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CURSO DE CONHECIMENTOS BÁSICOS DE EDUCAÇÃO


AMBIENTAL

MÓDULO 4 – CONTEÚDOS TEMÁTICOS DE EDUCAÇÃO


AMBIENTAL PARTE II

AS SOLUÇÕES AMBIENTAIS

Nesse módulo, daremos continuidade à exposição de temas ambientais para


serem trabalhados com os alunos ou grupo de pessoas que desejam dar início aos
conhecimentos básicos, onde serão expostos temas de soluções ambientais, tidos
como as formas “ecologicamente corretas” para os problemas ambientais. Esse
módulo, além de elencar temas importantes, servirá de suporte para que seja
elaborado trabalho de conclusão de curso.

PARA CONHECER O MEIO AMBIENTE

O professor, em geral, resiste a abordar qualquer assunto que não domine.


Educação Ambiental é um deles. "Não é necessário, porém, ter um grande
conhecimento sobre a natureza para falar sobre ela", garante o educador ambiental
Marcelo de Queiroz Telles. "É preciso, sim, o básico para criar habilidades e ter a

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capacidade de compartilhar o saber." Telles lista uma sequência pela qual o docente
deve passar antes de qualquer ação em sala de aula:
Sensibilização — uma pessoa só consegue parceiros se estiver
sensibilizada. Isso pode ser feito por meio do lúdico. Além de ser uma forma
prazerosa de aprender, atinge tanto crianças quanto adultos;
Informação — o conhecimento inicial pode ser adquirido em palestras,
materiais impressos e sites;
Mudança de comportamento — é fundamental mudar as atitudes, pois não
convence uma pessoa ter um bom discurso sobre a importância da água, por
exemplo, e continuar escovando os dentes com a torneira aberta;
Incentivo — é muito difícil trabalhar sozinho e sem o apoio dos colegas. A
iniciativa deve vir de cima para baixo, ou seja, da direção para o corpo docente, é
preciso sensibilizar e despertar em todos o interesse por participar;
Estratégia — o professor deve escolher um caminho, ou seja, selecionar um
assunto (água, lixo, desmatamento, ar) e uma forma de trabalhá-lo.
É importante ter claro que essa atividade não deve se limitar a datas
comemorativas, como o Dia da Árvore. "É preciso fazer já, pois o planeta não
suporta mais o modelo atual de desenvolvimento. Ele é insustentável", afirma Telles.
"Essa é uma responsabilidade não só dos ecologistas, mas de cada um de nós,
cidadãos e educadores."

Aterros Sanitários

São terrenos onde os caminhões


despejam o lixo em buracos cavados
no chão, forrados com plástico ou
argila para impedir a penetração de
líquidos nos lençóis de águas
subterrâneos. Isso nem sempre
impede que os terrenos ao redor

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sejam poluídos pelas toxinas e pelo chorume, que é um líquido preto formado no
lixo.
Os lixos são colocados em camadas e compactados por tratores. Depois de
preenchidos são cobertos com terra diariamente, para evitar mau cheiro e a
presença de ratos e insetos.

Floresta

Floresta é uma região com


grande quantidade de árvores, umas
próximas às outras, onde convivem
variedades de plantas e animais. As
florestas são muito importantes na
conservação da natureza, pois elas
auxiliam na renovação do oxigênio,
diminuem a velocidade dos ventos e das chuvas, impedindo que as fortes
enxurradas causem a erosão do solo.
Além disso, elas fornecem muitos produtos para o homem como madeira,
frutas, vegetais, óleo, borracha e medicamentos. As florestas estão distribuídas em
lugares de diferentes condições climáticas, podendo ser encontradas tanto em
regiões quentes e úmidas como em regiões frias e secas. Por isso existem vários
tipos de florestas.
A floresta amazônica é um tipo de floresta tropical com clima quente e
úmido. Devido às chuvas intensas, são chamadas também de florestas tropicais
pluviais. A fauna dessas florestas é muito rica e variada, com inúmeras espécies de
mamíferos, aves, insetos, répteis e outros animais. Metade das florestas tropicais do
mundo se encontra na Amazônia. A Mata Atlântica, localizada na costa litorânea do
Brasil, também é considerada um dos biomas que têm a maior diversidade de
animais do mundo.

