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TEMPO COMUM. TRIGÉSIMA SEMANA.

QUINTA-FEIRA

61. O AMOR DE JESUS


– O nosso refúgio e protecção estão no amor a Deus. Acudir ao Sacrário.

– Jesus Sacramentado prestará todas as ajudas necessárias.

– Junto do Sacrário, ganharemos todas as batalhas. Almas de Eucaristia.

I. NO CAMINHO para Jerusalém, que São Lucas descreve com tanto


detalhe, Jesus deixou escapar do fundo do coração esta queixa em relação à
Cidade Santa: Jerusalém, Jerusalém [...], quantas vezes quis juntar os teus
filhos, como a galinha recolhe os seus pintinhos debaixo das asas...1

É assim que o Senhor continua a proteger-nos: como a galinha reúne os


seus pintinhos indefesos. Do Sacrário, Jesus vela pelo nosso caminhar e está
atento aos perigos que nos rodeiam, cura as nossas feridas e nos dá
constantemente a sua Vida. Conscientes desta verdade, quantas vezes não
teremos repetido a estrofe do hino eucarístico: Bom pelicano, Senhor Jesus!
Limpai-me a mim, imundo, com o vosso Sangue, do qual uma só gota pode
salvar do pecado o mundo inteiro 2. N’Ele está a nossa salvação e o nosso
refúgio.

Os pintinhos que buscam refúgio debaixo das asas da mãe são uma imagem
do justo que procura protecção no Senhor, como podemos ler com frequência
na Sagrada Escritura: Guarda-me como à menina dos teus olhos, esconde-me
sob a sombra das tuas asas3, porque Tu és o meu refúgio, uma torre fortificada
contra o inimigo. Oxalá possa eu habitar sempre no teu tabernáculo e acolher-
me sob o amparo das tuas asas4, lemos nos Salmos. O profeta Isaías recorre à
mesma imagem para assegurar ao Povo eleito que Deus o defenderá contra o
cerco do inimigo. Assim como os pássaros estendem as suas asas sobre os
seus filhos, assim o Eterno todo-poderoso defenderá Jerusalém5.

No fim da nossa vida, Jesus será o nosso Juiz e o nosso Amigo. E enquanto
durar a nossa peregrinação, dar-nos-á todas as ajudas de que necessitamos,
pois a sua missão é uma só, como era quando vivia aqui na terra: salvar-nos.
Não podemos imaginá-lo distante das dificuldades que nos rodeiam, indiferente
ao que nos preocupa! “Se sofremos penas e desgostos, Ele nos alivia e
consola. Se caímos doentes, será o nosso remédio ou então dar-nos-á forças
para sofrer, a fim de merecermos ir para o Céu. Se o demónio ou as paixões
nos atacam, dar-nos-á armas para lutar, para resistir e para alcançar vitória. Se
somos pobres, enriquecer-nos-á com toda a sorte de bens no tempo e na
eternidade”6.

Não deixemos de acompanhar o Senhor presente nos nossos Sacrários.


Esses poucos minutos de uma breve visita que lhe façamos serão os
momentos mais bem aproveitados do nosso dia. “E o que faremos, perguntais
algumas vezes, diante de Jesus Sacramentado? Amá-lo, louvá-lo, agradecer-
lhe e pedir-lhe. O que faz um pobre na presença de um rico? O que faz o
doente diante do médico? O que faz o sedento diante de uma fonte cristalina?”7

II. A CONFIANÇA de que venceremos todas as provas, perigos e


padecimentos não se baseia nas nossas forças, sempre escassas, mas na
protecção de Deus, que nos amou desde toda a eternidade e não hesitou em
entregar o seu Filho à morte para nossa salvação.

O próprio Jesus quis permanecer junto de nós, no Sacrário mais próximo,


para nos ajudar, para curar as nossas feridas e dar-nos novos ânimos nesse
caminho que há-de desembocar no Céu. Basta que nos aproximemos d’Ele,
pois está sempre à nossa espera.

Nada do que nos venha a acontecer poderá separar-nos de Deus, como nos
ensina São Paulo numa das Leituras da Missa8, pois se Deus é por nós, quem
será contra nós? Aquele que não poupou nem o seu próprio Filho, mas por nós
todos o entregou à morte, como não nos dará também com ele todas as
coisas?... Quem nos separará, pois, do amor de Cristo? A tribulação?, a
angústia?, a fome?, a nudez?, o perigo?, a perseguição?, a espada? Nada nos
poderá separar d’Ele, se nós não nos afastarmos.

“Revestidos da graça, passaremos através das montanhas (cfr. Sl 103, 10) e


subiremos a encosta do cumprimento do dever cristão, sem nos determos.
Utilizando estes recursos, com boa vontade, suplicando ao Senhor que nos
outorgue uma esperança cada vez maior, possuiremos a alegria contagiosa
dos que se sabem filhos de Deus: Se Deus está connosco, quem nos poderá
derrotar? (Rom 8, 31)”9.

