de maior risco para a saúde dos trabalhadores diretamente


envolvidos nas operações de pavimentação (GUIMARÃES, 2003).
Em 1994, Lutes et all. publicaram um estudo sobre as emissões do asfalto
aplicado a quente, tendo apontado resultados quanto às emissões tóxicas de HAP.
Esse estudo também detectou exposição a vapores de benzeno e fumos contendo
chumbo.
Estudos realizados em dezembro de 2000 e publicado pela NIOSH (NIOSH,
2000), trouxeram uma ampla relação de HAP, após a retirada de 131 amostras de
limpeza da pele da testa e das palmas das mãos de trabalhadores em pavimentação
de ruas, na aplicação de mantas asfálticas em telhados e nos que operam tanques
na transferência de asfalto para caminhões.
Como entre um estudo e outro se passaram alguns anos, a metodologia para
detecção do HAP evoluiu, sendo possível a detecção de um maior número de
agentes (Tabelas 1 e 2.)
Benzopireno Fluoranteno
Benzoantraceno Indeno (1,2,3) pireno
Benzo (k) fluoranteno Naftaleno
Criseno Pireno

Tabela 1 – Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP) encontrados em estudo da USEPA


FONTE: LUTES, 1994

Acenafteno Criseno
Antraceno Dibenzo (a,h)-antraceno
Benzo (a) antraceno Fenantreno
Benzo (a) pireno Fluoranteno
Benzo (b) fluoranteno Fluoreno
Benzo (e) pireno Indo (1,2,3cd)-pireno
Benzo (g,h,i) perileno Naftaleno
Benzo (k) fluoranteno Pireno

Tabela 2 - Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP) encontrados em estudo da NIOSH


FONTE: NIOSH, 2000.

Outro estudo, Cancer Risk Following Exposure to Polycyclic Aromatic


Hidrocarbons – PAHs: a meta-analysis, (ARMSTRONG et al., 2003), desenvolvido
9

pela London School of Hygiene and Tropical Medicine, indicaram que as avaliações
quantitativas junto aos trabalhadores apontam exposição excessivas aos fumos de
asfalto e ao benzo(a)pireno.
É importante destacar que o material particulado emitido durante a
pavimentação com asfalto apresenta partículas PM10 e PM2,5, ou seja, material
particulado fino, respectivamente inferior a 10 e a 2,5 m, que consegue entrar nos
pulmões, atingir os alvéolos e, em se tratando de PM 2,5, passar para a corrente
sanguínea e linfática.
Como os HAP ficam adsorvidos nesses particulados, percebe-se o risco que
correm os trabalhadores, ao terem tais agentes químicos circulando em seu sangue.
Estes dados balizam o profissional da área de Higiene do Trabalho em
perceber que há a necessidade do uso de respiradores dotados de filtros químicos
por parte desses trabalhadores, tanto para material particulado, quanto para vapores
orgânicos. Tal medida deve ser precedida da implantação de um PPR, conforme
prevê a Instrução Normativa 01/94 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

4.3 - Vias de Ingresso dos Agentes Químicos no Organismo Humano


Os diversos agentes químicos encontrados nas emissões do asfalto, que
podem poluir um local de trabalho e entrar em contato com o organismo dos
trabalhadores, podem apresentar uma ação localizada ou podem ser distribuídos
aos diferentes órgãos e tecidos. As principais vias de ingresso destas substâncias
no organismo são por inalação e por absorção cutânea.

4.3.1 - Inalação
Constitui a principal via de ingresso de tóxicos, já que os alvéolos pulmonares
representam, no homem adulto, uma superfície entre 80 a 90m 2. Essa grande
superfície facilita a absorção de gases e vapores, os quais passam para o sangue,
que por sua vez as distribui às outras regiões do organismo. Alguns sólidos e
líquidos ficam retidos nesses tecidos podendo produzir uma ação localizada, ou
ainda, dissolverem-se para ser distribuídos através do aparelho circulatório.
Considerando-se que o consumo de ar de uma pessoa adulta é de 10 a 20 kg
diários, dependendo do esforço físico realizado, pode-se concluir que mais de 90%
das intoxicações generalizadas têm essa origem (SOTO et al., 1985).
10

4.3.2 - Absorção Cutânea


Quando uma substância entra em contato com a pele podem acontecer as
seguintes situações:
• a pele e a gordura, geralmente, atuam como uma barreira protetora
efetiva;
• agem na superfície da pele, provocando uma irritação primária;
• combinam-se com as proteínas da pele e provocar uma sensibilização;
• penetram através da pele, atingem o sangue e atuam como um tóxico
generalizado.
Assim, por exemplo, o ácido cianídrico, mercúrio, chumbo tetraetila (usado em
algumas gasolinas como antidetonante), alguns defensivos agrícolas, dentre outros,
são substâncias que podem ingressar através da pele, produzindo uma ação
generalizada.
Apesar dessas considerações, normalmente a pele é uma barreira eficiente
para os diferentes tóxicos, sendo poucas as substâncias que conseguem ser
absorvidas em quantidades perigosas. Mesmo assim, as medidas de prevenção de
doenças, nesses casos, devem incluir a proteção da superfície do corpo (SOTO et
all., 1985).