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Manancial

Mananciais são fontes ou nascentes que fornecem água para as cidades.


Elas devem ser bem escolhidas de acordo com o volume de água, pureza e
localização. As regiões dos mananciais devem ter matas naturais e preservadas. O
homem deve evitar a ocupação ao redor dos mananciais para evitar a poluição da
água e do solo.

Mangue

Terreno pantanoso às margens de lagoas ou de estuários e que são sujeitos


à inundação das marés misturando água doce com água salgada. Os rios e mares
trazem detritos de vegetais e animais mortos que se decompõem e tornam os
mangues ricos em nutrientes. Além da grande quantidade de alimentos para peixes,
crustáceos e aves aquáticas, o local é utilizado para proteção contra predadores nas

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águas escuras e para a reprodução das espécies que ali depositam seus ovos. Por
isso, os mangues são considerados berçários da natureza.
Reciclagem

Muitos municípios, empresas e escolas fazem a coleta seletiva do lixo. Ela é


feita através da separação do lixo domiciliar em sacos plásticos recolhidos pelos
caminhões de coleta. Existem quatro grupos principais de materiais recicláveis. As
lixeiras utilizadas nas escolas e empresas para essa coleta possuem cores
específicas. As cores são:
Azul para papel
Vermelho para plástico
Verde para vidro
Amarelo para metal
TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DE ALGUNS MATERIAIS
Lenço de papel = 3 meses
Palito de fósforo = 6 meses
Caroço de maçã = 6 a 12 meses
Ponta de cigarro = 1 a 2 anos
Chiclete = 5 anos
Lata de aço = 10 anos
Garrafa de plástico = 100 anos
Garrafa de vidro = Mais de 1.000 anos
Lata de alumínio = Não se corrói nunca

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Recursos Naturais

Recurso natural é toda matéria-prima que se encontra disponível na


natureza. Existem aqueles que depois de utilizados são repostos no ambiente como,
por exemplo, a água, através do ciclo da água, os vegetais, através do
reflorestamento e os animais, através da criação de animais. São os chamados
recursos naturais renováveis. Existem também os recursos naturais não renováveis
que, uma vez utilizados, não voltam mais para o ambiente, pois são transformados e
viram outros produtos. Como exemplo, temos o petróleo que não pode ser utilizado
como ele é extraído, por isso ele é refinado para dar origem a vários outros produtos
industriais. A natureza tem o seu próprio ritmo para produzir. Ela precisa de pouco
tempo para repor alguns recursos e centenas de milhares de anos para repor outros
recursos, sendo que alguns nunca mais são repostos.

Estação de Tratamento de Água


São instalações formadas de
tanques e filtros para fazer o
tratamento da água que chega dos
mananciais. A água chega até a
estação de tratamento através de
túneis e adutoras e passa por um
processo de purificação em etapas
até chegar às nossas casas. Toda

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cidade deve ter uma estação de tratamento de água, pois os mananciais em geral
têm muitas impurezas.
O Protocolo de Kyoto

Esse Protocolo tem como objetivo firmar acordos e discussões


internacionais para conjuntamente estabelecer metas de redução na emissão de
gases estufa na atmosfera, principalmente por parte dos países industrializados,
além de criar formas de desenvolvimento de maneira menos impactante àqueles
países em pleno desenvolvimento. Diante da efetivação do Protocolo de Kyoto,
metas de redução de gases foram implantadas, algo em torno de 5,2% entre os
anos de 2008 e 2012.
O Protocolo de Kyoto foi implantado de forma efetiva em 1997, na cidade
japonesa de Kyoto, nome que deu origem ao protocolo. Na reunião, oitenta e quatro
países se dispuseram a aderir ao protocolo e o assinaram. Dessa forma, se
comprometeram a implantar medidas com o intuito de diminuir a emissão de gases.
As metas de redução de gases não são homogêneas a todos os países, colocando
níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases, o
protocolo prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países que compõe a
União Européia em 8%, já os Estados Unidos em 7% e Japão em 6%.
Países em franco desenvolvimento como Brasil, México, Argentina, Índia e
principalmente a China, não receberam metas de redução, pelo menos
momentaneamente. O Protocolo de Kyoto não apenas discute e implanta medidas
de redução de gases, mas também incentiva e estabelece medidas com o intuito de
substituir produtos oriundos do petróleo por outros que provocam menos impacto.
Diante das metas estabelecidas o maior emissor de gases do mundo, Estados
Unidos, se desligou em 2001 do protocolo, alegando que a redução iria
comprometer o desenvolvimento econômico do país.

