Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Analisando estes aspectos que fazem parte de nossas reflexões, lembrei que ainda
há pouco ao assistir o noticiário do Jornal Nacional da rede Globo surge a
chamada da imagem da dona de casa que de madrugada ao tentar ir para o
hospital foi criminosamente maltratada por alguns jovens de classe média. Logo a
seguir a apresentadora informa que o pai foi à delegacia e pediu desculpas a mãe
e, justificou que aquelas “crianças” não poderiam ficar presas pelo fato de
estudarem e trabalharem. Esta realidade é muito brutal nos dias de hoje. De
repente consegui acordar um pouco.
Lembrei em seguida o texto publicado na revista VEJA edição 2012 de nº. 23 que
traz a seguinte matéria: O dorminhoco polonês. Algo interessante no contexto
da matéria é o fato do Senhor Jan Grzebski ter estado dormindo por mais de 18
anos, aliás, o fato foi que ele estava em estado de coma profundo. Quando
acordou tudo mudou e, grande foi o seu susto ao perceber que a sociedade em
que estava inserido havia mudado profundamente.
Considerando estes pontos lembrei do capítulo que trata dos tipos de Transtorno
do Sono no meu velho DSM – IV 4º edição (sei que já há uma nova edição)
que toca de perto a questão dos processos do dormir e seus transtornos. Mas não
é este o ponto a ser efetivamente abordado. Apesar de ser psicólogo de base
psicanalítica recordei de uma obra chamada Jesus na perspectiva da Psicologia
Profunda de Hanna Wolff. A autora nasceu em 1910, em Essen, Alemanha.
Afirma Hanna Wolff que “Consciência auto-responsável é o contrário de
infantilidade”. Faz parte da inércia ou da preguiça espiritual, herdada do velho
Adão, o fato de que os homens em geral apresentam, muito raramente, uma
genuína consciência espiritual (...) A infantilidade significa, ao invés, a atitude que,
por fraqueza, por falta de responsabilidade ou energia revela medo ou que nega
precisamente essa reação às responsabilidades cada vez maiores e mais
abrangentes que adquirimos. A infantilidade deixa-se, de bom grado, ser guiada
por pai e mãe, ou por pessoas que os substituam. A infantilidade está sempre a
esperar tudo da vida, como outrora esperava do pai e da mãe, mas nada dá à
vida.
Que bom! Refletir sobre estes pontos é essencial na vida. Que bom ter acordado
ao reler estas anotações. Viver dormindo acordado ou sem perspectivas
consistentes para nossa vida é muito desgastante, complicado. Muitas vezes isto
tudo compromete a realização plena de nossas ações.
Texto:
Fabricio S Menezes
Psicólogo
CRP 01/11.163