4.4 – Toxicologia
Os HAP representam risco à saúde humana, pois alguns jsão
comprovadamente carcinogênicos, como já citado anteriormente. A Organização
Mundial da Saúde (OMS), conforme seu Critério Ambiental 202, de 1998, alerta para
tal fato (GUIMARÃES, 2003).
No Brasil, o Ministério da Saúde, desde 2001, já indica referências
bibliográficas com estudos sobre as emissões de asfalto e também relaciona a
atividade de pavimentação com asfalto como de risco para a formação de câncer de
pulmão e dos brônquios, os epiteliomas (câncer de pele) e o câncer de bexiga.
Estes dados constam do manual Doenças Relacionadas ao Trabalho (2001) e
também da Portaria 1.339/99 do Ministério da Saúde, na lista de doenças
relacionadas ao trabalho.
O benzopireno é um dos HAP que se destacam na toxicologia humana. As
vias de penetração do benzopireno no organismo são duas: por inalação e pela
11

epiderme. Quando os trabalhadores estão no local aplicando o asfalto quente, não


apenas inalam esse agente químico, mas também sua pele é atingida por ele.
Além disso, o benzopireno é um agente químico causador de câncer de pele,
portanto, os trabalhadores que atuam na pavimentação de ruas não deveriam
trabalhar, em hipótese alguma, de camiseta e bermuda como muitas vezes pode ser
observado em obras de pavimentação.

(a) (b)
Figura 4: Trabalhadores da pavimentação sem roupas de proteção adequadas
(a) Fonte: Agência de Notícias São Joaquim On Line
(b) Fonte: FlorianoNews

Também o benzoantraceno e os benzofluorantenos são reconhecidos como


carcinogênicos, além de possuírem propriedades mutagênicas. Ambos os
compostos são encontrados nas emissões do asfalto.
As manifestações agudas dos pavimentadores envolvem: irritação ocular,
irritação nas mucosas do trato respiratório superior (nariz e garganta), tosse,
dispnéia, asma química, bronquite, dor de cabeça, irritação, ressecamento e
queimaduras da pele, pruridos, rachaduras e feridas. Também já foram indicados,
em menor escala, sintomas agudos, tais como enjoo, náuseas, diminuição de
apetite, dor de estômago e fadiga.
Quanto aos efeitos crônicos, há estudos, como o da NIOSH - Health Effects of
Occupational Exposure to Asphalt (NIOSH, 2000) - relatando o risco de câncer,
dentre eles: leucemia, câncer na boca, faringe e pulmão. Também há relatos de
câncer gastrointestinal e de próstata/bexiga (tabela 3).
12

Nº de Nº de
Autor, País e Taxa de 95% CI ou
Casos Período Doença ou Condição Mortes ou
Ocupação Risco Pvalor
Estudados de Casos
Hansen 1989, 679 1959-1986 Câncer 74 SIR 1,95 1,53-2,44
Dinamarca, Câncer de Pulmão 27 SIR 3,44 2,27-5,01
trabalhadores do Câncer na boca, 2 SIR 11,11 1,35-40,14
asfalto Câncer no esôfago 3 SIR 6,98 1,44-20,39
Câncer no reto. 7 SIR 3,18 1,28-6,56
Hansen 1991, 679 1959-1986 Câncer
148 SMR 1,57 1,34-1,85
Dinamarca, Câncer
62 SMR 2,29 1,75-2,93
trabalhadores do Câncer de pulmão
25 SMR 2,90 1,88-4,29
asfalto Câncer (exceto de
37 SMR 2,00 1,41-2,76
pulmão)
9 SMR 2,07 0,95-3,93
Bronquite, enfisema, asma
7 SMR 4,67 1,88-9,62
Cirrose hepática.
Engholm,1991,Su 2,572 1971-1985 Câncer 96 SMR 0,69 NR
écia, Câncer 47 SMR 0,86 NR
pavimentadores Câncer estômago 5 SMR 2,01 NR
Câncer estômago 6 SMR 2,07 NR
Câncer pulmão 7 SMR 1,10 NR
Câncer pulmão 8 SMR 1,24 NR
Maizilish et al, 1,570 1970-1983 Enfisema
8 PMR 2,50 1,80-4,92
1988, Estados Câncer no sistema
25 PMR 1,51 0,97-2,23
Unidos, digestivo
6 PMR 2,27 0,83-4,95
trabalhadores da Câncer no estômago
2 PMR 1,22 0,12-4,93
manutenção de Câncer de pele
7 PMR 2,26 0,91-4,66
rodovias Câncer próstata
4 PMR 1,60 0,40-4,10
Câncer cérebro
8 PMR 1,15 0,50-2,26
Câncer linfopoiético.
Bender,1989, 4,849 1945-1984 Câncer 1,530 SMR 0,9 0,86-0,96
Estados Unidos, Câncer 274 SMR 0,83 0,73-0,94
trabalhadores da Câncer pulmão 57 SMR 0,69 0,52-0,90
manutenção de Câncer Faríngeo bucal 2 SMR 11,10 1,30-40,10
rodovias Câncer gastrointestinal 3 SMR 5,82 1,20-17,00
Câncer próstata. 11* SMR 2,98 P < 0,01
Câncer no rim, na bexiga 7** SMR 2,92 1,17-6,02
e outros órgão urinários
Leucemia 8*** SMR 4,49 1,94-8,84
Partanen,1997,
Finlândia,
NR SMR 1,5 1,2-1,9
pavimentadores Câncer no pulmão
NR SMR 1,4 0,9-1,9
de rodovias
(somente homens)
Milham,1997 7,266 1950-1989 Sistema respiratório 614 PMR 1,1 P<0,05
Estados Unidos, Câncer na traquéia, 558 PMR 1,20 P<0,05
niveladores, brônquios, pulmões.
pavimentadores,
operadores de
máquinas,
escavadeiras e
engenheiros
operacionais.