As etapas do Protocolo de Kyoto

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Em 1988, ocorreu na cidade canadense de Toronto a primeira reunião com
líderes de países e classe científica para discutir sobre as mudanças climáticas. Na
reunião foi dito que as mudanças climáticas têm impacto superado somente por uma
guerra nuclear. A partir dessa data foram sucessivos anos com elevadas
temperaturas, jamais atingidas desde que iniciou o registro. Em 1990, surgiu o IPCC
(Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), primeiro mecanismo de
caráter científico, tendo como intenção alertar o mundo sobre o aquecimento do
planeta, além disso, ficou constatado que alterações climáticas são principalmente
provocadas por CO2 (dióxido de carbono) emitidos pela queima de combustíveis
fósseis.
Em 1992, as discussões foram realizadas na Eco-92, que contou com a
participação de mais de 160 líderes de Estado que assinaram a Convenção Marco
Sobre Mudanças Climáticas. Na reunião, metas para que os países industrializados
permanecessem no ano de 2000 com os mesmos índices de emissão do ano de
1990 foram estabelecidas. Nesse contexto as discussões levaram à conclusão de
que todos os países, independentemente de seu tamanho, devem ter sua
responsabilidade de conservação e preservação das condições climáticas.
Em 1995, foi divulgado o segundo informe do IPCC declarando que as
mudanças climáticas já davam sinais claros, isso proveniente das ações antrópicas
sobre o clima. As declarações atingiram diretamente os grupos de atividades
petrolíferas. Esses rebateram a classe científica alegando que eles estavam
precipitados e que não havia motivo para maiores preocupações nessa questão.
No ano de 1997, foi assinado na cidade japonesa o Protocolo de Kyoto, essa
convenção serviu para firmar o compromisso, por parte dos países do norte
(desenvolvidos), em reduzir a emissão de gases. No entanto, não são concretos os
meios pelos quais serão colocadas em prática as medidas de redução e se
realmente todos envolvidos irão aderir.
Em 2004 ocorreu uma reunião na Argentina que fez aumentar a pressão
para que se estabelecessem metas de redução na emissão de gases por parte dos
países em desenvolvimento até 2012. O ano que marcou o início efetivo do
Protocolo de Kyoto foi 2005, vigorando a partir do mês de fevereiro. Com a entrada
em vigor do Protocolo de Kyoto, cresceu a possibilidade do carbono se tornar moeda
de troca.

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O mercado de créditos de carbono pode aumentar muito, pois países que
assinaram o Protocolo podem comprar e vender créditos de carbono. Na verdade o
comércio de carbono já existe há algum tempo, a bolsa de Chicago, por exemplo, já
negociava os créditos de carbono ao valor de 1,8 dólares por tonelada, já os
programas com consentimento do Protocolo de Kyoto conseguem comercializar
carbono com valores de 5 a 6 dólares a tonelada.

Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

A Eco-92 ou Rio-92

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

A convite do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro foi a sede da Conferência


