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O que é Sociologia?

No contexto atual de importantes e aceleradas transformações que atravessam as


sociedades, a Sociologia, na qualidade de disciplina científica, estuda sistematicamente as
relações sociais que se desenvolvem entre os indivíduos, os grupos e as instituições sociais.
Elaboram-se modos de conhecimento sobre as sociedades contemporâneas, analisando-se,
em especial, os múltiplos processos de relacionamento humano, as formas de organização
social e as dinâmicas da mudança social.

Face à complexidade da própria realidade social, a Sociologia especializa-se em


diferentes domínios como, por exemplo: o político, o território e o ambiente, a educação, a
família e a saúde, o trabalho e as organizações, a comunicação e a cultura, o
desenvolvimento, a saúde e as religiões. Equacionam-se, sociologicamente, questões como:
o Estado e políticas sociais, o desenvolvimento econômico e social, a governabilidade,
participação política e cidadania, os movimentos e lutas sociais, o ambiente, emprego e
qualificações profissionais, as desigualdades sociais, a ciência e educação, a incerteza e
risco sociais, a população, urbanização e movimentos migratórios, a etnicidade, o gênero e
a sexualidade, o consumo nas modernas economias, as práticas culturais, os novos
modelos familiares, as identidades sociais, as novas pandemias ou ainda os fenômenos
ligados à exclusão social.

Desde as últimas décadas, vive-se com mudanças sociais importantes nos diversos
contextos sociais: vive-se com o regime de acumulação de capital flexível; a globalização
em suas dimensões sócio-econômicas e culturais. Tudo isso, atrelado à fluidez, à novidade
e ao efêmero, passa a ser valorizado e a fazer parte das práticas que se constituem na
contemporaneidade. Tendo como base o mundo de hoje é possível dizer que mudanças
avassaladoras e profundas de valores, de comportamentos e de identidades vêm
acontecendo. Desta forma, as modificações ocorridas ao longo do tempo possibilitaram o
desencadeamento, na contemporaneidade, de novos tipos de relacionamentos muito mais
efêmeros, frágeis e superficiais.

Nessa perspectiva, a complexidade da dinâmica familiar traduz-se de forma


inquestionável na maneira com que seus membros interagem. Com todo esse aparato de
diversidade, o amor, o afeto, enfim, os sentimentos passam a ser também um desafio tendo
em vista que aprender a respeitar e a entender as diferenças, aprender a educar os filhos,
dentro de suas limitações e dificuldades é algo que exige um esforço cada vez maior por
parte de todos os membros da família contemporânea. Por tudo isso, os novos arranjos
familiares trazem consigo novos processos de adaptação.

Verifica-se que, no âmbito da família, estão se constituindo novas relações, com o


relaxamento do comportamento dos cônjuges, o deslocamento da importância do grupo
familiar para a importância de seus membros, a substituição de uma educação
conservadora, modeladora e corretiva das crianças, por uma prática pedagógica de
negociação. Vê-se, com tudo isso, a ‘plasticidade’ que incide nestas novas relações sociais
e familiares que permeiam esta nova realidade acerca do impacto das transformações
socioeconômicas e culturais, sobre a família, tendo como base as mudanças
proporcionadas principalmente pós-advento do capitalismo.
A Sociologia pertence a um grupo do que se convencionou chamar por Ciências
Sociais. Ao lado de Ciências como a Economia, Antropologia, Ciência Política, História,
dentre outras, procura pesquisar e estudar o comportamento social humano em suas mais
variadas formas de organização e conflito que, genericamente, poderíamos dizer que seja
esse o seu objeto de foco. Não há uma divisão exata entre o objeto destas ciências, os
complexos fenômenos da vida em grupo, em sociedade. Frequentemente, utiliza-se de
conceitos que perpassam por todas elas, no entanto, cada uma possui seus próprios
métodos e busca objetos específicos.

Há milhares de anos, procura-se compreender a vida em grupo. Várias foram as


maneiras inventadas pela raça humana. Desde a fantasia e a imaginação, fruto de uma
postura mítica, passando pela Filosofia e pela dogmática religiosa. Não é raro encontrarmos,
ainda hoje presentes em determinados grupos sociais, heranças destas posturas milenares
que visavam mais propor ou impor normas para uma sociedade ideal, do que a pesquisa e o
estudo propriamente ditos.

Depois de tantas tentativas de compreender a realidade, surge no século XIX a


Sociologia. Creditam-se a Augusto Comte (1798-1857) a invenção e o uso pela primeira vez
da palavra em seu curso de Filosofia Positiva em 1839. No entanto, foi com Émile Durkheim
(1858-1917) que a sociologia ganha o “status” de Ciência, academicamente reconhecida.

Hoje, poderíamos dizer que existem duas grandes escolas do pensamento sociológico:
O Estrutural-Funcionalismo e a do Conflito.

• A escola Funcionalista, de forte influência Durkheiminiana, entende que a


sociedade se assemelha a um organismo humano-biológico, ou seja, se uma das
partes deste corpo (órgãos) não está bem, o todo também não estará bem. Está
implícito que todos os participantes de uma sociedade devem agir do mesmo modo, as
normas devem ser compartilhadas por todos. Quem, eventualmente, não agir como o
grupo age é desviante, sofre sanções.
• A escola do Conflito procura olhar para a sociedade, levando-se em conta suas
contradições. Aqui o “organismo” não adoece, pode perfeitamente ter problemas em
suas partes (órgãos) uma vez que entende que o conflito, o choque normativo, é o que
move os grupos de uma dada sociedade historicamente constituída.