Engenheiros Câncer sistema 136 PMR 1,21 P<0,01


Operacionais respiratório 122 PMR 1,21 NS
Brônquios, traquéia e
pulmão (ICD 162) 76 PMR 1,42 P< 0,05
Brônquios, pulmão (ICD
162.1 E 163) 5 PMR 1,60 NS
Asma 43 PMR 1,42 P<0,05
Linfático ,hematopoiético 7 PMR 1,37 NS
Reticulosarcoma 6 PMR 1,88 NS
Linfosarcoma 4 PMR 1,58 NS
Doença de Hodgki 10 PMR 2,00 P<0,05
Outros linfomas 47 PMR 1,59 P<0,05
Acidentes com veículos
niveladores,
pavimentadores, Câncer nos brônquios, 288 PMR 1,24 P<0,01
operadores de pulmão (ICD 162.1 E 163)
máquinas e Acidentes com veículos 249 PMR 1,39 P<0,01
escavadores.
Abreviações: CI: intervalo de confiança, ICD: classificação internacional de doenças; NR: não reportado; NS: estatística não significativa; PMR: taxa de mortalidade
proporcional; SIR: taxa de incidência padronizada; SMR: taxa de mortalidade padronizada.
Tabela 3 – Estudos Epidemiológicos sobre as exposições aos fumos de asfalto (NIOSH, 2000)
13

4.5 – Exposição

4.5.1 - Métodos de Análise do Ar no Local de Trabalho e Exposições


Dérmicas
Uma variedade de formas de coletar amostras e métodos analíticos estão
disponíveis para avaliar a exposição aos fumos de asfalto no local de trabalho. Dois
métodos frequentemente empregados na medição, são o de partículas totais e da
fração solúvel destas em benzeno. Infelizmente, nenhum destes métodos mede a
exposição aos componentes químicos distintos, ou mesmo a uma classe distinta de
produtos químicos, tornando difícil relacionar os componentes específicos com os
possíveis efeitos sobre a saúde.
Numa tentativa para caracterizar os fumos de asfalto com maior precisão, os
investigadores desenvolveram métodos para medir HAP´s insubstituídos, tal como
acenaftileno, antraceno e naftaleno; compostos aromáticos policíclicos totais e
outras substâncias potencialmente irritantes, tais como compostos contendo enxofre.
Estes métodos são descritos na tabela 4.

4.5.2 - Particulados Totais Como um Indicador de Fumos de Asfalto


Particulados totais são uma medida de todas as partículas transportadas pelo
ar que podem ser recolhidos num filtro amostrado tarado (pesado). Vários limites de
exposição ocupacionais para fumos de asfalto são expressos como partículas totais.
Em um estudo em local de aplicação de mistura asfáltica quente, a
distribuição de tamanho de aproximadamente 95% a 98% das partículas mostrou-se
entre 1 e 5 m de diâmetro, enquanto que num local de pavimentação onde as
amostras foram recolhidas acima do veículo pavimentador, aproximadamente 76%
das partículas tinham entre 1 e 5 µm de diâmetro (HICKS, 1995). Estes dados
indicam que os fumos de asfalto são compostos de partículas relativamente
pequenas e podem ser recolhidas uniformemente usando o método de amostragem
mais tradicional (cassetes amostradores faciais fechados de 37 mm) ou
amostradores inaláveis. No entanto, mais estudos são necessários para definir as
diversas frações de fumos de asfalto na pavimentação e outros locais de trabalho
onde o asfalto é utilizado.
Em um documento de 1977, a NIOSH estabeleceu um REL de 5 mg/m3 com
um limite teto de 15 min. para fumos de asfalto medidos como partículados totais. O
14

Substância Forma de Amostragem Método Analítico Informação Adicional

Particulados Filtro de PVC tarado ( Filtro tarado (PVC ou PTFE) Amostragem NIOSH e Método
Totais 37mm, tamanho de poro analisado gravimetricamente. Nota: Analítico no. 5042 para a fração TP e
0.8-μm) ou filtro Zefluor os filtros devem ser deixados solúveis em benzeno (fumos de
tarado ( 37mm, tamanho equilibrar em uma área ou câmara de asfalto) o uso de filtro PTFE um
de poro 1μm) pesagem controlada. O LOD e o LOQ tarado é recomendada. Isto permite a
para particulados totais foram 0.04 e medição simultânea de TP e BSP.
0.13 mg por amostra,
respectivamente.

Partículas Filtro PTFE ( 37-mm Os filtros PTFE são lavados com Os compostos orgânicos são
solúveis em diam, tamanho de poro benzeno, os lixiviados coletados e geralmente solúveis em benzeno.
benzeno 1μm) evaporados. Os resíduos são Amostragem para BSP (ou TP)
pesados para determinar a fração assume-se que o processo de
solúvel em benzeno. O LOD e o LOQ produção de fumos de asfalto é o
para os solúveis em benzeno foram contribuinte predominante para a
0.04 e 0.14 mg por amostra, poluição do ar no local de trabalho.
respectivamente.

Compostos Filtro PTFE ( 37-mm Após a coleta, as amostras de fumos Amostragem NIOSH e Método
o
aromáticos diam, tamanho de poro de asfalto são extraídos com hexano Analítico n 5800 contém mais
policíclicos e 2μm) seguido por um e, em seguida, eluídos através de detalhes sobre a coleta e análise de
compostos tubo sorvente ORBO 42 uma coluna de extração em fase PACs. Este método é semelhante à
sulfurados sólida para separar compostos Amostragem NIOSH e Método
o
alifáticos e aromáticos a partir de Analítico n 5506, hidrocarbonetos
compostos com grupos funcionais aromáticos polinucleares. Cassetes
polares. PAC´s são quantificados de filtros e suportes de tubos
usando cromatografia líquida de fase sorventes opacos são recomendados
reversa com detecção de para prevenir a degradação de PAC´s
fluorescência. Uma vez que por UV.
comprimentos de onda de excitação e
de emissão não são os mesmos para
todos os PACs, dois conjuntos
comprimentos de onda de excitação e
de emissão são utilizados.
Compostos de enxofre são
subsequentemente analisados por
CG com detecção por
quimioluminescência de enxofre.
Abreviações: BSP = partículas solúveis em benzeno; CG = cromatografia gasosa; cromatografia; LOD = limite de detecção; LOQ = limite de quantificação; PTFE =
politetrafluoroetileno (Teflon®); PVC = cloreto de polivinila; TP = partículas totais; UV = radiação ultravioleta

