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AS SOLUÇÕES AMBIENTAIS
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capacidade de compartilhar o saber." Telles lista uma sequência pela qual o docente
deve passar antes de qualquer ação em sala de aula:
Sensibilização — uma pessoa só consegue parceiros se estiver
sensibilizada. Isso pode ser feito por meio do lúdico. Além de ser uma forma
prazerosa de aprender, atinge tanto crianças quanto adultos;
Informação — o conhecimento inicial pode ser adquirido em palestras,
materiais impressos e sites;
Mudança de comportamento — é fundamental mudar as atitudes, pois não
convence uma pessoa ter um bom discurso sobre a importância da água, por
exemplo, e continuar escovando os dentes com a torneira aberta;
Incentivo — é muito difícil trabalhar sozinho e sem o apoio dos colegas. A
iniciativa deve vir de cima para baixo, ou seja, da direção para o corpo docente, é
preciso sensibilizar e despertar em todos o interesse por participar;
Estratégia — o professor deve escolher um caminho, ou seja, selecionar um
assunto (água, lixo, desmatamento, ar) e uma forma de trabalhá-lo.
É importante ter claro que essa atividade não deve se limitar a datas
comemorativas, como o Dia da Árvore. "É preciso fazer já, pois o planeta não
suporta mais o modelo atual de desenvolvimento. Ele é insustentável", afirma Telles.
"Essa é uma responsabilidade não só dos ecologistas, mas de cada um de nós,
cidadãos e educadores."
Aterros Sanitários
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sejam poluídos pelas toxinas e pelo chorume, que é um líquido preto formado no
lixo.
Os lixos são colocados em camadas e compactados por tratores. Depois de
preenchidos são cobertos com terra diariamente, para evitar mau cheiro e a
presença de ratos e insetos.
Floresta
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Manancial
Mangue
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águas escuras e para a reprodução das espécies que ali depositam seus ovos. Por
isso, os mangues são considerados berçários da natureza.
Reciclagem
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Recursos Naturais
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cidade deve ter uma estação de tratamento de água, pois os mananciais em geral
têm muitas impurezas.
O Protocolo de Kyoto
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Em 1988, ocorreu na cidade canadense de Toronto a primeira reunião com
líderes de países e classe científica para discutir sobre as mudanças climáticas. Na
reunião foi dito que as mudanças climáticas têm impacto superado somente por uma
guerra nuclear. A partir dessa data foram sucessivos anos com elevadas
temperaturas, jamais atingidas desde que iniciou o registro. Em 1990, surgiu o IPCC
(Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), primeiro mecanismo de
caráter científico, tendo como intenção alertar o mundo sobre o aquecimento do
planeta, além disso, ficou constatado que alterações climáticas são principalmente
provocadas por CO2 (dióxido de carbono) emitidos pela queima de combustíveis
fósseis.
Em 1992, as discussões foram realizadas na Eco-92, que contou com a
participação de mais de 160 líderes de Estado que assinaram a Convenção Marco
Sobre Mudanças Climáticas. Na reunião, metas para que os países industrializados
permanecessem no ano de 2000 com os mesmos índices de emissão do ano de
1990 foram estabelecidas. Nesse contexto as discussões levaram à conclusão de
que todos os países, independentemente de seu tamanho, devem ter sua
responsabilidade de conservação e preservação das condições climáticas.
Em 1995, foi divulgado o segundo informe do IPCC declarando que as
mudanças climáticas já davam sinais claros, isso proveniente das ações antrópicas
sobre o clima. As declarações atingiram diretamente os grupos de atividades
petrolíferas. Esses rebateram a classe científica alegando que eles estavam
precipitados e que não havia motivo para maiores preocupações nessa questão.
No ano de 1997, foi assinado na cidade japonesa o Protocolo de Kyoto, essa
convenção serviu para firmar o compromisso, por parte dos países do norte
(desenvolvidos), em reduzir a emissão de gases. No entanto, não são concretos os
meios pelos quais serão colocadas em prática as medidas de redução e se
realmente todos envolvidos irão aderir.
Em 2004 ocorreu uma reunião na Argentina que fez aumentar a pressão
para que se estabelecessem metas de redução na emissão de gases por parte dos
países em desenvolvimento até 2012. O ano que marcou o início efetivo do
Protocolo de Kyoto foi 2005, vigorando a partir do mês de fevereiro. Com a entrada
em vigor do Protocolo de Kyoto, cresceu a possibilidade do carbono se tornar moeda
de troca.
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O mercado de créditos de carbono pode aumentar muito, pois países que
assinaram o Protocolo podem comprar e vender créditos de carbono. Na verdade o
comércio de carbono já existe há algum tempo, a bolsa de Chicago, por exemplo, já
negociava os créditos de carbono ao valor de 1,8 dólares por tonelada, já os
programas com consentimento do Protocolo de Kyoto conseguem comercializar
carbono com valores de 5 a 6 dólares a tonelada.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
A Eco-92 ou Rio-92
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concretos assumidos, pois mostrou as possibilidades de compreensão em um
mundo livre de antagonismo ideológico.