Ainda que o Senhor permita tentações muito fortes ou as dificuldades


familiares cresçam, e sobrevenha a doença ou se torne mais íngreme a
encosta..., nenhuma prova por si mesma é suficientemente forte para nos
separar de Jesus. Com uma visita ao Sacrário mais próximo, com uma oração
bem feita, encontraremos a mão poderosa de Deus e poderemos dizer: Omnia
possum in eo qui me confortat10, tudo posso n’Aquele que me conforta. Porque
eu estou certo – continua São Paulo na primeira Leitura da Missa – de que
nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as virtudes,
nem as coisas presentes, nem as futuras, nem a força, nem a altura, nem a
profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de
Deus, que está em Jesus Cristo Nosso Senhor. É um cântico de confiança e de
optimismo que hoje podemos fazer nosso.

São João Crisóstomo recorda-nos que “o próprio São Paulo teve que lutar
contra numerosos inimigos. Os bárbaros atacavam-no, os seus próprios
guardas armavam-lhe ciladas, até os fiéis, às vezes em grande número, se
levantaram contra ele e, no entanto, Paulo triunfou de tudo. Não esqueçamos
que o cristão fiel às leis do seu Deus vencerá tanto os homens como o próprio
Satanás”11. Se nos mantivermos sempre perto de Jesus presente na Sagrada
Eucaristia, venceremos todas as batalhas, ainda que às vezes pareça que
fomos derrotados... O Sacrário será a nossa fortaleza, pois Jesus quis ficar
para nos amparar, para nos ajudar em qualquer necessidade. Vinde a Mim...,
diz-nos todos os dias.

III. A SERENIDADE que devemos ter não nasce de fecharmos os olhos à


realidade ou de pensarmos que não teremos tropeços e dificuldades, mas de
olharmos o presente e o futuro com optimismo, porque sabemos que o Senhor
quis ficar connosco para nos socorrer.

Quando vivemos nessa persuasão, as próprias dificuldades da vida se


convertem num bem, e mesmo nas circunstâncias mais duras não nos
sentimos sós. Se nessas ocasiões se agradece tanto a presença de um amigo,
como não será a paz que teremos junto do Amigo, no Sacrário mais próximo?
Devemos acudir rapidamente à igreja mais próxima, para buscar consolo, paz e
as forças necessárias. “Que mais queremos ter ao lado que um Amigo tão
bom, que não nos abandonará nos trabalhos e tribulações, como fazem os do
mundo?”12, escreve Santa Teresa de Jesus.

Quando já se podia perceber que ia ser perseguido, São Tomás More foi
intimado a comparecer perante o tribunal de Lambeth. No dia marcado,
despediu-se dos seus, mas não quis que o acompanhassem ao embarcadouro,
como de costume. Iam com ele somente William Roper, marido de sua filha
mais velha, Margareth, e alguns criados. Ninguém no barco se atrevia a romper
o silêncio. Ao cabo de uns minutos, More sussurrou inopinadamente ao ouvido
de Roper: Son Roper, I thank our Lord the field is won: “Meu filho Roper, dou
graças a Deus, porque a batalha está ganha”. Mais tarde Roper confessaria
não ter entendido naquele momento o significado dessas palavras, mas que
veio a fazê-lo depois: compreendeu que o amor de More tinha crescido tanto
que lhe dava a certeza de saber que triunfaria de qualquer obstáculo13. Era a
convicção de que, sabendo-se próximo do seu último combate, o Senhor não o
abandonaria no momento supremo. Se nos mantivermos perto de Jesus, se
formos almas de Eucaristia, o Senhor proteger-nos-á como as aves protegem
os seus filhotes, e sempre, ante os maiores obstáculos, poderemos dizer de
antemão: A batalha está ganha.

“Sê alma de Eucaristia!

“– Se o centro dos teus pensamentos e esperanças estiver no Sacrário, filho,


que abundantes os frutos de santidade e de apostolado!”14

Santa Maria, que tantas vezes falou com o Senhor aqui na terra e agora o
contempla para sempre no Céu, colocará nos nossos lábios as palavras
oportunas se alguma vez não soubermos muito bem o que dizer-lhe. Ela acode
sempre prontamente em socorro da nossa inépcia.
(1) Lc 13, 34; (2) Hino Adoro te devote; (3) Sl 17, 8; (4) Sl 61, 4-5; (5) Is 31, 5; (6) Cura d’Ars,
Sermão sobre a Quinta-feira Santa; (7) Santo Afonso Maria de Ligório, Visitas ao Santíssimo
Sacramento, 1; (8) Rom 8, 31-39; Primeira leitura da Missa da quinta-feira da trigésima semana
do Tempo Comum; (9) Bem-aventurado Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n. 219; (10) Fil 4,
3; (11) São João Crisóstomo, Homilias sobre a Epístola aos Romanos, 15; (12) Santa Teresa,
Vida, 22, 6-7; (13) cfr. São Tomás More, La agonía de Cristo, Rialp, Madrid, 1988, introd., pág.
33; (14) S. Josemaría Escrivá, Forja, n. 835.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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