Tabela 4 – Exemplos de amostragem e métodos analíticos para caracterização da


exposição ocupacional a fumos de asfalto (NIOSH, 2000)

REL da NIOSH tinha a intenção de proteger os trabalhadores contra os efeitos


agudos da exposição aos fumos de asfalto, incluindo irritação das membranas
serosas da conjuntiva e das membranas mucosas do trato respiratório.
Em 1988, a NIOSH (em depoimento ao Ministério do Trabalho Americano)
recomendou que os fumos de asfalto devem ser considerados como um potencial
carcinógeno ocupacional (NIOSH, 1988). Entretanto, até o ano de 2000, não existia
nenhuma norma OSHA para vapores de asfalto. Em 1988 em uma norma proposta
sobre contaminantes do ar, a OSHA propôs um REL de 5 mg/m³, com TWA de 8
horas para exposições de fumos de asfalto na indústria em geral. Esta proposta foi
baseada em uma constatação preliminar de que os fumos de asfalto devem ser
considerados carcinogênicos em potencial (53 Fed. Reg. 21193,1988). Em 1989, a
OSHA anunciou que adiaria uma decisão final sobre a proposta de 1988 em virtude
15

de questões complexas e conflitantes apresentadas para o registro (54 Fed. Reg.


2679,1989). Em 1992, publicou outra proposta para fumos de asfalto que incluíram
um REL de 5 mg/m3 (partículas totais) para a indústria geral, construção, transporte
marítimo e agricultura (57 Fed. Reg. 26182,1992). Posteriormente, estabeleceu um
REL de 5 mg/m3 (partículas totais) com base na prevenção de efeitos adversos
respiratórios.
A ACGIH estabelece um TLV para fumos de asfalto de 0,5 mg/m3 (TWA 8-hr)
para um aerossol solúvel em benzeno (fração inalável) ou método equivalente com
uma designação A4, indicando que não é classificável como um carcinogéneo
humano (ACGIH, 2000). O efeito mais crítico considerado é o de irritação.

4.5.3 – Fração de Particulados Solúveis em Benzeno


Os compostos orgânicos são geralmente solúveis em benzeno, enquanto que
os compostos inorgânicos não são. Historicamente, esta fração particulada tem sido
utilizado para diferenciar entre os fumos de asfalto e de partículas não asfálticas
presentes, tais como pó de estrada, no local de pavimentação. Claro que, na
amostragem das partículas solúveis em benzeno, ou das partículas totais, assume-
se que os fumos de asfalto são os contribuintes predominantes, ou exclusivos, para
a poluição do ar em um canteiro de obras. Devido a preocupações com a
carcinogenicidade de benzeno, outros solventes (tais como ciclo-hexano, acetonitrila
e cloreto de metileno) têm sido utilizados para medir a fração solúvel de uma matriz
em particular. Quanto a amostragem de fumos de asfalto, no entanto, é difícil
comparar os resultados, porque a capacidade de extração destes solventes varia.
Por exemplo, dissulfeto de carbono pode não ser tão eficaz como o benzeno para
extrair alguns compostos presentes nos fumos. Pesquisadores do NIOSH acreditam
que o benzeno proporciona a melhor solubilidade global dos vapores de asfalto,
apesar de seus malefícios à saúde.

4.5.4 - Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos e Compostos


Aromáticos Policíclicos
Em muitos estudos de fumos de asfalto, os investigadores têm tentado
analisar HAP´s indivíduais usando CG/UV/FID ou GC/FID. Embora esta abordagem
tem sido bem sucedida em muitas matrizes que contêm HAP, os estudos de fumos
de asfalto têm demonstrado que estes contêm uma mistura complexa de PAC´s,
16

uma classe de compostos químicos que contêm dois ou mais anéis aromáticos
fundidos. Pesquisadores do NIOSH acreditam que, numa base individual, os PACs
não podem ser facilmente separadós ou quantificados.
Em resposta a este dilema analítico, os investigadores NIOSH desenvolveram
um método de injeção em fluxo (NIOSH, Método 5800) para medir PAC´s contidos
nos fumos de asfalto (MILLER e BURR, 1998). Depois que os fumos são recolhidos,
a amostra é extraída do filtro de amostragem com hexano. Este extrato é então
eluído através de uma coluna de extração em fase sólida para separar os compostos
alifáticos e aromáticos. Os compostos aromáticos são, então, separados dos
compostos alifáticos, utilizando um procedimento de extração líquido-líquido. Porém,
apesar de todo esse esforço dos pesquisadores em quantificar esses compostos,
ainda não há limites de exposição ocupacional estabelecidos para PAC´s totais
associados com vapores de asfalto.