A escola do Conflito não perde de vista que todas as sociedades conhecidas são
estratificadas, daí o conceito de mudança social permanente estar presente como um fato,
fruto da observação, conceito este não pensado a contento na escola
Funcionalista/Durkheiminiana. O conceito de mudança social, dialético, portanto, como uma
dinâmica natural dos grupos, entende que tanto a desigualdade social, como o idioma, são
dados estruturais das sociedades que ao longo da história têm sofrido mutações constantes,
respeitadas as características de cada cultura, em momentos históricos específicos.

Desta forma, hoje, o grande desafio da Sociologia, além da objetividade científica em


seus estudos, é o de contribuir para reinventarmos a civilização, pois esta, desigual e injusta
como está posta, é insustentável.
A Sociologia não é matéria de interesse apenas de sociólogos. Cobrindo todas as
áreas do convívio humano - desde as relações na família até a organização das grandes
empresas; desde o papel da política na sociedade até o comportamento religioso -, a
Sociologia interessa de modo acentuado a administradores, políticos, empresários, juristas,
professores em geral, publicitários, jornalistas, planejadores, sacerdotes, mas, também, ao
homem comum. A Sociologia não explica nem pretende explicar tudo o que ocorre na
sociedade nem todo o comportamento humano. Muitos acontecimentos humanos escapam
aos seus critérios. Ela toca, porém, todos os domínios da existência humana em sociedade.
Por esta razão, a abordagem sociológica, através dos seus conceitos, teorias e métodos,
pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações
com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e,
consequentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.

Atualmente, ela estuda organizações humanas, instituições e suas interações sociais,


aplicando minimamente o método comparativo. Esta disciplina tem se concentrado
particularmente em organizações complexas de sociedades industriais.

Ao contrário das explicações filosóficas das relações sociais, as explicações da


Sociologia não partem simplesmente da especulação de gabinete, baseada, quando muito,
na observação casual de alguns fatos. Muitos dos teóricos, que almejavam conferir à
sociologia o estatuto de ciência, buscaram nas ciências naturais as bases de sua
metodologia mais avançada, e as discussões epistemológicas mais desenvolvidas. Dessa
forma foram empregados métodos estatísticos, a observação empírica e um ceticismo
metodológico a fim de extirpar os elementos "incontroláveis e tóxicos" recorrentes numa
ciência ainda muito nova e dada a grandes elucubrações. Uma das primeiras e grandes
preocupações para com a sociologia foi eliminar juízos de valor feitos em seu nome.
Diferentemente da ética, que visa discernir entre bem e mal, a ciência se presta à explicação
e à compreensão dos fenômenos, sejam estes naturais ou sociais.

Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios gerais válidos
para todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades dos fenômenos
sociais quando comparados com os fenômenos de natureza e, conseqüentemente, da
abordagem científica da sociedade. Tais peculiaridades, no entanto, foram e continuam
sendo o foco de muitas discussões, ora tentando aproximar as ciências, ora afastando-as e,
até mesmo, negando às ciências humanas tal estatuto com base na inviabilidade de
qualquer controle dos dados tipicamente humanos, considerados por muitos, imprevisíveis e
impassíveis de uma análise objetiva.

O século XVIII pode ser considerado um período de grande importância para a história
do pensamento ocidental e para o início da Sociologia. A sociedade vivia uma era de
mudanças de impacto em sua conjuntura política, econômica e cultural, que trazia novas
situações e também novos problemas. Consequentemente, esse contexto dinâmico e
confuso contribui para eclodirem duas grandes revoluções – a Revolução Industrial, na
Inglaterra e a Revolução Francesa.

A tarefa que os fundadores da sociologia assumem é a de estabilização da nova


ordem. Comte também é muito claro quanto a essa questão. Para ele, a nova teoria da
sociedade, que ele denominava de “positiva“ deveria ensinar os homens a aceitar a ordem
existente, deixando de lado a sua negação.
Procedendo desta forma, essa sociologia inicial revestiu-se de um indisfarçável
conteúdo estabilizador, ligando-se aos movimentos de reforma conservadora da sociedade.
A oficialização da sociologia foi, portanto em larga medida, uma criação do positivismo, e
uma vez assim constituída, procurará realizar a legitimação intelectual do novo regime.

Destarte a Sociologia, através de seus métodos de investigação científica, procura


compreender e explicar as estruturas da sociedade, analisando a relações históricas e
culturais criando conceitos e teorias a fim de manter ou alterar as relações de poder nela
existentes, possui objetivo de manter relações que estabelecem consciente ou
inconscientemente, entre pessoas que vivem numa mesma comunidade, num grupo social
ou mesmo em grupos sociais diferentes que lutam para viver em harmonia, estabelecendo
limites e procurando ampliar o espaço em que vivem para uma melhor organização. A
sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório. Para alguns representa uma
poderosa arma a serviço dos interesses dominantes, para outros, ela é a expressão teórica
dos movimentos revolucionários nascidos no seio da sociedade.

Aluno: Marcondes Moreira da Silveira

Matrícula: 2009010235

Turma: CEEADLI0211092

Profª: Taissa Agrícola dos Santos

Disciplina: Sociologia

Referência Bibliográfica:

O que é sociologia editora São Paulo brasiliense.

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