Os compromissos específicos adotados pela Conferência Rio-92 incluem
duas convenções, uma sobre Mudança do Clima e outra sobre Biodiversidade, e
também uma Declaração sobre Florestas. A Conferência aprovou, igualmente,
documentos de objetivos mais abrangentes e de natureza mais política: a
Declaração do Rio e a Agenda 21. Ambos endossam o conceito fundamental de
desenvolvimento sustentável, que combina as aspirações compartilhadas por todos
os países ao progresso econômico e material com a necessidade de uma
consciência ecológica. Além disso, por introduzir o objetivo global de paz e de
desenvolvimento social duradouros, a Rio-92 foi uma resposta tardia às gestões dos
países do Sul feitas desde a reunião de Estocolmo.
As relações entre países ricos e pobres têm sido conduzidas, desde a
Conferência do Rio, por um novo conjunto de princípios inovadores, como os de
"responsabilidades comuns, mas diferenciadas entre os países", de "o poluidor
paga" e de "padrões sustentáveis de produção e consumo". Além disso, com a
adoção da Agenda 21, a Conferência estabeleceu, com vistas ao futuro, objetivos
concretos de sustentabilidade em diversas áreas, explicitando a necessidade de se
buscarem recursos financeiros novos e adicionais para a complementação em nível
global do desenvolvimento sustentável. A Conferência do Rio foi também audaciosa
ao permitir uma grande participação de organizações não-governamentais (ONGs),
que passaram a desempenhar um papel fiscalizador e a pressionar os governos
para o cumprimento da Agenda 21.
Com vistas a avaliar os cinco primeiros anos de implementação da Agenda
21, realizou-se em Nova York, de 23 a 27 de junho de 1997, a 19ª Sessão Especial
da Assembléia-Geral das Nações Unidas. Além de ter procurado identificar as
principais dificuldades relacionadas à implementação da Agenda 21, a Sessão
Especial dedicou-se à definição de prioridades de ação para os anos seguintes e a
conferir impulso político às negociações ambientais em curso.
Graças à expressiva presença de Chefes de Estado e de Governo, a Sessão
Especial representou uma reafirmação perante a opinião pública mundial da
importância atribuída à temática do desenvolvimento sustentável. Para os países em
desenvolvimento, o principal resultado da Sessão Especial foi a preservação intacta
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do patrimônio conceitual originado da Conferência do Rio. O documento final
incorporou, assim, uma "Declaração de Compromisso", na qual os chefes de
delegação reiteram solenemente o compromisso de seus países com os princípios e
programas contidos na Declaração do Rio e na Agenda 21, assim como o propósito
de dar seguimento a sua implementação.
Desenvolvimento Sustentável
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restrições quanto ao uso de agentes químicos poluentes podem ser eficazes no
controle ambiental. Porém, precisamos examinar as conseqüências da imposição
e/ou dependência da tecnologia presente nos processos de transferência de
tecnologia dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento.
Para abordar a importância da dimensão tecnológica para manutenção,
elevação ou degradação da qualidade de algum sistema social, há a necessidade de
se definir um grupo de critérios a serem utilizados para determinar se uma
tecnologia é apropriada ou não: preocupação com o significado sócio-político das
tecnologias, seu tamanho, nível de modernidade e sofisticação e o impacto
ambiental causado por estas tecnologias (BELLIA, 1996).
Se a eficiência econômica e a preservação ambiental parecem estar
distantes de uma solução conciliadora, pode-se encontrar algumas soluções parciais
em andamento na produção sustentável, como pesquisa e utilização de formas
renováveis de energia, etc. É necessário que se promova a adoção de técnicas que
garantam a redução/eliminação do consumo acerbado ou, da produção não
sustentável, na tentativa do estabelecimento de um novo sistema econômico,
consciente da questão ambiental. Para reforçar, destaca-se o 4º Princípio da
Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento: [Conferência, 1996]
para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental deve constituir-
se parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada
isoladamente deste.
O conceito de desenvolvimento sustentável inclui usar recursos com o
caráter de perpetuação e a forma como o conceito foi elaborado é ampla,
abrangendo o econômico, o social e o ecológico. Inclui também a exigência da
sociedade organizada - o que torna o problema do Estado.
A partir da falência do conceito de que os recursos ambientais seriam
infinitos, estes passaram a ser objeto de gestão. Não só cabe analisar os recursos
não-renováveis como, também, discutir a questão do bem público, que muitas vezes
acabou permitindo a exploração desenfreada por alguns indivíduos. Alie-se,
também, que o desenvolvimento sustentável é um processo global e não pode ser
confundido com a globalização. A globalização poderia ser vista por "dois lados". O
primeiro é o das grandes empresas e se refere ao domínio do mercado mundial ou,
em outras palavras, o aspecto comercial. Já o outro lado, o "da poluição", ótica que
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transcende fronteiras nacionais e que significa evitar a poluição. Sachs, na entrevista
dada à revista ‘Isto é’ (1403, de 21/8/96), sob o título "Desordem Mundial", menciona
que globalização é "uma palavra que está sendo esticada para encobrir diferentes
sentidos... os principais atores não são países e sim empresas".
A globalização do problema ambiental suscita à questão da complexidade.
Esta permeia o conceito de desenvolvimento sustentável e exige que se pense de
forma global, mas que se aja localmente. Neste sentido, a procura de um novo
enfoque do desenvolvimento regional deve levar em conta não somente o aspecto
econômico, mas também o ecológico, político, social e cultural, os quais são,
também, necessários para o crescimento e manutenção de todos os agentes
envolvidos (seres humanos, fauna, flora e a biodiversidade).
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