4.5.5 - Dados de Exposição Ocupacional


A comparação de dados de exposição a partir de estudos de fumos de asfalto
pode ser complicado por muitos fatores, incluindo a natureza complexa e variável do
asfalto em si, a falta de uma única substância química que represente a exposição a
fumos de asfalto e à utilização de amostragem e métodos analíticos diferentes. Por
exemplo, estudos de fumos de asfalto podem relatar HAP´s individuais ou totais,
mas os métodos analíticos utilizados para obter os resultados podem variar quanto à
precisão e, assim, a identificações desses compostos não são confiáveis. Além
disso, quando outros solventes que não o benzeno, tais como ciclo-hexano ou
acetonitrila, são usados para obter a fração solúvel das partículas totais, os
resultados não podem ser comparados facilmente porque a capacidade de extração
destes solventes varia consideravelmente.
Por causa dos possíveis problemas encontrados ao combinar os resultados
dos estudos em que os métodos de amostragem e de análise são diferentes, dados
obtidos a partir de estudos de refino de asfalto, fábricas de mistura quente de
asfalto, pavimentação, coberturas, pisos, impermeabilização são encontrados de
forma resumida na literatura específica (NIOSH, 2000). Uma análise destes dados
indicam que as maiores exposições à partículas totais ocorrem nas seguintes
atividades:
17

revestimento de asfalto e atividades de impermeabilização (1,1-42


mg/m3),
fabricação de telhas asfálticas (0,07-15 mg/m3),
refino de asfalto (0,3-14 mg/m3),
aplicação de asfalto em telhados (0,04-13 mg/m3),
fábricas de mistura de asfalto quente (0,1-7,2 mg/m3),
pavimentação de estradas (0,1-5,6 mg/m3).
Estudos sobre as exposições a partículas solúveis em benzeno seguiram
padrão semelhante.
Em um estudo realizado na Noruega, (NORSETH et all., 1991) avaliou a
incidência de sintomas relatados entre 333 trabalhadores expostos à pavimentação
asfáltica e 247 “pessoas controle”. Para isso, os trabalhadores foram divididos em
três grupos:
Grupo I: composto de 79 pavimentadores de asfalto que foram
submetidos a monitoramento da exposição pessoal durante 5 dias de pavimentação,
Grupo II: consistiu de 254 pavimentadores de asfalto que não foram
submetidos ao monitoramento da exposição pessoal,
Grupo III: consistiu de 247 trabalhadores de manutenção, sem
exposição ao asfalto.
Sintomas subjetivos de um período de uma semana foram determinados por
questionários padronizados entregues a todos os trabalhadores no fim da semana.
Dados de exposição de asfalto, condições meteorológicas e densidade de tráfego
foram monitorados nos três grupos. Os resultados foram analisados separadamente
para (1) fumantes e não fumantes; (2) outras variáveis como idade, número de horas
trabalhadas na semana anterior e tempo de trabalho.
A análise dos sintomas relatados baseou-se quantidade de sintomas que
tiveram sua frequência aumentada significativamente entre os trabalhadores nos
grupos que tiveral contato com o asfalto. As taxas de resposta para os grupos I, II, e
III foram 100%, 57% e 70%, respectivamente. Os sintomas: fadiga, diminuição do
apetite, irritação nos olhos, laringe e faringe foram notificadas mais frequentemente
entre os trabalhadores expostos a fumos de asfalto do que entre os não expostos.
18

Não foram encontradas diferenças para sintomas como dor de cabeça,


tonturas, náuseas, dor abdominal, perturbação do sono, reações cutâneas ou
sensação de "cheiro adocicado."
Trabalhadores expostos ao asfalto apresentaram uma quantidade de
sintomas significativamente maior o que os trabalhadores da manutenção não
expostos. Estas diferenças não puderam ser explicadas pelo hábito de fumar, pelas
horas trabalhadas durante a semana anterior, pelo tempo de trabalho, pela
densidade de tráfego ou pelas condições meteorológicas. A quantidade de sintomas
correlacionados subiu significativamente com o aumento das temperaturas do
asfalto, sendo que o aumento mais marcante foi registrado quando as temperaturas
atingiram 146°C e aumentaram ainda mais quando a temperatura atingiu 175 °C
Em outro estudo, sete avaliações de risco à saúde foram concluídas como
parte de um acordo interinstitucional entre a NIOSH e a Federal Highway
Administration (FHWA), do Departamento de Transportes dos EUA. As avaliações
foram realizadas durante as operações de pavimentação de rodovias
em Michigan (HANLEY e MILLER, 1996a), Flórida (ALMAGUER et al., 1996),
Indiana [MILLER e BURR, 1996a), Arizona (MILLER e BURR, 1996b),
Massachusetts (MILLER e BURR, 1998), e dois na Califórnia, em Sacramento
(HANLEY e MILLER, 1996b) e San Diego (KINNES et al., 1996).
O objetivo foi avaliar exposições ocupacionais e efeitos à saúde entre os
trabalhadores de pavimentação com asfalto emborrachado e o asfalto convencional.
Para cada avaliação foram escolhidos de 6 a 10 trabalhadores (“pavers”) cujas
tarefas envolviam a exposição direta ao asfalto durante as operações de
pavimentação. Um grupo controle de “não-pavers” consistiu de trabalhadores da
mesma área que não foram expostos às operações de pavimentação. Os “pavers”
foram avaliados durante 2 dias de pavimentação com asfalto emborrachado e 2 dias
de pavimentação com asfalto convencional. “Não-pavers” foram avaliados durante
os mesmos 4 dias de período. As temperaturas do asfalto variaram pouco de dia
para dia e local para local.
O maior número de sintomas, como: irritação nos olhos, nariz, garganta e na
pele, falta de ar e chiado no peito foram relatados em maior número pelos “pavers”
do que pelos “não-pavers”. Os sintomas mais freqüentemente relatados, em ordem
decrescente, foram: irritação na garganta, irritação nasal, irritação nos olhos e tosse.
19