das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED),
realizada de 3 a 14 de junho de 1992. A reunião ficou conhecida como Rio-92, e a
ela compareceram delegações nacionais de 175 países. Foi, ainda, a primeira
reunião internacional de magnitude a se realizar após o fim da Guerra Fria.
O compromisso do Brasil com o meio ambiente já começara 20 anos antes,
quando o País participou da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano, realizada em Estocolmo, em 1972, em especial no seu período
preparatório de dois anos, quando a Conferência contou com ativa contribuição
brasileira no sentido de introduzir, de modo inseparável, a temática do
desenvolvimento no contexto mais amplo das questões do meio ambiente.
Esse marco inicial dos esforços internacionais para a proteção do meio
ambiente viu-se prejudicado, contudo, por ter ocorrido num momento histórico em
que os alinhamentos Leste-Oeste e Norte-Sul impediam reais ações concertadas
para o benefício da Humanidade. Na Conferência do Rio, ao contrário de Estocolmo,
a cooperação prevaleceu sobre o conflito. Neste sentido, ao abrir novos caminhos
para o diálogo multilateral, colocando os interesses globais como sua principal
preocupação, o significado da Cúpula do Rio foi muito além dos compromissos

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concretos assumidos, pois mostrou as possibilidades de compreensão em um
mundo livre de antagonismo ideológico.
Os compromissos específicos adotados pela Conferência Rio-92 incluem
duas convenções, uma sobre Mudança do Clima e outra sobre Biodiversidade, e
também uma Declaração sobre Florestas. A Conferência aprovou, igualmente,
documentos de objetivos mais abrangentes e de natureza mais política: a
Declaração do Rio e a Agenda 21. Ambos endossam o conceito fundamental de
desenvolvimento sustentável, que combina as aspirações compartilhadas por todos
os países ao progresso econômico e material com a necessidade de uma
consciência ecológica. Além disso, por introduzir o objetivo global de paz e de
desenvolvimento social duradouros, a Rio-92 foi uma resposta tardia às gestões dos
países do Sul feitas desde a reunião de Estocolmo.
As relações entre países ricos e pobres têm sido conduzidas, desde a
Conferência do Rio, por um novo conjunto de princípios inovadores, como os de
"responsabilidades comuns, mas diferenciadas entre os países", de "o poluidor
paga" e de "padrões sustentáveis de produção e consumo". Além disso, com a
adoção da Agenda 21, a Conferência estabeleceu, com vistas ao futuro, objetivos
concretos de sustentabilidade em diversas áreas, explicitando a necessidade de se
buscarem recursos financeiros novos e adicionais para a complementação em nível
global do desenvolvimento sustentável. A Conferência do Rio foi também audaciosa
ao permitir uma grande participação de organizações não-governamentais (ONGs),
que passaram a desempenhar um papel fiscalizador e a pressionar os governos
para o cumprimento da Agenda 21.
Com vistas a avaliar os cinco primeiros anos de implementação da Agenda
21, realizou-se em Nova York, de 23 a 27 de junho de 1997, a 19ª Sessão Especial
da Assembléia-Geral das Nações Unidas. Além de ter procurado identificar as
principais dificuldades relacionadas à implementação da Agenda 21, a Sessão
Especial dedicou-se à definição de prioridades de ação para os anos seguintes e a
conferir impulso político às negociações ambientais em curso.
Graças à expressiva presença de Chefes de Estado e de Governo, a Sessão
Especial representou uma reafirmação perante a opinião pública mundial da
importância atribuída à temática do desenvolvimento sustentável. Para os países em
desenvolvimento, o principal resultado da Sessão Especial foi a preservação intacta

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do patrimônio conceitual originado da Conferência do Rio. O documento final
incorporou, assim, uma "Declaração de Compromisso", na qual os chefes de
delegação reiteram solenemente o compromisso de seus países com os princípios e
programas contidos na Declaração do Rio e na Agenda 21, assim como o propósito
de dar seguimento a sua implementação.

