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COLÉGIO UNIFICADO
ALUNO:Lucio De Souza Martins N° 03945
EJA 2° PERÍODO MANHÃ
ORIGENS E EFEITOS
Dejours (1992, p.78) define a ansiedade como a seqüela psíquica ao risco que a
nocividade das condições de trabalho impõe ao corpo. Os laços criados pela
organização do trabalho, tanto com as chefias como com os demais trabalhadores são
consideradas relações de trabalho, variando de níveis agradáveis até altamente
insuportáveis provocadas pelo ritmo imposto pelas relações hierárquicas, sendo fonte de
ansiedade e estresse. Observa-se nas organizações técnicas específicas de comando,
principalmente as técnicas de discriminação onde as chefias durante a divisão de
trabalho utilizam repreensão e favoritismos.
A avaliação dos chefes nesse caso é relativa onde só poucos conseguem fazer
hora extra ou se ausentar sem justificativa, externando atitudes de benevolência e
paternalismo, enquanto outros são extremamente cobrados. As relações de trabalho
acabam sendo prejudicadas por oscilações políticas e jogos de poder, utilizando de
hostilidade e perversidade para conduzir a equipe de trabalho gerando frustração,
revolta e agressividade reativa do trabalhador que não consegue visualizar uma saída,
passando rapidamente do estresse ao esgotamento. Os conflitos de poder em sentido
vertical dão lugar ao plano horizontal, sendo a rivalidade e a discriminação consideradas
pelas chefias como grande poder de supervisão, cujas informações são obtidas de
funcionários muitas vezes mal-intencionados, vindo a constituir um sistema de relações
de trabalho extremamente patológicas fazendo com que a suspeita e espionagem seja o
principal objetivo do trabalhador, tornando-se difícil evitar a conivência pelo clima
gerado, até mesmo os mais inexperientes participam dessa rede como forma de
autodefesa.