Dadas as opções de leve, moderada e grave, mais de 90% dos sintomas relatado
por “pavers” foram classificadas como leves.
Durante uma avaliação de riscos à saúde da NIOSH, avaliações médicas
foram realizadas durante a jornada de trabalho em única noite em duas equipes
distintas de pavimentação (grupo 1 e grupo 2) que trabalhavam dentro de um túnel
em Boston, MA (SYLVAIN e MILLER, 1996). Asfalto convencional foi aplicado a
154°C e as exposições dos trabalhadores foram avaliados durante a jornada de
trabalho na zona de respiração pessoal. Nove trabalhadores participaram da
avaliação, que incluiu um questionário sobre a saúde geral, o histórico ocupacional,
além de perguntas sobre sintomas e testes de TMFE para avaliar alterações agudas
na função pulmonar.
Os cinco trabalhadores no grupo 1 relataram uma série de sintomas agudos
de saúde associados com a exposição de seu trabalho. No entanto,
a ausência de sintomas agudos foram relatadas pelos quatro trabalhadores do grupo
2. Os sintomas mais frequentemente relatados foram irritação nos olhos, tosse,
irritação nasal e falta de ar. Dos sintomas relatados, 84% foram classificados como
leves nas opções fornecidas de gravidade: leve, moderada ou grave. Medições de
TMFE indicaram que três funcionários (um da equipe 1 e dois da equipe 2)
experimentaram problemas brônquicos, sendo que apenas um deles tinha um
histórico de tabagismo.
A partir desse estudos, os investigadores da NIOSH concluíram que:
1 – as exposições pessoais (partículas totais em ou solúveis em benzeno)
foram até 10 vezes superiores aos encontrados durante pavimentações ao ar livre,
mas ainda estavam abaixo de 2,2 mg/m3 TWA calculada para um turno integral de
trabalho;
2 - alguns trabalhadores apresentaram irritação ocular e nasal, tosse e falta
de ar associados com a pavimentação;
3 - sob certas condições, como durante pavimentação em ambientes
fechados, os trabalhadores podem estar em risco aumentado de apresentar
problemas brônquicos.
Estudos relativos à exposição a fumos de asfalto e mortalidade por câncer
foram considerados inconclusivos por causa de problemas metodológicos, tais como
dados de exposição incompletos, discrepâncias na terminologia, períodos de
latência insuficientes e outras variáveis (tabagismo e exposição a outros potenciais
20

agentes carcinogênicos, como produtos de alcatrão de hulha) (NIOSH, 1977a).


Estes problemas tornaram impossível determinar a causa da alta incidência de
câncer em trabalhadores expostos a vapores de asfalto durante as operações de
pavimentação.
Desde o lançamento do documento de critérios NIOSH, estudos adicionais
epidemiológicos têm sido realizados para avaliar a possível associação entre a
exposição aos fumos de asfalto e o risco de câncer (HANSEN, 1989a, 1989b, 1991;
ENGHOLM et al., 1991; WILSON, 1984; MAIZLISH et al., 1988; BENDER et al.,
1989; MOMMSEN et al., 1983; RISCH et al., 1988; BONASSI et al., 1989).
Os resultados desses estudos estão resumidos na tabela 3, apresentada
anteriormente.

5. METODOLOGIA

Este estudo iniciou-se pela análise do trabalho de profissionais ligados à


pavimentação asfáltica, bem como pelo estudo do PPRA de uma empresa
pavimentadora na cidade de Ponta Grossa-PR.
Foram reunidas informações sobre as funções desempenhadas, bem como
sobre os EPI´s utilizados pelos trabalhadores em questão.
Conforme Norma Regulamentadora nº.6, EPI é todo dispositivo de uso
individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
A fiscalização do uso dos EPI´s estabelecidos é feita pelo engenheiro
responsável pela obra e se efetiva no local da mesma, através de visitas periódicas,
tantas quantas forem necessárias para o acompanhamento de todas as etapas da
obra. O engenheiro responsável deve se fazer presente por ocasião da execução
dos serviços de maior responsabilidade e atuar desde o início dos trabalhos até o
recebimento definitivo da obra. A fiscalização será exercida no interesse exclusivo
do contratante, não excluindo nem reduzindo a responsabilidade da contratada,
inclusive de terceiros, por qualquer irregularidade.
A fiscalização pode exigir a substituição de qualquer empregado da
contratada ou de seus contratados no interesse dos serviços, assim como aceitar a
substituição dos integrantes da equipe técnica contratada, através de solicitação por
escrito da mesma.
21

Para cada EPI entregue ao trabalhador é preenchido um formulário com o


“Contrato de Entrega do EPI”, constando o tipo de EPI entregue, data, e assinatura
do funcionário. Além disso, todo funcionário deve passar por um treinamento de
utilização correta dos EPI´S nas seguintes circunstâncias; item 6.2- NR- 6 :
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis
ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou
de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) para atender a situações de emergência.
A seguir encontram-se fotografias que ilustram o trabalho com asfalto, onde
pode ser observada a utilização de alguns EPI´s:

Figura 5 – Reciclagem de pavimentação e espalhamento do CBUQ.


Fonte: A autora
22

Figura 6 - Reciclagem de pavimentação asfáltica.


Fonte: A autora

Figura 7 – Preenchimento com CBUQ.


Fonte: A autora
23

Figura 8 - Camada de CBUQ para pavimentação asfáltica.


Fonte: A autora

Figura 9 – Aplicação de CBQU.


Fonte: A autora
24

Figura 10 - Equipamentos para pavimentação espalhando grande quantidade de gases e


vapores.
Fonte: A autora

5.1 - Funções de Trabalhadores na Pavimentação e Uso de EPI’S


As funções descritas a seguir, bem como os EPI´s a serem utilizados são os
que constam no PPRA da empresa como Luvas, óculos de segurança, protetores
respiratórios, coletes refletivos etc.

5.1.1 – Laboratorista
Função:
Realizar o controle tecnológico do asfalto e solos. Realizar manipulação de
pequenas amostras no laboratório e repassar os resultados obtidos para a gerência.
EPI’s:
Luvas de proteção com borracha nitrílica para proteção das mãos e braços
contra choque em trabalhos e atividades com circuitos elétricos energizados e
proteção das mãos e punhos do empregado contra agentes químicos e biológicos.
Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos mecânicos,
partículas volantes e raios ultravioletas.
Proteção respiratória com filtro utilizada para atividades e locais que
apresentem tal necessidade, em atendimento a Instrução Normativa Nº1 de
25

11/04/1994 – (Programa de Proteção Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso


de Respiradores).
Botinas para coletas em campo.