Desenvolvimento Sustentável

O termo desenvolvimento sustentável foi primeiramente utilizado por Robert


Allen, no artigo “Como Salvar o Mundo” ou "How to Save the World". Allen o define
como sendo "o desenvolvimento requerido para obter a satisfação duradoura das
necessidades humanas e o crescimento (melhoria) da qualidade de vida" (Allen
apud Bellia, 1996, p.23). Rotmans e Vries (1997) comentam que a noção de
desenvolvimento sustentável foi introduzida nesse ano, tendo demorado quase uma
década para ser amplamente conhecida nos círculos políticos e que o relatório de
Brundtland foi a peça-chave. Eles destacam também que apesar da importância do
conceito nos atuais debates políticos e científicos, não existe uma única definição
que seja compartilhada por todos interessados.
Os elementos que compõem o conceito de desenvolvimento sustentável já
foram colocados (a preservação da qualidade dos sistemas ecológicos, a
necessidade de um crescimento econômico para satisfazer as necessidades sociais
e a equidade - todos possam compartilhar - entre geração presente e futura). Desta
forma, percebe-se que os ideais do desenvolvimento sustentável são bem maiores
do que as preocupações específicas (a racionalização do uso da energia, ou o
desenvolvimento de técnicas substitutivas do uso de bens não-renováveis ou, ainda,
o adequado manejo de resíduos). Principalmente, é o reconhecimento de que a
pobreza, a deterioração do meio ambiente e o crescimento populacional estão
indiscutivelmente interligados. Nenhum destes problemas fundamentais pode ser
resolvido de forma isolada, na busca de parâmetros ditos como aceitáveis, visando à
convivência do ser humano numa base mais justa e equilibrada.
Sem dúvida, os novos desenvolvimentos tecnológicos podem atuar no
controle da poluição causada por tecnologias mais antigas, como também as

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restrições quanto ao uso de agentes químicos poluentes podem ser eficazes no
controle ambiental. Porém, precisamos examinar as conseqüências da imposição
e/ou dependência da tecnologia presente nos processos de transferência de
tecnologia dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento.
Para abordar a importância da dimensão tecnológica para manutenção,
elevação ou degradação da qualidade de algum sistema social, há a necessidade de
se definir um grupo de critérios a serem utilizados para determinar se uma
tecnologia é apropriada ou não: preocupação com o significado sócio-político das
tecnologias, seu tamanho, nível de modernidade e sofisticação e o impacto
ambiental causado por estas tecnologias (BELLIA, 1996).
Se a eficiência econômica e a preservação ambiental parecem estar
distantes de uma solução conciliadora, pode-se encontrar algumas soluções parciais
em andamento na produção sustentável, como pesquisa e utilização de formas
renováveis de energia, etc. É necessário que se promova a adoção de técnicas que
garantam a redução/eliminação do consumo acerbado ou, da produção não
sustentável, na tentativa do estabelecimento de um novo sistema econômico,
consciente da questão ambiental. Para reforçar, destaca-se o 4º Princípio da
Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento: [Conferência, 1996]
para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental deve constituir-
se parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada
isoladamente deste.
O conceito de desenvolvimento sustentável inclui usar recursos com o
caráter de perpetuação e a forma como o conceito foi elaborado é ampla,
abrangendo o econômico, o social e o ecológico. Inclui também a exigência da
sociedade organizada - o que torna o problema do Estado.
A partir da falência do conceito de que os recursos ambientais seriam
infinitos, estes passaram a ser objeto de gestão. Não só cabe analisar os recursos
não-renováveis como, também, discutir a questão do bem público, que muitas vezes
acabou permitindo a exploração desenfreada por alguns indivíduos. Alie-se,
também, que o desenvolvimento sustentável é um processo global e não pode ser
confundido com a globalização. A globalização poderia ser vista por "dois lados". O
primeiro é o das grandes empresas e se refere ao domínio do mercado mundial ou,
em outras palavras, o aspecto comercial. Já o outro lado, o "da poluição", ótica que

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transcende fronteiras nacionais e que significa evitar a poluição. Sachs, na entrevista
dada à revista ‘Isto é’ (1403, de 21/8/96), sob o título "Desordem Mundial", menciona
que globalização é "uma palavra que está sendo esticada para encobrir diferentes
sentidos... os principais atores não são países e sim empresas".
A globalização do problema ambiental suscita à questão da complexidade.
Esta permeia o conceito de desenvolvimento sustentável e exige que se pense de
forma global, mas que se aja localmente. Neste sentido, a procura de um novo
enfoque do desenvolvimento regional deve levar em conta não somente o aspecto
econômico, mas também o ecológico, político, social e cultural, os quais são,
também, necessários para o crescimento e manutenção de todos os agentes
envolvidos (seres humanos, fauna, flora e a biodiversidade).

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