Figura 11 - Laboratorista
Fonte: A autora

5.1.2 - Motoristas de Rolo Compressor, Motoristas de Aplicação da


Camada Asfáltica, Motoristas de Caminhão Basculante, Operador de
Carregadeira, Motorista de Caminhão Espargidor de Asfalto.
Função:
Operar equipamentos de arrasto, elevação e deslocamento de materiais,
como: pás carregadeiras, retroescavadeiras, tratores e outros similares, controlando
a velocidade de tração e freando para movimentar diversas cargas. Zelar pela
manutenção da máquina, lubrificando, abastecendo e executando pequenos
reparos, para assegurar o bom funcionamento e a segurança das operações.
Auxiliar nos trabalhos de carga e descarga de materiais diversos. Registrar as
operações realizadas, bem como os processos utilizados para permitir o controle
dos resultados.
EPI’s:
Uso obrigatório de capacete para proteção da cabeça contra agentes
meteorológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos
provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e
irradiação solar quando da circulação na usina de asfalto
26

Botina de segurança de borracha para proteção dos pés e pernas contra


umidade, derrapagens e agentes químicos agressivos.
Colete refletivo ou camisa com refletivo para sinalizações em rodovias, sendo
esses em tecidos impermeáveis para chuva.
Protetor auricular tipo concha para proteção dos ouvidos nas atividades e nos
locais que apresentem ruídos excessivos, como as máquinas operadas.
Creme de proteção solar para a proteção contra ação dos raios solares.

Figura 12 – Rolos compactadores em operação.


Fonte: A autora

5.1.3 – Serventes (inclui aplicadores de asfalto, terraplenagem, etc)


Função:
Fazer a limpeza do local e ajudar em diversos serviços como auxiliar geral.
EPI’s:
Uso obrigatório de capacete para proteção da cabeça do empregado contra
agentes meteorológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado,
impactos provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras, choque
elétrico e irradiação solar, quando da circulação na usina de asfalto.
Botina de segurança de borracha para proteção dos pés e pernas contra
umidade, derrapagens e agentes químicos agressivos.
Colete refletivo ou camisa com refletivo para sinalização em rodovias, sendo
em tecidos impermeáveis para chuva.
27

Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos mecânicos,


partículas volantes e raios ultravioletas.
Luva de proteção em raspa para proteger mãos e braços contra agentes
abrasivos e escoriantes.
Creme de proteção solar para a proteção contra ação dos raios solares.

Figura 13 - Serventes
Fonte: A autora

5.1.4 – Lubrificador
Função:
Lubrificar máquinas e equipamentos, sinalizar pontos de lubrificação,
interpretar desenhos de máquinas, avaliar situação de equipamentos.
EPI’s:
Botina de segurança de borracha para proteção dos pés e pernas contra
umidade, derrapagens e agentes químicos agressivos.
Colete refletivo ou camisa com refletivo para sinalização em rodovias, sendo
em tecidos impermeáveis para chuva.
Proteção respiratória com filtro utilizada para atividades e locais que
apresentem tal necessidade, em atendimento a Instrução Normativa Nº1 de
11/04/1994 – (Programa de Proteção Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso
de Respiradores).
28

Cinturão de segurança para proteção contra quedas de níveis.


Óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos mecânicos,
partículas volantes e raios ultravioletas.
Luva de proteção em raspa para proteger mãos e braços contra agentes
abrasivos e escoriantes.
Creme especial para pele quando em contato com óleos e graxas.

Figura 14 - Lubrificador de máquinas


Fonte: A autora

5.1.5 - Sinalizador e Vigia


Função:
Ajudar na sinalização da rodovia devido ao seu tráfego intenso de transportes
e auxiliar na segurança do local com os equipamentos utilizados.
EPI’s:
Colete refletivo ou camisa com refletivo para sinalização em rodovias, sendo
em tecidos impermeáveis para chuva.
Botina de segurança de borracha para proteção dos pés e pernas contra
umidade, derrapagens e agentes químicos agressivos.
29

Figura 15 - Sinalizador de obras


Fonte: A autora

5.1.6 - Engenheiro Responsável


Função:
Executar a obra e a supervisionar trabalhos executados com as unidades de
serviços de pavimentação.
EPI’s:
Uso obrigatório de capacete para proteção da cabeça contra agentes
meteorológicos (trabalho a céu aberto).
Colete refletivo ou camisa com refletivo para sinalização em rodovias, sendo
em tecidos impermeáveis para chuva;
Creme de proteção solar para a proteção contra ação dos raios solares;
Protetor auricular para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que
apresentem ruídos excessivos, como as máquinas operadas a serem fiscalizadas.
Botina de borracha para fiscalização e trabalho em campo.
30

Figura 16 - Engenheiro responsável prela obra


Fonte: A autora

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A exposição às emissões de asfalto em pavimentação se dá tanto por gases e


vapores, quanto a material particulado e essas de emissões são prejudiciais à saúde
humana. São numerosos os gases e vapores que podem estar presentes na
atmosfera dos ambientes de trabalho e que, quando inalados, desenvolvem efeitos
irritantes, principalmente nas vias respiratórias.
O local de ação é em geral determinado pela sua solubilidade. Aqueles que
são muito solúveis na água são rapidamente absorvidos pelas vias aéreas
superiores onde agem como irritantes. Os de baixa solubilidade agem mais adiante,
no pulmão. A ação daqueles de solubilidade intermediária se faz ao longo de todo o
aparelho respiratório.
Dentre o material particulado, a maioria das partículas é de um tamanho
minúsculo (< 2,5 μm), o que facilita não apenas a sua inalação, mas também a sua
chegada às partes mais profundas do pulmão (alvéolos), diminuindo a capacidade
respiratória do indivíduo e aumentando os processos inflamatórios.
Alguns estudos indicam que os compostos químicos presentes no material
particulado conseguem se diluir na região do alvéolo e passam para a circulação
sanguínea. No caso de hidrocarbonetos aromáticos, que são os compostos
31

presentes em maior quantidade nas emissões do asfalto, o tamanho das partículas


se situa entre 1 e 3 μm, portanto conseguem entrar na corrente sangüínea e se fixar
nos glóbulos vermelhos.
Muitos dos agentes químicos que foram identificados, por pesquisadores, nas
emissões de asfalto são comprovadamente carcinogênicos, reconhecidos pelo
Ministério do Trabalho e Emprego.
A presença de vários HAP´s reconhecidamente tóxicos (sendo alguns
também mutagênicos e/ou carcinogênicos) é agravada pela presença de outros
HAP´s diferentes (HAP´s com cadeias alifáticas laterais) daqueles usualmente
estudados pelos padrões analíticos, o que dificulta a quantificação e o
estabelecimento de limites de exposição dos mesmos.
Além disso, eles também podem agir, quando no estado líquido, sobre a pele
determinando queimaduras ou inflamações. O controle dos riscos causados por
estas substâncias se faz através da detecção de sua presença no ambiente de
trabalho e das observações clínicas de seus sintomas em trabalhadores expostos.
Foram identificadas funções (serventes e motoristas) que obviamente se
encontram mais expostas às emissões de asfalto e que merecem uma grande
atenção por parte do SESMT das empresas, pois é esperada a ocorrência de um
maior número de doenças respiratórias nesses trabalhadores por se encontrarem
em tal situação. Os exames clínicos e laboratoriais também devem receber maior
atenção, pois dentro de alguns anos ou décadas, casos de câncer podem surgir
entre esses trabalhadores, o que tem implicações jurídicas evidentes às empresas.
O PPRA e o PCMSO devem também sofrer uma revisão, pois tais riscos
químicos ainda não são reconhecidos pelo SESMT da maioria das empresas.
A proteção respiratória para estes trabalhadores deve ser implantada.

7. CONCLUSÕES

Atualmente, a legislação que trata da exposição ocupacional a produtos


químicos no Brasil é a Norma Regulamentadora 15 (NR-15, 2008) da Portaria nº
3.214/78 do MTE.
O Anexo 13 dessa NR traz alguns enquadramentos de insalubridade para
trabalhadores expostos a alguns dos produtos químicos que foram citados aqui, mas
devemos lembrar que ele é qualitativo e não quantitativo. Outro parâmetro é o
32

Quadro 1 do ANEXO Nº 11 da mesma NR, que estabelece limites de tolerância,


valor teto. Porém, os agentes químicos apresentados no subitem 6.5, na sua
maioria, não apresentam limite de tolerância no âmbito brasileiro.
Neste caso, utiliza-se o subitem 9.3.5.1 do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) da Norma Regulamentadora 9 (NR 9), que diz: “Quando não se
tem parâmetros nacionais, podem-se utilizar os parâmetros internacionais da ACGIH
(American Conference of Governmental Industrial Hygienist)”.
O Benzo(a)pireno, que é citado no Anexo 13 como Benzopireno, é
enquadrado como insalubre em grau máximo (40%) pelo item “Operações Diversas”.
O Betume, sinônimo de asfalto no Brasil, também é enquadrado como insalubre em
grau máximo (40%), mas pelo item “Hidrocarbonetos e outros compostos de
carbono”. O Antraceno detectado no estudo da NIOSH citado anteriormente,
também é enquadrado como insalubre em grau máximo (40%), pelo mesmo item
“Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono”. Tanto o betume quanto o
antraceno são textualmente apontados pelo item “Hidrocarbonetos e outros
compostos de carbono” como “substâncias cancerígenas”.
Um PPR com os respectivos equipamentos de proteção deve ser implantado
para esses trabalhadores, uma vez que há anos os que se dedicam a essas
atividades permanecem sem nenhum tipo de respirador purificador.
Os uniformes devem merecer atenção do SESMT das empresas, uma vez
que não se pode permitir trabalho com exposição a agentes que causam câncer de
pele, entre outros.
Os trabalhadores expostos à radiação solar correm maior risco de
desenvolver câncer de pele. No caso dos pavimentadores, esse risco é ampliado,
pois se trata de uma combinação de fatores que se associam, ou seja, HAP com
radiação solar, merecendo maior atenção nesse aspecto. Os trabalhadores devem,
portanto, utilizar uniformes apropriados e o creme de proteção para a pele, com
banho logo após o término do trabalho.
A empresa que contratar terceiros para a prestação de serviços em seus
estabelecimentos deve estender aos trabalhadores da contratada as mesmas
condições de higiene e conforto oferecidas aos seus próprios empregados (NR-24),
Item 24.6.1.1.
33

O conjunto dos trabalhos aqui apresentados traz à tona um questionamento


fundamental: o que realmente se alcançou na saúde do trabalhador no tocante à
exposição a agentes químicos?
Ainda se confere um valor maior às medidas individuais de proteção contra
agentes físicos, que não condizem com o seu papel efetivo na garantia da proteção
integral à saúde do trabalhador.
Os trabalhadores ainda executam suas atividades em condições precárias,
não apenas no que diz respeito à segurança e à higiene do trabalho, mas também
no que tange às garantias de um trabalho digno e decente.
Enfim, ainda há muito que fazer para proteger esses trabalhadores dos riscos
químicos a que estão continuamente expostos.
34

8. REFERÊNCIAS

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